“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

domingo, 19 de novembro de 2023

Porque somos contra o Aborto?

 Porque somos contra o Aborto?

Como cristãos que somos, não podemos de forma alguma compactuar com mais esse absurdo que está sendo cometido contra a sociedade da qual fazemos parte e devemos por isso mesmo ser respeitados nos nossos mais nobres sentimentos de decência e dignidade; a proposta de aprovação da nova Lei do Aborto, que, além de indecente, é o mais cruel e desumano desrespeito à vida do nosso semelhante, particularmente de alguém que não tem sequer como se defender dessa brutal e criminosa covardia.

O feto que se desenvolve no útero de sua mãe, está no mais sagrado e sublime espaço a ele concedido por Deus para que se desenvolva com saúde, amor, e segurança, para as finalidades superiores designadas a ele pelo nosso Pai Maior, que são seu crescimento e desenvolvimento como SER IMORTAL pertencente à mesma família a que também pertence sua mãe, a família universal.
Jesus nosso Modelo e Guia, nos ensinou pessoalmente quando aqui esteve, que "devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos", acrescentando ainda que deveremos amar até mesmo os nossos inimigos, ensejando a todos nós a modificação de nossa visão sobre o nosso próximo, que não passa de nosso irmão equivocado e ignorante das Leis de amor e caridade, que são as Leis mais importantes na relação entre os indivíduos.

No Evangelho de Marcos, Cap. X, vv. 13 a 16, nos dá exemplo de amor e respeito pelas criancinhas, conforme o texto abaixo:
Simplicidade e pureza de coração
1. Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus. (S. Mateus, cap. V, v. 8.);

2. Apresentaram-lhe então algumas crianças, a fim de que ele as tocasse, e, como seus discípulos afastassem com palavras ásperas os que lhas apresentavam, Jesus, vendo isso, zangou-se e lhes disse: "Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham. - Digo-vos, em verdade, que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará." - E, depois de as abraçar, abençoou-as, impondo-lhes as mãos. (S. MARCOS, cap. X, vv. 13 a 16.).

Os espíritos Superiores nos aclaram muito bem sobre essa passagem do Evangelho acima citada, explicando-nos de forma simples e direta, para que não tenhamos qualquer tipo de dúvida sobre o assunto nos itens 3 e 4 seguintes:

3. A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda idéia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade.
Poderia parecer menos justa essa comparação, considerando-se que o Espírito da criança pode ser muito antigo e que traz, renascendo para a vida corporal, as imperfeições de que se não tenha despojado em suas precedentes existências. Só um Espírito que houvesse chegado à perfeição nos poderia oferecer o tipo da verdadeira pureza. E exata a comparação, porém, do ponto de vista da vida presente, porquanto a criancinha, não havendo podido ainda manifestar nenhuma tendência perversa, nos apresenta a imagem da inocência e da candura. Daí o não dizer Jesus, de modo absoluto, que o reino dos céus é para elas, mas para os que se lhes assemelhem.

4. Pois que o Espírito da criança já viveu, por que não se mostra, desde o nascimento, tal qual é? Tudo é sábio nas obras de Deus. A criança necessita de cuidados especiais, que somente a ternura materna lhe pode dispensar, ternura que se acresce da fraqueza e da ingenuidade da criança. Para uma mãe, seu filho é sempre um anjo e assim era preciso que fosse, para lhe cativar a solicitude. Ela não houvera podido ter-lhe o mesmo devotamento, se, em vez da graça ingênua, deparasse nele, sob os traços infantis, um caráter viril e as idéias de um adulto e, ainda menos, se lhe viesse a conhecer o passado.
Aliás, faz-se necessário que a atividade do princípio inteligente seja proporcionada à fraqueza do corpo, que não poderia resistir a uma atividade muito grande do Espírito, como se verifica nos indivíduos grandemente precoces. Essa a razão por que, ao aproximar-se-lhe a encarnação, o Espírito entra em perturbação e perde pouco a pouco a consciência de si mesmo, ficando, por certo tempo, numa espécie de sono, durante o qual todas as suas faculdades permanecem em estado latente. E necessário esse estado de transição para que o Espírito tenha um novo ponto de partida e para que esqueça, em sua nova existência, tudo aquilo que a possa entravar. Sobre ele, no entanto, reage o passado. Renasce para a vida maior, mais forte, moral e intelectualmente, sustentado e secundado pela intuição que conserva da experiência adquirida.

A partir do nascimento, suas idéias tomam gradualmente impulso, à medida que os órgãos se desenvolvem, pelo que se pode dizer que, no curso dos primeiros anos, o Espírito é verdadeiramente criança, por se acharem ainda adormecidas as idéias que lhe formam o fundo do caráter. Durante o tempo em que seus instintos se conservam amodorrados, ele é mais maleável e, por isso mesmo, mais acessível às impressões capazes de lhe modificarem a natureza e de fazê-lo progredir, o que toma mais fácil a tarefa que incumbe aos pais. O Espírito, pois, enverga temporariamente a túnica da inocência e, assim, Jesus está com a verdade, quando, sem embargo da anterioridade da alma, toma a criança por símbolo da pureza e da simplicidade.

A Doutrina Espírita, sendo a maior antagonista do materialismo, vem nos esclarecer sobre lado espiritual do ser humano, de forma a nos dar ciência das nossas responsabilidades diante das Sábias e Imutáveis Leis Divinas, da qual faz parte a Lei de "nascimento e morte" a que todos estamos submetidos, e que não nos furtaremos aos mecanismos de reparação de todo e qualquer ato que praticarmos contra suas determinações.

Do Livro dos Espíritos, pinçamos estas poucas mais suficientes questões, para que não nos equivoquemos nem nos deixemos levar pelas sugestões maldosas das trevas, que procuram nos influenciar de forma a aceitar essa idéia doentia e infeliz, da prática criminosa do aborto, como se já não bastassem as incontáveis maneiras de se praticar crimes contra a vida, as quais todos testemunhamos diariamente através dos vários veículos de comunicação.

358. Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

"Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando."

359. Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

"Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe."

360. Será racional ter-se para com um feto as mesmas atenções que se dispensam ao corpo de uma criança que viveu algum tempo?

"Vede em tudo isso a vontade e a obra de Deus. Não trateis, pois, desatenciosamente, coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, algumas vezes incompletas por vontade do Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios e ninguém é chamado para ser juiz."

Obstáculos à reprodução
693. São contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?

"Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral."

a) - Entretanto, há espécies de seres vivos, animais e plantas, cuja reprodução indefinida seria nociva a outras espécies e das quais o próprio homem acabaria por ser vítima. Pratica ele ato repreensível, impedindo essa reprodução?

"Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder de que ele deve usar, sem abusar. Pode, pois, regular a reprodução, de acordo com as necessidades. A ação inteligente do homem é um contrapeso que Deus dispôs para restabelecer o equilíbrio entre as forças da Natureza e é ainda isso o que o distingue dos animais, porque ele obra com conhecimento de causa. Mas, os mesmos animais também concorrem para a existência desse equilíbrio, porquanto o instinto de destruição que lhes foi dado faz com que, provendo à própria conservação, obstem ao desenvolvimento excessivo, quiçá perigoso, das espécies animais e vegetais de que se alimentam."

694. Que se deve pensar dos usos, cujo efeito consiste em obstar à reprodução, para satisfação da sensualidade?

"Isso prova a predominância do corpo sobre a alma e quanto o homem é material."

880. Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?

"O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal."

Por tudo isso que aqui colocamos, e por outros tantos conhecimentos e motivos que temos, é que não nos cansaremos de lutar contra a possibilidade de ver um crime contra a humanidade ser cometido, acobertado por falsas e equivocadas Leis aprovadas por quem está colocado justamente para defender os inocentes e indefesos e garantir com dignidade o direito maior de qualquer ser humano: "o direito de viver".

Esquecem-se, de que já necessitaram do bendito empréstimo de um útero que os abrigou, e que se esse insano desejo de ver o aborto legalizado pelas Leis do nosso País, já tivesse sido aprovado antes de seus nascimentos, provavelmente não estariam eles por aí, a defenderem a morte em detrimento da VIDA, e mais, não param para pensar que mais tarde terão que retornar, e que poderão colher os frutos amargos de suas próprias semeaduras, onde com certeza lamentarão a infeliz e doentia idéia que defenderam e ajudaram a se tornar uma Lei.

São esses mesmos, defensores do crime pelo ABORTOque vão às ruas pedir PAZclamar contra os abusos cometidos contra seus mesquinhos interesses, e que logo após, deixam de lado a máscara utilizada nas passeatas pela PAZe assumem suas verdadeiras posturas de castradores da vida.

Fontes: E.S.E. - Feb - 112ª Edição. Cap. VIII, Itens 1 e 2;
O Livro dos Espíritos - FEB - 76ª Edição.

Francisco Rebouças

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

O Caminho do triunfo

  Boa tarde!

O Caminho do triunfo

Estamos acostumados a pedir a Deus nos conceda a tão desejada felicidade de êxito em tudo que fazemos. No entanto, esquecemos de proceder da mesma forma com nosso semelhante quando lhe ofertamos o veneno do pessimismo, o espinho da intolerância e o desprezo pelas suas necessidades e sofrimentos.

Maldizemos aos gritos, rogando o pior para aquele que em alguma coisa nos contrariou os interesses mesquinhos; pedindo a Deus seu definitivo afastamento de nossas vidas, achando que é esse o procedimento de alguém que quer ter de Deus o auxílio e a atenção naquilo que deseja alcançar.

É hora de usar a inteligência e fazer uso do bom senso e de todas as instruções recebidas nas páginas recebidas pelos médiuns de reconhecido procedimento moral em concordância com o que divulgam, isto é, dão exemplo de que também são para eles as instruções dos Espíritos Superiores, e não apenas para os outros.

Quando lemos nos diversos livros da literatura espírita que o irmão necessitado que cruza nosso caminho, assim como os diversificados desafios que a vida nos propõe, constituem oportunidades de subida de alguns degraus na escada da evolução a caminho da pureza e da paz de Espírito que tanto suspiramos por alcançar, é necessário que meditemos com sinceridade se estamos entendendo dessa forma.

Em família, quando sorvemos o fel da ingratidão de familiares, o azedume e o pouco caso daqueles a quem mais nos dedicamos, simples são exemplos dos convites e apelos propostos pela Lei  de Causa e Efeito para a nossa reparação aos danos causados a outrem em atendimento à determinação da Lei de Amor e Caridade na qual todos estamos inseridos. Não existe outro caminho, é justamente esse o segredo para o triunfo.

Encontramos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo X, item 16, esse alerta para nós seguidores da doutrina espírita conforme segue.

A Indulgência

“Espíritas, queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso. A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção. A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras; apenas conselhos e, as mais das vezes, velados. Quando criticais, que consequência se há de tirar das vossas palavras? A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar; que valeis mais do que o culpado. O homens! quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos? Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais graves. Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. – José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)”

O ser humano, com sua tríplice constituição, Espírito, perispírito e matéria, é um conjunto harmônico sob o comando da consciência que é emanação Divina do reto procedimento, na qual se encontram arquivadas as leis de Deus, de acordo com o nível de evolução, de cada criatura, facultando-lhe as necessárias experiências para que sejam realizadas e assimiladas, de forma a se transformem em conhecimento para que ele saiba melhor discernir as sensações dos sentimento, servindo sempre de base para realizações positivas do futuro.

“Qual a atitude mental que mais favorecerá o nosso êxito espiritual nas atividades do mundo?

Essa atitude deve ser a que vos é ensinada pela lei da reencarnação em que vos encontrais, isto é, a do esquecimento de todo mal para recordar apenas o bem e a bendita oportunidade de trabalho e edificação, nos patrimônios do tempo.

Esquecer o mal é aniquilá-lo, e perdoar a quem o pratica é ensinar o amor, conquistando afeições preciosas.

Daí a necessidade do perdão, no mundo, para que o incêndio do mal possa ser exterminado, devolvendo-se a paz legítima a todos os corações.”
(Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel, livro Visão Nova, cap. 7).

Assim sendo, não esqueçamos de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado. Se hoje estamos sofrendo, certamente estamos colhendo os frutos amargos das plantações equivocadas do passado, e que nos resta estarmos vigilantes quanto ao momento presente para que nossa presente semeadura nos garanta uma colheita farta de frutos doces que nos garantam alegria e felicidade.

É da Lei, que cada um colha exatamente aquilo que plantou.

Jesus nos guie!

Francisco Rebouças

domingo, 12 de novembro de 2023

Velhos hábitos e as mesmas desculpas!

12/11/2023

É chegado o tempo de entender que nossos velhos hábitos e tendências precisam ser enfrentados com seriedade e responsabilidade, para não ficarmos simplesmente fabricando desculpas sem fundamento, para explicar nossas atitudes inconvenientes.

Vencer nossos vícios, quaisquer que sejam, não é fácil, mas é sempre possível, desde que verdadeiramente desejemos. Sobre essa verdade, encontramos nos ensinamentos dos Imortais do Mundo Superior, contidos na doutrina espírita o que segue:

Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente para dominá-las?

“Há muitas pessoas que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios.

Querem, porém muito satisfeitas ficam que não seja como “querem”. Quando o homem crê que não pode vencer as suas paixões, é que seu Espírito se compraz nelas, em consequência da sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura reprimir.

Vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.” (O Livro dos Espíritos, FEB.77ª edição, questão 911).

O que acontece é que nos afeiçoamos com o mau hábito e não nos preocupamos em sair dessa situação de comodidade, pois a mudança nos impõe sempre muito incômodo e trabalho e quase sempre não estamos dispostos a sacrifícios.

Estamos reencarnados para nos aperfeiçoar, isto é, crescer intelectual, moral e espiritualmente pois o progresso é Lei Divina e todos estamos incursos nesse processo. Para seguir Jesus nosso Mestre e Guia, precisamos nos aprimorar nas lições contidas em seu evangelho desenvolvendo os talentos dos quais todos somos portadores.

Urge investir nos bens do Espírito Imortal, que são a simplicidade, a humildade, a caridade e em todas as virtudes que nos acompanharão quando da nossa volta à verdadeira vida que é a vida espiritual valores que nem os ladrões, nem as traças nem a ferrugem conseguem nos subtrair.  

“INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

A afabilidade e a doçura

A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências. A educação e a frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedadecuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás. (grifamos)

A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos. Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.” (grifamos)

Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana.” – Lázaro. (Paris, 1861.) (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX, item 6.

Útil não esquecer de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado, se hoje sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas do passado. Pois essa razão vale a pena observar o que estamos semeando no presente, pois ninguém conquistará o Reino de Deus com aparências exteriores.

Francisco Rebouças

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Vida Feliz!

Aproveita cada oportunidade para agir de forma elevada. Há quem espere extraordinários momentos e ocasiões especiais, que possivelmente não chegarão. Não será o que faças, que te tornará grande e importante, porém como faças cada coisa que te transformará em valioso. A árvore gigante se origina em pequenina semente. O Cosmo é resultado de partículas e moléculas invisíveis. Torna-te grande nas pequeninas coisas, a fim de que não te apequenes nas grandiosas.

Livro: Vida Feliz, cap. XIV

Divaldo Franco/Joanna de Ângelis 

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Aborto? delete essa ideia!

Este artigo foi escrito em: sexta-feira, 13 de junho de 2008

No grave momento porque passa a sociedade, às voltas com tantos escândalos, desrespeito a tudo e a todos, em que até os “legítimos” representantes do povo dançam de contentamento, em comemoração à vitória da corrupção e da impunidade, não causa nenhuma admiração a quem quer que seja, que a proposta de aprovação do crime pelo aborto seja defendida por nossos legisladores, que, em vez de se preocuparem com a elaboração de Leis que protejam e dignifiquem a vida, propõem justamente mais uma absurda e vergonhosa maneira de se facilitar o crime de morte, e dessa vez de forma legalizada, inocentando o criminoso por antecipação.

O que diz o código Penal Brasileiro

Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Aborto provocado por terceiro

Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.

Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

Parágrafo único - Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.

Forma qualificada

Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:

Aborto necessário

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

É, justamente essa parte do código penal Brasileiro que os defensores da violência e do crime contra o indefeso feto querem suprimir do código penal com o nosso aval, com o que não podemos de forma alguma compactuar, pois, não somos criminosos, nem apoiamos qualquer ato de violência ou crime contra quem quer que seja, nem mesmo contra um animal, imagina contra um ser humano.

Para se ter uma idéia do quanto a sociedade brasileira é contrária a essa absurda idéia de legalizar este crime hediondo, em pesquisa realizada pelo IBOPE em 2005, 97% do povo brasileiro se posicionou contrário à legalização do aborto. Apenas 3% das pessoas entrevistadas se declaram favoráveis à sua legalização.

É, chegada a hora, em que a sociedade como um todo precisa se mobilizar unida, para defender seus direitos legítimos, como este que é o maior de todos eles, o direito de viver, conforme nos esclareceram os Imortais da vida maior em O Livro dos Espíritos, na questão que segue:

Qual o Primeiro de todos os direitos do homem?

O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal.

E, seguem, com uma infinidade de ensinos, que nos esclarecem da necessidade de o homem buscar sua espiritualização, deixando para trás os tempos ultrapassados da barbárie, que se não se justificasse por si mesmo, pelo menos explicava a nossa condição de animalidade, em que não ligávamos por absoluta ignorância, de cuidar das coisas do Espírito imortal, mas, que hoje em dia, esse tipo de comportamento já não mais encontra desculpa, a não ser por nosso egoísmo e falta de respeito às instituições e pessoas, levando-nos à insensatez de cogitar de absurdos como esses.

A Doutrina Espírita, longe de compactuar com tamanha loucura, segue nos mostrando que as Leis de Deus, são antes de tudo, sábias, justas e irrevogáveis, e responderam de forma categórica ao codificador quando questionados a respeito do tema ABORTO:

Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestação?

Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

Apesar das artimanhas utilizadas por aqueles que querem conduzir a opinião pública de maneira a lhes dar respaldo para o ato criminoso do aborto legal, contrariando as pretensões e legitimas aspirações, da sociedade brasileira, que é a conduta cristã, independente da corrente religiosa que se tenha, seja na religião católica, protestante, espírita ou outra qualquer, empenhemo-nos todos, na defesa do respeito à vida, como direito inalienável, que só Deus pode fazer cessar condição essa que não outorgou a quem quer que seja.

O feto que se desenvolve desde a concepção no lugar mais sagrado do ser humano, o ventre materno, não é uma máquina, ou um robô qualquer, que podem ser desligados de acordo com os interesses das pessoas envolvidas na questãomas sim, um ser humano, com direito à proteção e ao amor de seus Pais, responsáveis, e da sociedade inteira.

Bibliografia:

1) Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos, FEB,- 76ª Edição, Perguntas n° 358 e
880.

Que o Mestre de Nazaré nos sustente em sua paz, e nos ajude nessa empreitada em prol da vida e da decência.


Francisco Rebouças. 

terça-feira, 7 de novembro de 2023

O Espiritismo é uma Religião?

Francisco Rebouças

Grande parte, dos adeptos da doutrina espírita, convive com uma dúvida atroz, sem saberem o que responder a quem lhes formule a simples pergunta: o Espiritismo é ou não uma religião? E, bombardeados pelos que dizem sim, e os que teimam em afirmar que não, ficam sem uma opinião definida sobre o assunto, preferindo então adaptarem-se ao convívio com a eterna incerteza, ao invés de procurarem as fontes da própria codificação para dirimi-la. 

Início este artigo fazendo algumas inquirições: Se o espiritismo não for uma religião, qual será então a religião dos seguidores do espiritismo? Serão ateus? Serão falsos católicos, protestantes, budistas etc., chamo de falsos, por não professarem e nem observarem suas filosofias e seus rituais da maneira com eles são pregadas em seus templos por seus fiéis seguidores. 

Vou então, em busca da definição da palavra, em nosso Dicionário da Língua Portuguesa, onde consta que: Religião, s.f. Culto prestado à divindade; doutrina ou crença religiosa; acatamento às coisas sagradas; fé; devoção; piedade; crença viva; (fig.) tudo que é considerado como um dever sagrado; respeito; escrúpulo. (Do lat. Religione). Penso que só pela definição morfológica da palavra, acima mencionada, não restaria mais qualquer dúvida sobre a classificação do espiritismo como religião, certo? De qualquer forma, vamos em frente. ¹

Muitos desses defensores da teoria de que a doutrina espírita não é uma religião, citam para tanto as mesmas fontes que nós outros que defendemos o contrário; com a diferença de que eles apresentam dessas fontes somente o que lhes convêm apresentar, não trazendo também outros tantos argumentos contrários as suas teses, constantes das mesmas obras, que são simplesmente deixadas de lado, e, se o indivíduo que carrega a dúvida não se dedicar à pesquisa, no mínimo, não terá conhecimento suficiente para pelo menos comparar os argumentos de ambas as correntes e tirar suas próprias conclusões.

Por essa razão, mergulho nos mesmos livros mais utilizados pelos que não querem que o espiritismo seja considerado uma religião, para trazer os argumentos dos que defendem que também o espiritismo é sim uma religião; chamando a atenção para o fato de que é preciso separar apenas às convenções humanas, estabelecidas por outras correntes religiosas que incorporaram em suas práticas religiosas, dogmas, rituais, etc., que não são absolutamente encontrados na doutrina espírita.

Assim sendo, trago a abalizada palavra do insigne codificador do espiritismo, em minha modesta opinião a autoridade máxima sobre o assunto em questão, no discurso proferido em primeiro de novembro de 1868, onde Allan Kardec, explica de forma bem clara não deixando qualquer tipo de dúvidas sobre o assunto, conforme segue:

“(...) Se, assim é, dir-se-á, o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isto, porque é a doutrina que fundamenta os laços da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as mesmas leis da natureza.

Por que, pois, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Pela razão de que não há senão uma palavra para expressar duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; que ela desperta exclusivamente uma ideia de forma, e que o Espiritismo não a tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria nele senão uma nova edição, uma variante, querendo-se, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com um cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo, e dos abusos contra os quais a opinião frequentemente é levantada.

O Espiritismo, não tendo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia, nem deveria se ornar de um título sobre o qual, inevitavelmente, seria desprezado; eis porque ele se diz simplesmente: doutrina filosófica e moral". ²

No Livro O que é o Espiritismo, no diálogo de esclarecimento que mantêm com o padre, segue Allan Kardec, em suas argumentações sobre o assunto:

O Padre. Não podeis entretanto, contestar que o Espiritismo não está, em todos os pontos, de acordo com a religião.

A.K. Ora, senhor abade, todas as religiões dirão a mesma coisa: os protestantes, os judeus, os muçulmanos, assim como os católicos.

Se o Espiritismo negasse a existência de Deus, da alma, da sua individualidade e da imortalidade, das penas e recompensas futuras, do livre arbítrio do homem; se ele ensinasse que cada um só deve viver para si, não só seria contrário à religião católica, como a todas as religiões do mundo; ele seria ainda a negação de todas as leis morais, bases das sociedades humanas.

Longe disso: os Espíritos proclamam um Deus único, soberanamente justo e bom; eles dizem que o homem é livre e responsável por seus atos, recompensado ou punido pelo bem ou o pelo mal que houver feito; colocam acima de todas as virtudes a caridade evangélica e a seguinte regra sublime ensinada pelo Cristo: fazer aos outros como queremos que nos seja feito.

Não são estes os fundamentos da religião? (...).

(...) Que prova isto? Que não somos Ateus, o que não quer dizer que sejamos professos de religião formada (...).

(...) O Espiritismo, como doutrina moral, só impõe uma coisa: a necessidade de fazer o bem e evitar o mal. É uma ciência de observação que, repito, tem consequências morais que são a confirmação e a prova dos grandes princípios da religião; quanto às questões secundárias, ele as abandona à consciência de cada um.

(...) Se o Cristo disse a verdade, o Espiritismo não podia dizer outra coisa, e em vez de por isso apedrejá-lo, deve-se acolhê-lo como poderoso auxiliar, que vem confirmar, por todas as vozes de Além-Túmulo, as verdades fundamentais da religião, combatidas pela incredulidade.

(...) Qual terá mais valor aos olhos de Deus: a prática das virtudes cristãs sem os deveres da ortodoxia, ou a destes últimos sem a da moral? ³

“O Espiritismo é forte porque assenta sobre as próprias bases da Religião: Deus, a Alma, as Penas e as Recompensas futuras” (...).- O Livro dos Espíritos (Conclusão, item V); 4

“(...) O Espiritismo repousa sobre as bases fundamentais da Religião e respeita todas as crenças; (...) Um de seus efeitos é incutir sentimentos religiosos nos que os não possuem, fortalecê-los nos que os têm vacilantes (...).”- O Livro dos Médiuns” (1ª Parte, Cap. III, 24); 5

O Espiritismo, longe de negar ou destruir o Evangelho, vem ao contrário, confirmar, explicar e desenvolver, pelas novas leis da natureza, que revela, tudo quando o Cristo disse e fez; elucida os pontos obscuros do ensino cristão, de tal sorte que aqueles para quem eram ininteligíveis certas partes do Evangelho, ou pareciam inadmissíveis, as compreendem e admitem sem dificuldade, com o auxílio desta doutrina (...). – A Gênese (Cap. 1, 41); 6

“O Espiritismo, que se funda no conhecimento de leis até agora incompreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, porém sancioná-los, dando-lhes uma explicação racional (...) – Obras Póstumas (I Parte, Manifestações dos Espíritos, nº 7). 7

Finalizando, este nosso pequeno resumo, alertamos a todos para a necessidade do estudo sério e aprofundado da doutrina espírita, para não nos deixarmos influenciar por esta ou aquela tese, defendida por este ou aquele indivíduo, como nos ensina o codificador do espiritismo, e por essa razão necessitaremos de muita perspicácia aliada a uma sólida base doutrinária, para podermos nós mesmos, optarmos por esta ou aquela teoria por estar ela, em nosso entendimento mais condizente com tudo que conhecemos da doutrina que dizemos professar.

A diferença que tanto divide opiniões não passa de pequeno detalhe a ser observado que é: O espiritismo não é uma religião no sentido usual da palavra, como bem nos coloca o codificador, no sentido de que não incorpora rituais, dogmas variados, sacramentos, hierarquias sacerdotais, uso de vestimentas especiais, objetos santos ou sagrados e cultos ou práticas exteriores.

Mas sim, no seu legítimo e verdadeiro significado, ou seja: um elo de ligação entre o homem e Deus (pois é este o significado original da palavra religião; do latim: religare), mostrando-nos os verdadeiros caminhos que nos levarão de encontro ao Pai Criador de tudo e de todos, não dando nenhuma importância a forma, mas sim ao conteúdo pelo (pensamento), o que torna o Espiritismo a verdadeira religião, pois, esclarece-nos que o Reino de Deus não se conquista com aparências exteriores, e sim, com a pureza de coração, pois é isso o que Deus deseja de seus filhos.

Fontes:

1) Dicionário Brasileiro Globo – Francisco Fernandes Celso, Pedro Luft, F. Marques Guimarães

30ª – Edição , SP. 1993;

2) Kardec, Allan, Revista Espírita, IDE – novembro do ano 1868,

3) Kardec, Allan, O Que é o Espiritismo – FEB, 40ª edição;

4) Kardec, Allan, O Livro dos espíritos – FEB, 77ª edição;

5) Kardec, Allan, O Livro dos Médiuns – FEB, 68ª edição;

6) Kardec, Allan, A Gênese – FEB, 37ª edição;

7) Kardec, Allan, Obras Póstumas – FEB , 13ª edição.

Precisamente - do livro Justiça Divina, cap. 58 - Denise Lino de Araújo, Campina Grande/PB.

Na construção do porvir dos nossos sonhos

07/11/2023

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras,
e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mateus: 15-16.

Todo processo de evolução, nos mais variados aspectos, experimenta periodicamente incômodos ou até mesmo crises que nos obrigam a análise e exame dos métodos pelos quais nos utilizamos para o melhoramento do nosso comportamento, exigindo-nos abrir espaço para experimentos outros ainda não apreciados.

Nos momentos de crise, faz-se urgente procurarmos um melhor aproveitamento das oportunidades de que dispomos de ensejar com coragem as inevitáveis mudanças de paradigmas e condutas, objetivando alcançar resultados melhores e mais práticos, evitando aumentar o desconforto existente que tanto nos incomoda.

“Confia sempre na ajuda divina. Quando te sentires sitiado, sem qualquer possibilidade de liberação, o socorro te chegará de Deus. Nunca duvides da paternidade celeste. Deus vela por ti, e te ajuda, nem sempre como queres, porém, da melhor forma para a tua real felicidade. Às vezes, tens a impressão de que o auxílio superior não virá ou chegará tarde demais. Passado o momento grave, constatarás que o recebeste alguns minutos antes, caso tenhas perseverado à sua espera.”
(Divaldo Pereira Franco, Pelo Espírito Joanna de Ângelis, livro Vida Feliz, cap. XIII)

Não podemos nos furtar ao enfrentamento da luta, porque uma salutar transformação, sem dúvidas propicia-nos a novos rumos e novos conceitos bem mais compatíveis com as épocas e suas estruturas éticas, morais, sociais, de um mundo em franca convulsão, onde precisamos aceitar que a sociedade é um todo, e que deveríamos trabalhar para mantermos a harmonia geral do planeta.

As divisões surgidas dos preconceitos são frutos inoportunos da crise moral que se alastrou e atormenta o indivíduo insatisfeito com a própria condição, exigindo privilégios para si, em detrimento do seu próximo, fazendo com que esse seu comportamento contribua para a autodestruição dos valores éticos morais da humanidade porque esse procedimento contraria os grupos antagônicos que reagem, surgindo o desentendimento, o abuso e as guerras.

Dessa forma, toda cooperação dos indivíduos de boa vontade torna-se necessária e urgente, a fim de que a grande crise de desentendimento, de desamor, que assola a humanidade em todos os quadrantes do planeta e que atinge individualmente cada um de seus habitantes, possa ser definitivamente extinta, a benefício da ordem e do progresso moral no planeta.

Urge atentarmos para o discernimento em torno dos valores humanos para definir o que é essencial e o que é secundário, pois na atualidade a humanidade inverteu a ordem das aspirações, confundindo os nobres e elevados sentimentos, com a busca das sensações auridas nos prazeres carnais, relegando o homem ao plano inferior, onde o belo, o ético, e nobre, perderam o sentido para grande parte de nossa equivocada e doentia sociedade.

Renovemo-nos para o bem, façamos brilhar a nossa luz, a Suprema Sabedoria do Universo não nos concedeu os dons que há em cada criatura para disseminarmos o mal ou a morte, e sim para contribuirmos com toda pujança de nossas capacidades e possibilidades na prática da boa convivência com nosso irmão de caminhada evolutiva, construindo os alicerces da paz e da felicidade que um dia desfrutaremos na vida abundante que Jesus nos prometeu.

“Esforcemo-nos para que não estejamos somente aptos a traçar a fraseologia convincente e brilhante, por intermédio da palavra ou do lápis, ensinando a ciência da renovação para a vida superior, que nos constitui elevado dever, mas que nos habilitemos também à divina tradução do Testamento de Luz, convertendo as nossas experiências em páginas vivas de exemplificação santificante e beleza imortal.”
(Chico Xavier/Emmanuel, livro: Taça de Luz, cap. 7)

Francisco Rebouças

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Útil Refletir!!


 

Todos estão vivos sim!

Sim na vida infinita!

A doutrina espírita nos esclarece de forma sábia e lógica que na desencarnação de um ente querido, nada mais acontece do que a morte orgânica, jamais o aniquilamento da vida do Ser imortal, que é criação divina, essência destinada à felicidade e à perfeição relativas. Essa modificação que se opera no mundo corporal se inicia desde o nascimento, prosseguindo até o completo desgaste natural do veículo físico.

No entanto a vida triunfa mesmo com a extinção do corpo físico que bem sabemos, não dura para sempre, pois “ninguém fica pra semente”, e embora finda a vida material para aquele que segue para novas experiências agora liberto das limitações carnais, permanecem os vínculos da afetividade, as lembranças felizes, as ocorrências do quotidiano registradas no arquivo dos que se foram e dos que aqui permanecem.

O túmulo não representa o fim, e sim um novo começo. Encerradas as possibilidades na carne, abrem-se novas oportunidades para o indivíduo seguir em trabalho de aprimoramento e ascensão na Lei do Progresso em outras realizações da vida que jamais cessará.

A morte não existe!

O que se dá é apenas uma transformação em nossa maneira de ser.

Não espere que, depois desta, exista outra vida. Não!

A vida é a mesma.

A vida eterna já está sendo vivida por todos nós.

Depois da morte, continuamos a ser o que já somos.

Portanto, procure ser AGORA, antes da morte, aquilo que você deseja continuar a ser depois da morte.

Porque a morte não existe!”

(Carlos Torres Pastorino, Livro Minutos de Sabedoria, cap. 106)

Quando acontecer a ocorrência da morte visitar teu lar, lembra sempre que essa situação é comum a todos os outros lares. Não te permitas cair em desespero, em revolta ou em desalento pois que nada poderemos tirar de proveitoso dessas embaraçosas situações que podem nos levar a mergulhar em pesada alucinação e perigoso desequilíbrio emocional.

Em O Livro dos Espíritos, nas questões 320 a 329, encontramos farto material de esclarecimento sobre o assunto aqui tratado, do qual escolhemos a seguinte para nossas observações:

    1. Sensibiliza os Espíritos o lembrarem-se deles os que lhes foram caros na Terra?

“Muito mais do que podeis supor. Se são felizes, esse fato lhes aumenta a felicidade.

Se são desgraçados, serve-lhes de lenitivo.”

Assim sendo, é útil desde já refletir com segurança em torno desse fatalismo biológico, que é a morte do corpo físico, procurando compreender os esclarecimentos trazidos pelos Imortais para com mais segurança, nos preparar para os possíveis enigmas em torno da desencarnação.

Tenhamos certeza de que nossos amores não se acabaram, simplesmente se transferiram para novo habitat, mas prosseguem vivendo em outra dimensão, que lhes permitem ouvir os nossos pensamentos, alegrarem-se com nossas nobres aspirações, e sofrerem com nossas revoltas e dores. Procuram à medida de suas possibilidades fortalecer com seus pensamentos positivos nossas esperanças pois, não deixaram de nos amar.

Não temos o direito de lamentar sua partida para outras dimensões da existência, pois só Deus sabe o que é melhor para cada um de seus filhos. Se realmente lhes temos verdadeiro afeto, procuremos enviar-lhes nossos melhores sentimentos pela oração fervorosa, agradecendo pelas horas felizes que nos propiciaram e em nome deles, espalhemos a bênção da alegria com outros irmãos de caminhada tão sofridos ou mais do que nós mesmos, preparando-nos para o reencontro com eles, quando Deus assim determinar.

Enquanto não chega esse dia, dispomos ainda do recurso sublime que o Pai nos concede quando parcialmente desprendido pelo sono, nos reunimos a eles no mundo espiritual, bastando para isso que nos preparemos adequadamente orando e arejando a mente no Evangelho de Jesus, solicitando aos bons espíritos nos ajude nessa empreitada.

Em qualquer situação, procuremos render graças a Deus, porque só ELE sabe o que mais precisamos e o que realmente merecemos. Confiemos em sua sabedoria e bondade e sigamos convictos de que estamos sob o comando da Inteligência Suprema, criadora de tudo e de todos.

Muita Paz!

Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel