72 – A Psicografia
P – Chico Xavier, o que vem a ser o fenômeno da Psicografia? Porque muita gente o conhece, porém, esse nome científico é um tanto escuro para muitos.
R – Desde 1927, quando psicografei a 1a mensagem, eu senti que a entidade tomava o meu braço como se fosse um instrumento quase que mecânico para que ela pudesse escrever livremente.
Muitas vezes, o espírito comunicante me faz sentir no campo mental aquilo que ele re-corda ou pensa mas, habitualmente eu não sei o que ele está escrevendo através do meu braço. É como se o meu braço fosse um aparelho elétrico repentinamente ligado à força, cuja origem eu mesmo não posso precisar.
73 – Início da Faculdade Mediúnica
P – Como nasceu, ou melhor dizendo, como você percebeu a faculdade mediúnica?
R – Eu tinha 4 anos de idade, quando o meu pai e minha mãe em determinado diálogo manifestavam opiniões diferentes a respeito de certa pessoa, quando ouvi ao meu lado uma voz que esclarecia o assunto a favor da pessoa que era lembrada. A voz transmitia palavra de tal modo estranha para mim. Meu pai também se assustou bastante quando me viu transmitir aquelas palavras e chegou a pensar que eu teria sido uma criança trocada em alguns dos atos religiosos que ele e minha mãe freqüentavam na condição de católicos, que sempre foram. Depois disso, depois da desencarnação de minha mãe, comecei a vê-la por várias vezes no fundo do quintal de casa da senhora que me recolhera, antes do segundo casamento do meu pai e então, daí para cá, entrei num campo de intercâmbio com o mundo espiritual que eu, francamente não estranhava,porque na condição de criança, eu não trazia no cérebro nenhum conflito mental, com respeito ao antagonismo das filosofias, de crenças religiosas, e conside-rava as visitas do espírito de minha mãe, acontecimento simples e natural. Somente depois, comecei a perceber que estava num campo que as outras pessoas desconheciam.
74 – Primeira Mensagem Psicografada
P – Quando você começou a psicografar?
R – Na noite de 08 de julho de 1927, em Pedro Leopoldo, Estado de Minas Gerais.
75 – Formação Religiosa
P – Como foi a sua formação religiosa em criança?
R – A minha formação foi estritamente Católica Apostólica Romana segundo as nossas tradições brasileiras, pois méis pais eram católicos, e minha mãe fazia questão de orarmos junto dela todas as noites, de modo que eu tive essa base que me foi muito salutar e que é extremamente valiosa até hoje.
76 – Mediunidade. Reação da Família
P – Você, Chico Xavier, encontrou alguma dificuldade para expressar as suas faculda-des mediúnicas no princípio?
R – Sim, conquanto meu pai fosse para mim o meu melhor amigo e cuja memória tenho ainda no coração como sendo o melhor companheiro dos meus dias, ele não se conformava com a minha condição de criatura que vivia em dois mundos, de modo que meu pai se con-trariava muitíssimo com as informações e com as visões que eu dava notícia, e procurava obstar por todos os meios, o meu desenvolvimento no campo que nós, em Pedro Leopoldo, uma cidade interiorana, naquele tempo ainda no início, plenamente desconhecíamos.
77 – Padre Sebastião Scarzelli
P – Alguém lhe prestou algum auxílio decisivo na infância, para que você compreendes-se essa sua faculdade mediúnica?
R – Quando meu pai se casou pela segunda vez, aquela que veio para nós como sendo uma segunda mãe, era uma criatura de sentimentos muitos nobres e generosos, católica tam-bém, por formação. Ela me aproximou de um padre que está sempre em minha lembrança.
Trata-se do sacerdote Sebastião Scarzelli, desencarnado na cidade de Joinvile, no Es-tado de Santa Catarina, talvez com mais de 90 anos de idade, já na condição de monsenhor Sebastião Scarzelli. Esse sacerdote, a pedido de minha segunda mãe, me confessou várias vezes, me ditou diversas penitências e diversos deveres de natureza religiosa, às vezes um tanto quanto difícil para uma criança de 8 a 11 anos de idade. Ele notava que o meu com-portamento era de uma pessoa lúcida, mas acompanhada de inteligência que ele não podia, na condição de sacerdote, classificar com justiça absoluta. Quando eu completei 10 anos em 1921, ele foi para mim de uma bondade enorme, aconselhando-me a procurar no trabalho, numa condição de vida, através da qual eu pudesse crescer no interior de Minas Gerais, sem que parentes e amigos chegassem a lembrar a minha internação em sanatório.
Ele me reconhecia como pessoa lúcida na minha idade de 10 anos, mas, me via expres-sando inteligências estranhas a meu modo de ser e me recomendou que esperasse o tempo, para que com a ajuda de Deus pudesse a minha condição mental ser clareada suficientemen-te e para que eu não viesse a entrar em qualquer perturbação mental. O Pe. Sebastião Scar-zelli foi um verdadeiro benfeitor. Pediu para mim um emprego na Cia de Fiação e Tecela-gem Cachoeira Grande, em Pedro Leopoldo, no ano de 1921, onde comecei o meu serviço profissional, ali trabalhando durante 4 anos. Foi o trabalho que me livrou de uma condição difícil de vez que no ponto em que cediam os meus conflitos, qualquer pessoa poderia pensar que se tratava de uma criança mentalmente alienada, o que o Padre reconhecia não ser ver-dadeiro.
78 – Perseverança e Desenvolvimento Mediúnico
P – A mediunidade de tantas pessoas tem alguma semelhança com a sua, ou você é do-tado de algum senso maior ou evidência? Seria você, um mensageiro designado para trazer a mensagem para o nosso povo de agora, já que é internacionalmente conhecido?
R – Estou absolutamente convencido que não é assim. Todos os médiuns são favoreci-dos por faculdades mais ou menos semelhantes. No meu caso apenas a perseverança, durante meio século no assunto, tenha clareado mais um pouco o intercâmbio espiritual, com a medi-unidade de que tenho sido portador, com os habitantes de uma vida maior. Mas todos os mé-diuns, se perseverarem, poderão chegar ao máximo resultado possível.
79 – Mudança para Uberaba
P – Desde quando você reside em Uberaba?
R – Desde o dia 05 de janeiro de 1959. Já conhecia Uberaba na condição de servidor do Ministério da Agricultura, nas Exposições Pecuárias no mês de maio. Mas residência fixa foi em 05 de janeiro de 1959, tendo vindo de Pedro Leopoldo para cá.
P – Houve algum motivo especial, para sua mudança de Pedro Leopoldo para Uberaba?
R – Uma das causas principais que não posso esquecer, foi uma labirintite sofrida por mim, durante dois anos, sem que a medicina de Belo Horizonte e de Pedro Leopoldo pudesse debelá-la. Só consegui fazer com que ela desaparecesse num clima temperado como o de Uberaba. Pedro Leopoldo, minha cidade de nascimento, é muito fria e não me permitia a me-lhora desejada. Em Uberaba eu consegui a minha recuperação.
P – Então foi somente por esses motivos que você se adaptou tão bem à cidade de Ube-raba?
R – Não só por esse motivo, mas porque encontrei em Uberaba, uma comunidade pro-fundamente humana e imensamente compreensiva, onde os católicos, os evangélicos, espíri-tas e os materialistas conseguem viver em paz uns com os outros com grande respeito mútuo e a maioria de todos eles, interessados no benefício do próximo. Uberaba me impressiona tanto pelo espírito de solidariedade humana, que sinceramente é uma cidade da qual eu não desejaria me retirar em tempo algum.
80 – Cristianismo em Uberaba
P – Você citou o entrosamento existente entre todas as religiões, ou seja, católicos, espí-ritas, evangélicos, etc. Você nunca deparou com alguma divergência de natureza religiosa?
R – Em Uberaba não, porque encontrei aqui, Jesus Cristo, como sendo o ponto comum de encontro de todos os uberabenses no apreço recíproco que os uberabenses cultivam de uns para os outros. Então, Jesus em Uberaba, é como se fosse uma luz, que iluminando a todos, a todos irmana para benefício de comunidade inteira. Penso que estamos em uma cidade ideal nesse ponto de vista.
81 – Relacionamento com Dignidades Católicas
P – Falando ainda em Uberaba, você chegou a conhecer o Sr. Arcebispo e o Arcebispo Administrador Apostólico de Uberaba?
R –Já tive a honra de conhecer ambos. O Sr. Arcebispo de Uberaba, Dom Alexandre Gonçalves do Amaral me impressionou vivamente pela grandeza de coração, pelo espírito apostólico, na condição de pastor de uma comunidade tão grande, como esta do Triângulo Mineiro. Vi de imediato, ao encontrá-lo na TV Uberaba, que se trata de um mensageiro de Cristo, claramente capacitado para orientar a comunidade e discernir com justiça os pro-blemas da nossa vida em comum e conduzir os cristãos para o bem, porque o bem e a fé são duas luzes que se destacam de imediato na personalidade do Sr. Arcebispo em qualquer con-tato que em qualquer contato que tenhamos com ele. Quanto ao nosso digno Arcebispo Ad-ministrador Dom José Pedro Costa, já tive igualmente ocasião de encontrá-lo e admira-lo profundamente pelo seu espírito messiânico, pela sua grandeza apostólica junto a nossa gente de Uberaba, sabendo sempre simplificar as suas palavras ao alcance de todos, servir a Jesus do melhor modo possível para que a paz e o bem-estar, a harmonia e a segurança es-tejam sempre com todos os uberabenses. São dois grandes pastores espirituais, aos quais eu presto a homenagem do meu maior respeito e de minha profunda admiração, pedindo a Deus que nos conserve a vida preciosa deles e a saúde deles, para o bem de nós todos.
82 – Relações com o Mundo Político
P – Chico Xavier, nesta entrevista exclusiva para a Revista “Destaque”, você poderia nos dizer se você tem recebido a visita das personalidades do nosso mundo político? Quem?
R – Bem, algumas vezes temos recebido políticos de renome dentro de nossas reuniões e fora de nossas reuniões, mas, compreendo a minha total desvalia nesse campo de atividade e creio que terão vindo até nossa casa ou até o nosso grupo, pelo espírito de bondade e de cordialidade humana que caracterizam os nossos homens políticos. Não devo declinar no-mes, porque seria pedantismo maior do que aquele que já possuo.
83 – Relações com o Mundo Artístico
P – E do mundo artístico? Você conhece alguns nomes que o representam?
R – Sim. Algumas vezes tenho comparecido em programas de Televisão, absolutamente por respeito de companheirismo, sem qualquer idéia de receber essa ou aquela compensa-ção. E nesses encontros, tenho tido oportunidade de conhecer e cultivar amizades que consi-dero das mais respeitáveis e das melhores em minha vida, como: Aládia Centenaro, Roberto Carlos, Vanuza, Mariza Sanches, Lolita Rodrigues, Airton Rodrigues, Dionízio Azevedo, Flora Geni, Maria Isabel de Lisandra, Meire Rose, Paulo de Figueiredo, Fausto Rocha, A-racy Balabanian, Paulo Goulart, Nicete Bruno, Carlos Zara, Ivani Ribeiro, Rodolpho Mayer e esposa, Eva Wilma, Rolando Boldrin, Tony Ramos, Everthon de Castro, Agnaldo Rayol, Moacyr Franco, Flávio Cavalcanti, Silvio Santos, Hebe Camargo, Débora Duarte, Lima Duarte, Gracindo Filho, Juçara Freire, Dercy Gonçalves, Ronald Golias, Carlos Alberto de Nóbrega, Carlos Alberto Richeli, Therezinha Sodré, Nair Belo e seu esposo Dr. Irineu, Lúcia Lambertini, Maysa e Carlos Alberto, Jair Rodrigues, Denner, Zilda Cardoso, Carmélia Al-vez, Renato Aragão, Muçum, Mauro Gonçalves, Clara Nunes e marido, Rui Rezende, Cláu-dia Barroso, Iara Lins, Cleide Yaconis, Luiz Carlos Becker, Dorita Duarte, Marcos Lázaro, Luiz Américo, Ângelo Máximo, Perla, Cláudio Fontana, Almir Guimarães, Blota Júnior, Dulce Santucci, Altamiro Carrilho, Erlon Chaves, Márcia de Windsor, Cynira Arruda, Ge-raldo Vietri, Geórgia Gomide, Beth Goulart, Célia Coutinho e Eduardo Lambert, Elaine Cristina, Sérgio Galvão, Vicente Leporace, Augusto César Vanucci, Radamés Gnatalle, Sil-vio Rocha, Flávio Galvão, Benito de Paula, Marilu Martinelli e outros que não me ocorrem neste momento.
Aliás tem um destaque que eu gostaria de dar. Creio que Aládia Centenaro, grande bai-larina e diretoria de bailado em São Paulo, é um gênio universal, porque ela tem enorme poder de criatividade. Aládia Centenaro é uma das brasileiras mais ilustres que eu conheço em matéria de arte.
84 – Amizade com Roberto Carlos
P – Você poderia nos contar como foi que você se tornou amigo com relações tão estrei-tas com Roberto Carlos?
R – Roberto Carlos tendo vindo à Uberlândia, passou por Uberaba para tomar um avião de regresso a São Paulo. Ele nos deu a honra de uma visita. Isso há mais ou menos cinco a-nos atrás. Desde então, nos tornamos amigos. Compreendo Roberto, um grande gênio criador da música e da poesia brasileira. Seja como poeta, como compositor, ou como cantor, o Ro-berto Carlos para mim, não é só o amigo; é um gênio admirável também.
85 – O que atrai as pessoas
P – As pessoas que lhe procuram são pessoas que simplesmente querem ter o prazer de conhecer o Chico Xavier? É por curiosidade? Ou trata-se de pessoas realmente enfermas que buscam pelo seu intermédio uma graça ou uma cura?
R – Acredito que muitas pessoas que têm os livros de Emmanuel, André Luiz e de ou-tros amigos espirituais, me procurem no desejo de observar se sou uma pessoa capaz de pro-duzir o livro que elas leram. Acredito que eu deva causar muito desapontamento a essas pes-soas, porque eu não tenho nenhuma qualidade especial para impressionar a ninguém. E elas naturalmente compreendem que os livros pertencem aos espíritos, e não a mim. Entretanto, a maioria das pessoas que me procura, são pessoas que estão sofrendo traumas muito grandes depois do falecimento de entes queridos, almas que sofreram desencarnações cruéis; pessoas que aspiram muitas vezes ao suicídio e querem compreender que o suicídio não consta das leis de Deus; outras pessoas enfermas, desejando melhora. Neste último caso, os espíritos amigos, por meu intermédio, encaminham para os médicos competentes da nossa cidade e do nosso tempo, para que elas se tratem devidamente como se faz necessário.
86 – Mensagens de Parentes
P – E essas pessoas que já perderam seus entes queridos; vindo conversar com você, têm oportunidade de receber uma mensagem vinda do além? Por exemplo: Uma pessoa que tenha morrido a 20 anos atrás. Viria essa pessoa por seu intermédio mandar alguma mensagem, fosse uma mãe, pai, avós desencarnados ou qualquer outro parente?
R – Quando o plano espiritual permite, essa pessoa se comunica. Isso não depende de mim, mas até hoje, tenho recebido algumas centenas dessas mensagens particulares e posso dar aos nossos amigos de “Destaque”, alguns livros que relacionam essas mensagens.
87 – O Espírito de Aceitação
P – Existem pessoas que têm acorrido a todos os recursos terrenos e espirituais na espera de uma cura para sua enfermidade, que não tendo resolvido seu problema, acabam chegando à descrença. Mesmo sem fé, muitas vezes ainda procuram você como um recurso. Essas pes-soas podem chegar a receber uma cura?
R – Acredito que, se a pessoa está no merecimento natural da cura, tenha ela fé, ou não tenha fé, a misericórdia divina permite que essa criatura encontre a restauração de suas for-ças. Isso em qualquer lugar, em qualquer religião, ou em qualquer tempo, agora, os espíritos nos aconselham um espírito de aceitação. Primeiramente, em qualquer caso de doença que possa ocorrer em nós, em nosso mundo orgânico. O espírito de aceitação torna mais fácil pa-ra o médico deste mundo ou para os benfeitores espirituais do outro, atuarem em nosso favor. Agora, as nossas aflições ou as nossas inquietações, apenas perturbam os médicos neste mundo e no outro, dificultando a cura. E podemos ainda acrescentar: que muitas vezes temos conosco determinados tipos de moléstias, que nós mesmos pedimos, antes da nossa reencar-nação, para que nossos impulsos negativos ou destrutivos sejam treinados. Muitas frustrações que sofremos neste mundo, são pedidas por nós mesmos, para que não venhamos a cair em faltas mais graves do que aquelas que já caímos em outras vidas. Mas, como estamos num regime de esquecimento – como uma pessoa anestesiada para sofrer uma operação -, então nos desmandamos em rebeldia, em aflição desnecessária, exigindo uma cura, que se tiver-mos, será para a nossa ruína. Não para o nosso benefício.
88 – Tratamento Médico
P – Você, Chico Xavier, já passou por algum tratamento médico, ou alguma intervenção cirúrgica?
R – Perfeitamente. Tenho um problema de luxação no olho esquerdo, desde o ano de 1931 e me trato de 3 em 3 meses ou de 6 em 6 meses com oculistas em Belo Horizonte e em Uberaba, acompanhando a evolução dos medicamentos, para que a minha doença possa tam-bém ser contida para não me causar maiores dilapidações no campo ocular. Neste ponto de vista, o médico, em Uberaba, é o Dr. Ismael Ribeiro da Silva. Quanto a tratamentos cirúrgi-cos, já passei por cinco operações de grande risco. A última ocorreu em 1968, no Hospital Santa Helena, em São Paulo, mas sempre sob controle médico, e com todas as técnicas da cirurgia dos tempos que atravessamos.
89 – Tratamento Espiritual
P – De que modo você entende a medicina agindo em seu favor, quando os livros, psi-cografados por você demonstram a existência de tantos amigos espirituais em sua vida?
R – Os espíritos, sempre me explicaram que mediunidade não nos faculta privilégio al-gum e que na condição de doente, eu deva ser tratado, como um doente qualquer, mas não como um doente especial. Sabemos que centenas de pessoas estão hospitalizadas. É mais do que natural que eu também, de tempo em tempo, passe pela provação de sofrer em meu cor-po, o bisturi ou outros instrumentos, que corrijam desajustes com os quais eu não poderia continuar vivendo...
90 – Processo Anginoso
P – A imprensa atualmente vem fornecendo vasto noticiário, com respeito à sua saúde. É verdade que você enfrenta problemas graves de angina?
R – É verdade. Mas, isso eu considero muito natural, em uma pessoa de 67 anos, saben-do-se que minha mãe, aos 38 janeiros de idade, faleceu, vítima de angina. De modo que não é nada de admirar que aos 67, o mesmo problema de angina esteja no meu campo orgânico me criando a necessidade de um tratamento rigoroso.
P – Quem são os médicos do seu atual tratamento, aqui em Uberaba?
R – No meu atual tratamento, no campo circulatório, os meus médicos são os Drs. Silvio Pontes Prata, que é eminente cardiologista do Triângulo Mineiro, e o Dr. Eurípedes Vieira, médico também muito distinto da cidade, com larga experiência médica tanto no Brasil como nos Estados Unidos.
91 – Doação de Direitos Autorais
P – Chico, passando agora para o campo profissional, é verdade que você sempre entre-ga gratuitamente às editoras espíritas, os livros por você psicografados?
R – Sem dúvida. É verdade. Eu nunca entreguei um livro sequer com o objetivo de compensação monetária. Os livros pertencem às editoras espíritas que os lançam sempre para fins beneficentes, ou de divulgação da própria Doutrina Espírita. Pertencem a essas editoras, e não a mim; porque de cada livro eu entrego um documento público de doação, de qualquer direito que me possa caber no assunto para que pessoa alguma ligada à minha vida venha a reclamar esses ou aquele direito depois da minha morte, porque os livros não são meus, e sim, dos espíritos amigos que se comunicam por intermédio.
92 – Livros vertidos para outros idiomas
P – Alguns dos livros psicografados por você, já foram traduzidos pra outros idiomas? Em quais idiomas foram lançados?
R – Alguns desses livros já foram traduzidos, temos 13 traduzidos para o castelhano, 4 traduzidos para o Esperanto, 5 para o inglês, 1 para o francês, 1 para o japonês, 1 para o gre-go, 3 para o Tcheco. Temos alguns em outros países, com os direitos cedidos pelas editoras, aos quais eu fiz a entrega gratuitamente. Podemos ainda acrescentar, que já temos 22 livros em braile, recebidos de nós para os nossos irmãos que são portadores de cegueira física.
93 – Correspondência Pessoal
P – Você que se corresponde com muitas cidades do Brasil e do exterior, poderia dizer qual a média de correspondência que você recebe diariamente?
R – Em média, recebemos 60 cartas por dia.
94 – Remessas de Mensagens
P – Nós sabemos que você expede diariamente mensagens de seus amigos espirituais para diversos pontos do Brasil. Qual a média de mensagens impressas que são expedidas por dia, ou por semana?
R – A média de 20.000 por dia e 120.000 por semana, porque expedimos com exceções dos domingos. O Correio de Uberaba pode dar testemunho.
P – Chico, se você não recebe direitos autorais dos livros por você psicografados, com que verba pode você manter um intercâmbio postal assim tão grande?
R – Como é razoável, não temos remuneração absolutamente para qualquer atividade espiritual. Mas, muitos amigos nossos espontaneamente nos oferecem selos e recursos outros com os quais nós sustentamos essa tarefa. Mas é preciso esclarecer que esses recursos são sempre enviados a nós, espontaneamente, sem qualquer constrangimento, apenas com muita gratidão de nossa parte, para aqueles que se lembram de que estamos trabalhando dentro de uma causa em que não há sentido monetário para pessoa alguma.
95 – Discos. Direitos Autorais
P – E os discos que você já lançou trazendo mensagens espirituais? Você também os ce-de gratuitamente?
R – Os discos que foram lançados sob minha responsabilidade, até hoje, pertencem à Comunhão Espírita Cristã de Uberaba. A essa instituição, entreguei os discos com muito pra-zer, para fins beneficentes. Pertencem a CEC e não a mim.
96 – Mediunidade e Atividade Profissional
P – Chico Xavier, nós estamos lembrando aqui, que conforme a imprensa tem publi-cado, você completa neste ano de 1977, meio século de serviços mediúnicos; esses 50 anos de mediunidade chegaram a impedir sua vida profissional?
R – Absolutamente. Eu trabalhei 40 anos em minha vida profissional; 4 anos em uma fábrica de tecidos, 4 anos num empório onde não havia apenas o trabalho de balconista, mas também zelador de uma horta muito extensa, no horário das 7 da manhã às 9 da noite. Traba-lhei 32 anos consecutivos no Ministério da Agricultura, na condição de escriturário. Desta maneira, trabalhei 40 anos na profissão e trabalhei 50 anos em mediunidade praticamente à noite, pois as sessões foram sempre efetuadas, quando eu estava fora do horário da atividade profissional.
P – Qual é o nome da instituição em que você atua na condição de médium em Uberaba, e qual é o endereço dessa instituição?
R – A nossa Instituição traz o nome de Grupo Espírita da Prece e está situada a Av. João XXII, no. 1495 (mil quatrocentos e noventa e cinco).
97 – Colaboradores na Tarefa
P – Você tem tido nessa Instituição colaboradores para lhe auxiliarem nessa causa, ou seja, no serviço da Instituição? Poderia citar seus nomes?
R – Podemos perfeitamente porque estamos certos de que nada podemos realizar sozi-nhos neste mundo. Temos a colaboração do Sr. Weaker Batista, da sua esposa D. Zilda Batis-ta, da D. Elza Fontoura Calixto, do Sr. Otoniel Calixto, do Dr. Eurípedes Humberto Higino dos Reis, do Dr. José ramos, D. Carmem Higino dos Reis, do Sr. Davidson Andrade, do Prof. José Thomaz da Silva Sobrinho, do Dr. Carlos Baccelli e de sua esposa D. Márcia da Silva Baccelli, do Sr. Vivaldo da Cunha de Souza, do Dr. Alaor Ribeiro e sua esposa D. Adélia Ribeiro, do Dr. Fúlvio Márcio Fontoura e sua esposa D. Ivone Fontoura, D. Haydée Nunes, Antônio Ribeiro da silva e sua esposa D. Irmã da Silva, Antonio Simões, Eurípedes de Melo, (o nosso estimado “Cabo Xexéu”), o soldado Darcy, o Sr. Carlos Alberto Guimarães, D. Maurita de Castro, a Srta. Joana D’Arc Napoli, os irmãos Eurípedes Alan e Alan Eurípedes de Napoli, D. Doris de Araújo Cipriani, Sr. Antônio Corrêa de Paiva, D. Terezinha Araújo Cipriani, Sr. Antônio Corrêa de Paiva, D. Therezinha Pousa de Paiva, D. Maria Alice Palis, D. Jamila Palace, Dr. Euclídes Moacir Valtrik, Sr. Alaor de Souza Ramos, e outros muitos, cuja colaboração nos é extremamente valiosa.
P – Chico, nessa relação de colaboradores seus lá no Grupo Espírita da Prece, você citou o cabo Eurípedes de Melo e o soldado Darcy. Eles fazem parte da comunidade espírita, são somente seus amigos, ou de que forma eles colaboram com você?
R – São militares muito dignos, cedidos pela direção do 4o Batalhão de Polícia Militar, sediado em Uberaba, por alta generosidade do comandante, que compreender que somos, no nosso grupo, visitados por centenas de pessoas desconhecidas e que nos ajuda a susten-tar a ordem, através desses dois amigos, que além de serem dois moços altamente capacita-dos par ao cargo que ocupam, são também militares muito distintos que não dão cobertura em questão de segurança. Além desses, quando necessário, o 4o B. P., por bondade do Sr. Comandante, autoriza a vinda de outros agentes policiais de ordem e segurança, para guar-dar a nossa vida comunitária com a harmonia precisa.
98 – Atividades no Grupo Espírita da Prece
P – Quais são os horários de seu contato com o público, lá no Grupo Espírita da Prece?
R – Às sextas-feiras, das 4 da tarde até as primeiras horas da madrugada, aos sábados temos a nossa reunião das 4 da tarde às 6 para retornar ao término da reunião das 8 horas da noite, habitualmente até as 11 da noite.
P – Em seus contatos com o público, você os atende, tomado espiritualmente, ou em são consciência?
R – As mensagens são recebidas, sem qualquer conhecimento da minha parte, porque os espíritos superiores estudam a assembléia que está presente e extraem a média das necessi-dades do público, que requisita a atenção do plano espiritual e nossos amigos espirituais for-necem as mensagens conforme as necessidades do todo, que às vezes se constitui de dezenas ou centenas de pessoas. Agora, no contato verbal, no diálogo, na maioria das vezes, funciono como alguém que ouve e transmite com toda consciência daquilo que eu ouço, para fiscalizar a minha própria palavra na transmissão dela, a fim de que eu não crie na pessoa que me ouve, imagens negativas, pelas quais eu devo ser responsabilizado.
P – Chico Xavier, o Grupo Espírita da Prece, além das reuniões públicas em que são re-cebidas as mensagens, tem alguma tarefa assistencial?
R – Sim, os espíritos nos ensinam que todo Grupo Espírita deve ter alguma tarefa assis-tencial. Nós temos nossa tarefa assistencial nas tardes de sábado no chamado Bairro Mata do Carrilho, da periferia de Uberaba, onde são distribuídos 3.500 pães em média e 500 a 600 litros de leite em dinheiro, a viúvas, crianças necessitadas e famílias absolutamente desvali-das de recursos, especialmente criaturas necessitadas de passagem por Uberaba, com destino a São Paulo e Rio de Janeiro, em busca de trabalho e uma condição de vida melhor.
99 – Mediunidade e Interesse
P – Como você define a sua renúncia pessoal em prol das causas divinas? – O fator “Negar-se a si mesmo”.
R – O espírito de Emmanuel, que passou a supervisionar a nossas atividades mediúnicas em 1931, de início, me explicou que eu deveria demonstrar todo desinteresse possível no as-sunto, pois essa seria a forma pela qual eu poderia tornar evidente às pessoas que não me co-nhecem, a verdade da mensagem que Emmanuel e os outros amigos espirituais, iriam dar por nosso intermédio. Se eu me beneficiasse com essas mensagens, naturalmente que não poderia convencer as pessoas quanto à minha sinceridade. De modo que muita gente pode não crer, mas posso dizer que, com todas as minhas imperfeições, tenho permanecido 50 anos conse-cutivos fiel a esse princípio de desinteresse quanto ao fruto do trabalho dos espíritos por meu intermédio, porque com isso eu creio que ninguém poderá me acusar de pessoa fraudulenta ou de má fé, usando o nome dos espíritos em assuntos que eu considero absolutamente vene-ráveis.
100 – Os Falsos Profetas
P – Nas Escrituras Sagradas está escrito: “Virão falsos profetas, que enganarão até os escolhidos”. Como você define tantas pessoas hoje em dia fazendo tantos milagres? Seriam esses, os falsos profetas?
R – Eu não posso julgar a pessoa alguma. Creio que determinados enganos possam o-correr em qualquer campo de atividade humana, seja ele religioso, filosófico ou científico, para que a criatura obtenha o discernimento preciso para comandar a sua própria vida. O ca-so, nós sabemos que a expressão bíblica é simbólica; mas, vamos recordar que no princípio da Bíblia, temos uma serpente como instrutora de Adão e Eva. Se o Senhor permitiu que uma serpente fosse o primeiro professor de duas criaturas humanas no Jardim do Éden, que diría-mos no mundo de hoje.
101 – Inimigos Pessoais
P – Chico Xavier, você tem inimigos?
R – Não tenho inimigos, propriamente considerando essa palavra, mas acredito que te-nha muitas pessoas que passaram da amizade à indiferença para comigo quando compreende-ram que eu não era a criatura dotada de qualidades aquelas; pudesse eu possuir. De modo que não tenho inimigos, mas tenho amigos que ficaram indiferentes quando viram que eu sou uma pessoa humana tão imperfeita quanto às outras.
102 – Auto-Apreciação
P – Qual é a imagem que você faz de você mesmo?
R – A de um espírito reencarnado com muitos defeitos e com muita vontade de efetuar esse trabalho de auto-educação e autoburilamento, que eu acredito que todos nós somos chamados a fazer durante o período a que denominamos de existência terrestre e sempre na transformação que busco, com muitas dificuldades para ser o que eu, desejo ser.
103 – Espontaneidade das Mensagens
P – Chico, você poderia dizer para a reportagem da nossa revista “Destaque”, se essas mensagens que você recebe constantemente, chegam a você a seu pedido, ou por determina-ção dos espíritos comunicantes?
R – Sempre por determinação dos espíritos comunicantes. Costumamos mesmo dizer que estamos com um telefone que apenas pode ser acionado do Além para cá; mas nunca do nosso lado para o Além, porque, ignorando o que se passa no Além, nas evidências com que a vida lá se desenvolve, cremos ser de nossa obrigação estudar a Doutrina e esperar que as mensagens sejam espontâneas, mas nunca por nossa própria determinação, ou imposição.
104 – O Problema da Morte
P – Embora já tenha sido objeto de resposta de sua parte, por ocasião de apresentações suas em programas de televisão, você poderia dizer nesta reportagem, o que você vê na morte e o que ela representa para você, Chico Xavier?
R – A morte, a meu ver, é mudança de residência sem transformação da pessoa, porque a vida continua com tudo aquilo que colocamos dentro de nós; seja o bem, ou seja a ausência do bem, aquilo que nós denominamos o mal. Nós passamos para outra vida com aquilo que fizemos de nós mesmos.
P – E você acha que já está preparado se a morte lhe surpreender subitamente? Nós devemos também nos preparar durante nossa vida terrena para esse momento?
R – Penso que a vida inteira é uma preparação para o fenômeno da morte. Agora, no meu ponto de vista pessoal, eu não me sinto com qualidades para adquirir uma situação de destaque além da morte, sendo que devo praticar o espírito de aceitação. Comparecerei diante da morte, no estado em que for chamado, fazendo o que posso, sem nunca fazer o que devo, porque o que devo fazer é sempre a meta que eu procuro alcançar e da qual eu ainda me sinto muito longe.
105 – Processo de Reencarnaçaão
P – Você poderia nos explicar como se dá o processo da reencarnação? Você sabe, de-pois da apresentação daquela novela “A VIAGEM”, pela televisão, muita gente tomou co-nhecimento desse fenômeno, ou seja, o espírito é doutrinado em vários planos ou estágios espirituais, depois recebem “autorização” para voltar a Terra, visitar seus lares, seus parentes e até mesmo reencarnar novamente. Gostaríamos que você nos dissesse algo a respeito.
R – Tecnicamente eu não poderia explicar a questão do renascimento em seus primór-dios, mas estou certo de que a escolha, a preparação, apenas é facultada àqueles espíritos que as merecem. Determinadas criaturas, por seus méritos pessoais ou pelos méritos dos pais que vão receber, podem perfeitamente escolher o gênero de atividade a que se dedicará na Terra, mas, estou certo, de que muitos renascimentos precipitados são efetuados sem qualquer pre-paração, e obedecem ao livre-arbítrio das pessoas, que nem sempre respeitam as leis da vida e que atraem para o seu campo emotivo, para o seu grupo doméstico, espíritos que renascem com agentes de regeneração da própria pessoa ou do grupo que os recebem.
P – Chico, quando um espírito reencarna aqui na Terra, ele pode escolher a forma do corpo que ele quiser? Ou seja, um corpo de homem ou de mulher?
R – Isso depende da função que ele designou a cumprir aqui na Terra. Às vezes é obri-gado a escolher um corpo de mulher, por ser o seu trabalho, uma missão feminina e vive-versa.
Alfredo Vamos ver “O Livro dos Espíritos”, pois ali, o assunto está sendo tratado com muita segurança:
“O Espírito que animou o corpo de um homem pode animar o de uma mulher, numa no-va existência e vive-versa”?
- Sim, pois, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.
Quando somos Espíritos preferimos encarnar num corpo de homem, ou de mulher?
- Isso pouco importa ao Espírito, depende das provas que ele tiver de sofrer.
Aí está clara a resposta à sua pergunta no dizer do próprio Allan Kardec, outras formas ainda, podem esses Espíritos tomar, e gostaria de te mostrar uma poesia que fala bem a res-peito:
Veja “Conflito Psicológico” – Cornélio Pires, do meu livro “AMANHECE”, de autoria dos nossos Benfeitores Espirituais.
CONFLITO PSICOLÓGICO
Perdoe o bilhete às pressas,
Meu prezado Diamantino;
Eis que resumo a respostas
Num recado pequeno.
Se você se diz num corpo
Que não lhe parece o seu,
Pense na Vida Maior
Que tantas bênçãos lhe deu.
Você tem saúde e força
Com claro discernimento;
Instrução elogiável,
Espírito calmo e atento.
Por isso mesmo, você
Não deixe de observar:
O corpo recorda a enxada
Que o ajuda a trabalhar.
A Terra nos lembra um campo
De sementeira bendita,
Cada qual nasce trazendo
O amparo que necessita.
É você pessoa eterna
Usando agentes mortais,
Os corpos são semelhantes
Mas, não certamente iguais.
Porque carregue conflitos,
Não clame, nem se degrade:
Terá você renascido
Em auxílio à Humanidade.
Você não pode ser pai,
Mas pode fazer o bem,
Jesus não era casado
E serviu como ninguém.
Cornélio Pires.
106 – Mensagem de Emmanuel
P – Chico, você não teria, porventura, uma recente mensagem recebida por um de seus amigos espirituais para complementarmos esta reportagem?
R – Tenho, e é com muita satisfação que cedo a revista “Destaque”, esta mensagem que ainda não foi publicada. Foi enviada por Emmanuel no Grupo Espírita da Prece, em reunião da noite de 12 de agosto de 1977, intitulada:
VITÓRIA
Se já descobriste que te encontras no Plano Físico, em luta pelo próprio burilamento ín-timo, não olvides trabalhar pelo próprio triunfo.
Observa o valor do tempo.
Age para o bem de todos.
Serve sem reclamar.
Atende aos próprios deveres com alegria.
Aceita-te como és, buscando melhorar-te.
Conserva a paciência.
Não esmoreças.
Espera o melhor da vida.
Além dos encargos cumpridos, faze algo mais, em favor dos outros.
Não guardes ressentimentos.
Considera os direitos alheios, sem esquecer o respeito que se deve às vantagens e aos méritos dos próprios adversários.
Fala construindo.
Não lamentes quem te deixou o caminho, bandeando-se para outras estradas.
Não te detenhas no que passou, senão para fixar alguma lição com que a vida te haja enriquecido a experiência.
Nada reclames.
Auxilia, ao invés de condenar.
Abstém-se do excesso de tranqüilizantes que te possam induzir à irresponsabilidade.
Aceita os problemas do mundo, como são, para que te decidas, quanto a eles, em plena consciência de tuas próprias escolhas.
Nunca te acredites sem necessidades de trabalhar.
Compadece-te dos que erram, imaginando-te no lugar deles, para que entendas o valor do entendimento e do perdão, nas fraquezas de que ainda somos portadores.
Ensina aprendendo.
Haja o que houver, confia em Deus e segue adiante, fazendo o melhor que possas.
Então, conhecerás o verdadeiro triunfo, aquele que nasce da própria segurança,. Apa-gando-te qualquer disposição à discórdia, porque transportarás em ti mesmo a vitória da paz.
Emmanuel
(* - Entrevista concedida ao jornalista Alfredo Neto, da revista Destaque, Uberaba/MG, e publicada no Nº. 2 de outubro de 1977, sob o título: “50 Anos de Perseverança Mediúni-ca”).
Livro: Encontros no Tempo
Chico Xavier/Espíritos Diversos
Francisco Rebouças