“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Falar e fazer!

Em se tratando de reforma íntima: 

Fácil é dizer como se faz, Difícil é fazer como se diz.”

Precisamos fazer mais e dizer menos.


Francisco Rebouças

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Estudando o Espiritismo - O Céu e o Inferno

                                    O porvir e o nada
Haverá algo de mais desesperador do que esse pensamento da destruição absoluta? Afeições caras, inteligência, progresso, saber laboriosamente adquiridos, tudo despedaçado, tudo perdido! De nada nos serviria, portanto, qualquer esforço no sofreamento das paixões, de fadiga para nos ilustrarmos, de devotamento à causa do progresso, desde que de tudo isso nada aproveitássemos, predominando o pensamento de que amanhã mesmo, talvez, de nada nos serviria tudo isso. Se assim fora, a sorte do homem seria cem vezes pior que a do bruto, porque este vive inteiramente do presente na satisfação dos seus apetites materiais, sem aspiração para o futuro. Diz-nos uma secreta intuição, porém, que isso não é possível.
2. Pela crença em o nada, o homem concentra todos os seus pensamentos, forçosamente, na vida presente.
Logicamente não se explicaria a preocupação de um futuro que se não espera.
Esta preocupação exclusiva do presente conduz o homem a pensar em si, de preferência a tudo: é, pois, o mais poderoso estimulo ao egoísmo, e o incrédulo é conseqüente quando chega à seguinte conclusão: Gozemos enquanto aqui estamos; gozemos o mais possível, pois que conosco tudo se acaba; gozemos depressa, porque não sabemos quanto tempo existiremos.
Ainda conseqüente é esta outra conclusão, aliás mais grave para a sociedade: Gozemos apesar de tudo, gozemos de qualquer modo, cada qual por si; a felicidade neste mundo é do mais astuto.
E se o respeito humano contém a alguns seres, que freio haverá para os que nada temem?
Acreditam estes últimos que as leis humanas não atingem senão os ineptos e assim empregam todo o seu engenho no melhor meio de a elas se esquivarem.
Se há doutrina insensata e anti-social, é, seguramente, o niilismo que rompe os verdadeiros laços de solidariedade e fraternidade, em que se fundam as relações sociais.

Fonte: O Céu e o Inferno. F.E.B. Cap. I, itens 1 e 2.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Estudando o Espiritismo - A Gênese

" - A Bíblia, evidentemente, encerra fatos que a razão, desenvolvida pela Ciência, não poderia hoje aceitar e outros que parecem estranhos e derivam de costumes que já não são os nossos. Mas, a par disso, haveria parcialidade em se não reconhecer que ela guarda grandes e belas coisas. A alegoria ocupa ali considerável espaço, ocultando sob o seu véu sublimes verdades, que se patenteiam, desde que se desça ao âmago do pensamento, pois que logo desaparece o absurdo.
Por que então não se lhe ergueu mais cedo o véu? De um lado, por falta de luzes que só a Ciência e uma sã filosofia podiam fornecer e, de outro lado, por efeito do principio da imutabilidade absoluta da fé, conseqüência de um respeito ultra cego à letra, e, assim, pelo temor de comprometer a estrutura das crenças, erguida sobre o sentido literal.
Partindo, tais crenças, de um ponto primitivo, houve o receio de que, se se rompesse o primeiro anel da cadeia, todas as malhas da rede acabassem separando-se. Fecharam-se então os olhos obstinadamente. Mas, fechar os olhos ao perigo não é evitá-lo. Quando uma construção se afasta do prumo, não manda a prudência que se substituam imediatamente as pedras ruins por pedras boas, em vez de se esperar, pelo respeito que infunda a vetustez do edifício, que o mal se torne irremediável e que se faça preciso reconstruí-lo de cima a baixo?"

Fonte: A Gênese, F.E.B. 36ª edição, cap. IV, item 6.

Francisco Rebouças

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

UMA MANIFESTAÇÃO ANTES DA MORTE.

A carta seguinte nos foi dirigida de Marennes, no mês de janeiro Ultimo:
Senhor Allan Kardec,
Eu acreditaria faltar ao meu dever se, no começo deste ano, não tivesse vindo vos agradecer da boa lembrança que consentistes conservar de mim, em dirigindo a Deus novas preces para o meu restabelecimento. Sim, Senhor, elas lhe foram salutares, e reconheço bem aí a vossa boa influência, assim como a dos bons Espíritos que vos cercam; porque, desde 14 de maio, estou obrigado a guardar o leito de tempos em tempos em conseqüência de más febres que me tinham posto em um muito triste estado.
Há um mês, estou melhor; eu vos agradeço mil vezes, pedindo para agradecerem meu nome a todos os nossos irmãos da Sociedade de Paris, que consentiram juntar as suas preces às vossas.
Freqüentemente, tive manifestações, como o sabeis; mas uma das mais marcantes foi a do fato que vou vos reportar.
No mês de maio último, meu pai veio a Marennes passar alguns dias conosco; apenas chegado, caiu doente e morreu ao cabo de oito dias. Sua morte me causou uma dor tanto mais viva quanto dela havia sido advertido seis meses antes, mas não lhe tinha acrescentado fé. Eis o fato:
No mês de dezembro precedente, sabendo que ele deveria vir, tinha mobiliado um pequeno quarto para ele, e meu desejo era de que ninguém nele deitasse antes dele.
Desde o instante em que manifestei esse pensamento, tive a intuição de que aquele que deitasse nesse leito nele morreria, e esta idéia, que me perseguia sem cessar, me apertava o coração ao ponto que não ousava mais ir àquele quarto. No entanto, na esperança de disto me desembaraçar, fui orar junto ao leito. Acreditei ver ali um corpo amortalhado; para me tranquilizar, levantei a coberta e não vi nada; então, disse a mim mesmo, que todos esses pressentimentos não são senão ilusões ou resultados de obsessões. No mesmo instante, ouvi suspiros como de uma pessoa que se acaba, depois senti minha mão direita pressionada fortemente por uma mão lépida e úmida. Saí do quarto e não ousei mais ali reentrar sozinho. Durante seis meses fui atormentado por essa triste advertência, e ninguém ali se deitou antes da chegada de meu pai. Foi ali que ele morreu; seus últimos suspiros foram os mesmos que aqueles que eu tinha ouvido, e, antes de morrer, sem que eu lhe pedisse, apertou-me a mão direita e ma pressionou da mesma maneira que tinha sentido seis meses antes; a sua tinha o suor tépido que eu tinha igualmente notado. Não posso, pois, duvidar de que isto não me seja uma advertência que me foi dada.
Tive muitas outras provas da intervenção dos Espíritos, mas que seria muito longo vos detalhar numa carta; não me lembraria senão o fato de uma discussão de quatro horas que tive, no mês de agosto último, com dois sacerdotes, e durante a qual me senti verdadeiramente inspirado, e forçado a falar com uma facilidade da qual eu mesmo estava surpreso. Lamento não poder vos reportar essa conversa; isto não vos admiraria, mas vos diverti.
Recebei, etc.

ANGELINA DEOGÉ.
Há todo um estudo a fazer sobre esta carta. Nela vemos primeiro um encorajamento a orar pelos doentes, depois, uma nova prova da assistência dos Espíritos pela inspiração das palavras que se devem pronunciar, nas circunstâncias em que se estaria muito embaraçado para falar, estando-se entregue às próprias forças. É talvez um dos gêneros de mediunidade o mais comum, e que vem confirmar o princípio de que todo mundo é mais ou menos Médium sem disto desconfiar. Seguramente, se cada um se reportasse às diversas circunstâncias de sua vida, observasse com cuidado os efeitos que sente, ou dos quais foi testemunha, não há ninguém que não reconheça ter alguns efeitos de mediunidade inconsciente.
Mas o fato mais saliente é o da advertência da morte do pai da senhora de Ogé, e do pressentimento que a perseguiu durante seis meses. Sem dúvida, quando ela ia orar nesse quarto, e que acreditou ver um corpo na cama que ela constata estar vazia, poder-se-ia, com alguma verossimilhança, admitir o efeito de uma imaginação tocada. Poderia ocorrer o mesmo com os suspiros que ela ouviu. A pressão da mão poderia ser atribuída a um efeito nervoso, provocado pela superexcitação de seu espírito. Mas como explicar a coincidência de todos esses fatos com o que se passou na morte de seu pai? A incredulidade dirá: puro efeito do acaso; o Espiritismo diz: fenômeno natural devido à ação de fluidos cuja propriedade eram desconhecidas até hoje, submetido à lei que rege
as relações do mundo espiritual com o mundo corpóreo.
O Espiritismo, ligando às leis da Natureza à maioria dos fenômenos reputados sobrenaturais, vem precisamente combater o fanatismo e o maravilhoso que o acusam de querer fazer reviver; ele dá, daqueles que são possíveis, uma explicação racional, e demonstra a impossibilidade daqueles que seriam uma derrogação às leis da Natureza. A causa de uma multidão de fenômenos está no princípio espiritual do qual eles vêm provar a existência; mas como aqueles que negam esse princípio podem admitir-lhe as conseqüências? Aquele que nega a alma e a vida extra corpórea, não pode reconhecer-lhes os efeitos.
Para os Espíritas, o fato do qual se trata nada tem de surpreendente, e se explica, por analogia, como uma multidão de fatos do mesmo gênero, cuja autenticidade não pode ser contestada. No entanto, as circunstâncias nas quais ele se produziu apresentam uma dificuldade; mas o Espiritismo jamais disse que não tinha nada mais a aprender. Ele possui uma chave da qual está ainda longe de conhecer todas as aplicações; é a estudá-las que ele se aplica, a fim de chegar a um conhecimento tão completo quanto possível das forças naturais e do mundo invisível, no meio do qual vivemos, mundo que nos interessa a todos, porque todos, sem exceção, deverão nele entrar cedo ou tarde, e vemos todos os dias, pelo exemplo daqueles que partem a vantagem que há em conhecê-lo antes.
Não saberíamos muito repeti-lo, o Espiritismo não faz nenhuma teoria preconcebida; ele vê, observa, estuda os efeitos, e dos efeitos procura remontará causa, de tal sorte que, quando formula um princípio ou uma teoria, se apoia sempre na experiência. É, pois, rigorosamente verdadeiro dizer que é uma ciência de observação. Aqueles que mostram não ver nele senão uma obra de imaginação, provam que dele não sabem a primeira palavra.
Se o pai da senhora de Ogé estivesse morto, sem que ela o soubesse, na época em que ela sentiu os efeitos dos quais falamos, esses efeitos se explicariam da maneira mais simples. O Espírito livre do corpo teria vindo até ela para adverti-la de sua partida deste
mundo, e atestar sua presença por uma manifestação sensível, com a ajuda de seu fluido perispiritual; é o que é mais freqüente. Compreendemos perfeitamente que, aqui, o efeito é devido ao mesmo princípio fluídico, quer dizer, à ação do perispírito; mas como a ação material do corpo, que ocorre no momento da morte, pôde se produzir identicamente seis meses antes dessa morte, então que nada de ostensivo, doença ou outra causa, não podia fazê-la pressentir?
Eis a explicação que disto foi dada à Sociedade de Paris:
"O Espírito do pai dessa senhora, no estado de desligamento, tinha um conhecimento antecipado de sua morte, e da maneira pela qual ela se daria. Sua visão espiritual, abarcando um certo espaço de tempo, a coisa era, para ele, como presente; mas no estado de vigília disto não conservou nenhuma lembrança. Foi ele mesmo quem se manifestou à sua filha, seis meses antes, nas condições que deveriam se reproduzir, a fim de que, mais tarde, ela soubesse que era ele, e que estando preparada uma separação próxima, ela não ficasse surpresa com sua partida. Ela mesma, como Espírito, disso tinha conhecimento, porque os dois Espíritos se comunicam em conjunto em seus momentos de liberdade; era o que lhe dava a intuição de que alguém deveria morrer naquele quarto. Essa manifestação, igualmente, ocorreu no objetivo de fornecer um assunto de instrução com respeito ao conhecimento do mundo invisível."
Fonte: Revista Espírita, Janeiro 1868.

Francisco Rebouças

O TEMPO


       “Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho, Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Poesia

Emmanuel

O trânsito em qualquer parte,

Parece um teste constante,

Exigindo, a cada instante,

Humildade e amor ao bem;


Aparece um desafio,

A prolongar-se no insulto,

E o crime que estava oculto

Arrasa os dias de alguém.

Livro: Perdão e Vida
Chico Xavier/Espíritos Diversos.

Francisco Rebouças

Estudando o espiritismo - L.M.

Poderiam os Espíritos apresentar-se sob a forma de animais?

"Isso pode dar-se; mas somente Espíritos muito inferiores tomam essas aparências. Em caso algum, porém, será mais do que uma aparência momentânea. Fora absurdo acreditar-se que um qualquer animal verdadeiro pudesse ser a encarnação de um Espírito. Os animais são sempre animais e nada mais do que isto."

NOTA. Somente a superstição pode fazer crer que certos animais são animados por Espíritos. É preciso uma imaginação muito complacente, ou muito impressionada para ver qualquer coisa de sobrenatural nas circunstâncias um pouco extravagantes em que eles algumas vezes se apresentam. O medo faz que amiúde se veja o que não existe.
Mas, não só no medo tem sua origem essa ideia. Conhecemos uma senhora, muito inteligente aliás, que consagrava desmedida afeição a um gato preto, porque acreditava ser ele de natureza sobreanimal. Entretanto, essa senhora jamais ouvira falar do Espiritismo. Se o houvesse conhecido, ele lhe teria feito compreender o ridículo da causa de sua predileção pelo animal, provando-lhe a impossibilidade de tal metamorfose.

Fonte: O Livro dos Médiuns. F.EB 36ª edição - Cap.VI.

Estudando o espiritismo L.E.

562. Já não tendo o que adquirir, os Espíritos da ordem mais elevada se acham em repouso absoluto, ou também lhes tocam ocupações?
“Que quererias que fizessem na eternidade? A ociosidade eterna seria um eterno suplício.”

a) - De que natureza são as suas ocupações?
“Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las ao universo inteiro e velar porque sejam cumpridas.”

563. São incessantes as ocupações dos Espíritos?
“Incessantes, sim, atendendo-se a que sempre ativos são os seus pensamentos, porquanto vivem pelo pensamento. Importa, porém, não identifiqueis as ocupações dos Espíritos com as ocupações materiais dos homens. Essa mesma atividade lhes constitui um gozo, pela consciência que têm de ser úteis.”

a) - Concebe-se isto com relação aos bons Espíritos. Dar-se-á, entretanto, o mesmo com os Espíritos inferiores?
“A estes cabem ocupações apropriadas à sua natureza. Confiais, porventura, ao obreiro manual e ao ignorante trabalhos que só o homem instruído pode executar?”

564. Haverá Espíritos que se conservem ociosos, que em coisa alguma útil se ocupem?
“Há, mas esse estado é temporário e dependendo do desenvolvimento de suas inteligências. Há, certamente, como há homens que só para si mesmos vivem. Pesa-lhes, porém, essa ociosidade e, cedo ou tarde, o desejo de progredir lhes faz necessária a atividade e felizes se sentirão por poderem tornar-se úteis. Referimo-nos aos Espíritos que hão chegado ao ponto de terem consciência de si mesmos e do seu livre-arbítrio; porquanto, em sua origem, todos são quais crianças que acabam de nascer e que obram mais por instinto que por vontade expressa.”

565. Atentam os Espíritos em nossos trabalhos de arte e por eles se interessam?
“Atentam no que prove a elevação dos Espíritos e seus progressos.”

Fonte: O Livro dos Espíritos. F.E.B. 76ª edição.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Conciliação

“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça, e te encerrem na prisão.” Jesus. (Mateus, 5:25.)

Muitas almas enobrecidas, após receberem a exortação desta passagem, sofrem intimamente por esbarrarem com a dureza do adversário de ontem, inacessível a qualquer conciliação.
A advertência do Mestre, no entanto, é fundamentalmente consoladora para a consciência individual.
Assevera a palavra do Senhor – “concilia-te”, o que equivale a dizer “faze de tua parte”.
Corrige quanto for possível, relativamente aos erros do passado, movimenta-te no sentido de revelar a boa-vontade perseverante.
Insiste na bondade e na compreensão.
Se o adversário é ignorante, medita na época em que também desconhecias as obrigações primordiais e observa se não agiste com piores características; se é perverso, categoriza-o à conta de doente e dementado em vias de cura.
Faze o bem que puderes, enquanto palmilhas os mesmos caminhos,
porque se for o inimigo tão implacável que te busque entregar ao juiz, de qualquer modo, terás então igualmente provas e testemunhos a apresentar. Um julgamento legítimo inclui todas as peças e somente os espíritos francamente impenetráveis ao bem sofrerão o rigor da extrema justiça.
Trabalha, pois, quanto seja possível no capítulo da harmonização, mas se o adversário te desdenha os bons desejos, concilia-te com a própria consciência e espera confiante.

Livro: Pão Nosso
Chico/Emmanuel

Francisco Rebouças

Sempre o bem



Sejamos verdadeiros sim, mas usemos a verdade para fazer o bem!”

Francisco Rebouças.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

CAPÍTULO IV O DESDOBRAMENTO DO SER HUMANO

Aparições múltiplas do mesmo paciente.

Aparições múltiplas do mesmo paciente
Sra  Stone, Shute Haye, Waldich, Brídport. (90)
X... 1883.  
Fui vista três vezes, quando em realidade não me achava presente, e de cada vez por pessoas diversas. Da primeira, foi minha cunhada quem me viu. Ela me velava o sono, após o nascimento de meu primeiro filho. Dirigindo o olhar para a cama onde eu dormia, viu-me distintamente e, ao mesmo tempo, o meu duplo. Viu, de um lado, o meu corpo natural e, de outro, a minha imagem espiritualizada e tênue. Fechou várias vezes os olhos; mas, reabrindo-os via sempre a mesma aparição. Ao cabo de algum tempo, dissipou-se a visão. Pensou fosse um sinal de minha morte próxima, pelo que só muitos meses depois vim, a saber, do fato.
A segunda visão teve-a uma sobrinha, que morava conosco em Dorchester. Era uma manhã de primavera. Abrindo a porta de seu quarto, ela me viu subindo a escada que lhe ficava em frente, com um vestido preto, de luto, uma gola branca e um gorro também branco. Era esse o meu traje habitual, por estar de luto de minha sogra. Ela não me falou, mas me viu e julgou que eu fosse ao quarto de meu filho. Ao almoço, disse ao tio: Minha tia se levantou hoje muito cedo; eu a vi no quarto do filho. - Oh! Não, Jane, respondeu meu marido; ela não se sentia muito bem, tanto que vai almoçar no quarto, antes de descer.
O terceiro caso foi o mais notável. Tínhamos uma casinha em Weymouth, aonde íamos de tempos a tempos gozar da vizinhança do mar. Quando lá estávamos, éramos servidos por uma certa Sr Samways que, quando não estávamos, tomava conta da casa. Mulheres agradáveis e calmas, dignas de toda confiança, era tia da nossa estimada e antiga criada Kitty Balston, então conosco em Dorchester. Kitty escrevera à tia na véspera da visão, comunicando-lhe o nascimento do meu filho mais moço e dizendo que eu ia bem.
Na noite seguinte, a Sra Balston foi a uma reunião de preces, próximas a Clarence Buildings. Ela era batista. Antes de partir, fechou umas portas interiores, que dava para uma pequena área atrás da casa; fechou também a porta da rua e levou no bolso as chaves. Ao regressar, abrindo a porta da rua, percebeu uma luz no extremo do corredor. Aproximando-se, viu que a porta da área estava aberta. A luz clareava todos os recantos da área e eu me achava no centro desta. Ela me reconheceu distintamente: estava eu vestida de branco, muito pálida e com semblante fatigado. Apavorada, deitou a correr para a casa de um vizinho (a do capitão Court) e desmaiou em caminho. Quando voltou a si, o capitão Court a acompanhou até a nossa casa, que se encontrava tal qual ela a deixara, com a porta da área hermeticamente fechada. Nessa ocasião, eu me achava muito fraca e passei várias semanas entre a vida e a morte.
Da narrativa desta senhora, deduz-se que a sua saúde deixava muito a desejar e que era quando ela se achava de cama que sua alma se desprendia. Para que a hipótese da alucinação pudesse explicar essas aparições a três pessoas que se não conheciam umas às outras e em épocas diferentes, fora mister supor na Sra. Stone um poder alucinatório que ela exercia a seu mau grado; mas, ainda assim, não se compreenderia como a Sra a Balston, muito distante, pudera ser por ela influenciada. Parece-nos que o desdobramento explica mais claramente os fatos, pois que, noutra circunstância, sua cunhada lhe via muito distinta e simultaneamente o corpo material e o corpo fluídico.
Notemos também que a visão do duplo pela cunhada não é subjetiva, porquanto ela fecha os olhos repetida vezes, desaparecendo a visão nesses momentos, para se tornar de novo perceptível, logo que de novo os reabre.
Uma imagem alucinatória constituída no cérebro não lhe geria invisível quando estivesse com os olhos fechados.
Essas mesmas observações se aplicam às aparições daquela senhora: semelhança completa entre a forma física e o fantasma e repouso do organismo durante a manifestação.


Livro:  A Alma é Imortal
Gabriel Delane.

Francisco Rebouças.

SAUDADE



Emmanuel
Ante aos mortos queridos,
Faze o silêncio e ora

Ninguém pode apagar
A chama da saudade.

Entretanto se choras,
Chora fazendo o bem.

A morte para a vida
É apenas mudança

A semente no solo
Mostra a ressurreição.

Todos estamos vivos
Na presença de Deus...

Livro: Fonte de Paz
Chico Xavier/Espíritos diversos


Francisco Rebouças

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Medicina


André Luiz
Toda a medicina honesta é serviço de amor, atividade de socorro justo; mas, o trabalho de cura é peculiar a cada espírito.
A medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico.
Muito raramente não se encontram perturbações diretamente relacionadas com o psiquismo.
As preocupações excessivas com os sintomas patológicos aumentam as enfermidades; as grandes emoções podem curar o corpo ou aniquilá-lo. Se isso pode acontecer na esfera da atividade vulgar, imagine o campo enorme de observações que nos oferece o plano espiritual, para onde se transferem todos os dias, milhares de almas desencarnadas, em lamentáveis condições de desequilíbrio da mente.
O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscreverá a ação profissional ao simples fornecimento de indicações técnicas, dirigindo-se, muito mais, no trabalho curativo, às providências espirituais, nas quais o amor cristão represente o maior papel.
Livro: cura
Chico Xavier/Espíritos Diversos.



Francisco Rebouças

Mediunidade com Jesus

Em quaisquer setores de atividade humana, é natu­ral cultivemos, nas reentrâncias do coração, o anseio de melhoria e aperfeiçoamento.
O  engenheiro que, após intenso labor, obtém o seu diploma, aprimorar-se-á, no estudo e no trabalho, a fim de dignificar a profissão escolhida, convertendo-se em construtor do progresso e do bem-estar geral.
O  médico, no contacto com o sofrimento e a enfer­midade, na cirurgia ou na clínica, ampliará sempre os seus conhecimentos, com vistas à experiência no tempo. E, se honesto e bom, conquistará o respeito do meio onde vive.
O  artífice, seja ele mecânico ou carpinteiro, sapa­teiro ou alfaiate, no humilde labor diuturno, estudando e aprendendo, adquirirá os recursos da técnica especia­lizada, que o tornarão elemento valioso e indispensável no ambiente onde a Divina Bondade o situou.
O  advogado, no trato incessante com as leis, iden­tificando-se com a hermenêutica do Direito, compulsando clássicos e modernos, abrirá ao próprio Espírito pers­pectivas sublimes “para o ingresso à Magistratura respei­tável, em cujo Templo, pela aplicação dos corretivos legais, cooperará, eficientemente, com o Senhor da Vida na implantação da Justiça e na sustentação da ordem jurídica.
Se esta ânsia evolutiva se compreende nos labores da vida contingente, cujas necessidades, em sua maioria, virtualmente desaparecem com a cessação da vida orgâ­nica, que dizermos das realizações do Espírito Eterno, das lutas e experiências que continuarão além da Morte, para decidirem, afinal, no mundo espiritual, da felicidade ou da desventura do ser humano?
O quadro evolutivo contemporâneo assemelha-se a um cortejo que se dirige, simultaneamente, a uma necró­pole e a um berçário.
Vamos sepultar uma civilização poluida e assistir, jubilosos, à alvorada de luz de um novo Dia.
A Humanidade, procurando destruir os grilhões que ainda a vinculam à Era da Matéria, na qual predominam os sentimentos inferiorizados, apresenta dolorosos sinto­mas de decomposição, à maneira de um corpo que se esvai, lentamente, a fim de, pelo mistério do renasci­mento, dar vida a outro ser mais perfeito e formoso.
O médium, como criatura que realiza, também, de modo penoso, a sua marcha redentora, aspirando a me­lhorar-se e atingir a vanguarda ascensional, ressente-Se, naturalmente, no exercício de sua faculdade, seja ela qual for, deste estado de coisas, revelador da ausência do Evangelho no coração humano.
Os problemas materiais, os instintos ainda falando, bem alto, na intimidade do próprio coração, a inclinação ao personalismo e à vaidade, à prepotência e ao amor próprio, enfim, a condição ainda deficitária de sua indi­vidualidade espiritual, concorrem para que o Mais Alto encontre, nesta altura dos tempos, forte obstáculo à li­vre, plena e espontânea manifestação.
Justo e mesmo necessário será, portanto, que o mé­dium guarde, igualmente, no coração, o desejo de, pelo estudo e pelo trabalho, pelo amor e pela meditação, so­brepor-se ao meio ambiente e escalar, com firmeza e decisão, os degraus da evolução consciente e definitiva, convertendo-se, assim, com redução do tempo, em espiritualizado instrumento das vozes do Senhor.
Esclarecem os instrutores espirituais que é “a mente a base de todos os fenômenos mediúnicos”.
Assimilando, a natureza dos nossos pensamentos, o tipo das nossas aspirações e o nosso sistema de vida, a se expressarem através de atos e palavras, pensamen­tos e atitudes, determinarão, sem dúvida, a qualidade dos Espíritos que, pela lei das afinidades, serão compelidos a sintonizarem conosco nas tarefas cotidianas e, especial­mente, nas práticas mediúnicas.
Não podemos por enquanto, é verdade, desejar uma comunidade realmente cristã, onde todos se entendam, pensem no bem, pelo bem vivam e pelo bem realizem.
Seria, extemporaneamente, a Era do Espírito, reali­zação que pertencerá aos milênios futuros, quando tiver­mos a presença do Cristo de Deus no próprio coração, convertido em Templo Divino, em condições, por conse­guinte, de repetirmos, leal e sinceramente, com o grande bandeirante do Evangelho: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim.” -
Todavia, se é impossível, por agora, a cristianização coletiva da Humanidade do nosso pequenino orbe, Jesus continua falando ao nosso coração, em silêncio, desde o suave episódio da Manjedoura, quando acendeu, nas palhas do estábulo de Belém, a luz da humana redenção.
Cada um de nós terá de construir a própria edifi­cação.
Esta transição inevitável, da Era da Matéria para a Era do Espírito, pode começar a ser efetivada, humil­demente, silenciosamente, perseverantemente, no mundo interior de cada criatura.
Comecemos, desde já, o processo de auto-transfor­mação.
Este processo renovativo se verificará, indubitávelmente, na base da troca ou substituição de sentimentos.
Modifiquemos os hábitos, aprimoremos os sentimen­tos, melhoremos o vocabulário, purifiquemos os olhos, exerçamos a fraternidade, amemos e sirvamos, estudemos e aprendamos incessantemente.
Temos que deixar os milenários hábitos que nos cris­talizaram os corações, como abandonamos a roupa velha ou o calçado imprestável, que não mais satisfazem os imperativos da decência e da higiene.
A fim de melhor entendermos a base de tais subs­tituições, exemplifiquemos:
ERA DA MATÉRIA = {Ignorância = {questões materiais, questões espirituais. {Opressão = {espiritual, material. {Instintos = {animalidade, ambição.
ERA DO ESPÍRITO = {Conhecimento = {sabedoria humana, sabedoria espiritual. {Fraternidade = {material, espiritual. Renovação = {moralidade, altruísmo.
Vamos sair de uma para outra fase da evolução planetária, impondo-se, portanto, a renovação dos senti­mentos. Numa figura mais simples: a substituição do que é ruim, pelo que é bom, do que é negativo, pelo que é positivo, do que degrada, pelo que diviniza.
Antigamente, em época mais recuada, homens e gru­pos se caracterizavam, total e expressamente, pela igno­rância de assuntos espirituais e materiais, pela opressão — material e espiritual — uns sobre os outros, o mais forte sobre o mais fraco e, finalmente, pela absoluta predominância dos instintos.
Oprimia-se moral, econômica e espiritualmente. Sacrificava-se, inclusive, o irmão, em nome do Di­vino Poder.
O primado da Matéria abrangia todas as formas de vida.
Na fase de transição em que vivemos, tendemos, sem dúvida, para a espiritualização.
Substituiremos as velhas fórmulas da ignorância, da opressão política ou religiosa, moral ou econômica, pelas elevadas noções de fraternidade do Cristianismo.
       Os instintos inferiorizados cederão lugar, vencidos e humilhados, aos eternos valores do Espírito Imortal!
Como decorrência natural de tais substituições, a mediunidade, igualmente, sublimar-se-à.
Elevar-se-ão as práticas mediúnicas, porque Espí­ritos Sublimados sintonizarão com os medianeiros, em definitivo e maravilhoso Pentecostes de Amor e Sabedo­ria, exaltando a Paz e a Luz.
Quando o conhecimento dos problemas humanos, em seu duplo aspecto — material e espiritual, tornar-se uma realidade em nosso coração, a fenomenologia mediúnica se enriquecerá de novas e incomparáveis expressões de nobreza.
Quando a Fraternidade que ajuda e socorre, que per­doa e consola, substituir a Opressão, que sufoca e cons­trange, os médiuns serão, na paisagem terrestre, legíti­mos transformadores de luz espiritual.
O homem será irmão de seu irmão, sua vida será sublime apostolado de ternura e cooperação e o seu ver­bo a mais encantadora e harmoniosa sinfonia.
Quando nos moralizarmos e nos tornarmos realmente altruístas, superando a animalidade primitivista e a am­bição desmedida, nos converteremos em pontes luminosas, através das quais o Céu se ligará à Terra.
Se desejamos sublimar as nossas faculdades mediú­nicas, temos que nos educar, transformando o coração em Altar de Fraternidade, onde se abriguem todos os necessitados do caminho.
A Era da Matéria exige-nos conquistas exteriores, ganhos fáceis, prazeres e futilidades, considerações e hon­rarias. É o imediatismo, convocando-nos à preguiça e à estagnação, ao abismo e ao sofrimento.
A Era do Espírito pede-nos a conquista de nós mes­mos, luta incessante, trabalho e responsabilidades. É o futuro, acenando-nos com as suas mãos de luz para a realização de nossos alevantados destinos.
O médium que, intrinsecamente, vive os fatores ne­gativos da Era da Matéria, é operário negligente, cuja ferramenta se enferrujará, será destruída pelas traças ou roubada pelos ladrões, consoante a advertência do Evangelho.
Será, apenas, simples produtor de fenômeno.
O médium, entretanto, que vigia a própria vida, dis­ciplina as emoções, cultiva as virtudes cristãs e oferece ao Senhor, multiplicados, os talentos que por emprés­timo lhe foram confiados, estará, no silêncio de suas dores e de seus sacrifícios, preparando o seu caminho de elevação para o Céu.
Estará, sem dúvida, exercendo a “mediunidade com Jesus”...

Livro: Estudando a Mediunidade
Martins Peralva

Francisco Rebouças

ILUSÕES

Como se demoram no invólucro carnal, em que a ilusão dos sentidos predomina, têm dificuldade de agir com inteireza e crer integralmente, em re­gime de tranqüilidade.
Graças às equívocas atitudes que no consenso social lhes permitem triunfos enganosos, transferem tal comportamento, quase sempre para a fé que es­posam, acreditando-se resguardados nos sentimentos íntimos.
       
Porque produziram com acerto nas tarefas en­cetadas onde se encontram assumindo posições con­troversas, ora de leviandade, ora de siso, supõem poder prosseguir com o mesmo procedimento quan­do se adentram nas tarefas espíritas, que os fasci­nam de pronto. E porque se acostumaram à infor­mação de que os Espíritos são invisíveis ou perten­cem ao Imaginoso reino do sobrenatural, tratam-nos como se assim fosse, olvidados de que conquanto invisíveis para alguns homens, estão sempre pre­sentes ao lado de todos, ou apesar de tidos por gênios e encantados pertencem à Criação do Nosso Pai, em incessante marcha evolutiva.

Constituindo o Mundo Espiritual, já estiveram na Terra; são as almas dos homens ora vivendo a existência verdadeira.
Vêem, ouvem, sentem, compreendem e somente têm as diversas faculdades obnubiladas ou entor­pecidas quando narcotizados pelas reminiscências do corpo somático, demorando-se em perturbação.

Estuda com sinceridade as lições espíritas para libertar-te da ignorância espiritual. Elas te faculta­rão largo tirocínio e invejável campo de liberdade interior, promovendo meios de ação superior que produz paz e harmonia pessoal. Dir-te-ão o que fa­zer, como realizar e porque produzir com eficiência.

Cada Espírito é o que aprendeu, o que realizou, quanto conquistou. Não poderá oferecer recursos que não possui nem liberar-te das dores e provas que a si mesmo não se pode furtar.
Se algum te inspirar ociosidade ou apoiar-te em ilício, não te equivoques: é um ser enganado que prossegue en­ganando. Para poupar-te o desaire mediante a constatação dolorosa neste capítulo, não transfiras para os Espíritos as tuas tarefas, não os sobrecar­regues com as tuas lides. Nem exijas, — pois é sandice, — nem te subordines, — pois representa fascinação.
Mantém-te em respeitável conduta, em ação eno­brecida e êles, os Espíritos bons e simpáticos ao teu esforço, virão em teu auxílio, envolvendo-te em inspiração segura e amparo eficaz.
Rompe com a ilusão e não acredites que te sejam subalternos aos caprichos os Desencarnados, exceto os que são mais infelizes e ignorantes do que tu mesmo. 
Evolve e conquista para ser livre.
Jesus, antes de assomar ao lado das aflições de qualquer porte, junto a encarnados ou desencarna­dos, cultivou a prece e a meditação. E ao fazê-lo sempre se revestiu de respeito e piedade. No Tabor ou em Gadara a Sua nobreza se destacava na pai­sagem emocional dos diálogos inesquecíveis que foram mantidos.

Acende, também, a luz legítima da verdade no coração e, em contato com os Espíritos ou os homens, sê leal sem afetação, franco sem rudeza e nobre sem veleidades. Os Desencarnados te co­nhecem e os homens te conhecerão hoje ou mais tarde, não valendo, pois, o esfôrço de iludir-se ou iludi-los. 
*
“Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçosa a estrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela.)
Mateus: capítulo 7º, versículo 13. 
*
“Pelo simples fato de duvidar da vida fu­tura, o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrestre. Sem nenhuma certeza quanto ao porvir, dá tudo ao pre­sente. Nenhum bem divisando mais pre­cioso do que os da Terra, torna-se qual a criança que nada mais vê além de seus brinquedos”.
Capítulo 2º, — Item 5, parágrafo 2.

Livro: Florações Evangélicas
DIVALDO PEREIRA FRANCO
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

Francisco Rebouças

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

NOS DONS DO CRISTO

“Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom do Cristo”.-Paulo. (EFÉSIOS, 4:7.)
A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
O campo de luta permanece situado em nossa vida íntima.
Animalidade versus espiritual idade.
Milênios de sombras cristalizadas contra a luz nascente.
E o homem, pouco a pouco, entre as alternativas de vida e morte, renascimento no corpo e retorno à atividade espiritual, vai plasmando em si mesmo as qualidades sublimes, indispensáveis à ascensão, e que, no fundo, constituem as virtudes do Cristo, progressivas em cada um de nós.
Daí a razão de a graça divina ocupar a existência humana ou crescer dentro dela, à medida que os dons de Jesus, incipientes, reduzidos, regulares ou enormes nela se possam expressar.
Onde estiveres, seja o que fores, procura aclimatar as qualidades cristãs em ti mesmo, com a vigilante atenção dispensada à cultura das plantas preciosas, ao pé do lar.
Quanto à Terra, todos somos suscetíveis de produzir para o bem ou
para o mal.
Ofereçamos ao Divino Cultivador o vaso do coração, recordando que se o "solo consciente" do nosso espírito aceitar as sementes do Celeste Pomicultor, cada migalha de nossa boa-vontade será convertida em canal milagroso para a exteriorização do bem, com a multiplicação permanente das graças do Senhor, ao redor de nós.
Observa a tua "boa parte" e lembra que podes dilatá-la ao Infinito.
Não intentes destruir milênios de treva de um momento para outro.
Vale-te do esforço de auto-aperfeiçoamento cada dia.
Persiste em aprender com o Mestre do Amor e da Renúncia.
Não nos esqueçamos de que a Graça Divina ocupará o nosso espaço individual, na medida de nosso crescimento real nos dons do Cristo.
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

Viagens ao Espaço

 Irmão X

Falas, entusiasticamente, em habitantes de outros mundos, como se não estivéssemos habituados à experiência espírita.
Ante a evolução dos projéteis balísticos, referes-te às criaturas de Marte e Júpiter, Vênus e Saturno, com o êxtase de uma criança. E pensas em alterações e reviravoltas milagrosas, como se a tela moral do orbe pudesse modificar-se de momento.
Lembra-te, porém, de que a vida estua, vitoriosa, em toda à parte, e de que a própria gota d’água é um pequenino mundo, povoado por miríades de seres dos quais o microscópio nos proporciona ampla notícia.

Cada esfera quanto cada paisagem é habitada a seu modo. E todos nós, amigos desencarnados, formulamos votos para que o homem, nosso irmão, continue devassando pacificamente o espaço, surpreendendo novas características de vida no reino cósmico. Nota, entretanto, que há mais de um século os homens que “morreram” chamam, debalde, a atenção dos homens que “vão morrer”. E gritam que a vida continua para lá do sepulcro, que a matéria se gradua em outros estados diferentes daquele pelo qual é conhecida na Terra.

Convidados à verificação da verdade, sábios eminentes como Crookes, Myers, Morselli, Ochorowiez, Aksakof, Lodge, empenham a própria autoridade, trazendo a lume observações e declarações indiscutíveis.
Médiuns consagrados ao bem colaboram na difusão dos novos conhecimentos. Home, Eusápia, Esperance, Piper, sem nos reportarmos às irmãs Fox, submetem-se a exigências constantes.
Os espíritos são vistos, ouvidos, apalpados, fotografados e identificados, mas, porque os medianeiros permanecem naturalmente unidos à mensagem, como o violino ao musicista, o notável pesquisador constrói com tal sutileza a sua filosofia da dúvida, que a Doutrina Espírita estaria transfigurada simplesmente em vasto laboratório de intermináveis experimentos, não fosse a legião de bravos que lhe sustentam o estandarte de amor e luz, como autênticos vanguardeiros do progresso, junto da Humanidade.

Ainda assim, apesar de todos os empeços, avança a evidência do Mundo Espiritual.
Nos países mais cultos do Globo os fenômenos do Evangelho vão sendo revividos, imprimindo conseqüências morais por toda parte. Os assuntos da sobrevivência são reexaminados.
Outros médiuns chegam à sementeira das grandes revelações e o movimento prossegue, anunciando a continuação da vida no Além.

O problema, contudo, é tão fascinante que até mesmo os espíritos, privilegiados do entendimento, manuseiam-lhe os valores como quem lhe desconhece a grandeza.Permanecem na realidade fulgurante, à maneira do homem comum à frente do Sol. À força de recolher-lhe, gratuitamente, a vitalidade e o calor, se esquece de agradecer-lhe a presença.
Não precisa perguntar-nos, assim com esse ar de encantamento, se pode habilitar-se a uma excursão até Vênus ou Marte, em época próxima. Queiras ou não, farás, como nós já o fizemos, uma viagem muito pais importante. Mesmo que bebas soros de longevidade, com geleia real de contrapeso, conforme as usanças do século, apresentarás as tuas despedidas no momento adequado.

Creias ou não creias, conhecerás cidades prodigiosas e ninhos abismais, superlotados de gente que sente e pensa como tu. Não precisarás, para isso, tripular um foguete em velocidade. Virás mesmo na barca do velho Caronte.
Nem alarme, nem propaganda. Para os homens, nossos irmãos na Terra, estarás em silencia.

Mas teus olhos verdadeiros mostrar-se-ão percucientes por trás da fronte marmórea e a tua voz se levantará, renovada, por cima da boca hirta. Tão logo comece a romagem, dirão no mundo que estás morto.
Pensa nisso para acostumar-te, desde agora, às dificuldades com que te haverás, depois, para seres recebido entre os homens.

De qualquer modo, porém, encontrarás na Doutrina Espírita todos os recursos necessários à grande preparação. Se respeitada, ela te será precioso passaporte, laboriosamente adquirido, para que te dirijas, tranqüilo, aos domínios maravilhosos que desejas conhecer. E essa circunstância; no caso, é a mais expressiva de todas, porque, se podes chegar hoje, em carne e osso, a planetas diversos do nosso, a fim de observares o que é dos outros para morreres em seguida, amanhã desembarcarás nos planos da Vida Maior, em espírito e verdade, para receberes o que te pertence.


Livro: Histórias e Anotações
Chico Xavier/Irmão X.

Francisco rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel