“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

LIÇÕES DE ALTA MAGNITUDE



TRANSIÇÃO PLANETÁRIA
O serviço a que nos afeiçoáramos exigia esforço e abnegação, pois quanto mais atendíamos Espíritos em grande sofrimento,  outros  mais  chegavam  ao  grupo  em  que trabalhávamos,  quando  os  cadáveres  eram  trazidos  pelas  ondas  e  atirados  às  praias,  ou resultavam  da  desencarnação  daqueles  que  haviam  ficado  inconscientes,  traumatizados,  e porque  não  houvessem  recebido  assistência,  não  resistiam  aos  ferimentos,  ao  de perecimento das forças, à desnutrição, às infecções.
Ana continuava erguendo o archote de fluidos luminosos, de forma que pudesse haver claridade específica na  noite  espiritual, ao tempo em que também contribuía com  a sua valiosa ajuda.
O  padre  Marcos  falava,  naquele  momento,  a  um  pequeno  grupo  de  cristãos católicos,  que  ainda  se  imantavam  aos  despojos  materiais.  A  sua  voz  era  meiga  e  gentil, informando-os que a morte não deveria ser vista como uma grande desgraça.
  Todos, quando nascem, estão assinalados para morrer —  enunciou, amoroso
—porquanto esse é o ciclo da vida. O oposto de vida não é morte, mas renascimento.
"Jesus morreu, a fim de que pudesse ressuscitar ao terceiro dia, demonstrando a imortalidade e comunicando-se com os amigos queridos que haviam ficado na retaguarda, aguardando a confirmação das Suas palavras luminosas.
"Graças ao Seu retorno, é que o Evangelho pôde ser confirmado e a mensagem de que é portador tornou-se a esperança de todos aqueles que sofrem e se encontram à borda do abismo, sem entregar-se ao medo ou ao desânimo.
"Confiar, portanto, que há um reino além da carne que nos espera a todos, é dever de  todo  cristão,  cuja  doutrina  se  assenta  na  certeza  da  vitória  da  vida  sobre  o  decesso tumular."
Enquanto ele falava, Abdul, Ivon, Oscar e nós outro, agora acompanhados por dois Espíritos indonésios que se ofereceram para cooperar conosco, trabalhávamos na libertação dos recém-desencarnados com os vínculos fortes mantidos com os corpos, na condição de frutos espúrios do materialismo a que se aferravam.
À  medida  que  cada  um  era  liberado,  embora  atento  às  palavras  do  sacerdote, experimentava um como vagado e tombava, quase inconsciente, sendo retirado de imediato do pequeno círculo para a área de transporte.
  Felizes    continuava  o  apóstolo  da  caridade    somos,  todos  aqueles  que acreditamos em Nosso Senhor Jesus Cristo e que O temos na condição de Caminho, Verdade e  Vida.  A  Ele  vinculados  pelo  amor  que  nos    sustento  às  emoções,  morte  é  vida,  e infortúnio é bênção, porque nada acontece sem a Sua  permissão superior.
"Enfrentai  a  tormenta  do  desespero  como  os  Seus  discípulos,  quando  na  barca frágil ante a tempestade ameaçadora que, temerosos, Lhe pediram auxílio, e Ele acalmou os ventos  e tranquilizou as ondas.  Nele temos o seguro Nauta que conduzirá a barca da  nossa imortalidade ao sublime destino da paz.
"Não temais, pois, permanecendo confiantes e ajudando-nos a ajudar-vos.
"Por mais assustador se vos apresente o fenômeno da morte orgânica, a vida é um triunfo sobre todas as injunções, e nada a consegue destruir. Por isso, abandonar o veículo carnal, que já não tem utilidade, agradecendo-lhe a cooperação durante a jornada concluída e avançar  com  segurança  pelo  rumo  da  imortalidade  constitui  motivo  de  infinita  alegria.
Novamente serão reencontrados os afetos que vieram anteriormente e que vos aguardam, reorganizando  as  famílias,  através  dos  abençoados  laços  do  amor.  Portanto.  alegrai-vos  e confiai,  porque  as  dores  afugentes  de  agora  logo  mais  serão  um  capítulo  do  passado vencido."
Silenciando, por momentos, a fim de que as suas palavras pudessem ser ouvidas e entendidas, permaneceu em prece que o adornava de tênue claridade espiritual dele mesmo emanada, exteriorizando, naquele  paul  de  desespero,  a  grandeza  que  o  caracterizava  na ordem da evolução.
Tomados  de  emoção  natural,  os  ouvintes  choravam  e  imprecavam  pela  ajuda,  oque a todos nos sensibilizava.
Nesse clima de elevadas vibrações de amor e de compaixão, podíamos perceber o valor dos sentimentos da afetividade  no intercâmbio  com os irmãos mais angustiados. Se o amor não puder atender os objetivos essenciais para os quais se constitui, a  sua finalidade é utópica e vã.
Não foi por outra razão que Jesus o elegeu como a mais nobre quão indispensável conquista a que pode aspirar o ser humano.
Ao mesmo tempo em que nos alegrávamos com os resultados da convocação do padre Marcos, constatávamos os resultados infelizes decorrentes da leviandade e da ilusão a que se permitem os indivíduos que se encontram distantes do  conhecimento da realidade espiritual.
Os fenômenos dolorosos de licantropia constrangiam-nos, levando-nos à reflexão, tanto  em  relação  aos  que  lhes  padeciam  a  vicissitude,  como  àqueles  que  se  tornavam vítimas inermes desses algozes, afinal, de si mesmos.
O desconhecimento das Leis da Vida faz que o Espírito mergulhe no mais abismal estado de primitivismo,  não  se  interessando  pela  ascensão  que  o  arranque  da  situação deplorável.
Não  nos  passava  pela  mente  qualquer  sentimento  de  reproche  ou  de  censura, porquanto, de alguma forma, somos viajantes da noite de sombras densas na direção  do dia iluminado e fulgurante.
Os atavismos religiosos que lhes ofereciam primícias e estados de glória logo após a  morte  biológica,  mantinham  alguns  que  se  davam  conta  do  fenômeno  de  que  foram objeto,  aguardando  a  chegada  dos  anjos  mitológicos,  e  desesperavam-se,  tombando  na blasfêmia e na revolta, reclamando contra o abandono em que supunham encontrar-se. Essa transferência  de  responsabilidades  dos  nossos  atos  para  a  Divindade,  além  de  ser  uma atitude profundamente leviana é muito cômoda, porque proporciona uma visão totalmente distorcida da realidade, transferindo-a para o mundo da fantasia e da mágica, no qual tudo é possível.
Somente quando o  ser  humano  desperta  realmente  para  a  consciência  de  si mesmo,  das  responsabilidades  que  lhe  dizem  respeito,  é  que  tem  início  o  processo  de descobrimento da verdade e do dever.
Enquanto  isso  não ocorre, a transferência  para os outros de tudo quanto lhe  diz respeito, seja na ocorrência infeliz, aos demais culpando, ou nas necessidades da evolução, esperando  que  os  anjos  da  misericórdia  por  eles  opere  de  maneira  sobrenatural  e privilegiada, liberando-os do esforço que deve ser empreendido para a auto iluminação.
Logo após a  peroração  do  padre  Marcos,  o  nosso  mentor  acercou-se-nos,  e percebendo  as  interrogações  que  bailavam  na  minha  mente,  socorreu-me  com  alguns esclarecimentos que são preciosas lições de vida.
  O  caro  Miranda  não  ignora    começou  ele,  suavemente    que  todas  as ocorrências  contribuem  para  o  nosso  processo  de  crescimento  na  direção  de  Deus.  Até agora,  infelizmente,  as  religiões,  embora  o  imenso  respeito  que  devotamos  a  todas  elas, aliás  ainda  muito  necessárias,  firmam-se  em  condutas  mágicas  e  não  racionais,  não responsabilizando os seus fiéis a respeito dos seus atos, que respondem pelas consequências que sempre os alcançam, normalmente em clima de aflição, por causa dos seus conteúdos morais negativos.
"Apresentando os seus deuses ou profetas especiais, alguns dos quais vítimas de transtornos  de  conduta,  que  mesclaram  as  informações  superiores  com  os  próprios conflitos, dando lugar a revelações castradoras e perversas, propõem-se como responsáveis pela palavra de Deus, humanizando-O e limitando-O às suas paixões, distante da grandeza imarcescível  e  infinita  do  Criador,  dando-lhes  a  aparência  de  verdades  indiscutíveis.  Mais preocupadas com o exterior, as  fórmulas e preceitos, do  que com sentimento interno dos devotos,  laboram  pela  quantidade  de  adeptos.  sem  a  maior  preocupação  de  os  qualificar para  a  existência  breve  na  Terra  e,  a  seguir,  a  imortalidade  em  que,  desde  o  corpo,  se encontram mergulhados.
"Incapazes de  entender  a  Causalidade  Absoluta  do  Universo,  elaboram  os  seus conceitos na linguagem pobre das suas necessidades e arrastam as multidões que ainda não sabem  pensar,  trabalhando-lhes o  fanatismo  doentio,  herança  do  primarismo  espiritual, como mecanismo de salvação imediata, bastando pequenos esforços humanos para a eterna recompensa  ou,  quando  isso  não  é  conseguido,  a  terrível  punição  eterna,  sem  a  mínima possibilidade  de  receber-se  misericórdia  ou  compaixão.  Apesar  disso,  informam  com empáfia  que  o  Pai  Todo  Amor  é  também  Todo  Misericórdia,  numa  colocação  paradoxal absurda.
"Cambaleiam, então, no mundo físico, esses autômatos da fé, sendo transferidas para o mundo espiritual as multidões equivocadas e engessadas nas informações cavilosas, assimiladas sem raciocínio e  recebidas  como  herança  dos  ancestrais  que  pensam  honrar fixando-se nelas, sem a preocupação, porém, da auto iluminação. Os seus dogmas, os seus cerimoniais,  todos  elaborados  com  crueldade,  amesquinhando  o  ser  humano,  escravizam-nos  ao  temor  e  mantêm-nos  na  ignorância  em  que  se  encarceram,  sendo  muito  difícil esclarecê-los nos primeiros tentames, após o decesso tumular."
Aquietou-se por um momento, olhando, entristecido, a imensa mole espiritual que estorcegava na alucinação e no desespero sem limite, dando continuidade:
— E nesse  estágio  do  sofrimento  que  a  compaixão  dos  céus  recambia  esses sofredores  de  volta  à  abençoada  escola  terrena  para  o  ministério  da  reencarnação,  em expiações severas ou provações rudes, facultando-lhes o entendimento das leis de justiça e dos deveres que devem constituir a pauta de todas as existências.
"Mesmo negando com ferocidade a doutrina dos renascimentos carnais, isso não impede que ela seja  uma  lei  universal,  ocorrendo  em  toda  parte,  como  bênção  de incomparável significado, sem  a qual nos manteríamos nas faixas iniciais da evolução, sem chances de desenvolvimento intelecto-moral.
"Perfeitamente compatível com a lei de progresso que somente ocorre ao longo do processo das experiências pessoais, a reencarnação, a pouco e pouco, faz que o deus interno desenvolva-se e agigante-se no imo do Espírito, imanando-o a Deus.
"Acompanhando as dores  acerbas  que  dominam  esses  milhares  de  Espíritos equivocados  na  sua  maneira  de  acreditar  na  Vida  Abundante,  das  suas  fixações  nos interesses  transitórios  como  se  fossem  permanentes,  mais  uma  vez  damo-nos  conta  de como ainda vivemos na infância espiritual, as criaturas terrestres habituadas aos caprichos do egoísmo, sem as gratificações sublimes da solidariedade e do amor.
''Religiosamente, todos estamos informados de que o túmulo não  significa aniquilamento,  portanto,  sabemos  que  a  vida  prossegue.  Seria  lógico,  em  consequência, vivermos  de  maneira  compatível  com  essa  convicção,  o  que  realmente  não  ocorre.  As disputas e fixações materiais de tal maneira se fazem dominadoras em nosso mundo íntimo que, conscientemente ou  não,  postergamos  o  momento  da  partida  do  corpo, indefinidamente. Quando somos jovens, anelamos para que isso ocorra na velhice e, quando a idade provecta se nos instala, ao sentirmos a  aproximação  do  fenômeno  da desencarnação,  o  medo  se  nos  assenhoreia,  levando,  não  poucos  de  nós,  ao  transtorno depressivo, á revolta ou a outro tipo de desequilíbrio.
"Bastariam somente  alguns  momentos  de  reflexão  diária  em  torno  da transitoriedade da vida física, para nos prepararmos e aguardarmos com alegria o momento da  desencarnação.  Qual  o  encarcerado  que  não  anela  pela  liberdade,  e  que,  vendo  outro que estava na sua cela partir, não deseja lambem que lhe soe o momento grandioso? E com que júbilo enfrenta-o quando chega!
"A  metáfora  explica  bem  como  nos  deveríamos  comportar,  o  que, lamentavelmente, não ocorre.
"Dia, não muito distante,  porém,  surgirá,  em  que  as  religiões  serão  portas  de acesso  à  vida  e  não  cárcere  na  ignorância  e  no  absurdo.  Desse  modo,  lembremo-nos  que todos os profetas e fundadores de religiões, por mais elevados e nobres, não se equiparam a Jesus  Cristo que  os  enviou  à  Terra,  a  fim  de  que  diluíssem  um  pouco  as  sombras  da crueldade, para que Ele instaurasse, nos dias já recuados, as balizas do Reino dos Céus no mundo. Mesmo aqueles que vieram depois do Seu advento, são ministros do Seu reino. Por essa razão, veio o Consolador que Ele prometera, para apressar esses dias, o momento da verdadeira comunhão entre as criaturas e o Criador.
"Não desfaleçamos, portanto, e cumpramos o nosso dever."
Encontrava-me edificado e surpreso, pensando como o nobre médico  chegara  a essas  conclusões,  sabendo  que  ele  vivenciara,  na  sua  existência  anterior,  a  convicção anglicana.
Percebendo-me a reflexão, o amigo generoso sorriu e completou:
  Amigo Miranda, o conhecimento viaja daqui para a  Terra e não de lá para cá.
Desse modo, participando dos grupos de estudos  em  nossa  comunidade,  tomei conhecimento da Revelação Espírita e da sua magnitude para o ser humano.  Por isso, estou engajado na tarefa em que nosso grupo se encontra.
E porque novas questões me assomassem à  mente,  ainda  jovial  e  sábio,  ele interrompeu-me, propondo-me:
— O trabalho nos espera, e as perguntas encontrarão as suas respostas na ação do bem com Jesus.
Livro: Transição Planetária
Divaldo Franco/Manoel Philomeno de Miranda

Francisco Rebouças



TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

























Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel