“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Interpretação Espírita

Foi, através do Espiritismo, que aprendemos a amar e não mais temer a Deus, a quem temíamos como tememos hoje aos grandes malfeitores inimigos da ordem e da paz, que insistem por pura ignorância na causa do mal, infringindo as Leis e provocando perturbações à sociedade.

Esclarece-nos a abençoada doutrina, que estando acima de tudo, Deus é infinito em suas perfeições, e sendo assim, é impossível que tenha qualquer traço de maldade, de ira ou intolerância para com qualquer de seus filhos, e mais, ainda nos apresenta como sendo nosso Pai, de infinito amor, bondade, sabedoria e justiça.

O Deus, que hoje conhecemos e amamos, é inteiramente diferente de tudo quanto já nos haviam apresentado antes nas diversas correntes religiosas em que estagiamos em tempos passados. Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de todos os cultos, o caráter de todas as religiões é dado conforme a interpretação daqueles que a professam e ensinam.

Há religiões que fazem de Deus um ser vingativo e cruel julgam honrá-lo com atos de crueldade, com fogueiras e torturas; as que têm um Deus parcial e cioso são intolerantes e mais ou menos meticulosas na forma, por crerem-no mais ou menos contaminado das fraquezas e ninharias humanas.

O Espiritismo, ignorado, e combatido por ser desconhecido em sua essência da grande maioria dos seus detratores, ensina-nos a amar e compreender a tantos quanto nos acusam de feitiçaria, magia-negra, e outros adjetivos menos digno de um cristão, e nos impulsiona para frente e para o alto, na certeza de que cedo ou tarde sua filosofia de vida será adotada por todos quantos queiram seguir o Mestre de Nazaré.

Não nos arvoramos em anunciar que somos os únicos certos na interpretação das mensagens do Cristo, pois compreendemos que a todos facultou Deus a bênção da inteligência para meditar, analisar e discernir tanto quanto nós espíritas, e por conseguinte sabemos perfeitamente respeitar todas as interpretações dos nossos irmãos de outras correntes religiosas, embora nem sempre concordemos com tais interpretações, mesmo daqueles que não nos dão o direito de raciocinarmos por nós mesmos, e tentem incutir em nós suas visões das mensagens cristãs, como se não fossemos capazes de tirar nossas próprias conclusões dos ensinos contidos nos evangelhos.

Agem sob o véu do pseudo conhecimento das escrituras, e não reconhecem em mais ninguém capacidade de entender as narrativas evangélicas, nem por isso temos o direito de agir da mesma forma, pois se assim procedêssemos, não estaríamos seguindo as diretrizes Espíritas fundamentadas no Evangelho de Jesus, que nos resumiu as Leis e os profetas em apenas dois mandamentos: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, e ninguém ama a seu próximo, sem respeitá-lo em seu mais sagrado direito que é o de pensar livremente.

Segue um pequeno trecho contido na Gênese, Capítulo I , item 29, sobre esse assunto:

29. –“ Mas, quem toma a liberdade de interpretar as Escrituras Sagradas? Quem tem esse direito? Quem possui as necessárias luzes, senão os teólogos? Quem o ousa? Primeiro, a Ciência, que a ninguém pede permissão para dar a conhecer as leis da Natureza e que salta sobre os erros e os preconceitos. Quem tem esse direito? Neste século de emancipação intelectual e de liberdade de consciência, o direito de exame pertence a todos e as Escrituras não são mais a arca santa na qual ninguém se atreveria a tocar com a ponta do dedo, sem correr o risco de ser fulminado. Quanto às luzes especiais, necessárias, sem contestar as dos teólogos, por mais esclarecidos que fossem os da Idade Média, e, em particular, os Pais da Igreja, eles, contudo, não o eram bastante para não condenarem como heresia o movimento da Terra e a crença nos antípodas. Mesmo sem ir tão longe, os teólogos dos nossos dias não lançaram anátema à teoria dos períodos de formação da Terra?

Os homens só puderam explicar as Escrituras com o auxílio do que sabiam, das noções falsas ou incompletas que tinham sobre as leis da Natureza, mais tarde reveladas pela Ciência. Eis por que os próprios teólogos, de muita boa-fé, se enganaram sobre o sentido de certas palavras e fatos do Evangelho. Querendo a todo custo encontrar nele a confirmação de uma idéia preconcebida, giraram sempre no mesmo círculo, sem abandonar o seu ponto de vista, de modo que só viam o que queriam ver. Por muito instruídos que fossem, eles não podiam compreender causas dependentes de leis que lhes eram desconhecidas.

Mas, quem julgará das interpretações diversas e muitas vezes contraditórias, fora do campo da teologia? O futuro, a lógica e o bom-senso. Os homens, cada vez mais esclarecidos, à medida que novos fatos e novas leis se forem revelando, saberão separar da realidade os sistemas utópicos. Ora, as ciências tornam conhecidas algumas leis; o Espiritismo revela outras; todas são indispensáveis à inteligência dos Textos Sagrados de todas as religiões, desde Confúcio e Buda até o Cristianismo. Quanto à teologia, essa não poderá judiciosamente alegar contradições da Ciência, visto como também ela nem sempre está de acordo consigo mesma”.

Por tudo isso, que a doutrina espírita nos ensina, sigamos a mensagem Cristã, na ótica do Espiritismo, pois não cremos que Jesus, seja conivente com a falta de respeito e caridade com nosso irmão em crença, simplesmente por exercer seu direito de interpretar seus ensinos de forma diferente da que interpretamos, e que se realmente quisermos mostrar que o estamos seguindo, amemo-nos cada vez mais conforme suas afirmações de que “seus discípulos seriam reconhecidos por muito se amarem”.

Fonte: Gênese - Cap. I – Item 29.

Francisco Rebouças.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Estudando o espiritismo

Influência do Meio nas Comunicações


O Livro dos Médios nos traz importante estudo elaborado por Allan Kardec, para nos alertar sobre a influência que exerce o meio nas comunicações mediúnicas, para que tomemos sempre todo o cuidado necessário quando nos propusermos ao trabalho na seara da Mediunidade, entendendo que muitos são os adversários e as adversidades a superar.

Recorreremos ao Capítulo XXI - Da Influência do Meio nas comunicações onde encontramos as instruções que seguem:

231. 1ª O meio em que se acha o médium exerce alguma influência nas manifestações?

"Todos os Espíritos que cercam o médium o auxiliam, para o bem ou para o mal."
2ª Não podem os Espíritos superiores triunfar da má-vontade do Espírito encarnado que lhes serve de intérprete e dos que o cercam?
"Podem, quando julgam conveniente e conforme a intenção da pessoa que a eles se dirige. Já o dissemos: os Espíritos mais elevados se comunicam, às vezes, por uma graça especial, mau grado à imperfeição do médium e do meio, mas, então, estes se conservam completamente estranhos ao fato."
3ª Os Espíritos superiores procuram encaminhar para uma corrente de idéias sérias as reuniões fúteis?
"Os Espíritos superiores não vão às reuniões onde sabem que a presença deles é inútil. Nos meios pouco instruídos, mas onde há sinceridade, de boa mente vamos, ainda mesmo que aí só instrumentos medíocres encontremos. Não vamos, porém, aos meios instruídos onde domina a ironia. Em tais meios, é necessário se fale aos ouvidos e aos olhos: esse o papel dos Espíritos batedores e zombeteiros. Convém que aqueles que se orgulham da sua ciência sejam humilhados pelos Espíritos menos instruídos e menos adiantados."
4ª Aos Espíritos inferiores é interdito o acesso às reuniões sérias?
"Não, algumas vezes lhes é permitido assistir a elas, a fim de aproveitarem os ensinos que vos são dados; mas, conservam-se silenciosos, como estouvados numa assembléia de gente ponderada. "
232. Fora erro acreditar alguém que precisa ser médium, para atrair a si os seres do mundo invisível. Eles povoam o espaço; temo-los incessantemente em tomo de nós, ao nosso lado, vendo-nos, observando-nos, intervindo em nossas reuniões, seguindo-nos, ou evitando-nos, conforme os atraímos ou repelimos. A faculdade mediúnica em nada influi para isto: ela mais não é do que um meio de comunicação. De acordo com o que dissemos acerca das causas de simpatia ou antipatia dos Espíritos, facilmente se compreenderá que devemos estar cercados daqueles que têm afinidade com o nosso próprio Espírito, conforme é este graduado, ou degradado. Consideremos agora o estado moral do nosso planeta e compreenderemos de que gênero devem ser os que predominam entre os Espíritos errantes. Se tomarmos cada povo em particular, poderemos, pelo caráter dominante dos habitantes, pelas suas preocupações, seus sentimentos mais ou menos morais e humanitários, dizer de que ordem são os Espíritos que de preferência se reúnem no seio dele.

Partindo deste princípio, suponhamos uma reunião de homens levianos, inconseqüentes, ocupados com seus prazeres; quais serão os Espíritos que preferentemente os cercarão? Não serão de certo Espíritos superiores, do mesmo modo que não seriam os nossos sábios e filósofos os que iriam passar o seu tempo em semelhante lugar. Assim, onde quer que haja uma reunião de homens, há igualmente em torno deles uma assembléia oculta, que simpatiza com suas qualidades ou com seus defeitos, feita abstração completa de toda idéia de evocação. Admitamos agora que tais homens tenham a possibilidade de se comunicar com os seres do mundo invisível, por meio de um intérprete, isto é, por um médium; quais serão os que lhes responderão ao chamado? Evidentemente, os que os estão rodeando de muito perto, à espreita de uma ocasião para se comunicarem. Se, numa assembléia fútil, chamarem um Espírito superior, este poderá vir e até proferir algumas palavras ponderosas, como um bom pastor que acode ao chamamento de suas ovelhas desgarradas. Porém, desde que não se veja compreendido, nem ouvido, retira-se, como em seu lugar o faria qualquer de nós, ficando os outros com o campo livre.

233. Nem sempre basta que uma assembléia seja séria, para receber comunicações de ordem elevada. Há pessoas que nunca riem e cujo coração, nem por isso, é puro. Ora, o coração, sobretudo, é que atrai os bons Espíritos. Nenhuma condição moral exclui as comunicações espíritas; os que, porém, estão em más condições, esses se comunicam com os que lhes são semelhantes, os quais não deixam de enganar e de lisonjear os preconceitos.

Por aí se vê a influência enorme que o meio exerce sobre a natureza das manifestações inteligentes. Essa influência, entretanto, não se exerce como o pretenderam algumas pessoas, quando ainda se não conhecia o mundo dos Espíritos, qual se conhece hoje, e antes que experiências mais concludentes houvessem esclarecido as dúvidas. Quando as comunicações concordam com a opinião dos assistentes, não é que essa opinião se reflita no Espírito do médium, como num espelho; é que com os assistentes estão Espíritos que lhes são simpáticos, para o bem, tanto quanto para o mal, e que abundam nos seus modos de ver. Prova-o o fato de que, se tiverdes a força de atrair outros Espíritos, que não os que vos cercam, o mesmo médium usará de linguagem absolutamente diversa e dirá coisas muito distanciadas das vossas idéias e das vossas convicções.

Em resumo: as condições do meio serão tanto melhores, quanto mais homogeneidade houver para o bem, mais sentimentos puros e elevados, mais desejo sincero de instrução, sem idéias preconcebidas. ¹

Por tudo que os espíritos nos ensinaram sobre a importância do meio nas comunicações, não podemos nos esquecer do cuidado em buscar o adequado recinto para a prática da mediunidade séria, atentando para o fato de que o meio exerce fundamental importância no correto exercício das práticas mediúnicas, e que nós espíritas que detemos todo esse conhecimento a cerca do assunto, procuremos seguir as instruções dos Espíritos Superiores, dedicando-nos a este labor com boa-vontade e disciplina na certeza de que procedendo conforme os ensinos aqui ministrados, estaremos sempre na companhia dos bons Espíritos que nos sustentarão nas obras de caridade em nosso próprio benefício, do nosso próximo e de toda a humanidade.

1) Fonte: Livro dos Médiuns – FEB, 46ª edição.

Francisco Rebouças

domingo, 19 de julho de 2009

Almoço transferido

Amigos, transferimos o almoço do dia 26 de julho para o dia 16 de agosto, nesta data as férias já terminaram e estaremos dando início as festividades do aniversário da SEF, onde Raul estará participando do almoço, lembrando que no dia seguinte (17 de agosto) será a palestra do Divaldo no Clube Português.

Nova data para a realização do almoço no REMANSO FRATERNO :
DATA: 16 de Agosto (domingo)
HORÁRIO: 12:30 ÀS 15:00h
CARDÁPIO: COZIDO
(incluído refrigerante e sobremesa)
PREÇO: R$ 15,00
Convites à venda na livraria.

Depto. de Divulgação Sociedade Espírita Fraternidade Rua Passo da Pátria, 38 São Domingos - Niterói, RJ 24210-240 e-mail: marketing@sef.org.br
Francisco Rebouças

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Meu muito obrigado a todos vocês!

Prezados e queridos amigos, é muito gratificante receber os inúmeros e-mails de elogios que nos chegam de várias Negritocidades de todo o Brasil, e até do exterior, com relação ao nosso trabalho de divulgação da doutrina espírita em nosso blog.



Por essa razão, venho agradecer de coração a todos vocês meus verdadeiros amigos, pelas palavras carinhosas e elogiosas que entendemos como forma de incentivo e apoio para que cada vez mais nos dediquemos a essa tarefa que abraçamos com muito prazer e empenho, para que nosso trabalho seja de agrado a todos os amigos que nos honram com a audiência e a confiança.

Que Jesus continue a nos envolver a todos, e que com a ajuda dos amigos leais que nos acompanham e que nos escrevem, dando notícias de que seguem nosso trabalho, informando que o mesmo mantêm o seu objetivo inicial, de divulgar o espiritismo da forma mais fiel aos postulados da nossa novel Doutrina Espírita.

Meu sincero e agradecido MUITO OBRIGADO A TODOS!
Para falar conosco, utilize o e-mail do blog: jfcrjfcr@gmail.com

Francisco Rebouças.

Enxergar




É preciso ter olhos de ver, como nos alertou o Mestre de Nazaré!

Francisco Rebouças

quarta-feira, 15 de julho de 2009

DIVALDO FRANCO EM NITERÓI

Caros amigos do movimento espírita de Niterói e adjacencias, no próximo dia 17 de agosto de 2009, segunda-feira, ás 20:30h, o tribuno espírita Divaldo Pereira Franco, estará realizando palestra no Clube Português de Niterói, sob os auspícios da SEF - Sociedade Espírita Fraternidade, através do conhecido e também Tribuno espírita Raul Teixeira.

Local: CLUBE PORTUGUÊS DE NITERÓI
Endereço: Rua Professor Lara Vilela, 176 - São Domingos - Niterói - RJ,
Cep: 24210590.

Telefone: (21) 2717-4225

Anotem em suas agendas, não percam mais este grande evento espírita em nossa cidade.



Francisco Rebouças.

A importância do sorriso e da mensagem otimista no ambiente da casa espírita

Estávamos eu e um amigo conversando dia desses sobre o comportamento que devemos demonstrar a quem chega ao nosso ambiente espírita, e, por “coincidência”, tínhamos a mesma opinião, que penso ser a da grande maioria de nossos companheiros de ideal espírita, não apenas no ambiente de nossa instituição, mas no movimento espírita em geral, de que é de suma importância sabermos recepcionar os que chegam às dependências de nossas casas espíritas geralmente carregando enormes preocupações e variados problemas, ávidos por uma mão amiga estendida em sua direção.

Porém, o que constatamos quase que comumente é que não é assim que se processa essa relação entre quem chega e quem lá já está, pois não foram poucas as vezes em que particularmente tive a oportunidade de constatar tal comportamento, e, em diversas casas, entrei e saí sem que alguém tenha tido a boa vontade de se dirigir a mim, e não notei qualquer traço de alegria ou otimismo no semblante dos companheiros que lá sei que laboram, pois alguns já nos são conhecidos sem que tenhamos com eles qualquer vínculo maior de intimidade; em muitas dessas instituições pude até mesmo notar a fisionomia carrancuda em muitos desses confrades, e a ausência do calor humano e da saudação tão simpática de boas-vindas por parte desses tarefeiros em suas instituições, o que também me foi confidenciado pelo amigo que comigo trocava experiências e me disse mesmo que estava muito preocupado com a ausência de sorrisos e de calor humano no interior das instituições espíritas.

Ficamos então confabulando; se nossa Doutrina é portadora de mensagem tão otimista, trazendo nova luz para a compreensão da vida enquanto encarnados, derramando o perfume da misericórdia divina em nossos caminhos, assegurando-nos que seguimos ao encontro da felicidade e da perfeição, por que é que há tanta gente carrancuda e às vezes até de semblante tão triste dentro das instituições espíritas?

É notório que em várias casas espíritas muitos dos seus dirigentes e trabalhadores, a título de manter a seriedade doutrinária no ambiente espírita, esquecem-se do bom humor, da simpatia, do calor humano etc., como se o modo carrancudo de se mostrar fosse sinônimo de seriedade, disciplina e respeito doutrinário, como se as atividades desenvolvidas em uma casa espírita solicitassem um ambiente de pessimismo, dor e sofrimento.

Entendemos que, ao contrário, o ambiente de uma casa espírita, por ser justamente um oásis de bênçãos espirituais, onde vamos renovar nossas energias trocando as malsãs pelas vitalizantes cheias de saúde, deve ser desfrutado como um momento de renovação e crescimento moral e espiritual que a todos beneficia, pois é verdadeiramente uma usina jorrando um manancial incalculável de benesses que nos envolvem e nos fazem sentir uma paz interior e um bem-estar que não encontramos em outros ambientes.

Precisamos estar atentos para o fato de que quem se decide por procurar um centro espírita quase sempre está com dificuldades, ou encontra-se desanimado e busca um amparo um lenitivo para suas angústias interiores, pois está de alguma forma necessitado e sofrendo.

Mesmo que não tenha sido o sofrimento o motivo de seu comparecimento a nossas casas espíritas, e sim o fato de desejar apenas conhecer a doutrina espírita, nossa responsabilidade não diminui, pois, se não veio movido pelo sofrimento, vem em busca de esclarecimentos para as dúvidas que o atormentam, como a finalidade de sua criação, seu destino, o que lhe acontecerá depois da morte etc., dúvidas estas que só a doutrina espírita é capaz de esclarecer; mas, se estivermos com uma postura sisuda, de mau humor, fechados, desatentos, e sem a luz cativante de um sorriso, estaremos contribuindo para influenciá-lo de forma negativa, decepcionando-o ou, em muitos casos, até mesmo piorando a sua situação.

Esse comportamento milenar mantido pelo atavismo judaico-cristão de um passado que precisa ser esquecido, associado com a idéia equivocada de que o sofrimento é enobrecedor, está errado e completamente ultrapassado, e quem assim procede, optando pelo comportamento sisudo, em detrimento do natural sorriso do cristão feliz, precisa urgentemente estudar a doutrina que consola esclarecendo e esclarece consolando, nos dando motivos de alegria e contentamento que deve ser transmitido de forma natural a tantos quantos ainda não descobriram quanto é bom ser espírita.

Por essa razão, somos defensores da teoria de que jamais devemos esquecer o mais belo modo de se dizer: “Seja muito bem-vindo” a quem adentra os portais das nossas instituições espíritas, visto que é o sorriso espontâneo que demonstra quanto a doutrina espírita nos conforta e alegra, pois nada mais contagiante e animador do que ser recebido com um sorriso e com o calor humano onde quer que cheguemos pela primeira vez, maneira essa que nos transforma e faz bem.

O homem não é uma máquina sem sentimentos, somos, sim, todos nós seres humanos carentes de afeto, particularmente enquanto encarnados; e o papel do Espiritismo é primeiramente consolar e depois esclarecer. Temos, dessa forma, o compromisso de nos empenhar no trabalho de transformar o mundo para melhor na medida de nossas forças e possibilidades como co-criadores que somos em incessante caminhada para a luz.

O otimismo atrai coisas boas, alegres, enquanto a sisudez atrai negatividade, tristeza etc., e mais, sorrir sempre nos propicia saúde e nos rejuvenesce as células biológicas, proporcionando a quem sorrir muito mais equilíbrio emocional e paz de espírito, contagiando e modificando para melhor o ambiente em que se movimenta.

É sabido por todos que a casa espírita detém um papel de fundamental importância na vida da comunidade em que está inserida, como fonte irradiadora da luz celestial, e somos todos nós os tarefeiros que as representamos com nossa postura, a lâmpada a irradiar em todas as direções essas nobres energias.

O sorriso no rosto de cada tarefeiro espírita representa a luz da mensagem espírita acesa, iluminando o ambiente de nossas instituições, e quanto mais sorrisos, mais claridade e paz, pois sisudez nunca foi sinônimo de seriedade, ou de fidelidade doutrinária, e jamais será sinal de evolução espiritual.
Bibliografia:
1) 2ª epístola de Paulo aos coríntios, Capítulo 9, V.7.
Francisco Rebouças.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Alavancas do futuro

LEDA FLABOREA


Quando entramos em contato com a Doutrina dos Espíritos, buscamos quase sempre soluções imediatas para nossos problemas, sejam eles de ordem moral ou material. Esperamos quase sempre que ela realize um milagre ao nos dar a solução para nossas aflições e necessidades. Esperamos conseguir bens materiais, resolver problemas amorosos e conseguir paz, sem que precisemos nos esforçar para obter tudo isso. Esse é, certamente, um dos aspectos mais curiosos de quem busca o Espiritismo.
Entretanto, um outro também existe e tão interessante quanto o primeiro, porque nos mostra como ainda estamos presos a misticismos e adivinhações de todos os tipos. Todas às vezes que pedimos ao Espiritismo o que ele não tem para nos dar, corremos o risco de nos envolver com charlatães de todos os matizes e de todos os calibres.
Via de regra, sempre encontramos alguém que conhece alguém e que pode nos dizer do nosso presente, do nosso passado e do nosso futuro. Geralmente cobrando alguma coisa, seja de maneira ostensiva ou velada, sugerindo que não é para si, mas para alguma assistência social que realiza.
Se pararmos para analisar essas três possibilidades verificaremos que em relação ao presente ninguém precisa nos dizer nada, pois estamos vivendo esse momento agora. Mas, a partir do momento em que agimos por um ato, uma palavra ou um pensamento já estaremos vivendo outra realidade, pois as conseqüências das nossas atitudes já estarão em ação, trazendo para nós os débitos ou os créditos daquilo que escolhemos fazer. E o que era algo distante e só estava na nossa imaginação, passa a ser concreto, presente em nossas vidas.
Vamos ver então o nosso futuro. Se ele é o momento seguinte a tudo que fizermos, seja em atos, palavras ou pensamentos, então precisamos prestar mais atenção às nossas atitudes, pois estamos a cada momento presente, determinando nosso futuro. Em outras palavras, estamos plantando nesse exato segundo – veja o que cada um está pensando agora – o que vamos colher em seguida, seja agora ou seja mais adiante. Tudo vai depender de como estamos vivendo o presente.
Dizem os estudiosos que com isso criamos um quadro de resgates que nós próprios construímos, pois que estamos determinando como vai ser nosso futuro: futuro de boa colheita ou de má colheita, de frutos doces ou amargos, de flores perfumadas ou de espinhos. Semeadura que realizamos e que teremos que colher.
E não precisamos ir muito longe, na nossa idade, para descobrirmos que tipo de cultura fizemos, há bem pouco tempo atrás. Se gastamos muito, hoje certamente vivemos com dificuldade; se não ensinamos a nossos filhos ou àqueles seres que foram colocados sob nosso cuidado para evoluírem o valor da amizade, da gratidão, da fraternidade, e se não arrancamos deles, como se arrancam as ervas daninhas, os primeiros sinais do orgulho, do egoísmo e da vaidade, por exemplo, não podemos nos queixar se hoje só nos trazem desgostos e solidão.
Até agora, está nos parecendo que somente nós somos encarregados de construir nosso futuro. Assim, não existe nada determinando que somos obrigados a sofrer para sermos criaturas melhores e mais felizes, a não ser nossas próprias decisões.
O Pai Criador não nos criou para o sofrimento, mas para a luz e a felicidade. Mas, como cada um quer chegar de maneira diferente a essas conquistas, é natural que muitos se desviem para caminhos menos seguros, porém mais tentadores. Na maioria das vezes, buscamos facilidades na resolução dos nossos desejos porque acreditamos que somos mais espertos que os outros, somos mais inteligentes, ou temos maiores recursos financeiros, maior prestígio social. Enfim, os motivos são variados, mas são plantações que vamos realizando na nossa caminhada, espalhando muitas vezes dores e lágrimas por onde passamos, e longe de imaginar que seremos obrigamos a colher o produto delas.
Será que com um quadro assim construído não é fácil entender nossas aflições atuais?Já falamos sobre o presente e sobre o futuro e nosso tema fala em conseqüências do passado. Esse é outro aspecto bastante interessante daquelas pessoas que buscam a Doutrina para saber quem foram em outras vidas, posto que não estão satisfeitas com suas vidas atuais. Dessa maneira recorrem a “entendidos” que possam lhes dizer o que gostariam de ter sido, mais como uma maneira de fugir à realidade, do que vontade de saber para ser hoje, melhor do que eram ontem. O que nos chama a atenção nesses casos é a constante repetição de personagens, pois que encontramos diferentes pessoas dizendo que foram a mesma rainha, o mesmo rei, o mesmo sábio e outros tantos destaques históricos, sem que se dêem conta de que o Espírito é um só, modificando-se apenas o corpo que vai habitá-lo. Um Espírito para cada corpo. Essa é a lei.
Assim, é difícil compreender como vários de nós pudemos ter sido, por exemplo, a rainha Cleópatra, ou o Rei Luis XV, ou um pintor famoso, etc. e quase nunca termos sido homicidas, suicidas, mendigos, assaltantes, pessoas simples do povo, professor desconhecido, pais amorosos, padres obscuros, para não dizer de atividades moralmente abomináveis. Precisamos ser, sempre, pessoas de destaque. Se não somos hoje, porque não no passado?
E ai está o nosso grande engano! Ninguém precisa nos dizer o que fomos e não nos interessa saber disso, pois que se retornamos à carne é porque ainda temos muito a aprender. Ainda temos muito que modificar no nosso íntimo, nos nossos sentimentos, na nossa maneira de entender a vida como fonte de crescimento e não de sofrimentos; como forma de conquistar a paz e o equilíbrio e não como forma de contendas com nosso próximo, porque ele é diferente de nós, não pensa como nós e não merece ser feliz como nós merecemos.
É imprescindível que paremos para verificar quais são nossas tendência, nossos gostos, nossas dificuldades. É importante examinarmos o que nos aborrece, verdadeiramente, mas sobretudo com qual sentimento nosso temos maiores dificuldades em trabalhar: é o orgulho, a vaidade, a impaciência, o preconceito, a inconformação com os problemas financeiros, as dificuldades de relacionamentos afetivos de qualquer espécie ou a cólera? E, quando estamos com alguém, o que mais nos incomoda naquela pessoa? É preciso que respondamos a essas questões a fim de que possamos melhor nos preparar na construção do nosso futuro. Se hoje encontramos dificuldades na nossa vida, certamente não fizemos boas escolhas no passado.
Assim, não é necessário buscar quem fomos, mas, sim, descobrir como fomos para que possamos ser melhores amanhã. E, só saberemos como fomos se examinarmos honestamente nossas tendências atuais, visto que pouco mudamos, apesar de já termos mudado bastante.
O passado só é importante para entendermos o quanto ainda precisamos caminhar, e de como ainda estamos longe dos ensinamentos de Jesus a nos chamar para a prática das virtudes que veio nos ensinar.
Nosso Espírito é imortal e para progredir precisa passar por várias experiências materiais, físicas para aprender, e isso ele só conseguirá se tiver uma maneira de se manifestar. E qual maneira é essa? É através do nosso corpo físico. Esse corpo passa a ser, portanto, um vaso sagrado para sua vivência na matéria. Cuidar dele é dever sagrado de todo aquele que já compreende a responsabilidade que tem sobre a saúde e o equilíbrio desse vaso que carrega bem tão precioso. Tudo aquilo que levá-lo ao desequilíbrio, seja material ou através da mente doentia, causando prejuízos a esse instrumento emprestado a nós para que, como Espíritos, possamos crescer, responderá perante as leis divinas e colherá certamente todas as conseqüências advindas desse mau uso.
Estamos colocando aqui os desequilíbrios causados pelas diferentes viciações, sejam elas por ingestão de álcool, de fumo, de outras drogas; de alimentação exagerada que sobrecarrega todos os órgãos; seja pelo sexo desenfreado; seja pelas mentes em desajustes que levam desequilíbrio ao funcionamento do fígado, do estômago, do coração, aos músculos de todo o corpo quando se abandonam à cólera, ao rancor, à ausência de caridade, à prepotência e à arrogância; ou à mentes que cultivam pensamentos infelizes de suicídio ou que ficam presas à vingança ou à remorsos sem fazer nada para modificar esses quadros. Falamos das mentes que podendo usar a arte em qualquer das suas manifestações, e podendo ajudar, acabam desviado outras criaturas do caminho reto.
Enquanto nos preocupamos em saber quem fomos, estamos nos esquecendo de verificar quem somos para que, a partir do nosso presente, possamos efetivamente iniciar as modificações tão necessárias a um futuro de mais paz e mais felicidade.
Certamente, muitos dirão que estão felizes com sua vida de hoje e isso está se tornando lentamente uma situação comum. Isso é muito bom, pois podemos verificar que já estamos colocando em prática os ensinamentos evangélicos. Estamos simplesmente mostrando aos outros que as palavras de Jesus só se cumprem quando realizamos a nossa parte, como cooperadores Dele, na construção de um mundo melhor.
Quando o Mestre de Nazaré nos disse que “bem-aventurados são os mansos e pacificadores porque eles herdarão a Terra”, não falava de outra terra a não ser do nosso planeta. E, se hoje já conseguimos aceitar com maior resignação as dificuldades – e isto significa não nos rebelarmos com as leis Divinas, visto que somos os próprios causadores dos nossos sofrimentos – é porque já estamos usufruindo da promessa Dele de que herdaríamos a Terra, que estamos transformando em terra de amor e de fraternidade, onde o Mal, pouco a pouco, vai sendo afastado para que o Bem se estabeleça, definitivamente, no coração de todas as criaturas.
Não vamos deixar de fazer o que deve ser feito porque no passado encontramos dificuldade, e porque temos medo de fracassar no futuro.
Meus amigos, nosso tempo é hoje! Nosso futuro é agora, quando nesse momento estamos escolhendo sermos pessoas melhores! Que Jesus nos ampare nessas decisões e que os Benfeitores Espirituais prossigam nos inspirando boas resoluções para nos tornarmos os conquistadores da Terra abençoada que Jesus disse que nos aguardaria.
Boa luta a todos e muita paz!

LEDA MARIA FLABOREA é pedagoga, expositora e articulista espírita, e-mail ledaflaborea@uol.com.br
Francisco Rebouças.

domingo, 12 de julho de 2009

A importância da caridade

Os ensinamentos que Jesus nos veio trazer, sobre o valor que devemos dar ao nosso próximo e à vida, dizem respeito ao cultivo e desenvolvimento da moral e da decência nas relações entre as pessoas, sem excetuar quem quer que seja, visto que somos todos iguais perante o Criador.

O Mestre traduziu em duas simples palavras, todo o seu código de ética a caminho do desenvolvimento da moral em termo mais amplo, ensinando que tudo poderia ser resumido em “Caridade e Humildade”, isto é, nas duas maiores virtudes que os homens devem concentrar todos os esforços na conquista desses dois tesouros preciosos do Espírito.

É que, só com o desenvolvimento em nosso Ser espiritual dos verdadeiros talentos com que a Divindade nos equipou, conseguiremos se para tanto nos esforçarmos erradicar de nosso espírito o egoísmo que até hoje nos mantém presos às teias da ignorância. Em tudo que ensinou, Jesus chamou-nos a atenção, para a valorização dessas duas virtudes como sendo as que poderão nos conduzir de encontro à eterna e verdadeira felicidade.

Falou-nos ele: “Bem-aventurados os pobres de espírito, isto é os simples, os humildes, porque deles é o reino dos céus; e continuou a nos ensinar; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros, o que gostaria que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros; não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita”.

Em todas estas passagens de seus ditos pode-se extrair o ensinamento maior de Jesus, a caridade e humildade, eis o que não cessa de recomendar e exemplificar em todas as suas ações. Em tudo que pregou em sua passagem pelo nosso planeta, teve por finalidade maior combater o orgulho e o egoísmo que são sem dúvida as duas grandes chagas a corroer a humanidade.

O Mestre Maior de todos nós não se limitou apenas a recomendar a caridade, põe-na como condição absoluta para a conquista da felicidade futura, assegurando-nos que as ações empreendidas pelos caridosos com certeza lhes assegurarão uma melhor posição no futuro quando a justiça divina os chamar para a prestação de contas, como nos afirmou também em outra oportunidade que, “a cada um será dado segundo as suas obras”.

Na Parábola do Bom Samaritano, considerado herético, mas que naquele momento pratica o amor ao próximo, Jesus coloca-o acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas designa como condição única. Se outras houvesse que a substituíssem, ele as teria ensinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e também porque significa a negação absoluta do orgulho e do egoísmo naquele que a pratica.

O Apóstolo Paulo, entendendo o verdadeiro sentido da caridade nos deixou sua mensagem sobre o valor dessa sublime virtude que todos precisamos desenvolver, conforme segue:

Necessidade da caridade, segundo S. Paulo

Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; - ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. - E, quando houver distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; - não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade
(S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.) ¹

O Espiritismo sendo o Cristianismo Redivivo, ou seja, o cristianismo na sua pureza inicial, vem reafirmar os ensinos do seu criador com a máxima: “Fora da caridade não há salvação”, ² máxima essa que consagra o princípio da igualdade perante Deus, e da liberdade de consciência, deixando a todos a escolha da maneira como queiram seguir adorando o Pai Celestial, não pregando que fora do espiritismo não há salvação, pois, bem sabe que o Cristo não fundou nenhuma religião, por isso mesmo respeita a liberdade de crença de todos os seus irmãos em humanidade, pois em qualquer corrente religiosa a que pertença o homem, terá aí mesmo a oportunidade de seguir os ensinamentos de Jesus.

Dediquemo-nos, portanto, meus irmãos à prática da caridade ensinada no evangelho de Jesus, pois ela nos ajudará não só a evitar a prática do mal, mas também nos impulsionará em direção ao trabalho no bem, e para a prática do bem uma só condição se faz indispensável: a nossa vontade, pois para a prática do mal basta apenas a inércia e a despreocupação agradeçamos, pois, a Deus nosso Pai, por nos permitir encontrar em nossa estrada evolutiva a bênção de gozar da luz do Espiritismo.

Bibliografia
1) 1ª Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.)
2) Kardec Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB – 112ª edição - Cap. XV, item 10.
Francisco Rebouças

sábado, 11 de julho de 2009

A honra de ajudar!

"Glória porém e honra e paz a qualquer que obra o bem". Paulo; Romanos 2/10. ¹

A flagrante indiferença do homem da atualidade ante o sofrimento a dor e a necessidade do próximo, é algo que reclama urgentes medidas de combate nos corações de emoções congeladas.

A humanidade revive os dias distantes do passado, onde o indivíduo movido pelos instintos animalizados que o conduziam, porque se achava embrutecido, indiferente aos problemas alheios, cruel e desumano, buscando apenas a satisfação de suas necessidades primitivas.

Esse seu comportamento dos tempos recuados do passado, em que a ignorância das coisas do espírito era completa, precisa ser definitivamente banida de sua vida, pois, o avanço científico, tecnológico, intelectual etc., nos permitiu o conhecimento do mundo espiritual, e, foi o próprio Jesus quem nos trouxe a certeza da vida além do túmulo, quando nos afirmou: "Meu reino não é deste mundo", e também que; "Há muitas moradas na casa do meu Pai". ²

À medida em que o homem cresce em conhecimentos espirituais, mais desenvolve em seu íntimo, os nobres sentimentos de solidariedade e caridade para com seu semelhante, não permitindo que a indiferença lhe congele o coração, ensejando em si, o controle e o combate do egoísmo exacerbado causador da falta de solidariedade e da ação beneficente para com seu irmão em caminhada, estimulando-o dessa forma ao trabalho em prol da alegria e da felicidade sua e de todos.

Se, não lhe for possível acabar definitivamente com o sofrimento alheio, procura minimizá-lo ao máximo, com o que lhe for possível fazer; se defronta com uma multidão de necessitados e sabe não ser capaz de resolver o problema de todos, procura auxiliar o primeiro que lhe aparece, fazendo com amor sua parte, entregando a Deus o que lhe foge ao controle.

Para saber como auxiliar o necessitado do caminho, basta seguir a regra simplificada contida no Evangelho de Jesus, colocando-se no lugar do outro, e certamente saberá o que gostaria que alguém fizesse em nosso favor.

É, preciso, ter sempre em mente, que ninguém está isento dos imprevistos da caminhada evolutiva, onde quem hoje está em posição de superioridade, amanhã poderá se encontrar em posição de inferioridade e vice-versa; dessa forma, é de suma importância aprender o quanto antes a utilizar as mãos no serviço de solidariedade que a vida nos convida diariamente, com a nobre finalidade de abrir o nosso coração para o estabelecimento da fraternidade e do amor que precisamos desenvolver para o nosso próprio crescimento em direção à felicidade e à pureza espiritual a que estamos destinados.

Urge antão, darmos os primeiros passos, que são sem dúvidas os mais difíceis de serem dados, e com nossa força de vontade e disposição na repetição das ações nobres em nossas atitudes diárias, estaremos nos credenciando pouco a pouco a recebermos a ajuda dos prepostos do Mestre de Nazaré, que virão em nosso auxílio, impulsionando-nos ao progresso e a santificação dos nossos sentimentos mais íntimos latentes em nosso Ser espiritual, contemplando-nos com a satisfação interior, permitindo-nos prelibar o gosto delicioso da felicidade que a Terra nos permite desfrutar.

Bibliografia:
1) Epístola de Paulo; Romanos 2/10;
2) E.S.E.-FEB, 115ª edição, Cap. II, item 1;
3) E.S.E.-FEB, 115ª edição, Cap. III, item 1.

Francisco Rebouças


sexta-feira, 10 de julho de 2009

Estudando o espiritismo - LE

Provas da existência de Deus

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?
“A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma conseqüência do princípio - não há efeito sem causa.”

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de idéias adquiridas?
“Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão-somente produto de um ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse
ensino, conforme se dá com as noções científicas.

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?
“Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária.”

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?
“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
“Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!”

Do poder de uma inteligência se julga pelas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade.

Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe dêem.

Fonte: O Livro dos Espíritos – FEB, 76ª edição.


Francisco Rebouças

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Psicografia -Divaldo Franco

TRAJETÓRIA DESAFIADORA
Filhos da Alma:

Que Jesus nos abençoe.

Repetimos a trajetória do Cristianismo primitivo. O solo que espera ensementação, ainda necessita de adubo e de arroteamento.

Não estranhemos as dificuldades e os desafios.

Jesus, que representa a estrela de primeira grandeza da Terra, não transitou por estradas asfaltadas, nem sorveu o precioso licor da amizade e do respeito. Sofreu perseguições sem nome, vivendo testemunhos indescritíveis.

Por isso, Ele nos disse: No mundo somente tereis aflições.

Que sejamos afligidos, mas que não nos tornemos afligentes, impondo-nos a carga dos testemunhos, que conduzamos com elevação ao calvário libertador.

Vendo-vos, filhos da alma, reencetando a jornada que ficou interrompida no passado, em face do desequilíbrio e das lamentáveis posturas humanas, alegramo-nos, porque palmilhais a estrada da redenção com entusiasmo, com amor.

Vivei o Evangelho conforme a interpretação da Doutrina Espírita, e exultai.

Vossas dores são nossas dores, vossas ansiedades e sofrimentos íntimos são nossos, meus filhos.

Jesus compartilha, antecipando as inefáveis alegrias do amanhã ditoso, após vencido o portal do túmulo.

Avançai, seareiros da luz!

Nada vos impeça a glorificação do ideal que vibra e que se expande através de vós.

Jesus nos espera,avancemos.

*

Amigo Jesus:

Tu que és o companheiro daqueles que não têm companheiros, que és o médico dos excluídos da sociedade terrena, enfermos da alma e do corpo, que és o guia do planeta terrestre, que foi atirado no éter cósmico sob Teu comando, recebe a nossa gratidão por estes dias de júbilos e de reflexões.

Aceita a pobreza em que nos encontramos, aguardando a fortuna que ofereces aos que Te servem.

Agradecidos, Senhor, rogamos que nos abençoes e aos irmãos e amigos de retorno às suas tarefas, para que sejam fiéis até o momento da libertação.

Muita paz, meus amigos.

Com o carinho dos espíritos-espíritas aqui presentes, o amigo paternal e humílimo de sempre.

Bezerra.



(Mensagem psicofônica recebida por Divaldo Pereira Franco, no encerramento do Curso promovido pelo CEI, no Castelo de Wégimont (Bélgica), no dia 7 de junho de 2009, em seguida à 13ª. Reunião Ordinária do CEI.
Enviada pela querida amiga Gorete Newton
Francisco Rebouças.

domingo, 5 de julho de 2009

As diversas concepções do “Céu”

O estado de sofrimento ou de felicidade desfrutado pelos espíritos no mundo espiritual, muito depende do grau evolutivo de cada um, em vista disso muito se observa nas comunicações dadas por eles aos questionamentos do codificador, onde se pode perceber que estando ambos no mesmo lugar, um está em paz enquanto outro está em aflição.

A palavra Céu, é comumente entendida como sendo o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Os povos da Antigüidade acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro, e que essas outras esferas giravam em torno da Terra, e, arrastavam consigo os astros que se achavam em seu circuito.

Isso se devia, em face da deficiência dos conhecimentos astronômicos que hoje em dia se tem com o acelerado avanço da ciência nos últimos séculos. Naquela época, as opiniões mais comuns, eram de que existiam sete céus e daí a expressão - estar no sétimo céu – que definia como sendo o Céu da perfeita felicidade. Diferente um pouco dos muçulmanos que admitem nove céus, em cada um dos quais se concentra maior grau de felicidade.

O astrônomo Ptolomeu (1) contava onze e denominava ao último Empíreo (2) por causa da luz brilhante que nele reina. Permanece ainda nos dias de hoje para muitos crentes essa definição poética que representa o lugar da glória celeste, do bem eterno, para onde todos almejam ir um dia.

Nós espíritas, bem sabemos que o Céu não se refere a nenhum espaço físico localizado aqui ou ali, e sim, ao estado de paz da consciência em perfeita harmonia com as Sábias e imutáveis Leis Divinas, que é nossa destinação final, quando depurados e em estado de perfeição relativa que poderemos alcançar um dia após as lutas regenerativas acerbas, com as quais nos deparamos nos conturbados dias da atualidade.

Deus nos criou a todos, da mesma maneira, simples e ignorantes, mas nos dotou de todas as aptidões necessárias para tudo conhecer e para progredir pela utilização das nossas escolhas através da bênção do livre-arbítrio, o que nem sempre fomos capazes de praticar com proveito de forma a escolher o melhor para o nosso próprio benefício.

Deu-nos a inteligência para que a utilizássemos, em prol do progresso, desenvolvendo novos conhecimentos pelo trabalho incessante em busca do aprimoramento do SER imortal que somos.

A doutrina espírita nos ensina, que a felicidade está na razão direta do progresso realizado pelo indivíduo, que só pelo trabalho no bem através da caridade desinteressada, poderemos conquistar patamares mais elevados em termos de espiritualidade. Que os bens da matéria não são os que nos poderão proporcionar a felicidade a que tanto aspiramos, pois, quando daqui partirmos nada nos será permitido levar em valores proporcionados pelos bens matérias, pois pertencem a este mundo e aqui permanecerão.

A felicidade no mundo espiritual será diretamente proporcional às qualidades morais, desenvolvidas pelos Espíritos, pois, são as únicas que nos podem proporcionar uma situação mais confortável em matéria de paz de espírito. Podemos melhor comparar os estados dos seres no mundo dos espíritos, dessa forma: Se em um concerto se encontrarem dois homens; o primeiro, bom músico, de ouvido educado, e outro, desconhecedor da música, de sentido auditivo pouco delicado, o primeiro experimentará sensação de felicidade, enquanto o segundo permanecerá insensível, porque um compreende e percebe o que nenhuma impressão produz no outro. Isto, devido ao grau de adiantamento efetuado por um e por outro indivíduo, o que os distingue perante os gozos espirituais.

A vida do espírito quando na erraticidade, tem seus esplendores representados pelas harmonias e sensações que somente os Espíritos Superiores podem e sabem usufruir, e onde os Espíritos inferiores, encharcados ainda pela perniciosa influência da matéria, não percebem e por essa razão não sabem tirar o devido proveito.

Fonte:

1) Ptolomeu viveu em Alexandria, Egito, no segundo século da era cristã.

2) Do grego, pur ou pyr, fogo.

3) O Céu e o Inferno – Primeira parte - Capítulo III, itens 1 e 6.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Estudando o espiritismo

Caracteres da perfeição

1. Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. - Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? - Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? - Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)

2. Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: "Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial", tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.

Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: "Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem."Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.

Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: "Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial."
Fonte: E.S.E. Cap. XVII, itens 1 e 2.
Francisco Rebouças

quarta-feira, 1 de julho de 2009

DIVALDO FRANCO NO RIO

O CENTRO ESPÍRITA NOSSO LAR, convida toda comunidade espírita, para a palestra comemorativa de seus 15 ans de fundação que será proferida pelo Tribuno Espírita DIVALDO PEREIRA FRANCO.

Local : Quadra de Esportes Cruzeiro do Sul em Maricá
Endereço : Rodovia Amaral Peixoto, Km 21 - São José do Imbassaí - Maricá - RJ.
Obs.: Ao lado da Passarela.

Data e horário : 08/08/2009, às 18:00.

Promoção : Movimento Você e a Paz - Apoio 43º - CEU/CEERJ.
Francisco Rebouças.

Estudando o espiritismo

A caridade material e a caridade moral

“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles.” Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos. Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos. Direi ainda: não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.
Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.
Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...
Amai, portanto, o vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora. Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!
Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.
A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de ou trem é caridade moral.
Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra. Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante. Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito: Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa. Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxilio.
Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus: pensai nos que sofrem e orai. – Irmã Rosália. (Paris, 1860.)

Fonte:
O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XIII, item 9.
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel