“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

ROTEIROS TERRESTRES

Para mim, pessoalmente, aquela era uma noite muito especial. Reflexionando em torno  da  mensagem  ouvida  a  respeito  do  futuro  da  Humanidade,  não  pude  sopitar  uma inefável alegria de viver os momentos tão significativos em torno da construção da Nova Era.
Desde  as  remotas  páginas  do  Evangelho  de  Jesus,  assim  como  das  narrações  do Apocalipse, e mesmo  antes, existem revelações em torno de um mundo feliz na Terra, após as terríveis flagelações que alcançariam as criaturas e as dilacerações que sofreria o planeta.
Os  sucessivos  acontecimentos  que  estarreceram  a  sociedade,  convidando-a  à análise em torno  das convulsões que sacodem o mundo físico periodicamente, enquanto os atos hediondos de terrorismo e de atrocidade repetiam-se de maneira aparvalhante, eram sinais inequívocos da grande mudança que já estaria tendo lugar no orbe terrestre.
Passados,  porém,  os  primeiros  momentos  explorados  pela  mídia  insaciável  de tragédias, outros fatos se tornavam relevantes, substituindo aqueles que deveriam merecer mais  estudos  e  aprofundamento  mental,  de  maneira  a  encontrarem-se  soluções  para  os terríveis efeitos da poluição da atmosfera, do envenenamento das fontes de vida no planeta.
É  verdade que alguns movimentos bradavam em convites à responsabilidade das nações e dos  governos  perversos,  responsáveis  pela  emissão  dos  gases  venenosos,  para  logo tomarem  vulto  os  planos  de  divertimentos  globais  e  de  novas  conquistas  para  o  gozo  e  a alucinação.
Ainda  o  pranto  das  vítimas  não  secara  nos  olhos  e  os  efeitos  trágicos  dos acontecimentos nem sequer diminuíram, e as contribuições da solidariedade eram desviadas para  fins  ignóbeis,  enquanto  os  sofredores  observavam  a  indiferença  com  que  eram tratados, relegados à própria sorte, após a tragédia que sofreram.
As  praias  de  diversos  países  do  Oceano  Indico  estavam  juncadas  de  cadáveres, dezenas  de  milhares  jaziam  sob  os  escombros  das  frágeis  construções  destruídas  e  a insensatez  turística  já  planejava  novos  pacotes  para  outros  paraísos  e  lugares  de  lazer  e perversão que não foram danificados.
Felizmente,  mulheres  e  homens  nobres,  organizações  e  entidades  humanitárias sensibilizaram-se  com  a  dor  do  seu  próximo  e  acorreram  com  generosidade,  oferecendo alguns recursos que podiam diminuir o desespero das vítimas, dos sobreviventes que tinham necessidade de reconstruir os lares e continuar as experiências humanas.
O espetáculo espiritual nas regiões atingidas, no entanto, era muito grave. De igual maneira,  em  razão  da  decomposição  dos  cadáveres  humanos  e  de  animais  outros  e  da ausência de água potável, era grande a ameaça do surgimento de epidemias, e os Espíritos, abruptamente arrancados  do domicílio orgânico, vagavam, perdidos e desesperados, pelas áreas  onde  sucumbiram,  transformadas  em  depósitos  de  lixo  e  de  destroços,  numa  noite sem  término,  pesada  e  ameaçadora.  Os  gritos  de  desespero,  os  apelos  de  socorro  e  os fenômenos  de  imantação  com  outros  desencarnados  infelizes,  constituíam  a  geografia extrafísica dos dolorosos acontecimentos.
Acompanhávamos os tristes acontecimentos desde nossa comunidade, através de recursos especiais que nos projetavam as imagens terríveis, recolhendo-nos às reflexões do que seria possível contribuir para atenuar tanto desespero e cooperar pelo restabelecimento da ordem.
O  banditismo  aproveitava-se  da  situação  deplorável  para  estrangular  as  suas vítimas,  exploradores  hábeis  negociavam  sobre  os  despojos  dos  perdidos  e  alienados, conspirações  hediondas  forjavam  hábeis  manobras  para  a  usurpação  do máximo  daqueles que nada quase possuíam.
Era esse, de alguma forma, o espetáculo horrendo pós-tragédia do tsunami.
No dia seguinte, deveríamos reunir-nos com os organizadores da jornada à região conflagrada,  de  modo  a  tomarmos  conhecimento  dos  serviços  de  emergência  a  serem realizados.
Amanhecera  de  forma  esplêndida,  com  o  céu  azul  turquesa nimbado  de  suave claridade que iluminava toda a nossa comunidade.
Embora nos encontremos sob a mesma ação das leis que vigem na manutenção do orbe terrestre, a luz do Sol que nos alcança, porque não encontra obstáculos materiais para produzir o aquecimento contínuo, tem sempre a mesma temperatura, também resultado de camadas especiais de energia emanada dos fótons que envolvem o nosso campo vibratório.
Dessa  forma,  não  ocorrem  alterações  como  aquelas  sofridas  no  planeta  e decorrentes da sua posição em relação ao Astro-rei.
Deveríamos  encontrar-nos  às  10  horas,  à  sombra  de  venerando  cedro  no  jardim que circunda o Templo ecumênico, onde todos os religiosos das mais diferentes convicções podem reunir-se para vivenciar as suas doutrinas.
O  órgão  derramava  musicalidade  especial,  e  quando  nos  aproximamos,  Oscar  e nós,  os  demais  membros  se  nos  acercaram  jovialmente.  Ivon  Costa  acompanhava  o responsável  pelo  grave  empreendimento,  cabendo-lhe  o  dever  de  apresentar-nos,  o  que ocorreu sem maiores circunlóquios.
—  Temos  o  júbilo  —  começou  o  amigo  —  de  pôr-vos  em  contato  com  o  nosso benfeitor, que está encarregado de conduzir-nos aos labores terrenos.
O novo amigo sorriu discretamente e ampliou os esclarecimentos, informando:
—  Quando,  no  corpo  somático,  vivi  o  maior  período  da  existência  na  região  da Polinésia. Fiz parte dos conquistadores que, em nome da civilização europeia, se impuseram aos ilhéus de uma larga faixa dos mares do Sul…
"Guardando  conceitos  equivocados,  considerávamo-nos  superiores  aos  que chamávamos indígenas e, em nome dos nossos falsos valores, lutamos para aculturá-los com a nossa presunção de senhores do conhecimento.
"Ledo  engano!  À  medida  que  convivíamos  com  eles  descobrimos  a  sabedoria  de que  eram  portadores,  no  seu  aparente  primitivismo.  Encontramos,  nos  seus  cultos, considerados  grosseiros,  informações  profundas,  que  eram  passadas  de  uma  para  outra geração  oralmente  e  pelos  trabalhos  a  que  se  afeiçoavam.  Seus  xamãs,  em  momentosas comunicações  espirituais  eram,  ao  mesmo  tempo,  sacerdotes  e  médicos,  pensadores  e sábios, conselheiros, administradores e psicólogos eficientes.
"Com  eles tomamos conhecimento da interferência dos  mortos na existência dos vivos  e  aprendemos  que  a  terapia  mais  eficiente  diante  dos  desafios  do  binômio  saúde doença é sempre o amor expresso no respeito recíproco e nos cuidados que são oferecidos por todos aos membros do clã.
"Com o suceder do tempo, optei por viver com a sua ingenuidade, assimilando os seus costumes e as suas habilidades.
"A existência tornou-se longa e proveitosa, permitindo-me amar sem condições e receber o tributo do respeito e do afeto dos seus sentimentos puros.
"A desencarnação de maneira nenhuma afastou-me da  sua convivência, e agora, quando  a  desolação  e  a  tragédia  assolam,  entre  aqueles  que  muito  lhes  devemos, candidatei-me a participar de uma das caravanas de auxílio em nome da gratidão."
Calou-se, por um pouco, e, emocionado, concluiu:
—  Sou o vosso irmão Charles White, de origem inglesa, que exercera a medicina convencional.
"Encontramo-nos em vossa Colônia, realizando um estágio, para o qual trouxemos diversos  amigos,  que  vestiram  a  indumentária  de  diferentes  nacionalidades,  a  fim  de treinarmos técnicas de socorro especial com os vossos guias e podermos aplica-las em nossa área de atendimento, conforme, logo mais, teremos oportunidade de o fazer.
"Indispensável  que  conheçais  aqueles  com  os  quais  convivereis  por  um  mês  em atividade de amor, exercitando solidariedade na região que nos aguarda, no amado planeta terrestre.
"Sede bem-vindos à nossa caravana."
Ivon,  logo  depois,  apresentou-nos  jovem  Espírito  na  feminilidade,  que  servia  de auxiliar  de  enfermagem  ao  esculápio  e  mais  dois  outros  dedicados  servidores  que  se radicaram anteriormente nas Filipinas.
De  imediato,  estabelecemos  laços  de  simpatia  e  amizade, desde  que  estaríamos juntos a partir daquele momento, abraçando as responsabilidades do Bem.
—  Nosso empreendimento —  explicou-nos o Dr. Charles  —  está dividido em duas fases: a primeira delas terá lugar na região do tsunami, e a segunda na psicosfera do Brasil, preparando as mentes e os sentimentos para as reencarnações especiais.
Depois  de  expor  o  projeto  em  que  nos  encontrávamos comprometidos,  liberou-nos, estabelecendo às 18 horas, como a ocasião de ser realizada a viagem ao planeta amado.
A  curiosidade  espicaçava-me  a  mente,  considerando  a  magnitude  do  labor desenhado, especialmente em razão da convivência que teríamos com Espíritos de culturas diferentes e hábitos com os quais não me encontrava familiarizado.
Os amigos filipinos logo se permitiram identificar: o mais idoso informou-nos haver sido sacerdote católico numa das  muitas ilhas e chamava-se Marcos. Havia-se dedicado ao ministério da fé religiosa e à educação infantil, havendo desencarnado nos idos do ano de 1954  aos  setenta  anos  de  idade.  O  outro,  mais  jovem  e  sorridente,  vestia-se  de  maneira própria do seu povo, e  logo se desvelou, elucidando que pertencia à religião muçulmana e era conhecido  como  Abdul  Severin,  que  desencarnara  vitimado por  febre  palustre  aos  40 anos de idade.
A  caravana,  portanto,  se  constituía  de  membros  de variada formação  espiritual, que possuía como ponto comum de entendimento o amor que vige soberano no Universo, como uma das forças de equilíbrio cósmico, considerando-se ser de essência divina.
Por  nossa  vez,  Oscar  expôs  a  sua  formação  judaica,  e  nós  outro  referimo-nos  à adoção do comportamento espírita.
De  maneira  comovedora  demo-nos  conta  de  pertencermos   à mesma  grei, conforme assinalou Ivon, jovialmente: O Bem Imarcescível!
Nossos  diálogos  prolongaram-se,  enquanto  o  Dr.  Charles  e  sua  auxiliar  Ana,  de formação  anglicana,  providenciavam os equipamentos  necessários  à  primeira  fase  das próximas atividades.
O  padre  Marcos,  que  conhecia  a  região  que  visitaríamos,  esclareceu-nos  que  o insólito e trágico choque das placas  tectônicas  gerador das imensas ondas destrutivas, era aguardado,  e  que  providências  espirituais  haviam  sido  tomadas,  inclusive,  construindo-se um  posto  de  socorro  espiritual  sobre  a  região  que  sofreu  mais  danos  decorrentes  do epicentro da catástrofe.
Engenheiros  e  arquitetos  desencarnados  movimentaram-se  com  rapidez  e edificaram  uma  comunidade  de  emergência,  que  a  todos  nos  albergaria  logo  mais,
recebendo também aqueles aos quais socorrêssemos.
Curiosamente ampliou os esclarecimentos, informando que os ocidentais em férias que  se  fizeram  vítimas,  mantinham profunda  ligação  emocional  com  aquele  povo  e foram atraídos  por  forças  magnéticas  para  resgatar,  na  ocasião,  velhos  compromissos  que  lhes pesavam na economia moral.
— Nada acontece, sem os alicerces da causalidade! — concluiu.
Surpreso,  perguntei-lhe  como  conciliava  o  conceito da reencarnação  com  os dogmas esposados pela sua formação católica.
Gentil e educado, esclareceu-me:
—  O  caro  Miranda  não  ignora  que  as  formulações  da  Verdade  partem  deste mundo real na direção da Terra, e que as religiões as vestem de superstições, de lendas e dogmas, conforme os níveis de consciência das criaturas que lhes aderem, velando umas e liberando outras. Nada obstante, quando retornamos ao país da imortalidade desaparecem as fórmulas,  dando lugar ao surgimento  da essência que  logo assimilamos  por afinidade  e pela lógica do Bem universal.
Sorrimos, agradavelmente, e prolongamos a edificante conversação até duas horas antes de iniciarmos o novo empreendimento.
Ivon  e  nós  outro,  deveríamos  participar  da  experiência  iluminativa,  como  um estágio  de  aprimoramento  espiritual,  na  região  sofrida,  acompanhados  por  Oscar,  que  se encontrava estagiando em nossa comunidade, para o mesmo empreendimento.
 
Livro: Transição Planetária
Divaldo Franco/Manoel Philomeno de Miranda
 
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel