sábado, 18 de janeiro de 2025
MENSAGEM DE VIGILÂNCIA
Se buscas em tua fé
Roteiros de paz e luz,
Afeiçoa a própria vida
Às instruções de Jesus.
Não vale apenas saber.
O aprendizado cristão
Reclama de todos nós
Esforço e edificação.
Palavras, prantos, discursos,
Merecem todo o respeito,
Mas são zero se lhes falta
Caminho nobre e direito.
Muitos sabem todo o texto
Que a Santa Escritura encerra,
Mas vivem segundo a carne,
Colados ao pó da terra.
Notamos por toda a parte,
Nos Templos do mundo inteiro,
Grandes lobos que se ocultam
Em fina lã de cordeiro.
Há serpes ao pé do altar
De mente escura e cruel,
Raposas que dão balidos
Gemendo com voz de mel.
Há vasos alabastrinos
Conservando essência impura.
E há venenos escondidos
Em cálices de ternura.
São almas que a sombra envolve
Em que a mentira faz centro.
Revelam flores por fora
Guardando abismos por dentro.
As teorias sem fatos
Ao povo faminto em prece
São promessas enganosas
De pão que desaparece.
Todos temos fantasias
De Caim, Judas, Pilatos,
Mas nunca seremos livres
Sem Jesus em nossos atos.
Façamos, pois, cada dia,
Bendita e nova cruzada,
Oferecendo ao Senhor
Nossa vida transformada.
Sem Cristo no pensamento,
Sem Evangelho na ação,
Jamais veremos na Terra
O dia da redenção.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
terça-feira, 7 de janeiro de 2025
Estudando sobre a prece!
CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRECE NO ESPIRITISMO.
Cada um é livre
para encarar as coisas à sua maneira, e nós, que reclamamos essa liberdade para
nós, não podemos recusá-la aos outros. Mas, do fato de que uma opinião seja
livre, não se segue que não se possa discuti-la, examinar-lhe o forte e o
fraco, pesar-lhe as vantagens ou os inconvenientes.
Dizemos isto a
propósito da negação da utilidade da prece, que algumas pessoas gostariam de
erigir em sistema, para dela fazer a bandeira de uma escola dissidente.
Essa opinião
pode se resumir assim:
"Deus
estabeleceu leis eternas, às quais todos os seres estão submetidos; não podemos
nada lhe pedir e não lhe temos a agradecer nenhum favor especial, portanto, é inútil
orar-lhe.
"A sorte
dos Espíritos está traçada; é, pois, inútil orar por eles. Não podem mudar a ordem
imutável das coisas, portanto, é inútil orar por eles.
"O
Espiritismo é uma ciência puramente filosófica; não só não é uma religião, mas não
deve ter nenhum caráter religioso. Toda prece dita nas reuniões tende a manter
a superstição e a beatice."
A questão da
prece foi, há muito tempo, discutida para que seja inútil repetir aqui o que se
sabe a esse respeito. Se o Espiritismo proclama-lhe a utilidade, não é por
espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar-lhe a eficácia
e o modo de ação.
Desde então
que, pelas leis fluídicas, compreendemos o poder do pensamento, compreendemos
também o da prece, que é, ela mesma, um pensamento dirigido para um objetivo
determinado.
Para algumas
pessoas, a palavra prece não revela senão uma ideia de pedido; é um grave
erro. Com relação à divindade é um ato de adoração, de humildade e de submissão
ao qual não se pode recusar sem desconhecer o poder e a bondade do Criador.
Negar a prece a Deus é reconhecer Deus como um fato, mas é recusar prestar-lhe
homenagem; está ainda aí uma revolta do orgulho humano.
Com relação aos
Espíritos, que não são outros senão as almas de nossos irmãos, a prece é uma
identificação de pensamentos, um testemunho de simpatia; repeli-la, é repelir a
lembrança dos seres que nos são caros, porque essa lembrança simpática e benevolente
é em si mesma uma prece. Aliás, sabe-se que aqueles que sofrem a reclamam com
instância como um alívio às suas penas; se a pedem, é, pois, que delatem necessidade;
recusá-la é recusar o copo d'água ao infeliz que tem sede.
Além da ação
puramente moral, o Espiritismo nos mostra, na prece, um efeito de alguma sorte
material, resultante da transmissão fluídica. Sua eficácia, em certas doenças,
está constatada pela experiência, como é demonstrada pela teoria. Rejeitar a prece
é, pois, privar-se de um poderoso auxiliar para o alívio dos males corpóreos.
Vejamos agora
qual seria o resultado dessa doutrina, e se ela teria alguma chance de
prevalecer.
Todos os povos
oram, desde os selvagens aos homens civilizados; a isto são levados pelo
instinto, e é o que os distingue dos animais. Sem dúvida, oram de uma maneira
mais ou menos racional, mas, enfim, eles oram. Aqueles que, por ignorância ou presunção,
não praticam a prece, formam, no mundo, uma ínfima minoria.
A prece é,
pois, uma necessidade universal, independente das seitas e das nacionalidades.
Depois da prece, estando-se fraco, sente-se mais forte; estando-se triste, sente-se
consolado; tirar a prece é privar o homem de seu mais poderoso sustento moral na
adversidade. Pela prece ele eleva sua alma, entra em comunhão com Deus, se identifica
com o mundo espiritual, desmaterializa-se, condição essencial de sua
felicidade futura; sem a prece, seus pensamentos ficam sobre a Terra, se
prendem cada vez mais às coisas materiais; daí um atraso em seu adiantamento.
Contestando um
dogma, não se coloca em oposição senão com a seita que o professa; negando a
eficácia da prece, melindra o sentimento íntimo da quase unanimidade dos
homens. O Espiritismo deve as numerosas simpatias que encontra às aspirações do
coração, e nas quais as consolações que se haurem na prece entram com uma
grande parte. Uma seita que se fundasse sobre a negação da prece, privar-se-ia
do principal elemento de sucesso, a simpatia geral, porque em lugar de aquecer
a alma, ela a gelaria; em lugar de elevá-la, a rebaixaria. Se o Espiritismo
deve ganhar em influência, isto é, aumentando a soma das satisfações morais que
proporciona. Que todos aqueles que querem a todo preço novidade no Espiritismo,
para ligar seu nome à sua bandeira, se esforcem para dar mais do que ele;
jamais dando menos do que ele que o suplantarão. A árvore despojada de seus
frutos saborosos e nutritivos será sempre menos atraente que aquela que deles
está ornamentada. É em virtude do mesmo princípio que sempre temos dito aos
adversários do Espiritismo: O único meio de matá-lo, é dar alguma coisa de melhor,
de mais consolador, que explique mais e que satisfaça mais. E é o que ninguém ainda
fez.
Pode-se, pois,
considerar a rejeição da prece, da parte de alguns crentes nas manifestações
espíritas, como uma opinião isolada que pode reunir algumas individualidades,
mas que jamais reunirá a maioria. Seria errado que se imputasse essa doutrina
ao Espiritismo, uma vez que ele ensina positivamente o contrário.
Nas reuniões
espíritas, a prece predispõe ao recolhimento e à seriedade, condição indispensável,
como se sabe, para as comunicações sérias. Quer dizer que ele manda transformá-las
em assembleias religiosas? De nenhum modo; o sentimento religioso não é
sinônimo de protestante; deve-se mesmo evitar o que poderia dar às reuniões
esse último caráter. É nesse sentido que constantemente desaprovamos as preces
e os símbolos litúrgicos de um culto qualquer. Não é preciso esquecer que o
Espiritismo deve tender para a aproximação das diversas comunhões; já não é
raro ver nessas reuniões a confraternização dos representantes de diversos
cultos, e é porque ninguém deve se arrogar a supremacia. Que cada um em seu
particular ore como o entende, é um direito de consciência; mas numa assembleia
fundada sobre o princípio da caridade, deve-se abster de tudo o que poderia
ferir suscetibilidades, e tender a manter um antagonismo que se deve ao
contrário se esforçar em fazer desaparecer. As preces especiais ao Espiritismo
não constituem, pois, um culto distinto, desde o instante em que elas não são impostas
e cada uma está livre para dizer aquelas que lhe convém; mas elas têm a vantagem
de servir para todo mundo e de não ferir ninguém.
O mesmo
princípio de tolerância e de respeito para com as convicções alheias nos faz
dizer que toda pessoa razoável que as circunstâncias levam num templo, de um
culto do qual não partilha as crenças, deve se abster de todo sinal exterior
que poderia escandalizar os assistentes; ela deve, tem mesmo necessidade, de
sacrificar aos usos de pura forma que não podem em nada empenhar sua
consciência. Que Deus seja adorado num templo de maneira mais ou menos lógica,
isto não é um motivo para ferir aqueles que acham essa maneira boa.
O Espiritismo
dando ao homem uma certa soma de satisfações e provando um certo número de
verdades, dissemos que não poderia ser substituído senão por alguma coisa que
desse mais e provasse melhor do que ele. Vejamos se isto é possível. O que faz
a principal autoridade da Doutrina é que não há um único de seus princípios que
seja o produto de uma ideia preconcebida ou de uma opinião pessoal; todos, sem
exceção, são o resultado da observação dos fatos; foi unicamente pelos fatos
que o Espiritismo chegou a conhecer a situação e as atribuições dos Espíritos,
assim como as leis, ou melhor uma parte das leis que regem suas relações com o
mundo invisível; este é um ponto capital.
Continuando a
nos apoiar sobre a observação, fazemos filosofia experimental e não especulativa.
Para combater as teorias do Espiritismo, não basta, pois, dizer que elas são falsas,
seria preciso opor-lhes fatos dos quais estariam impossibilitadas de dar a
solução.
E neste caso
mesmo manter-se-á sempre num nível, porque seria contrário à sua essência se
obstinar numa ideia falsa, e que se esforçará sempre em preencher as lacunas
que possa apresentar, não tendo a pretensão de ter chegado ao apogeu da verdade
absoluta. Essa maneira de encarar o Espiritismo não é nova; pode-se vê-la em todos
os tempos formulada em nossas obras. Desde que o Espiritismo não se declara nem
estacionário nem imutável, ele assimilará todas as verdades que forem demonstradas,
de qualquer parte que venham, fosse da de seus antagonistas, e não permanecerá
jamais atrás do progresso real. Ele assimilará essas verdades, dizemos nós, mas
somente quando forem claramente demonstradas, e não porque agradaria
alguém de dar por elas, ou seus desejos pessoais ou os produtos de sua
imaginação.
Estabelecido
este ponto, o Espiritismo não poderia perder senão se se deixasse distanciar por
uma doutrina que daria mais do que ele; nada a temer daquelas que dariam menos
e dele fortificariam o que faz a sua força e a sua principal atração.
Se o
Espiritismo ainda não disse tudo, ele é, no entanto, uma certa soma de verdades
adquiridas pela observação e que constituem a opinião da maioria dos adeptos; e
se essas verdades passaram hoje ao estado de artigos de fé, para nos servir de
uma expressão empregada ironicamente por alguns, isto não é nem por nós, nem
por ninguém, nem mesmo por nossos Espíritos instrutores e elas foram assim
colocadas e ainda menos impostas, mas pela adesão de todo mundo, cada um
estando em condições de constatá-las.
Se, pois, uma
seita se formasse em oposição com as ideias consagradas pela experiência
e geralmente admitidas em princípio, ela não poderia conquistar as simpatias da
maioria, da qual melindraria as convicções. Sua existência efêmera se
extinguiria com o seu fundador, talvez mesmo antes, ou pelo menos com os poucos
adeptos que ela teria podido reunir. Suponhamos o Espiritismo partilhado em
dez, em vinte seitas, aquela que tiver a supremacia e mais vitalidade será
naturalmente a que dará maior soma de satisfações morais, que encherá o maior
número de vazios da alma, que será fundada sobre as provas mais positivas, e
que melhor se colocará ao uníssono com a opinião geral.
Ora, o
Espiritismo, tomando o ponto de partida de todos os seus princípios na observação
dos fatos, não pode ser derrubado por uma teoria; mantendo-se constantemente ao
nível das ideias progressivas, não poderá ser ultrapassado; apoiando-se sobre o
sentimento da maioria, ele satisfaz as aspirações da maioria; fundado sobre estas
bases, é imperecível, porque aí está a sua força.
Aí está também
a causa do insucesso das tentativas feitas para colocar-lhe obstáculos; em fato
de Espiritismo, há ideias profundamente antipáticas à opinião geral e que esta
repele instintivamente; erguer sobre essas ideias, como ponto de apoio, um edifício
ou esperanças quaisquer, é agarrar-se desastradamente a ramos partidos; eis ao que
estão reduzidos aqueles que, não tendo podido derrubar o Espiritismo pela
força, tentam derrubá-lo por si mesmo.
Fonte: Revista
Espírita - JANEIRO 1866.
Brasil coração do mundo...
Homenagem a Chico Xavier
Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo
Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas
Ouçamos Chico!
Divaldo Franco
Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...
Reencarnação é uma realidade
Divaldo no Fantástico
Ave Maria!!!
EU MAIOR
Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter
Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter
Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter
Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter
Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter
Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter
Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter
Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter
Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter
Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter
Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter
Palestra Terapia do Perdão - Cristiane Parmiter
Palestra Estrega-te a Deus - Cristiane Parmiter
Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter
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Entrevista com Divaldo Franco
Chico Xavier
Chico Xavier (2010) trailer oficial
Página de Mensagens
Francisco Rebouças.
1-ANTE A LIÇÃO
"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.
Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.
Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.
Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.
Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.
Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.
Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.
O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."
Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.
Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.
Chico Xavier/Emmanuel
NO CAMPO FÍSICO
"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)
Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.
A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.
A sementeira comum é símbolo perfeito.
O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.
Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.
A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.
Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.
O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.
Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.
Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.
E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]
Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progresso para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.
[1] - Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.
O TEMPO
“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)
A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.
Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.
NISTO CONHECEREMOS
"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)
Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.
DOUTRINAÇÕES
"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)
Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.
Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.
Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.
Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.
Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.
A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.
Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.
FILHOS DA LUZ
FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.
(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.
Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.
Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.
Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.
Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.
Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.
Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.
Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.
Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.
Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.
Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.
Vinha de Luz
Chico Xavier/André Luiz
QUEM LÊ, ATENDA
"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)
Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.
Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.
Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.
O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.
Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.
O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.
Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel