“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Alavancas do futuro

LEDA FLABOREA


Quando entramos em contato com a Doutrina dos Espíritos, buscamos quase sempre soluções imediatas para nossos problemas, sejam eles de ordem moral ou material. Esperamos quase sempre que ela realize um milagre ao nos dar a solução para nossas aflições e necessidades. Esperamos conseguir bens materiais, resolver problemas amorosos e conseguir paz, sem que precisemos nos esforçar para obter tudo isso. Esse é, certamente, um dos aspectos mais curiosos de quem busca o Espiritismo.
Entretanto, um outro também existe e tão interessante quanto o primeiro, porque nos mostra como ainda estamos presos a misticismos e adivinhações de todos os tipos. Todas às vezes que pedimos ao Espiritismo o que ele não tem para nos dar, corremos o risco de nos envolver com charlatães de todos os matizes e de todos os calibres.
Via de regra, sempre encontramos alguém que conhece alguém e que pode nos dizer do nosso presente, do nosso passado e do nosso futuro. Geralmente cobrando alguma coisa, seja de maneira ostensiva ou velada, sugerindo que não é para si, mas para alguma assistência social que realiza.
Se pararmos para analisar essas três possibilidades verificaremos que em relação ao presente ninguém precisa nos dizer nada, pois estamos vivendo esse momento agora. Mas, a partir do momento em que agimos por um ato, uma palavra ou um pensamento já estaremos vivendo outra realidade, pois as conseqüências das nossas atitudes já estarão em ação, trazendo para nós os débitos ou os créditos daquilo que escolhemos fazer. E o que era algo distante e só estava na nossa imaginação, passa a ser concreto, presente em nossas vidas.
Vamos ver então o nosso futuro. Se ele é o momento seguinte a tudo que fizermos, seja em atos, palavras ou pensamentos, então precisamos prestar mais atenção às nossas atitudes, pois estamos a cada momento presente, determinando nosso futuro. Em outras palavras, estamos plantando nesse exato segundo – veja o que cada um está pensando agora – o que vamos colher em seguida, seja agora ou seja mais adiante. Tudo vai depender de como estamos vivendo o presente.
Dizem os estudiosos que com isso criamos um quadro de resgates que nós próprios construímos, pois que estamos determinando como vai ser nosso futuro: futuro de boa colheita ou de má colheita, de frutos doces ou amargos, de flores perfumadas ou de espinhos. Semeadura que realizamos e que teremos que colher.
E não precisamos ir muito longe, na nossa idade, para descobrirmos que tipo de cultura fizemos, há bem pouco tempo atrás. Se gastamos muito, hoje certamente vivemos com dificuldade; se não ensinamos a nossos filhos ou àqueles seres que foram colocados sob nosso cuidado para evoluírem o valor da amizade, da gratidão, da fraternidade, e se não arrancamos deles, como se arrancam as ervas daninhas, os primeiros sinais do orgulho, do egoísmo e da vaidade, por exemplo, não podemos nos queixar se hoje só nos trazem desgostos e solidão.
Até agora, está nos parecendo que somente nós somos encarregados de construir nosso futuro. Assim, não existe nada determinando que somos obrigados a sofrer para sermos criaturas melhores e mais felizes, a não ser nossas próprias decisões.
O Pai Criador não nos criou para o sofrimento, mas para a luz e a felicidade. Mas, como cada um quer chegar de maneira diferente a essas conquistas, é natural que muitos se desviem para caminhos menos seguros, porém mais tentadores. Na maioria das vezes, buscamos facilidades na resolução dos nossos desejos porque acreditamos que somos mais espertos que os outros, somos mais inteligentes, ou temos maiores recursos financeiros, maior prestígio social. Enfim, os motivos são variados, mas são plantações que vamos realizando na nossa caminhada, espalhando muitas vezes dores e lágrimas por onde passamos, e longe de imaginar que seremos obrigamos a colher o produto delas.
Será que com um quadro assim construído não é fácil entender nossas aflições atuais?Já falamos sobre o presente e sobre o futuro e nosso tema fala em conseqüências do passado. Esse é outro aspecto bastante interessante daquelas pessoas que buscam a Doutrina para saber quem foram em outras vidas, posto que não estão satisfeitas com suas vidas atuais. Dessa maneira recorrem a “entendidos” que possam lhes dizer o que gostariam de ter sido, mais como uma maneira de fugir à realidade, do que vontade de saber para ser hoje, melhor do que eram ontem. O que nos chama a atenção nesses casos é a constante repetição de personagens, pois que encontramos diferentes pessoas dizendo que foram a mesma rainha, o mesmo rei, o mesmo sábio e outros tantos destaques históricos, sem que se dêem conta de que o Espírito é um só, modificando-se apenas o corpo que vai habitá-lo. Um Espírito para cada corpo. Essa é a lei.
Assim, é difícil compreender como vários de nós pudemos ter sido, por exemplo, a rainha Cleópatra, ou o Rei Luis XV, ou um pintor famoso, etc. e quase nunca termos sido homicidas, suicidas, mendigos, assaltantes, pessoas simples do povo, professor desconhecido, pais amorosos, padres obscuros, para não dizer de atividades moralmente abomináveis. Precisamos ser, sempre, pessoas de destaque. Se não somos hoje, porque não no passado?
E ai está o nosso grande engano! Ninguém precisa nos dizer o que fomos e não nos interessa saber disso, pois que se retornamos à carne é porque ainda temos muito a aprender. Ainda temos muito que modificar no nosso íntimo, nos nossos sentimentos, na nossa maneira de entender a vida como fonte de crescimento e não de sofrimentos; como forma de conquistar a paz e o equilíbrio e não como forma de contendas com nosso próximo, porque ele é diferente de nós, não pensa como nós e não merece ser feliz como nós merecemos.
É imprescindível que paremos para verificar quais são nossas tendência, nossos gostos, nossas dificuldades. É importante examinarmos o que nos aborrece, verdadeiramente, mas sobretudo com qual sentimento nosso temos maiores dificuldades em trabalhar: é o orgulho, a vaidade, a impaciência, o preconceito, a inconformação com os problemas financeiros, as dificuldades de relacionamentos afetivos de qualquer espécie ou a cólera? E, quando estamos com alguém, o que mais nos incomoda naquela pessoa? É preciso que respondamos a essas questões a fim de que possamos melhor nos preparar na construção do nosso futuro. Se hoje encontramos dificuldades na nossa vida, certamente não fizemos boas escolhas no passado.
Assim, não é necessário buscar quem fomos, mas, sim, descobrir como fomos para que possamos ser melhores amanhã. E, só saberemos como fomos se examinarmos honestamente nossas tendências atuais, visto que pouco mudamos, apesar de já termos mudado bastante.
O passado só é importante para entendermos o quanto ainda precisamos caminhar, e de como ainda estamos longe dos ensinamentos de Jesus a nos chamar para a prática das virtudes que veio nos ensinar.
Nosso Espírito é imortal e para progredir precisa passar por várias experiências materiais, físicas para aprender, e isso ele só conseguirá se tiver uma maneira de se manifestar. E qual maneira é essa? É através do nosso corpo físico. Esse corpo passa a ser, portanto, um vaso sagrado para sua vivência na matéria. Cuidar dele é dever sagrado de todo aquele que já compreende a responsabilidade que tem sobre a saúde e o equilíbrio desse vaso que carrega bem tão precioso. Tudo aquilo que levá-lo ao desequilíbrio, seja material ou através da mente doentia, causando prejuízos a esse instrumento emprestado a nós para que, como Espíritos, possamos crescer, responderá perante as leis divinas e colherá certamente todas as conseqüências advindas desse mau uso.
Estamos colocando aqui os desequilíbrios causados pelas diferentes viciações, sejam elas por ingestão de álcool, de fumo, de outras drogas; de alimentação exagerada que sobrecarrega todos os órgãos; seja pelo sexo desenfreado; seja pelas mentes em desajustes que levam desequilíbrio ao funcionamento do fígado, do estômago, do coração, aos músculos de todo o corpo quando se abandonam à cólera, ao rancor, à ausência de caridade, à prepotência e à arrogância; ou à mentes que cultivam pensamentos infelizes de suicídio ou que ficam presas à vingança ou à remorsos sem fazer nada para modificar esses quadros. Falamos das mentes que podendo usar a arte em qualquer das suas manifestações, e podendo ajudar, acabam desviado outras criaturas do caminho reto.
Enquanto nos preocupamos em saber quem fomos, estamos nos esquecendo de verificar quem somos para que, a partir do nosso presente, possamos efetivamente iniciar as modificações tão necessárias a um futuro de mais paz e mais felicidade.
Certamente, muitos dirão que estão felizes com sua vida de hoje e isso está se tornando lentamente uma situação comum. Isso é muito bom, pois podemos verificar que já estamos colocando em prática os ensinamentos evangélicos. Estamos simplesmente mostrando aos outros que as palavras de Jesus só se cumprem quando realizamos a nossa parte, como cooperadores Dele, na construção de um mundo melhor.
Quando o Mestre de Nazaré nos disse que “bem-aventurados são os mansos e pacificadores porque eles herdarão a Terra”, não falava de outra terra a não ser do nosso planeta. E, se hoje já conseguimos aceitar com maior resignação as dificuldades – e isto significa não nos rebelarmos com as leis Divinas, visto que somos os próprios causadores dos nossos sofrimentos – é porque já estamos usufruindo da promessa Dele de que herdaríamos a Terra, que estamos transformando em terra de amor e de fraternidade, onde o Mal, pouco a pouco, vai sendo afastado para que o Bem se estabeleça, definitivamente, no coração de todas as criaturas.
Não vamos deixar de fazer o que deve ser feito porque no passado encontramos dificuldade, e porque temos medo de fracassar no futuro.
Meus amigos, nosso tempo é hoje! Nosso futuro é agora, quando nesse momento estamos escolhendo sermos pessoas melhores! Que Jesus nos ampare nessas decisões e que os Benfeitores Espirituais prossigam nos inspirando boas resoluções para nos tornarmos os conquistadores da Terra abençoada que Jesus disse que nos aguardaria.
Boa luta a todos e muita paz!

LEDA MARIA FLABOREA é pedagoga, expositora e articulista espírita, e-mail ledaflaborea@uol.com.br
Francisco Rebouças.

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel