“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Iniciando o Ataque


        Os dias correram e o trabalho no Centro Espírita pros­seguia em relativa tranquilidade. Nas zonas espirituais infe­riores, porém, os adversários da verdade já estavam prontos para o ataque.
Júlio César, qual doente mental, gritava palavras de ordem, seguidas destas orientações:
Camaradas! Nossa hora chegou! Já fui informado de que os emissários da luz igualmente se organizaram, falando aos res­ponsáveis encarnados da maldita Instituição sobre os nossos pla­nos. Já esperávamos por isso, espíritos fracos nos denunciaram; isso não vai nos impedir!
O odioso Templo permanece impregnado de fluidos amoro­sos. Nós, também, somos muitos e dispomos de poderosas vibra­ções negativas. Nosso momento chegou!
        - Gonçalves!... Gonçalves! Gritou o infeliz, procuran­do entre a multidão seu capataz.
- Estou aqui, senhor, respondeu o servo diabólico.
- Já fez a verificação dos principais trabalhadores?
Sim, aqui está o levantamento, dez dirigentes serão visi­tados por nós.
Temos, por exemplo, os registros da... responsável pelo... atendimento fraterno. Veja:
O nome dela é Márcia Boaventura. Identificamos, após dias de observação, que é uma mulher dedicada ao trabalho espírita. Nos últimos cinco anos, dizem os relatórios, nunca faltou nos dias de plantão. Promove periodicamente reuniões com seus coope­radores, está sempre disposta a ouvir sugestões, trata a todos com afabilidade e doçura, evita os comentários menos edificantes, está distante das fofocas, trabalhando com espantosa seriedade, guar­dando e recomendando absoluto sigilo sobre todos os casos de atendimento. Através dela não temos nenhum campo de ação, sem contar a proteção que angariou pelo trabalho tão bem reali­zado, quase não oferece brecha, limitando a 1% nossa influen­ciação sobre ela. Entretanto, para nossa grande alegria, é casada com um homem possuidor de densas vibrações, o que nos permi­tiu a aproximação e convivência em sua própria residência; avesso ao Espiritismo, o esposo frequenta raramente os cultos de uma seita evangélica, carregando na mente a ideia de que a Doutrina Espírita é coisa do diabo.
- Isso! Interrompeu o mandante, eis aí o nosso homem! Incentive-o a continuar na igreja, acompanhe-o, ore com ele se for preciso! (risos)
À igreja? Perguntou o serviçal admirado.
Sabe mesmo o que está me mandando fazer? Insistiu o ca­pataz completamente atordoado. Explique melhor, senhor, quais são seus objetivos.
Preste bem atenção, Gonçalves, disse o astuto Júlio César, aproximando-se do empregado, abraçando-o como se desejasse falar-lhe em secreto, guardando brilho estranho nos olhos, retirando-se, a passos lentos, para local isolado, en­quanto ditava, com voz soturna, aos ouvidos do tolo servi­dor das trevas este triste plano:
- Vamos atormentá-la, envolveremos de tal forma o infe­liz do marido que ele fará da vida dela um inferno e, a pretexto de manter a harmonia do lar, ela terá de abandonar as tarefas e aí, adeus à afabilidade e à doçura.
- Mestre, contra argumentou Gonçalves, há, ainda, uma outra coisa, a considerar. O marido é dado à bebida, se o incentivarmos à igreja, as orientações, ainda que fanáticas, amea­çando os adeptos com o fogo do inferno, poderá levá-lo a largar o álcool, impossibilitando-nos de utilizar mais este trunfo.
Ora, respondeu o obsessor chefe, que trunfo melhor poderíamos ter senão o medo do inferno. Nós somos os próprios “demônios”, deixe que o infeliz pare de beber; para nós o que im­porta é infernizá-la, irritá-la naquilo que possui de mais sagrado. Ela não aguentará os argumentos de um marido fanático e, além do mais, poderemos fazer com que toda a economia doméstica seja, mensalmente, conduzida à igreja, “contribuindo com a obra do Senhor”, perturbando-lhe ainda mais a vida financeira e a con­vivência familiar. Assim, ela será obrigada a procurar um em­prego, a fim de suprir as necessidades básicas, afastando-se defi­nitivamente das tarefas no Centro Espírita.
Não se esqueça, continuou o perverso coordenador, de verificar na instituição alguém cujas vibrações denotem desejo ar­dente em assumir um cargo, veja entre os próprios companheiros de Márcia se há brechas nesse campo, quem sabe um desejo es­condido, uma pontinha de inveja etc. Incentive-os a cobiçar esta colocação, aproveite um daqueles dias em que os trabalhadores demonstram natural irritação, ocasionada pelas atividades frené­ticas da vida moderna, fazendo com que alguns comecem a se aborrecer com as orientações da coordenadora. Faça brotar, en­tre eles, ideias de que a responsável pelas entrevistas gosta de mandar, aparecer, dominar! Assim, quando nossa “querida irmã” abandonar o trabalho espírita, compelida pelo marido, outros estarão à disposição, ávidos pela disputa do cargo de entrevistador-mor, e os que forem reprovados certamente se afastarão melin­drados. Os que ficarem não terão a mesma eficiência de nossa vítima, será o fim do atendimento fraterno bem organizado da­quela Casa.
Plano perfeito!
Vamos, ordenou o mandante perverso, não quero mais perder tempo! É preciso valorizarmos as horas, o atendimento fra­terno precisa ser desestruturado a qualquer preço!
- Mas, senhor, disse o secretário das sombras, não deveríamos visitar primeiramente, como estava programado, o pre­sidente da Casa juntamente com o diretor doutrinário? Não de­veriam ser as primeiras vítimas de nossa perseguição?
— Já estão sendo, respondeu o organizador astuto, à me­dida que os departamentos forem atingidos por nossa influencia­ção, quando o funcionamento das tarefas começarem a se com­prometer, haverão de se preocupar e muito provavelmente se ir­ritarão pouco a pouco, abrindo-nos o canal de influenciação. Preciso fazer com que a organização esteja acima da fraternida­de, aí, ficará mais fácil nossa infiltração. Brechas serão abertas por todos os lados, e nossas ideias serão captadas com mais faci­lidade.
Organizaremos o restante dos perseguidores para visitarem OS Outros dirigentes. Quero cuidar do caso Márcia Boaventura com especial atenção. 
Os obsessores deixaram a cidade das trevas em direção à residência do casal Boaventura.
Márcia, tarefeira no campo das entrevistas, permane­cia junto às atividades domésticas. O marido, criatura azeda e difícil, desenvolvia ondas de impaciência e indignação pelo trabalho da esposa no Centro Espírita, argumentando:
Mulher, você tem que parar com essas coisas de Espiri­tismo, é preciso pensarmos um pouco mais em nossa vida finan­ceira. Quanto você recebe do seu Centro pelas horas que empe­nha a serviço do Espiritismo?
Recebo a consciência tranquila de ter realizado algo de bom em benefício dos semelhantes.
Basta! Disse o marido visivelmente irritado.
Diga, quem é que põe comida nesta casa? Quem é que paga as despesas domésticas, e além do mais, quem financia o transporte coletivo que lhe conduz ao Centro?
E você, meu bem, respondeu a esposa, procurando tolerá-lo. E contra argumentou:
Mas, veja, tenho cumprido com os meus afazeres, a casa permanece em ordem, nada lhe falta, faço todas as suas vonta­des. Do que é que você se queixa? Só porque me dedico, algumas horas por semana, aos trabalhos voluntários promovendo o bem?
O homem rude, de vibrações densas, vencido por pala­vras calmas, lúcidas e apoiadas na autoridade moral, calou­-se pensativo. Foi nesse ínterim que os adversários da verda­de o envolveram com estes pensamentos:
À igreja, vá para a igreja, mostre a ela que você é mais caridoso. Se ela vai ao Centro, você também pode ir aos cultos evangélicos. Deus precisa de você!
E sendo envolvido por pensamentos exteriores e por­que desejasse sair de casa, desenvolveu as ideias que lhe che­gavam vagarosas.
Horas mais tarde, Boaventura, ladeado por Júlio César e Gonçalves, os intérpretes das trevas, adentrava luxuoso templo”, desejando ouvir argumentos para libertar a esposa do Espiritismo.
A “igreja” mantinha espaço amplo e moderno, cente­nas de lugares à disposição da massa de necessitados. Fisica­mente inspirava respeito, espiritualmente, porém, era o re­fúgio de entidades maléficas, interesseiras, sensuais e explo­radoras. Uma multidão de espíritos desequilibrados aguardava a turba de encarnados. Músicas envolventes eram compos­tas, nessa psicosfera espiritual, a fim de serem inspiradas aos compositores encarnados daquele agrupamento, com o ob­jetivo de hipnotizar e envolver as mentes menos preparadas.
O  “templo” erguido em homenagem a Mamom, era administrado espiritualmente por Daniel, entidade que em sua última encarnação fundou inúmeras seitas fanáticas que exaltavam o dinheiro.
Sentado em cadeira especial, representando um trono celeste ao centro do palco, o coordenador inferior, contro­lava todo o movimento das entidades malvadas.
Daniel, notando a chegada de Júlio César, de sobressal­to dirigiu-se ao seu encontro e, em posição de subserviência, declinou esta reverência:
Salve, ó grande Júlio César!
Você me conhece? Perguntou o grande perseguidor admirado.
- Quem já não ouviu falar de figura tão ilustre? Claro, que o conheço.
Sei que o senhor é um dos obsessores imediatos da falange da qual faço parte. Sei, também, que administra respeitável ci­dade dedicada às obsessões. Tenho comigo as informações bási­cas do seu currículo, entre elas conheço a sua especialização em destruir centros espíritas!
Eu o admiro sinceramente! Não é fácil perseguir aqueles que têm conhecimento de como as coisas espirituais funcionam. Aqui, por exemplo, vez por outra os espíritos da luz se apresentam ar­rebatando muitos dos nossos, mas os encarnados, trabalhadores deste núcleo, não dispõem do intercâmbio mediúnico ostensivo, da fé raciocinada, da caridade pura, o que facilita muito o meu trabalho. Mas, quanto ao senhor trabalhando tão de perto e tão corajosamente junto aos tarefeiros dos centros espíritas! Ah! Isso não é para qualquer um!
Seja bem-vindo em minha casa, quero que saiba: sou Daniel, desde agora seu servo.
O mandante das trevas quase explodiu de tanta satisfa­ção! Recompondo-se dos elogios do colega, falou-lhe desta forma:
Estou agradecido, Daniel, pela sua hospitalidade, isso fa­cilitará muito o meu trabalho. Será recompensado por isso, fala­rei aos meus superiores da sua boa vontade em ajudar, da sua colaboração e certamente será promovido.
- Não, senhor, replicou a entidade alucinada, não de­sejo promoção, sei o quanto as vagas na sua equipe são concorridas. Uma oportunidade ao seu lado, para mim já estará excelente, desejo mesmo aprimorar minhas condições de influenciação negativa.
Ótimo, disse Júlio César, ficará conosco sob as ordens de meu secretário. Sua presença nos será útil.
Já que demonstra tamanha atenção para conosco, quero lhe falar dos nossos planos: preciso de sua ajuda para influenciar al­guém em especial. Está vendo aquele senhor na terceira fila à direita?
Sim, respondeu Daniel.
Precisamos fazer com que fique completamente fascina­do pelas ideias que você divulga aqui. A esposa dele, por realizar um trabalho que nos incomoda, é quem desejamos atingir. Ela é uma rocha moral, espiritualizada e dedicada ao próximo. Não temos condições de atingi-la por vibrar em outras faixas, sintoni­zando constantemente com os mensageiros da luz. Por isso, estamos sendo obrigados a desenvolver verdadeira manobra, ocu­pando-nos um tempo precioso, mas valerá a pena!
Gostaria apenas que nos concedesse apalavra, que nos per­mitisse envolvermos o “pastor”, no momento do culto, para que nossas colocações possam atingir Boaventura em cheio.
Ah! quanto a isso o senhor não terá problema. Clodoaldo, nosso valoroso “pregador” encarnado, atende às nossas ondas mentais com muita facilidade; é também ligado aos nossos inte­resses.
Muito bem, concluiu Daniel, está autorizado! Entretan­to, precisamos nos apressar, o “culto” vai começar em instantes. 
        Aquela seita edificara um rico templo em homenagem a Mamom. Fluidos de interesses materiais estavam impreg­nados por toda a parte, evidenciando a exploração humana. Entre os coordenadores encarnados, a sinceridade era ine­xistente, o desejo de servir despretensiosamente ali não exis­tia, pessoas interesseiras foram atraídas pelo comércio da fé. A cobiça e a ambição dominavam os sentimentos dos repre­sentantes do “templo”, onde a palavra de Jesus deveria ser vivida, mas assim não acontecia. Entidades terrivelmente inferiores ensaiavam discursos para o “culto”. Pouco a pou­co, a igreja era ocupada por pessoas com as mais variadas dificuldades. Muitas revestidas de fé verdadeira, de méritos espirituais, de honestidade e amor, também se apresentavam engrossando as fileiras do luxuoso “santuário”.
Próximo do início das atividades, marchas musicais fo­ram tocadas, preparando o psiquismo dos presentes.
Terminado o show de músicas lúgubres, figura esquisita adentrou no ambiente físico, era Clodoaldo, o “pastor” chefe.
De posse do livro sagrado dos cristãos, a criatura auste­ra, de intenções sombrias, contemplou demoradamente a extensa plateia de necessitados, preparando-se para falar, quando foi envolvido pelos dois intérpretes das trevas, que lhe inspiraram este discurso:
Meus irmãos, os sofrimentos no mundo representam o castigo divino. Se você sofre é porque está em débito com Deus e precisa saldar esta dívida. Nós, os pastores de Deus, recebemos um dom do eterno Pai, o de aliviar e até acabar com os sofrimen­tos; somos os mensageiros do Senhor!
Entretanto, nada na vida é de graça, Deus espera que você faça a sua parte, dê a sua cota de sacrifício para se libertar dos problemas espirituais que lhe atormentam, e é sobre o sacrifício que vamos falar. É preciso ter coragem para agradar a Deus, ter fé para conquistar a simpatia de Deus, ser ousado nas rogativas dirigidas a Deus. Se você quer se ver livre dos problemas, doe sua parcela de sacrifício para a edificação do reino de Deus na Terra. E a igreja é a casa de Deus, que precisa da sua contribuição para consolar a multidão de desafortunados, filhos do Senhor.
Estranha força partia do “pregador”, poderosas vibra­ções magnéticas prendiam a atenção do público.
Júlio César estava transfigurado, ligara-se com planos mais inferiores, mentalizara a figura mítica de satanás assu­mindo perispiritualmente a forma mitológica, impressionan­do os adversários do bem.
Daniel, contudo, dizia:
-Lindo! Que capacidade! Este é meu mestre, meu mentor. Que as trevas lhe acompanhem, Júlio César! Gritava o novo discípulo, sustentando o camarada com pensamentos menos edificantes.
E todo aquele, continuou o representante da malda­de, que contribuir com Deus terá sempre o dobro. Portanto, quem mais doar, mais receberá. 
Neste momento, gritos de aleluia foram pronunciados pelos profissionais da fé, incentivando o povo a concordar com os absurdos proferidos pelo “pastor”, que exaltava a in­sensatez.
Boaventura estava impressionado, os olhos brilhavam à maneira daqueles que estão ébrios de ambição; sentia-se atraído pelo pastor, notava ares de simpatia para com aquele homem. Clodoaldo, influenciado por Júlio César, ligou-se a Boaventura, olhando-o incessantemente, como se estives­sem imantados por estranho magnetismo.
O esposo de Márcia não buscava algo espiritual verda­deiro, mas benefícios puramente materiais, como muitos dos presentes. Pensava na reforma da casa, em aumentar a ren­da doméstica e, quem sabe, enriquecer com ajuda divina. Isso facilitava muito a atuação dos perseguidores. 
Neste ponto, os adversários espirituais começaram a gritar instigando a massa: Doem! Doem! Doem! Doem tudo! Tudo para o Senhor! Deus é o nosso salvador! (risos)
Estas palavras eram repetidas pelos trabalhadores en­carnados. Via-se, nitidamente, mãos encarquilhadas oferta­rem os últimos recursos, homens fortes ofertando o salário do mês, mães desesperadas doando os últimos centavos, en­gordando os cofres do “santuário” erguido a Mamom. O ce­nário era triste, vários espíritos bons, penalizados, aguarda­vam a hora oportuna para ajudar.
Terminado o momento do ofertório, o “pastor” fez uma rogativa. As palavras pediam a Deus pelos necessitados, mas o coração contava as moedas! Entretanto, centenas de pes­soas oravam com fervor, inúmeras possuíam méritos e, nesta hora, os benfeitores espirituais, que estão em toda parte, ali se apresentaram, atraídos pelos pensamentos das pessoas nobres de sentimentos, colhendo os pedidos sinceros que, muitas vezes, numa explosão de fanatismo, eram feitos aos gritos; e, naquela algazarra, os verdadeiros espíritos do Se­nhor, que não eram vistos ou percebidos pelos adversários do bem, trabalhavam silenciosamente, anonimamente, pro­movendo passes magnéticos nos enfermos, recolhendo ob­sessores, espíritos recém-desencarnados, almas sofredoras e infelizes, num extraordinário trabalho de benemerência. Terminada a prece , muitos sentiam-se aliviados, atribuin­do a melhora ou a cura aos poderes místicos do “pastor”.
Eram literalmente os falsos profetas, anunciados por Jesus. No processo de seleção em que a Terra se encontra, é natural que Deus nos permita agirmos com liberdade, pois que estamos sendo classificados através dos próprios atos.
Entretanto, nada foge à lei de causa e efeito. Essas ex­pressões dolorosas terão de ser consertadas pelos próprios enganadores. Mesmo em núcleos dedicados à exploração humana, Deus direciona luzes, enviando os bons espíritos para socorrer quantos clamarem sinceramente por misericór­dia.
        Júlio César, ladeando o porta-voz de Mamom, fortale­cia-o no discurso mentiroso:
Eu lhe solicito, Senhor, que aqueles que contribuíram com a sua obra sejam especialmente abençoados e que os males espi­rituais sejam retirados, os demônios afastados. E, nesse instan­te, “atores” contratados caíram ao solo, simulando manifes­tações demoníacas, sugestionando as mentes fracas, pertur­badas pelos adversários do bem, a repetirem os atos treslou­cados. No plano espiritual as entidades debochavam, riam, divertiam-se da crendice popular, ao mesmo tempo em que muitos frequentadores encarnados ficavam temerosos, aguardando a expulsão dos demônios pelo “pastor” que, pronun­ciando as palavras combinadas, afastou os espíritos impuros dos “atores”, enquanto os ajudantes despertavam as mentes impressionadas, restabelecendo a “ordem” no ambiente físi­co. Concluída a encenação, ainda fortemente envolvido pelos coordenadores das trevas, o “pregador” continuou:
Vocês viram o poder do demônio? Mas o nosso poder é maior! Aleluia! Aleluia!
Todos aqueles que não têm fé, caem nas garras de satanás. Ele age de várias formas, tendo sua morada nos centros espíritas.
Neste momento, Júlio César retirou-se ligeiramente do campo de ação do expositor da mentira, aconchegando-se a Boaventura, influenciando-o, para que as informações o convencessem.
— O Espiritismo, continuou o orador das trevas, é a dou­trina do demônio, os espíritas são adoradores da maldade, aque­les que abraçam esta doutrina têm a vida atrasada, os homens que são casados com mulheres que trabalham neste movimento podem ser contaminados, o contrário também é verdadeiro; a re­sidência fica marcada e o diabo poderá arrebatá-los do dia para a noite. Se alguém aqui possuir parentes frequentando ou trabalhando nestas casas, deixem os nomes para a reunião de liberta­ção, onde afastaremos o demônio amarrando-o definitivamente, confinando-o no inferno, donde nunca deveria ter saído, livran­do os lares desta indesejável companhia. Sejam fortes, não deem trégua aos espíritas, convençam os parentes, tragam-nos ao nos­so templo. Todo aquele que consegue converter um irmão à nos­sa fé, cresce aos olhos de Deus.
Não tolerem as conversas espíritas, satanás é quem orienta essas casas!
Boaventura parecia estar em transe, e uma onda de ódio, iniciada por Júlio César, invadiu-lhe a alma, fazendo-o re­fletir erroneamente, desta forma:
  Por isso, então, permaneço na pobreza, esse é o motivo de não conquistar nada materialmente. Márcia vai me pagar!
O mandante das trevas lançou o olhar para o “prega­dor”, ajudando-o a terminar a ridícula exposição, fazendo-o pronunciar estas palavras:
  O espírito de Deus está me dizendo que aqui há várias pessoas com este problema, aqueles que possuem amigos ou pa­rentes envolvidos com o espiritismo, por favor, levantem a mão.
Dezenas de pessoas se apresentaram, o “pastor”, então, se colocou à disposição para, ao final do “culto”, conversar individualmente com aqueles que quisessem libertar os seus parentes do demônio, recuperando a paz familiar.
 
Livro: Aconteceu na Casa Espírita
Emanuel Cristiano/Nora
 
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel