“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

domingo, 31 de outubro de 2010

Os bens materiais são passageiros!

A beleza transitória da matéria passa depressa.

Procure sondar a beleza interna das pessoas com quem convive.

Há flores belíssimas e perfumadas, que só duram poucas horas.

No entanto, apesar de feias, as pedras duram milênios, realizando suas tarefas.

Não seja pois, leviano.

Não prefira o efêmero ao eterno a beleza à sabedoria.

Firme-se no que dura para sempre, que é o Espírito imortal, nosso verdadeiro EU, e não no que cedo desaparece.

Livro: Minutos de Sabedoria
Carlos Torres Pastorino
 
Francisco Rebouças

sábado, 30 de outubro de 2010

VOTE CONSCIENTE PELA VIDA, CONTRA O ABORTO!

Prezados amigos, volto a lembrar que hoje estaremos desfrutando de mais uma grande oportunidade de consolidar em nosso país a defesa da dignidade e das aspirações do nosso povo, sem nos deixar embebecer por falsas expectativas de progresso nas diversas áreas de carência de nossa população, somos acima de tudo Espíritas defendemos a vida sobre todas as outras possíveis vantagens MATERIAIS que poderemos ter ou não... 

DE UMA COISA JÁ TEMOS CERTEZA, É QUE PRECISAREMOS VOLTAR A ESTE PLANETA PARA DARMOS CONTINUIDADE AO NOSSO BURILAMENTO ESPIRITUAL, E CARECEREMOS DE UMA OPORTUNIDADE DE REGRESSO O QUE O ABORTO MUITO NOS DIFICULTARÁ.
Não podemos deixar em segundo plano nossas convicções e conhecimento dessa maravilhosa doutrina que abraçamos, precisamos ter equilíbrio e responsabilidade na hora de eleger nossos representantes, pois, estaremos dando o nosso aval para que defendam as propostas de crescimento e progresso da moral e da ética tão esquecidas em nosso país.

Não podemos eleger candidatos favoráveis ao crime pelo ABORTO, já bastam tantos outros que são cometidos diariamente contra a vida e os interesses dos cidadãos brasileiros, sem que seus responsáveis sejam realmente punidos, CHEGA DE IMPUNIDADE E DESRESPEITO AOS VALORES MORAIS DO SER HUMANO.

VOTEMOS TODOS PELA VIDA!

Que Jesus nos inspire a todos, e que possamos nos tornar veículos de suas INSPIRAÇÕES, para que não nos esqueçamos de suas mensagens e seus exemplos.

Francisco Rebouças

Na sementeira do amor

Ajuda sempre, filho meu.

Pensa no bem, exalta-lhe a grandeza e intensifica-lhe os dons na Terra.

A glória mais expressiva do perdão não reside tanto na superioridade daquele que o dispensa, mas sim na soma de benefícios gerais que virão depois dele, O mais alto valor do concurso fraterno não está contido no socorro às necessidades materiais de ordem imediata e, sim, no estimulo à confiança e à fraternidade.

Somente os espíritos em desequilíbrio extremo, fundamente cristalizados no mal, menosprezam as manifestações do bem.

Sei que é difícil julgar o destino de uma dádiva e, por vezes, teu pensamento se perde, inutilmente, em complicadas conjeturas.

“Terei dado para o bem? terei dado para o mal ?“ — interrogas a ti mesmo.

Mas, se não deste quanto possuis, se apenas concedeste migalhas do tesouro que o Senhor te confiou, não poderás ajudar ao próximo, tranquilamente, em nome do mesmo generoso Senhor que tudo te emprestou no mundo, a título precário?

Claro que te não rogo favorecer o crime e a desordem visíveis ao nosso olhar. Entretanto, se te posso pedir alguma coisa, em tempo algum te negues à cooperação fraterna.

Não abandones o enfermo, receando aborrecimentos, e nem fujas ao irmão desditoso que caiu nas malhas da justiça, temendo dissabores.

Se tua bondade não for compreendida, aprende a esperar.

Não é mais cristão aquele que serve por amor de servir, sem qualquer expectativa de remuneração?

Não te esqueças de que o Mestre foi conduzido ao madeiro da angústia, por ajudar e amar sempre...

Erra, auxiliando.

Será melhor assim, porque todos estamos sob o olhar da Vigilância Divina.

O homem que ajuda por vaidade e ostentação, quase sempre, em pouco tempo, cria para si mesmo o hábito de auxiliar, atingindo sublimes virtudes. Aquele, porém, que muito fiscaliza os beneficiados e raciocina com excesso quanto ao “dar” e ao “não dar” converte-se, não raro, em calculista da piedade, a endurecer o coração, por séculos numerosos.

Ouve! Estamos à frente do tempo infinito...

É imprescindível cemear.

Não adubes o vício e o crime. Todavia, não olvides que é necessário plantar muito amor, para que o amor nos favoreça.

Livro: Alvorada Cristã
Chico Xavier/Neio Lúcio
 
Francisco Rebouças

DESTRUIÇÃO E MISÉRIA

“Em seus caminhos há destruição e miséria.” Paulo. (ROMANOS, capítulo 3, versículo 16.)

Quando o discípulo se distancia da confiança no Mestre e se esquiva à ação nas linhas do exemplo que o seu divino apostolado nos legou, preferindo a senda vasta de infidelidade à própria consciência, cava, sem perceber, largos abismos de destruição e miséria por onde passa.

Se cristaliza a mente na ociosidade, elimina o bom ânimo no coração dos trabalhadores que o cercam e estrangula as suas próprias oportunidades de servir.

Se desce ao desfiladeiro da negação, destrói as esperanças tenras no sentimento de quantos se abeiram da fé e tece vasta rede de sombras para si mesmo.

Se transfere a alma para a residência escura do vicio, sufoca as virtudes nascentes nos companheiros de jornada e adquire débitos pesados para o futuro.

Se asila o desespero, apaga o tênue clarão da confiança na alma do próximo e chora inutilmente, sob a tormenta de lágrimas destrutivas.

Se busca refúgio na casa fria da tristeza, asfixia o otimismo naqueles que o acompanham e perde a riqueza do tempo, em lamentações improficuas.

A determinação divina para o aprendiz do Evangelho é seguir adiante, ajudando, compreendendo e servindo a todos.

Estacionar é imobilizar os outros e congelar-se.

Revoltar-se é chicotear os irmãos e ferir-se.

Fugir ao bem é desorientar os semelhantes e aniquilar-se.

Desventurados aqueles que não seguem o Mestre que encontraram, porque conhecer Jesus-Cristo em espírito e viver longe dele será espalhar a destruição, em torno de nossos passos, e conservar a miséria dentro de nós mesmos.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Evento no CEEAK - Suiça

Palestra do Dr.Andrei Moreira e lançamento do livro: "Cura e Auto-cura na visão Espírita "

Data: 02/11/2010, terça-feira, às 19:30h.


Compareça, divulgue!
 
 
Francisco Rebouças

Evento Espírita na Bélgica


Caros amigos, é com alegria que recebemos para divulgação este excelente vento que será realizado pela primeira vez  na história do movimento espírita belga, inteiramente organizado pelos grupos Espíritas da Bélgica denominado: "Encontro para crianças e adolescentes" e será realizado em Bruxelas

O Encontro tem por finalidade preparar as crianças e adolescentes, visando instruir esses espíritos ainda jovens para que melhor saibam aproveitar a vida física sem esquecer da espiritual .

Data: 14/11/2010, das 13;30 ÀS 17:30h.
 
O tema: Viva a diferença fala das diferenças vivenciadas pelas crianças e jovens e ainda pelo fato de que todos somos diferentes, mas com algo em comum, todos somos filhos de um mesmo Pai que é Deus.
 
Solicitam para isso que todos que tenham filhos ou que conhecem uma criança façam o convite para que participem do encontro, pois, a programação será bem didática.
 
Paz em seus corações e  recebam as energias dos organizadores que estão muito felizes em poder oferecer essa sublime oportunidade de aprendizado a todos.
 
Compareça, participe, divulgue!
 
Francisco Rebouças

MADEIROS SECOS

“Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?” — Jesus. (LUCAS, capítulo 23, versículo 31.)

Jesus é a videira eterna, cheia de seiva divina, espalhando ramos fartos, perfumes consoladores e frutos substanciosos entre os homens, e o mundo não lhe ofereceu senão a cruz da flagelação e da morte infamante.

Desde milênios remotos é o Salvador, o puro por excelência.

Que não devemos esperar, por nossa vez, criaturas endividadas que somos, representando galhos ainda secos na árvore da vida?

Em cada experiência, necessitamos de processos novos no serviço de reparação e corrigenda.

Somos madeiros sem vida própria, que as paixões humanas inutilizaram, em sua fúria destruidora.

Os homens do campo metem a vara punitiva nos pessegueiros, quando suas frondes raquíticas não produzem. O efeito é benéfico e compensador.

O martírio do Cristo ultrapassou os limites de nossa imaginação. Como tronco sublime da vida, sofreu por desejar transmitir-nos sua seiva fecundante.

Como lenhos ressequidos, ao calor do mal, sofremos por necessidade, em favor de nós mesmos.

O mundo organizou a tragédia da cruz para o Mestre, por espírito de maldade e ingratidão; mas, nós outros, se temos cruzes na senda redentora, não é porque Deus seja rigoroso na execução de suas leis, mas por ser Amoroso Pai de nossas almas, cheio de sabedoria e compaixão nos processos educativos.

Livro: Caminho, Verdade e Vida
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

O Grito de Cólera


Néio Lúcio

Lembra-se do instante em que gritou fortemente, antes do almoço?

Por insignificante questão de vestuário, você pronunciou palavras feias em voz alta, desrespeitando a paz doméstica.

Ah! Meu filho, quantos males foram atraídos por seu gesto de cólera!...

A mamãe, muito aflita, correu para o interior, arrastando atenções de toda a casa. Voltou-lhe a dor de cabeça e o coração tornou a descompassar-se.

As duas irmãs, que cuidavam da refeição, dirigiram-se precipitadamente para o quarto, a fim de socorrê-la, e duas terças partes do almoço ficaram inutilizadas.

Em Razão das circunstâncias provocadas por sua irreflexão, o papai, muito contrariado, foi compelido a esperar mais tempo em casa, chegando ao serviço com grande atraso.

Seu chefe não estava disposto a tolerar-lhe a falta e recebeu-o com repreensão áspera.

Quem o visse, erecto e digno, a sofrer essa pena, em virtude da sua leviandade, sentiria compaixão, porque você não passa de um jovem necessitado de disciplina, e ele é um homem de bem, idoso e correto, que já venceu muitas tempestades para amparar a família e defendê-la.

Humilhado, suportou as conseqüências de seu gesto impulsivo, por vários dias, observado na oficina qual se fora um menino vadio e imprudente.

Os resultados de sua gritaria foram, porém, mais vastos.

A mãezinha piorou e o médico foi chamado.

Medicamentos de alto preço, trazidos à pressa, impuseram vertiginosa subida às despesas, e o papai não conseguiu pagar todas as contas de armazém, farmácia e aluguel de casa.

Durante seis meses, toda a sua família lutou e solidarizou-se para recompor a harmonia quebrada, desastradamente, por sua ira infantil.

Cento e oitenta dias de preocupações e trabalhos árduos, sacrifícios e lágrimas! Tudo porque você, incapaz de compreender a cooperação alheia, se pôs a berrar, inconscientemente, recusando a roupa que lhe não agradava.

Pense na lição, meu filho, e não repita a experiência.

Todos estamos unidos, reciprocamente, através de laços que procedem dos desígnios divinos.

Ninguém se reúne ao acaso. Forças superiores impelem-nos uns para os outros, de modo a aprendermos a ciência da felicidade, no amor e no respeito mútuos.

O golpe do machado derruba a árvore de vez. A ventania destrói um ninho de momento para o outro.

A ação impensada de um homem, todavia, é muito pior.

O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos.

Por que não aprende a falar e a calar, a benefício de todos?

Ajude em vez de reclamar.

A cólera é força infernal que nos distancia da paz divina.

A própria guerra, que extermina milhões de criaturas, não é senão a ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.

Quem não crê na obediência
E ao descontrole se aninha,
Olhe um comboio apressado
Idéias e Ilustrações
Quando sai fora da linha.

Ulisses Bezerra

Deste preceito não fujo
Para saber com verdade:
Só se conhece o marujo
Na hora da tempestade.

Mílton da Cruz

As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros uma só migalha de simpatia por você.

André Luiz
 
Livro: Idéias e Ilustrações
Chico Xavier/Diversos Espíritos
 
Francisco Rebouças

CARTA AOS QUE FICAM


No antigo Paço da Boa vista, nas audiências dos sábados, quando recebia toda gente, atendeu D.Pedro II a um negro velho, de carapinha branca, e em cujo rosto, enrugado pelo frio de muitos invernos, se descobria o sinal de muita penas e muitos maus-tratos.

-Ah! Meu Senhor grande – exclamou o infeliz – como é duro ser escravo!...

O magnânimo imperador encarou suas mãos cansadas no leme da direção do povo e aquelas outras, engelhadas, na excrescência dos calos adquiridos na rude tarefa das senzalas, e tranqüilizando-o comovido:

-Oh! meu filho, tem paciência! Também sou escravo dos meus de-veres e eles são bem pesados... Teus infortúnios vão diminuir...

E mandou libertar o preto.

Mais tarde, nos primeiros tempos do seu desterro, o bondoso mo-narca, a bordo do Alagoas, recebeu a visita do seu ex-ministro; às pri-meiras interpelações de Ouro Preto, respondeu-lhe o grande exilado:

-Em suma, estou satisfeito e tranqüilo.

E, aludindo à sua expatriação:

É a minha carta de alforria... Agora posso ir onde quero.

A coroa era pesada demais para a cabeça do monarca republicano.

Aos que perguntarem no mundo sobre a minha posição em face da morte, direi que ele teve para mim a fulguração de um Treze de Maio para os filhos de Angola.

A morte não veio buscar a minha alma, quando esta se comprazia nas redes douradas da ilusão. A sua tesoura não me cortou fios da mo-cidade e de sonho, porque eu não possuía senão neves brancas à espera do sol para se desfazerem. O gelo dos meus desenganos necessitava desse calor de realidade, que a morte espalha no caminho em que passa com a sua foice derrubadora. Resisti, porém ao seu cerco como Aquiles no heroísmo indomável de quem vê a destruição de suas muralhas e re-dutos. Na minha trincheira de sacos de água quente, eu a vi chegar qua-se todos os dias... Mirava-me nas pupilas chamejantes dos seus olhos, pedindo-lhe complacência e ela me sorria consoladora nas suas pro-messas. Eu não podia, porém adivinhar o seu fundo mistério, porque a dúvida obsidiava o meu espírito, enrodilhando-se no meu raciocínio como tentáculos de um polvo.

E, na alegria bárbara, sentia-me encurralado no sofrimento, como um lutador romano aureolado de rosas.

Triunfava da morte e como Ájax recolhi as últimas esperanças no rochedo da minha dor, desafiando o tridente dos deuses.

A minha excessiva vigilância trouxe-me a insônia, que arruinou a tranqüilidade dos meus últimos dias. Perseguido pela surdez, já os meus olhos se apagavam como as derradeiras luzes de um navio soçobrando em mar encapelado no silêncio da noite. Sombra, movendo-se dentro das sombras, não me acovardei diante do abismo. Sem esmorecimentos atirei-me ao combate, não para repelir mouros na costa, mas para er-guer muito alto o coração, retalhado nas pedras do caminho como um livro de experiências para os que vinham depois dos meus passos, ou como a réstia luminosa que os faroleiros desabotoam na superfície das águas, prevenindo os incautos dos perigos das sirtes traiçoeiras do oce-ano.

Muitos me supuseram corroído da lepra e de vermina como se fos-se Bento de Labre, raspando-me com a escudela de Jô. Eu, porém esta-va apenas refletindo a claridade das estrelas do meu imenso crepúsculo. Quando, me encontrava nessa faina de semear a resignação, a primeira e última flor dos que atravessam o deserto das incertezas da vida, a morte abeirou-se do meu leito; devagarinho, como alguém que temesse acordar um menino doente. Esperou que tapassem com anestesia todas as janelas e interstícios dos meus sentimentos. E quando o caos mais absoluto no meu cérebro, záz! Cortou as algemas a que me conservava retido por amor aos outros condenados, irmãos meus, reclusos no cala-bouço da vida. Adormeci nos seus braços como um ébrio nas mãos de uma deusa. Despertando dessa letargia momentânea, compreendi a rea-lidade da vida, que eu negara, além dos ossos que se enfeitam com os cravos rubros da carne.

- Humberto!... Humberto... exclamou uma voz longínqua – recebe os que te enviam da Terra!

Arregalei os olhos com horror e com enfado:

-Não! Não quero saber de panegíricos e agora não me interessam as seções necrológicas dos jornais.

Enganas-te – repetiu – as homenagens da convenção não se equili-bram até aqui. A hipocrisia é como certos micróbios de vida muito e-fêmera. Toma as preces que se elevaram por ti a Deus, dos peitos sufo-cados, onde penetraste com as tuas exortações e conselhos. O sofrimen-to retornou sobre o teu coração um cântaro de mel.

Vi descer de um ponto indeterminado do espaço, braçadas de flores inebriantes como se fossem feitas de neblina resplandecente, e escutei, envolvendo o meu nome pobre, orações tecidas com suavidade e doçura. Ah! Eu não vira o céu e a sua corte de bem-aventurados; mas Deus receberia aquelas deprecações no seu sólio de estrelas encantadas como a hóstia simbólica do catolicismo se perfuma na onda envolvente dos aromas de um turíbulo. Nossa Senhora deveria ouvi-las no seu tro-no de jasmins bordados de ouro, contornado dos anjos que eternizam a sua glória.

Aspirei com força aqueles perfumes. Pude locomover-me para in-vestigar o reino das sobras, onde penso sem miolos na cabeça. Amava e ainda sofria, reconhecendo-me no pórtico de uma nova luta.

Encontrei alguns amigos a quem apertei fraternalmente as mãos. E voltei cá. Voltei para falar com os humildes e infortunados, confundi-dos na poeira da estrada de suas existências, como frangalhos de papel, rodopiando ao vento. Voltei para dizer aos que não pude interpretar no meu ceticismo de sofredor:

- Não sois os candidatos ao casarão da Praia Vermelha.[Hospício Nacional]. Plantai pois nas almas a palmeira da esperança. Mais tarde ela descobrirá sobre as vossas cabeças encanecidas os seus leques en-seivados e verdes...

E posso acrescentar, como o neto de Marco Aurélio, no tocante à morte que me arrebatou da prisão nevoenta da Terra:

- É a minha carta de alforria... Agora posso ir onde quero.

Os amargores do mundo eram pesados demais para o meu coração.
Humberto de Campos.
(Recebida em Pedro Leopoldo em 28 de março de 1935).

Livro: Palavras do Infinito
Chico Xavier/Humberto de Campos
 
Francisco Rebouças

Estudando o espiritismo - LM


35. Aos que quiserem adquirir essas noções preliminares, pela leitura das nossas obras, aconselhamos que as leiam nesta ordem:

1º - O que é o Espiritismo? Esta brochura, de uma centena de páginas somente, contém sumária exposição dos princípios da Doutrina Espírita, um apanhado geral desta, permitindo ao leitor apreender-lhe o conjunto dentro de um quadro restrito. Em poucas palavras ele lhe percebe o objetivo e pode julgar do seu alcance. Aí se encontram, além disso, respostas às principais questões ou objeções que os novatos se sentem naturalmente propensos a fazer. Esta primeira leitura, que muito pouco tempo consome, é uma introdução que facilita um estudo mais aprofundado.

2º - O Livro dos Espíritos. Contém a doutrina completa, como a ditaram os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas conseqüências morais. E a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo.

3º - O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. E um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, e o complemento de O Livro dos Espíritos.

4º - A Revue Spirite. Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que completam o que se encontra nas duas obras precedentes, formando-lhes, de certo modo, a aplicação. Sua leitura pode fazer-se simultaneamente com a daquelas obras, porém, mais proveitosa será, e, sobretudo, mais inteligível, se for feita depois de O Livro dos Espíritos. (1)

Isto pelo que nos diz respeito. Os que desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.

Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa formar. Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o único distribuidor da luz. Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso.
__________
(1) Nota da Editora FEB: De Kardec são ainda as obras: O Evangelho segundo o Espiritismo. - O Céu e o Inferno. -  A Gênese. - Obras Póstumas.
Fonte: O Livro dos Médiuns - FEB. Cap.III, item 35.

Francisco Rebouças

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Seminário - UMEN

Prezados amigos, a UNIÃO DA MOCIDADE ESPÍRITA DE NITERÓI - UMEN, convida a todos para participarem de mais um excelente evento doutrinário espírita, com almôço fraterno que promoverá no próximo dia 07 DE NOVEMBRO - DOMINGO.
LOCAL : IDM - INSTITUTO DR. MARCH

ENDEREÇO : RUA DESEMBARGADOR LIMA E CASTRO 241, FONSECA , NITERÓI

EM FRENTE AO DETRAN, ÔNIBUS 45 OU 49.

PROPOSTA DE TRABALHO : QUALIFICAÇÃO DA REUNIÃO ESPÍRITA

HORÁRIO : DAS 9:00 ÀS 12:00 HS.

COORDENAÇÃO : JAYME LOBATO
APÓS SEMINÁRIO TEREMOS O NOSSO ALMOÇO FRATERNO.
Compareça, Divulgue!
 
Francisco Rebouças 

Seminário na Casa Maria de Magdala

Prezados amigos, no próximo dia 30/10/2010, sábado, a querida amiga Tereza Cristina Chedid, estará ministrando na Casa Maria de Magdala em NIterói de 9 horas às 12 horas um estudo/ seminário com os temas: "Tratamento espírita nas obsessões com transtornos mentais e personalidades Psicopáticas perversas- sua explicação à luz do espiritismo".

Conforme ela mesma nos descreve:
São dois temas emblemáticos nos dias de hoje e teremos neste encontro a oportunidade de estudarmos juntos estas situações que infelizmente são intensas no mundo em que vivemos.

A Casa Maria de Magdala abriga doentes de SIDA, com moradia, abrigo, medicação apoio moral, social, espiritual. Principalmente crianças. fazem um trabalho belíssimo e iluminado e estaremos lá para auxiliar com o pouco que sabemos da ciência aliada ao espiritismo.

Quem puder e quiser ir, acesse o endereço digitando o nome da instituição no google que verão o mapa e como chegar.

Quem puder, contribua com a Casa, levando alimento não perecível na quantidade que quiser.

Paz e bem a todos!
Tereza Cristina Chedid
 
 
Francisco Rebouças

Palestras na SEF.

Caros amigos, segue a grade de palestras para o mês de novembro de 2010, na SEF- Sociedade Espírita Fraternidade.




Anote os dias e as palestras.

Compareça,
Divulgue!








Francisco Rebouças

Palestra no I.E.B.M.

INSTITUTO ESPÍRITA BEZERRA DE MENEZES

DIRETORIA DE ENSINO ESPÍRITA - TEMÁRIO DE REUNIÕES PÚBLICAS NOVEMBRO/2010

DIA HORA TEMA EXPOSITOR(A)

04/11 - 5ª FEIRA 15:00
AMAI OS INIMIGOS
E.S.E. CAP. XII - ALOIR ROCHA
UMEN

04/11 - 5ª FEIRA 19:00 
O MUNDO INVISÍVEL E A GUERRA
DAIANE OLIVEIRA
UMEN

09/11 - 3ª FEIRA 15:00
TEMA LIVRE - ANDRÉ LOBO
LEP

09/11 - 3ª FEIRA 19:00
O PORQUE DA VIDA
SEBASTIÃO CADILHE
IEBM

11/11 - 5ª FEIRA 15:00
PÁGINAS LÉON DENNIS
VERA VILHENA
UMEN / IEBM

11/11 - 5ª FEIRA 19:00
O PROBLEMA DO DESTINO
FRANCISCO REBOUÇAS
UMEN

16/11 - 3ª FEIRA 15:00
NO INVISÍVEL
BEATRICE LEONARDELLI
SEJA

16/11 - 3ª FEIRA 19:00
O GRANDE ENIGMA
CARMEM SILVEIRA
UMEN

18/11 - 5ª FEIRA 15:00
BEM AVENTURADOS OS QUE SÃO MANSOS E PACÍFICOS
ESSE. CAP. IX
ILKA CASTRO
GEAC

18/11 - 5ª FEIRA 19:00
CRISTIANISMO E ESPIRITISMO
TITO VERSIANI
UMEN

23/11 - 3ª FEIRA 15:00
DESAFIO FAMILIAR
ANGELA BRUM

23/11 - 3ª FEIRA 19:00
JOANA D’ARC (MEDIUM)
WALDIR JESUS BARBOSA
UMEN

25/11 - 5ª FEIRA 15:00
TEMA LIVRE
CÉLIO FARIA
IEBM / GAM

25/11 - 5ª FEIRA 19:00
DEPOIS DA MORTE
CLAUDIA DUTRA
IEBM / GEEV

30/11 - 3ª FEIRA 15:00
O PROBLEMA DA DOR
THEREZA MENEZES
SEF

30/11 - 3ª FEIRA 19:00
A CARTA MAGNA DA PAZ
JOÃO LUIZ LASSANCE
G.E.FCO. ASSIS


Francisco Rebouças

O PERDÃO JUSTO

Em certa cidade européia, um homem ignorante, considerado malfeitor, foi condenado à morte na forca.

O juiz fora severo no julgamento.

Afirmava que o infeliz era grande criminoso e que só a pena última podia solucionar-lhe a situação.

Alguns dias antes do enforcamento, o magistrado veio ao cárcere, em companhia de um filho, jovem alegre e de bom coração que, em se aproximando de velho soldado, pôs-se a examinar-lhe a arma de fogo.

Sem que o rapaz pudesse refletir no perigo do objeto que revirava nas mãos, um tiro escapou, rápido, e, com espanto de todos, a bala, em disparada, alojou-se num dos braços do condenado à morte, que observava a cena, tranqüilamente da grade.

Banhado em sangue, foi socorrido pelo juiz e pelos circunstantes e, porque a palavra do magistrado fosse dura e cruel para o filho irrefletido, o prisioneiro lembrou os ensinamentos de Jesus, ajoelhou-se aos pés do visitante ilustre e suplicou-lhe desculpas para o moço em lágrimas, afirmando que o jovem não tivera a mínima intenção de magoá-lo.

O juiz notou a profunda sinceridade da rogativa e, em silêncio, passou a reparar que o condenado era portador de nobre coração e de inexprimível bondade.

No dia imediato, promoveu medidas para a revisão do processo que lhe dizia respeito e, em pouco tempo, a pena de morte era comutada para somente alguns meses de prisão.

Perdoando ao rapaz que o ferira, o prisioneiro encontrou o perdão justo para as suas faltas, conseguindo, desse modo, recomeçar a vida, em bases mais sólidas de paz, confiança, trabalho e alegria.

Livro: Pai Nosso
Chico Xavier/Meimei
 
Francisco Rebouças

Irritação


Distonia com caráter etiológico de ampla complexidade, a irritação é síndrome de processo que denuncia grave perturbação interior.

Inicia-se em clima de inquietação mental, exteriorizando-se, de quando em quando, como cansaço desta ou daquela natureza, para transformar-se em azedume freqüente, culminando em descontrole sistemático, que normalmente conduz a estados de anarquia psíquica, em forma de agressividade e loucura.

Trai-se por meio da animosidade inconsciente que medra no imo, ampliando o campo de ação como insatisfação em relação a tudo e antipatia para com todos.

Manifestando-se como impaciência, arma o homem contra pessoas e coisas, tornando-o descortês e rude, em cujas aparências desdobra tentáculos asfixiantes, que terminam por destruir aqueles que a cultivam.

Mas, como não é correto falar numa tônica melíflua e artificial, não menos certo é o tom arrogante e superior que se imprime ao verbo, para contestar, responder ou argumentar.

A expressão dura produz reação no ouvinte, que recebe o impacto desagradável e revida com descarga mental de revolta e antipatia.

Necessário fazer um exame mental para modificar atitudes.

Se percebes manifestações de irritação constante, examina-lhes a procedência.

Recua nas atitudes animosas, restabelecendo o círculo de amigos que se te fazem arredios e logo baterão em retirada.

Se identificas cansaço pertinaz como geratriz do problema, muda de atividades, altera programas, motiva os horários de serviço com otimismo, mas reage.

Não absorvas tudo nos misteres que abraças.

Aprende a repartir labores e confiança, pouco importando se recebes ou não retribuição.

Atitude infeliz a que engendra qualquer tipo de discriminação.

Se gostas deste amigo, não construas prevenções contra aqueloutro. Possivelmente as qualidades positivas que lhe atribuis, como a carga de idiossincrasias que depositas nos outros, estão apenas em ti, pela maneira como os vês ou como gostarias que fossem.

O trabalho no qual te encontras, - o da própria redenção - é roteiro de simpatia e cordialidade, por meio do qual pretendes lograr a paz real e a felicidade pura e simples.

Não elejas, então, uns afeiçoados com destaque, em detrimento de outros. Tal comportamento far-te-á irritadiço e desagradável em relação a quantos não privam da tua eleição...

Recorda que o amor tem a função de unir, nunca a de separar.

Muita irritação pertence a programática obsessiva, mediante a qual se destroem excelentes realizações, malogram vidas em abençoada edificação.

Semelhante a gás de sutil penetração, os fluidos da irritabilidade intoxicam, gerando enfermidades de longo curso. Não apenas no campo psíquico, como também no metabolismo orgânico.

Precatar-se contra a irritação de qualquer procedência é mister impostergável.

Para tal desiderato sê humilde e ora.

A humildade fortalecer-te-á a paz íntima, e o conúbio com o Senhor, através da oração, dar-te-á forças capazes de vencer essa fraqueza cruel que vem destruindo homens e dificultando a concretização de vigorosos ideais com prejuízos incalculáveis.

Em oposição a essa constritora perseguição da irritabilidade, ama e refugia-te no Cristo, em qualquer conjuntura. Ele, o Excelso Amigo de toda hora, conceder-te-á inspiração para desatrelar-te da malsinante armadilha de modo a avançares, jovial, no rumo da vera fraternidade.

Livro: Celeiro de Bênçãos
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis

Francisco Rebouças

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Aprenda a arte de ouvir!


Ouve com atenção e cuidado.

Não te apresses em cortar o assunto, como se já o tivesses entendido.

Há pessoas que têm dificuldade de expressão e tornam-se difíceis de ser compreendidas.

Após ouvires, se a circunstância permitir, dialoga um pouco com o expositor, a fim de que o tema te fique esclarecido e o apreendas.

Quem ouve bem, penetra melhor nos ensinamentos que lhe chegam.

Ouvir, é ainda uma arte pouco exercitada.

Livro: Vida Feliz
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis

Francisco Rebouças

CONVITE AO RECATO

“... Nenhuma coisa é em si impura; a não ser para aquele que a tem como tal, para esse ela é impura.”  (Romanos: capítulo 14º, versículo 14.)

Atormentados, não conseguem distinguir as fronteiras que existem entre o estético e o ridículo, ultrapassando-as a largos passos, de modo a mergulharem nos fundos fossos da esquisitice.

Afirmando a elaboração de uma conduta realista, fingem contestar o passado, alienando-se, a princípio, das linhas do equilíbrio, e, marginalizados, em conseqüência, estrugem em rebelião anárquica, em avanço irreversível quase pelos corredores da alucinação.

Fisicamente bem modelados crêem-se protótipos de novos cometimentos e supõem-se biótipos hoje das faturas formas da Humanidade.

Alguns são realmente idealistas e sonham com novos padrões de ética e justiça social, de fraternidade e amor através de cujas fórmulas se beneficiariam todos os homens. Aturdidos, porém, pelo tumulto tecnológico e a desenfreada luta competitiva na esfera da Comunicação, facultam-se fascinar pelas aberrações e fossilam nos paues da sexolatria desvairada e da toxicomania infeliz, absorvidos pelo poder de todos os disparates da razão ultrajada.

Transformam-se em líderes de outros insanos.

Padronizam comportamento e afrontam os valores da dignidade, da honradez, mediante sarcasmo contumaz, desprezo sistemático à ordem e às expressões da saúde moral, social..

Estão destruindo, apregoam, para construírem depois.

Faltam-lhes, porém, programas, ideais.

Estereotipados pelos sofismas materialistas, embora aparentem crer em Deus e no espírito imortal, apenas aparentam, pois desmentem qualquer religiosidade, mediante a vida por que se deixam consumir.

A pretexto de modernismo não te desequilibres.

O recato é atitude moral indispensável a uma vida sadia, normal.

Não que o traje seja fator de corrupção.

Ocorre que a sua ausência faculta conúbios mentais desditosos entre os que não conseguem ver com discernimento, e enseja mais amplas possibilidades de atentados ao pudor.

Preconizava o Converso de Damasco na sua memorável epístola aos Romanos que uma coisa somente é “impura para aquele que a tem como tal”.

Como o espírito humano se demora, por enquanto, nas faixas inferiores de onde procede, em cujos limites por ora se compraz, com algumas exceções, fácil lhe é ver tudo através das lentes escuras da animalidade, estimulando-se ao influxo das atrações do sexo em desgoverno, a dominar quase todos os departamentos da Terra...

Não só no trajar o recato se impõe. Nos diversos labores e situações da vida o recato, a morigeração, a ordem têm regime de urgência para que o homem consiga haurir a porvindoura felicidade que lhe está destinada desde hoje.

Livro: Convites da Vida
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

ORDENAÇÕES HUMANAS


“Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana, por amor do Senhor.” — (1ª EPÍSTOLA A PEDRO, capítulo 2, versículo 13.)

Certos temperamentos impulsivos, aproximando-se das lições do Cristo, presumem no Evangelho um tratado de princípios destruidores da ordem existente no mundo. Há quem figure no Mestre um anarquista vigoroso, inflamado de cóleras sublimes.

Jesus, porém, nunca será patrono da desordem. A novidade que transborda do Evangelho não

aconselha ao espírito mais humilhado da Terra a adoção de armas contra irmãos, mas, sim, que se humilhe ainda mais, tomando a cruz, a exemplo do Salvador.

Claro está que a Boa Nova não ensina a genuflexão ante a tirania insolente; entretanto, pede respeito às ordenações humanas, por amor ao Mestre Divino.

Se o detentor da autoridade exige mais do que lhe compete, transforma-se num déspota que o Senhor corrigirá, através das circunstâncias que lhe expressam os desígnios, no momento oportuno. Essa certeza é mais um fator de tranqüilidade para o servo cristão que, em hipótese alguma, deve quebrar o ritmo da harmonia.

Não te faças, pois, indiferente às ordenações da máquina de trabalho em que te encontras. É possível que, muita vez, não te correspondam aos desejos, mas lembra-te de que Jesus é o Supremo Ordenador na Terra e não te situaria o esforço pessoal onde o teu concurso fosse desnecessário.

Tens algo de sagrado a fazer onde respiras no dia de hoje. Com expressões de revolta, tua atividade será negativa. Recorda-te de semelhante verdade e submete-te às ordenações humanas por amor ao Senhor Divino.

Livro: Caminho, Verdade e Vida
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Entrevistas


O FRANCISCO REBOUÇAS - ESPIRITISTA, TEM O PRAZER DE APRESENTAR AOS NOSSOS DISTINTOS AMIGOS, A ENTREVISTA QUE NOS FOI CONCEDIDA PELA DEDICADA TRABALHADORA DA SEARA ESPÍRITA EM SÃO PAIULO/SP., LEDA MARIA FLABOREA.
Inicialmente queremos registrar a nossa gratidão pela maneira tão gentil pela qual fomos atendidos por nossa querida amiga, Leda Flaborea, que nos honrou com sua atenção, simpatia e carinho para esta entrevista.
Entrevista:

FR: Prezada amiga, como você nos definiria Leda Maria Flaborea?

R: Dizem meus amigos que sou séria, alegre e confiável. Se puder acreditar na bondade deles, sou assim mesmo.

FR: Qual é a sua formação acadêmica?

R: Sou Pedagoga, licenciada pela Universidade de São Paulo e como educadora trabalhei até aposentar-me. De alguma forma, ainda hoje, continuo nessa função, tendo em vista as minhas atividades dentro do Espiritismo. Atualmente estou ligada ao setor editorial.

FR: Como aconteceu o seu encontro com a doutrina espírita?

R: Ainda menina, e estou falando da primeira metade do século 20. Minha mãe freqüentava uma casa espírita em Marília, cidade onde nasci há 67 anos. Tudo era muito incipiente em relação ao estudo da doutrina. As reuniões públicas eram bem diferentes das que hoje são realizadas. Mas, foi uma boa semente e hoje entendo isso.

FR: Qual a casa espírita que você freqüenta na atualidade?

R: São várias, na verdade. Em relação a um trabalho contínuo, freqüento duas: a Federação Espírita do Estado de São Paulo e o Núcleo Espírita Redenção, no bairro de Perdizes, em São Paulo

FR: Quais as principais atividades espirituais da Instituição que você freqüenta?

R: Nas duas citadas, trabalho na área de ensino e em palestras públicas. Nas outras, como convidada, sempre como expositora de temas doutrinários ou evangélicos. Além disso, sou articulista de vários periódicos espíritas (jornais, revistas, sites, no Brasil e no exterior).

FR: Leda, iniciamos há exatos 6 anos, a campanha: Onde estão as crianças filhas de pais espíritas? Vamos evangelizar os "pequeninos"? Como incentivo à evangelização infantil no Portal do Espiritismo do qual fazíamos parte à época, e continuamos com a campanha em nosso Blog Espírita, e temos recebido muitas informações do Brasil todo de que muitas casas espíritas que não tinham esse trabalho começaram a partir de nosso incentivo. Como está em sua avaliação a evangelização infantil no estado de São Paulo?

R: Não faço parte de nenhum trabalho nesse setor, mas observo, nas casas que freqüento como expositora convidada, um esforço muito grande dos dirigentes para manterem esse trabalho. Nas instituições maiores, como na FEESP, por exemplo, com melhor estrutura, o sucesso é sempre garantido; mas, nas pequenas, a determinação e a perseverança são os elementos determinantes para que tudo ocorra bem. Há que se louvar todo esse trabalho, seja em uma, ou em outra.
De qualquer forma, é um terreno que está sendo preparado para o surgimento de trabalhadores melhor preparados e com mais consciência.

FR: E os grupos de mocidade?

R: O esforço é o mesmo, com um destaque importante: enquanto crianças, os pais têm maior ascendência no que diz respeito à Evangelização na Casa Espírita. Depois, quando mais independentes, mais difícil se torna. Por essa razão, o jovem precisa estar sempre motivado, interessado. É preciso instigá-lo a querer saber mais e nem sempre a casa dispõe de recursos humanos e materiais para atender a isso. Ele tem muita curiosidade e essa atitude deve ser usada a favor da Doutrina e não na imposição de princípios e condutas. Eles precisam sentir-se acolhidos para recolherem as respostas às dúvidas que têm. É tarefa árdua para os educadores desse segmento. Mas, não há outra forma. Estudo contínuo dos responsáveis pela área, desprendimento e muita paciência. Nas instituições melhor equipadas o trabalho é mais tranquilo. Nas outras, não.

FR: A Doutrina Espírita completou 153 anos de existência, seu conteúdo permanece atualizado ou precisa ser reformado em algum ponto?

R: Por Deus! Se mal compreendemos as bases! Presunção, orgulho, vaidades... Sempre as mesmas imperfeições norteando nossas escolhas! Estamos julgando ultrapassadas orientações, princípios, que emanam dos Espíritos superiores através de Jesus, com a permissão de Deus nosso Pai Celeste.
Para julgarmos ultrapassado qualquer ponto, temos, necessariamente, que fazê-lo sob o nosso imperfeito ponto de vista ou nossa falha interpretação de “orientações vindas do além”. Kardec tinha o Espírito de Verdade para orientá-lo. Nós temos quem?
Ivonne do Amaral Pereira, em seu livro “À Luz do Consolador”, editado pela FEB, 3ª edição, Pág. 126, diz: “Destruir, com nossas opiniões pessoais, o que se encontra feito é fácil, não há mérito nesse trabalho. Mas realizar algo melhor do que aquilo que criticamos ou destruímos é muito mais difícil, porque frequentemente nos escasseiam méritos para tanto”. Penso que isso sintetiza meu pensamento sobre o assunto.

FR: O Espiritismo que é ensinado hoje nas casas espíritas continua do mesmo modo que na sua época de mocidade? Está melhor ou pior e em quais aspectos?

R: Em qualquer época, o ensino sempre melhora, ainda que pouco. A própria evolução da humanidade assim o exige. Em relação ao ensino da Doutrina Espírita, não poderia ser diferente. Apesar de ter essa certeza, consequência da minha formação profissional, não tive a oportunidade de frequentar a Mocidade Espírita. Não tínhamos nada em relação ao ensino.

FR: Como devemos proceder para divulgar de maneira correta a mensagem espírita?

R: Primeiramente, através do exemplo. É de fundamental importância que mostremos ao mundo, pela correta conduta, a grandeza da doutrina que abraçamos. Depois, pelo estudo nobremente conduzido, a fim de podermos falar com conhecimento e indulgência a quem nos pede orientação. E, àqueles que se dedicam à escrita, que possam fazê-la com coerência, clareza e humildade. O resto, certamente, virá por acréscimo da Misericórdia Divina.

FR: Acompanhamos seu trabalho na divulgação do Espiritismo, e seu esforço na defesa da fidelidade doutrinária, como você está vendo essa invasão de livros tidos como espíritas, sem a menor preocupação com os preceitos contido na codificação do espiritismo?

R: O livre arbítrio existe nas três pontas: de quem escreve, de quem divulga e de quem lê.
Evidentemente que será cobrado de cada um na medida do seu comprometimento com as Leis divinas. Quem sabe e escreve deturpando; quem acha que sabe e escreve por vaidade; quem sabe e lê, tomando a tolice por verdade e divulgando; e quem nada sabe e é iludido, são aspectos que deverão ser levados em consideração diante das próprias consciências.
Nunca escaparemos das consequências das nossas escolhas. O passado nos alcança onde estivermos.

FR: O que poderia ser feito para evitar que livros sem conteúdo doutrinário fossem vendidos nas livrarias das casas espíritas sérias?

R: Em primeiro lugar, casas sérias não vendem livros sem conteúdo doutrinário ou deturpados. E isso é fácil de entender, porque casas responsáveis e comprometidas com os princípios doutrinários são extremamente cuidadosas, para não caírem nesse tipo de armadilha. De qualquer forma, é preciso lembrar que Deus não faz e não consente na inutilidade das coisas. Temos observado, apesar de não concordar com esse enxame de livros tolos, que mais confundem que explicam, que esses ditos “livros espíritas” têm trazido muitas almas aflitas para as casas espíritas, onde podem receber orientação, consolo, esclarecimento das dúvidas, esperança e fortalecimento de sua fé, não importa qual seja ela.
O objetivo do Espiritismo não é fazer proselitismo, mas melhorar a humanidade a partir do homem. Se o caminho for mais sofrido, mais trabalhoso, por causa da insistência do homem em querer viver iludido, assim será até que acorde. Cada trabalhador consciente deve fazer o que lhe compete na tarefa para a qual for destinado. Se o fizer com honestidade, dignidade, perseverando na modificação de suas predisposições íntimas, já estará contribuindo e muito para afastar das casas espíritas esse fantasma ilusório, de receitas prontas e facilidades na solução dos seus problemas.

FR: Certa vez sugerimos a um grupo de amigos que sabemos conhecedores da doutrina de diversos estados do Brasil, para que nos reuníssemos de algum jeito, mesmo que por e-mail, para estudar uma maneira de formar um grupo sério de análise de obras novas para sugestão ou não de divulgação nas casas espíritas, mas, não obtivemos sucesso, você acha possível isso?

R: É preciso continuar tentando. Mas, entendo que a vida moderna com sua correria, às vezes desnecessária, nos impede de realizar muitas coisas. Mas, como a sobrevivência ainda é o principal objetivo da nossa vida material, temos que ir caminhando e realizando nossas tarefas da melhor forma possível. Temos inúmeras limitações e uma delas, certamente, é a necessidade da vida material. Se as casas espíritas, individualmente, conseguirem trabalhar com qualidade, propiciando aos assistidos, alunos, trabalhadores uma vivência harmoniosa, possibilidade de estudo na busca da melhoria individual de todos, já teremos caminhado muito. A questão que você coloca anteriormente já mostra a dificuldade entrando pela porta da frente nos Centros Espíritas. Temos que partir do centro para a periferia. Preparar melhor os dirigentes para que possam levar um trabalho de excelência aos que buscam atendimento. O resto virá ao seu tempo e à sua hora.

FR: Em sua opinião, por quais motivos nas Casas Espíritas os estudos sistematizados da doutrina são tão poucos freqüentados?

R: Justamente por serem de estudos. Ainda estamos presos a atavismos igrejeiros (expressão de Herculano Pires) que nos levam à ilusão de que milagres são possíveis. Buscamos soluções imediatas para problemas que nos acompanham secularmente, agravados, sempre, por escolhas equivocadas que fazemos. Pelos estudos, vamos entendendo e penetrando, ainda que muito lentamente, nos escaninhos de nossa alma, percebendo que somos os agentes e não vítimas das nossas aflições e mal-estares. Ninguém gosta, em sã consciência, de se ver nesse papel. É difícil aceitar que a Vida tem mão dupla e que somos responsáveis pelo plantio e pela colheita. Tão mais fácil culpar o outro... Tão mais cômodo ser a vítima eterna da Vida, da sorte... Então fugimos.

FR: O que você diria a quem lhe pedisse orientação de obras para iniciar no conhecimento do espiritismo?

R: Plagiando Kardec, vamos começar pelo início: “O que é o Espiritismo”, e na sequência as obras da codificação, em sua ordem de publicação. Evidentemente, se estamos falando de adultos. E procurar uma casa séria para esclarecer as dúvidas, que serão muitas, como ainda as tenho até hoje. O edifício é imenso e há muito a estudar, analisar, compreender, deduzir e praticar.

FR: O aborto continua sendo o assunto mais discutido no meio espírita no momento, de que maneira nós espíritas poderemos contribuir para evitar esse crime covarde?

R: Permita-me discordar da expressão colocada. Diria que o aborto é uma escolha tremendamente infeliz, porque, quase sempre, os envolvidos ignoram os comprometimentos com as Leis Divinas, quando o ato é consumado. É preciso não nos esquecermos, mais uma vez, de olhar para o outros com olhos da caridade. Nós próprios, ainda hoje, mesmo sabedores das dores que traremos para nossa vida atual ou para as próximas reencarnações, cometemos atos que, depois de feitos, ficamos pensando na nossa ignorância e sofremos.
O que dizer desses irmãos, sem essa bênção? A cada um será pedido de acordo com seu conhecimento, não é assim? Conhecimento e responsabilidade caminham juntos perante Deus. Por outro lado, não podemos nos esquecer do sentimento de culpa que passa a nortear a vida dessas mulheres (não falamos daquelas que cometem tal ato por quererem manter-se na atividade do prazer sexual, ou para não deformarem seus corpos), que por outras razões são levadas a abortarem. Como podemos nós, espíritas, cristãos antes de mais nada, julgá-las? Quem tomaremos por modelo para o julgamento moral? Nós, certamente! Mas nós? Espíritos tão ou mais imperfeitos? Então, proponho que tomemos Jesus como modelo e passemos a julgar nossos próprios atos.
Se o Mestre de todos os mestres disse: ”Vá e não peques mais”, quem somos nós para dizer o que quer que seja sobre a conduta alheia.
E mais ainda podemos dizer: A severidade de julgamento ou uma palavra de acusação pode levar essas criaturas a um ato muito mais grave, do qual seremos coautores: o suicídio. Portanto, cautela e caridade na nossa conduta ante problema tão delicado. Se somos espíritas precisamos agir com AMOR. Somos tão devedores ou mais que os irmão que buscam nossas orientações.

FR: Porque nos dias de hoje, 2010 anos após Jesus nos trazer suas mensagens de amor e respeito ao próximo, o ser humano ainda não pratica seus ensinamentos?

R: Se ainda não os entendemos, como praticá-los? Se mal aceitamos que existe uma vida do Espírito! Entretanto, sou uma pessoa esperançosa em relação a esse despertar. Sabemos, porque estudamos, que o pior sono que existe é o sono do Espírito. Então, até que ele desperte... Nós já despertamos totalmente? Já podemos dizer, a Jesus que estamos bem acordados? Penso que não. Mas chegaremos, tenhamos certeza disso. Com ou sem sofrimento dependerá de nós.

FR: Amiga, embora de longe, acompanhamos seu trabalho na FEESP e sabemos de sua dedicação no ensino de nossa filosofia espírita, como andam os cursos que você ministra, estão tendo boa procura por novos alunos?

R: Os cursos iniciais são sempre alvo de maior procura, mais por curiosidade do que por real vontade de conhecer e trabalhar. Assim, na medida em que avançamos nesses estudos, e que os alunos passam a perceber que são os agentes do seus sofrimentos, tratam de afastar-se, alegando inúmeras dificuldades para não continuarem. Então é interessante começarmos uma classe com 25 alunos, por exemplo, e vê-la chegar ao final do ano com metade dos alunos. Enganam a si próprios, porque, mais cedo ou mais tarde, serão chamados ao cumprimento dos compromissos assumidos enquanto na erraticidade.

FR: Prezada Leda, quais foram suas grandes conquistas no trabalho de difusão do espiritismo?

R: Penso que a maior delas tenha sido o respeito com meu trabalho, independentemente da área em que atuo.

FR: Quais são seus projetos para o futuro?

R: Por ora cuido apenas de terminar as propostas em andamento. Sair da área de ensino não faz parte de qualquer projeto, a menos que “patrão” me mande embora. Quanto aos meus escritos, impossível parar, pois é impossível não pensar. Ao menos, que possa continuar sendo um bom veículo para os Espíritos amigos. É meu desejo.

FR: Amiga Leda, do que você gostaria de ter falado, que eu não te perguntei?

R: Você é muito bom para fazer perguntas. Gostei demais da entrevista e feliz por ter participado desse trabalho. Estarei sempre à sua disposição.

FR: Para encerrar, gostaria que deixasse registrada sua mensagem a toda família espírita brasileira, através do Nosso Blog Espírita.

R: A família é a praia estreita na qual chegam e de onde partem os Espíritos que assumirão, mais adiante, tarefas maiores que envolvem enormes responsabilidades. Em sua Infinita Sabedoria, o Pai Celeste nos concede a oportunidade de ali treinarmos, desenvolvermos e praticarmos valores outros que nos prepararão para vôos mais altos, que nos tiram da pequena praia para o mar aberto de lutas maiores, no progresso inevitável.
Por isso a prática do Evangelho, exemplo vivo dos ensinamentos do Cristo em nós, adquire fundamental importância no seio familiar. Será sempre através da exemplificação desses valores que se formará o caráter da criança feliz, que será o jovem responsável e o adulto comprometido com o próximo, de maneira ampla e inequívoca, em todos os setores da atividade humana. Que Deus guie a todos que têm sob sua responsabilidade essa tarefa abençoada.

FR: Agradecemos a querida amiga Leda Maria Flaborea pela gentileza para com o Francisco Rebouças – Espiritista, e rogamos a Deus que a conserve com saúde e paz, hoje e sempre.


Francisco Rebouças

CONTEMPLANDO O BEM


Através de mil formas, somos hoje, qual ontem, via jores do tempo em trânsito da sombra para a luz.

Milhares de berços e túmulos assinalam a nossa marcha nos carreiros evolutivos e, se a névoa do passado ainda nos entenebrece a visão, na atualidade, já se nos faz possível prever, com Jesus, a alvorada renovadora.

Ontem, reduzimos o devedor à condição de alimária doméstica.

Hoje, dispomos de códigos que nos facultam a solução dos próprios com promissos perante a lei.

Ontem, fazíamos do oceano centro vivo das mais deploráveis operações de pirataria e rapinagem.

Hoje, fizemos do mar abençoado caminho de progresso e fraternidade.

Ontem, convertíamos a mulher, nossa mãe e nossa irmã, em silenciosa besta de carga, com tratamento familiar inferior àquele dispensado comumente aos cavalos.

Hoje, procuramos destacar-lhe a grandeza, conduzindo-a ao mais alto nível da cultura e da educação.

Ontem, relegávamos os enfermos difíceis aos vales escuros de abandono e desespero.

Hoje, aperfeiçoamos a experiência social, convocando-os ao nosso convívio para que a ciência e a caridade lhes assegurem a defesa ante as ameaças da morte.

Ontem, escravizávamos nossos próprios irmãos em espetáculos deprimentes de penúria moral, nos mercados de vida humana.

Hoje, consolidamos o direito do homem de quase todas as latitudes, no acesso ao trabalho digno e na conquista da própria emancipação.

Em verdade, ainda temos hoje as demonstrações da guerra, nos atritos periódicos das nações, e os hábitos infelizes, quais sejam o lenocínio e a indústria do entorpecente; no entanto, o Cristo que nos inspira o avanço espiritual, guiando-nos a jornada para a justiça, dar-nos-á braço forte para que o amanhã surja mais claro, assegurando-nos a vitória do amor e do respeito uns pelos outros.

Eis porque duvidar do bem seria desacreditar a nós mesmos, em derrocada injustificável, não só porque estamos a caminho do próprio burilamento, como também porque, se é inegável que Jesus começou a construir entre nós o Reino de Deus, não é menos certo que a sua Obra Divina ainda não terminou.

Livro: Nascer e Renascer
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

HEROÍSMO DA RESIGNAÇÃO


O imediatismo dos interesses apaixonados confunde-a com demência ou tem-na em conta de deficiência de forças para poder investir violentamente contra as circunstâncias.

Não falta quem se rebele contra os seus necessários impositivos.

Taxam-na de cobardia moral.

Crêem-na ultrapassada, nos dias voluptuosos do tecnicismo moderno.

Todavia, a resignação é bênção lenificadora, quando a vida responde em dor e sombra, infortúnio e dificuldade aos apelos do homem.

Alternativa redentora, que somente os bravos sc conseguem impor, reforça os valores espirituais para as lutas mais ingentes da inteligência e do sentimento.

Não deflui de uma atitude de medo, porqüanto isto seria receio injustificado ante as Leis Superiores, mas resulta de morigerada e lúcida reflexão que favorece o perfeito entendimento das imposições evolutivas.

O conhecimento dos fatores causais dos sofrimentos premia o homem com a tranqüila responsabilidade que assume, em relação aos gravames que os motivaram.

Quiçá a resignação exija mais força dinâmica da coragem para submeter-se, do que requereria a reação rebelada da violência.

Entrementes, a atitude resignada não significa parasitismo nem desinteresse pela luta. Ao contrário, enseja fecundo labor ativo de reconstrução interior, fixação de propósitos salutares em programa eficaz de enobrecimento.

Ceder, agora, a fim de conseguir mais tarde.

Aguardar o momento oportuno, de modo a favorecer-se com melhores resultados.

Reagir pela paciência e mediante a confiança imbatível em Deus, apesar do quanto conspire, aparentemente contra.

Crer sem desfalecimento, embora as aparências aziagas.

Porfiar no serviço edificante sem engendrar técnicas da astúcia permissiva, quando tudo se apresenta em oposição.

Manter-se na alegria, não obstante sofrendo ou incompreendido, abandonado ou vencido, expressa os triunfos da resignação no homem consciente dos objetivos reais da existência na Terra.

O metal em altas temperaturas funde-se.

O rio caudaloso na planície espalha-se.

A semente no solo adubado transforma-se.

O cristão ativo na constrição do testemunho resigna-se.

A própria reencarnação é um ato de submissão, quanto a desencarnação, desde que ocorrem à mercê da vontade do aprendiz que se deve resignar às exigências superiores da evolução.

Resignação, por conseguinte, é conquistada da não-violência do espírito que supera paixões e impulsos vis, a fim de edificar-se e triunfar sobre si mesmo em conseqüência, sobre os fatores negativos que lhe obstaculam o avanço libertador.

SEXTA PARTE
DA LEI DE DESTRUIÇÃO

728. É lei da Natureza a destruição?

“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais

destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.”

752. Poder-se-á ligar o sentimento de crueldade ao instinto de destruição?

“É o instinto de destruição no que tem de pior, porqüanto, se, algumas vezes, a destruição constitui uma necessidade, com a crueldade jamais se dá o mesmo. Ela resulta sempre de uma natureza má.”

O Livro dos Espíritos

Livro: Leis Morais da Vida
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis

Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel