“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sábado, 31 de julho de 2010

FILHO DEFICIENTE



A decepção passou a ser-te um ferrete em brasa, dilacerando sem cessar os teus sentimentos.

Todos os planos ficaram desfeitos, quando esperavas entesourar felicidade e vitória.

No suceder dos dias, desde os primeiros sinais. anelaste por um ser querido que chegaria aos teus braços com os louros e a predestinação da grandeza em relação ao futuro.

O pequeno príncipe deveria trazer no corpo, na mente, na vida, as características da raça pura. grandioso no porte, lúcido na inteligência, triunfador nas realizações.

O que agora contemplas não é o filho desejado, mas um feio espécime, mutilado, enfermo, frágil.

Mal acreditas que se haja gerado por teu intermédio, que seja teu filho.

Por pouco não o detestas.

Mal te recobras do choque e da vergonha que experimentas quando os amigos o vêem, quando sabem que é teu descendente.

Surda revolta assenhoreia-se da tua alma e, a pouco e pouco, a amargura ganha campo no teu coração.

Reconsidera, porém, quanto antes, atitudes e posições mentais.

Não podes arbitrar com segurança no jogo dos insondáveis sucessos da reencarnação.

Pára a reflexionar e submete-te à injunção redentora.

A tua frustração decorre do orgulho ferido, do desamor que cultivas.

Teu filho deficiente necessita de ti. Tu, porém, mais necessitas dele.

Quem agora te chega ao regaço com deficiência e limitação, recupera-se no cárcere corporal das arbitrariedades que perpetrou.

Déspota ou rebelde, caiu nas ciladas que deixou pela senda, onde fez que outros sucumbissem.

Mordomo da existência passada, abusou dos dons da vida com estroinice e perversidade, ferindo e terminando por ferir-se.

Não cometeu, todavia, tais desatinos a sós.

Quando alguém cai, sempre existe outrem oculto ou ostensivo que o leva ao tombo.

O êxito como o insucesso sempre se faz de parceria.

Muitos responsáveis intelectuais de realizações nobres como de crimes espetaculares permanecem não identificados.

E são os autores reais, que se utilizam dos chamados ignorantes úteis para esses cometimentos.

O filho marcado que resulta do teu corpo é alma vitimada pela tua alma, não duvides.

Não é este o primeiro tentame que realizam juntos.

Saindo do fracasso transato, ambos recomeçam abençoada experiência, cujo êxito podes promover desde já.

Renteia com ele na limitação e aumenta-lhe, mediante o amor dinâmico, a capacidade atrofiada.

Sê-lhe o que lhe falta.

Da convivência nascerá a interdependência recíproca.

No labor com ele, ama-lo-ás.

Infatigavelmente renova os quadros mentais e por enquanto desce ao solo da realidade, fora das ilusões mentirosas, a fim de seres, também, feliz.

Honra-te com o filhinho dependente e mais aproxima-te dele, cada vez.

A carne gera a carne, mas os atos pretéritos do espírito produzem a forma para a residência orgânica.

As asas de anjo do apóstolo, como os pés de barro de quem amas, precedem à atual injunção fisiológica.

Se te repousa no berço de sonhos desfeitos um filhinho deformado, amputado, dementado, deficiente de qualquer natureza, esquece-lhe a aparência e assiste-o com amor.

Não te chega ao trono dos sentimentos por acaso. Antigo companheiro vencido, suplica ajuda ao desertor, só agora alcançado pela divina legislação.

Dá-lhe ternura, canta-lhe um poema de esperança, ajuda-o.

O filho deficiente no teu lar significa a tua oportunidade de triunfo e a ensancha que ele te roga para alcançar a felicidade.

Seria terrivelmente criminoso negar-lhe, por vaidade ferida, o amparo que te pede, quando te concede a bênção do ensejo para a tua reparação em relação a ele.

Livro: Leis Morais da Vida
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

CONVITE À ORAÇÃO


“Senhor, ensina-nos a orar.” (Lucas: capítulo 11º, versículo 1.)

Nenhum motivo, por mais ponderável, conforme suponhas, pode constituir impedimento.

Razões expressivas não há que se transformem em empeço.

Atribulações que te assoberbem não significarão óbice ao ministério renovador.

Todas as coisas sob a sua claridade mudam de aspecto e as características antes deprimentes, sombrias, sofrem significativas transformações, ressurgindo com tonalidades mui diversas.

Ante a dúvida ou a ulceração moral constitui-se segurança e bálsamo refazente.

Mister, porém, fazer uma pausa no turbilhão, permitindo que o carro do desespero continue correndo, sem brida para encontrar o local de realizá-la.

Exige, como todas as coisas, condições adequadas para culminar o objetivo superior de que se encarrega.

É possível improvisá-la qual se fora um atendimento de urgência, em situação de combate.

Terapêutica preciosa, porém, solicita maior dosagem de cuidados para colimar resultados mais poderosos.

Esse antídoto, a qualquer mal, é a oração, a pausa refazente em que o espírito aturdido salta as barreiras impeditivas colocadas pelas turbações de toda ordem, a fim de alcançar as usinas inspirativas do Mundo Excelso.

Arrimo dos fracos, amparo dos combalidos, sustento dos sofredores, dínamo dos heróis, vitalidade dos santos, perseverança dos sábios, coragem dos mártires, a oração é o interfone por meio do qual o homem fala aos Ouvidos Divinos e por cujos fios recebe as sublimes respostas.

Faze um intervalo nas lutas quanto te permitam as possibilidades e convida-te à oração, a fim de poderes prosseguir intimorato pelo caminho da redenção. Lobrigarás, então, melhor entendimento sobre coisas, fatos e pessoas.

Livro: Convites da Vida
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis

Francisco Rebouças

Você pode alegrar alguém

NÃO diga que não pode trabalhar em benefício dos outros.

Quantos mudos dariam uma fortuna para poderem falar como você!

Quantos paralíticos suspiram pelos passos que você pode dar!

Quantos milionários lhe entregariam suas riquezas, para terem um décimo da fé que você tem!

Não diga que não pode trabalhar!

Distribua os bens que Deus lhe concedeu, em gestos de bondade e palavras de carinho.

Livro: Minutos de Sabedoria
Carlos Torres Pastorino
 
Francisco Rebouças

Amoço Entre Amigos

Caros amigos, a SEF - Sociedade Espírita Fraternidade, convida a todos para mais um Almoço Entre Amigos, que se realizará no próximo domingo dia 01/08/2010 às 12:30h.

Clique no cartaz para vê-lo ampliado e veja todos os detalhes do evento.

Saiba como chegar ao Remanso Fraterno no endereço:
http://www.remansofraterno.org.br/docs/mapa.htm

Seja todos muito Bem Vindo! 

Aproveitam também a oportunidade para lembrar que neste próximo domingo 01/08/2010, no Programa Transição, o entrevistado será Raul Teixeira, com o Tema "Violência".

O Programa Transição será apresentado por Del Mar Franco pela REDE TV na Capital e Grande São Paulo, domingo às 15:15 horas.

Cobertura das emissoras da Rede TV
Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pernambuco.
Todas as Parabólicas, TV a Cabo e SKY.
Outras localidades com horário diferenciado:
Santos: 10:30 horas - Campinas: 10:30 horas - Grande Goiânia: 13:30 horas.
Grande ABC (SP): 10:30 horas, pela ECO TV Canal 96 da Vivax e Canal 9 da NET

Francisco Rebouças

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Celebração Espírita Fraterna na Suiça

Caros amigos, muito nos alegra a divulgação do convite enviado pela nossa querida amiga Gorete Newton conforme  segue.

Temos a alegria e a honra, de convidar a todos os nossos irmãos espíritas, e simpatizantes do espiritismo, para participar da comemoração de aniversário de nossos centros e grupos espíritas.
Desejamos estar com todos nesta festa de muita PAZ E LUZ no dia 11 de setembro, no Castelo de Yverdon onde Allan Kardec (que era o menino RIVAIL) recebeu de Pestalozzi a formação que o prepararia para cumprir sua missão de materializar o Consolador prometido por Jesus.
Nós que fazemos parte do: CEEAK - Centro de Estudos espíritas Allna Kardec

GEEAK - Grupo de estudos espíritas Allan Kardec

CEEFA - Centro de estudos espíritas Francisco de Assis

GEECX - Grupo de estudos espíritas Chico Xavier


11:30 - Almoço (Restaurante da Joelcia)

Compareça, prestigie, Divulgue!

Clique nos cartazes e vejam ampliados todos os detalhes do evento!


Francisco Rebouças

Saminário na AME-Bahia

Segue em anexo o cartaz-convite da nossa palestra cultural e o cartaz do seminário da AME Bahia, que ocorrerá nos dias 06 e 07/08/2010 com abordagem sobre a temática: “Possibilidades de Integração da Medicina com o Espiritismo”. Venha participe das nossas atividades.

INFORMAÇÕES
(71) 3451-4386 - DE SEGUNDA A SEXTA DAS 13:00h AS 18:00h – ALEXANDRE
(71) 8761-3023 – ALEXANDRE
(71) 8797-0891 – REGINA
ABM - (Associação Baiana de Medicina)
Ponto de Referência: seguir direto pela principal da UFBA até o final, entrar na 1ª a direita enfrente as estatuas onde na esquina da rua tem uma lanchonete cujo nome é HALL, segue direto, e entra novamente a 1ª à direita. (Clique no cartaz e veja-o ampliado, para saber todos os detalhes do evento).
Francisco Rebouças

CONVERSAR


“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem.” — Paulo. (EFÉSIOS, capítulo 4, versículo 29.)

O gosto de conversar retamente e as palestras edificantes caracterizam as relações de legítimo amor fraternal.

As almas que se compreendem, nesse ou naquele setor da atividade comum, estimam as conversações afetuosas e sábias, como escrínios vivos de Deus, que permutam, entre si, os valores

mais preciosos.

A palavra precede todos os movimentos nobres da vida. Tece os ideais do amor, estimula a parte divina, desdobra a civilização, organiza famílias e povos.

Jesus legou o Evangelho ao mundo, conversando. E quantos atingem mais elevado plano de manifestação, prezam a palestra amorosa e esclarecedora.

Pela perda do gosto de conversar com alguém, pode o homem avaliar se está caindo ou se o amigo estaciona em desvios inesperados.

Todavia, além dos que se conservam em posição de superioridade, existem aqueles que desfiguram o dom sagrado do verbo, compelindo-o às maiores torpezas. São os amantes do ridículo, da zombaria, dos falsos costumes. A palavra, porém, é dádiva tão santa que, ainda aí, revela aos ouvintes corretos a qualidade do espírito que a insulta e desfigura, colocando-o, imediatamente, no baixo lugar que lhe compete nos quadros da vida.

Conversar é possibilidade sublime. Não relaxes, pois, essa concessão do Altíssimo, porque pela tua conversação serás conhecido.

Livro: Caminho, Verdade e Vida
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

O elogio da abelha



Grande mosca verde-azul, mostrando envaidecida as asas douradas pelo Sol, penetrou uma sala e encontrou uma abelha humilde a carregar pequena provisão de recursos para elaborar o mel.

A mosca arrogante aproximou-se e falou, vaidosa:

— Onde surges, todos fogem. Não te sentes indesejável? Teu aguilhão é terrível.

- Sim — disse a abelha com desapontamento —, creia que sofro muitíssimo quando sou obrigada a interferir. Minha defesa é, quase sempre, também a minha morte.

— Mas não podes viver com mais distinção e delicadeza? — tornou a mosca — porque ferretoar, a torto e a direito?

— Não, minha amiga — esclareceu a inter-locutora —. não é bem assim. Não sinto prazer em perturbar. Vivo tão somente para o trabalho que Deus me confiou, que representa benefício geral. E, quando alguém me impede a execução do dever, inquieto-me e sofro, perdendo, por vezes, a própria vida.

— Creio, porém, que se tivesses modos diferentes... se polisses as asas para que brilhassem à claridade solar, se te vestisses em cores iguais às minhas, talvez não precisasses alarmar a ninguém. Pessoa alguma te recearia a intromissão.

— Ah! não posso despender muito tempo em tal assunto — alegou a abelha criteriosa. — O serviço não me permite a apresentação exterior muito primorosa, em todas as ocasiões. A produção de mel indispensável ao sustento de nossa colméia, e necessária a muita gente, não me oferece ensejo a excessivos cuidados comigo mesma.

— Repara! — disse-lhe a mosca, desdenhosa — tuas patas estão em lastimável estado...

— Encontro-me em serviço — explicou-se a operária humildemente.

Não! não! — protestou a outra — isto émonturo e relaxamento.

E limpando caprichosamente as asas, a mosca recuou e aquietou-se, qual se estivesse em observação.

Nesse instante, duas senhoras e uma criança penetraram o recinto e, notando a presença da abelha que buscava sair ao encontro de companheiras distantes, uma das matronas gritou, nervosa:

— Cuidado! cuidado com a abelha! Fere sem piedade!...

A pequenina trabalhadora alada dirigiu-se para o campo e a mosca soberba passou a exibir-se, voando despreocupada.

— Que maravilha! — exclamou uma das senhoras.

— Parece uma jóia! — disse a outra.

A mosca preguiçosa planou... planou... e, encaminhando-se para a copa, penetrou o guarda-comida, deitando varejeiras na massa dos pastéis e em pratos diversos que se preparavam para o dia seguinte. Acompanhou a criança, de maneira imperceptível, e pousou-lhe na cabeça, infeccionando certa região que se achava ligeiramente ferida.

Decorridas algumas horas, sobravam preocupações para toda a família. A encantadora mosca verde-azul deixara imundície e enfermidade por onde passara.

Quantas vezes sucede isto mesmo, em plena vida?

Há criaturas simples, operosas e leais, de trato menos agradável, à primeira vista, que, à maneira da abelha, sofrem sarcasmos e desapontamentos por bem cumprir a obrigação que lhes cabe, em favor de todos; e há muita gente de apresentação brilhante, quanto a mosca, e que, depois de seduzir-nos a atenção pela beleza da forma, nos deixa apenas as larvas da calúnia, da intriga, da maldade, da revolta e do desespero no pensamento.

Livro: Alvorada Cristã
Chico Xavier/Neio Lúcio
 
Francisco Rebouças

SE VOCÊ DESEJA



Se você deseja ser cristão efetivamente:

perdendo, vencerá na batalha humana;

cedendo, obterá os recursos de que precisa;

trabalhando, conseguirá a felicidade própria;

perdoando, edificará em torno de si mesmo;

libertando, conquistará os outros;

suportando, resistirá na tempestade;

renunciando, ganhará tesouros imortais;

abençoando, salvará muitos;

sofrendo, terá mais luz;

sacrificando-se, encontrará a paz;

suando, purificar-se-á;

amando, iluminará sempre.

Livro: Agenda Cristã
Chico Xavier/André Luiz
 
Francisco Rebouças

RELACIONAMENTOS DO ADOLESCENTE FORA DO LAR


Nestes dias de rápidas mudanças no mundo — sociais, econômicas, psicológicas, morais e culturais — mesmo os adultos experientes sofrem dificuldades de ambientação. A celeridade dos acontecimentos, as ocorrências imprevistas, as transformações radicais surpreendem a todos, impondo aceitação e adaptação aparentes, sem que ocorra a compreensão do que sucede, facultando a absorção desses fenômenos perturbadores. Em razão disso, cada criatura se preocupa com a própria realidade, raramente dispondo de espaço mental e emocional para outrem, seja o parceiro, o familiar, o amigo...

Criando um círculo de relacionamento superficial, evita aprofundar os vínculos da afetividade fraternal, porque se encontra assinalada pelo condicionamento do prazer sexual, como se todas as expressões do sentimento devessem converter-se em comportamento dessa natureza.

Os interesses mesquinhos em predominância assustam, e cada qual procura defender-se da agressão desnecessária do outro, da competição cruel e desonesta do seu próximo, que lhe deseja tomar o lugar, utilizando-se de recursos ignóbeis, desde que triunfe...

Justificando-se preservação da identidade, da intimidade, cada indivíduo busca precatar-se dos demais e refugia-se no egoísmo, disfarçando socialmente os seus conflitos e procurando conquistar ou manter o lugar que lhe parece constituir meta, como forma de realização pessoal.

A família, que se deveria apresentar harmônica, por falta de estrutura dos pais, principalmente, que se encontram aturdidos nos próprios conflitos, transforma-se em um campo de choques emocionais, nos quais os filhos se tornam as vítimas imediatas.

Insegurança, medo, tormento conflitam as mentes em formação, e a falta de amparo afetivo dos genitores atira os jovens na busca de outras experiências e outros padrões que sejam compatíveis com as necessidades que experimentam.

Não encontrando, no lar, a compreensão ou a amizade segura, buscam nos amigos, igualmente instáveis e sem formação ética, o relacionamento, o entendimento, a linguagem para a convivência, poupando-se ao drama da solidão, da apatia, da depressão.

Por outro lado, devido à necessidade da conquista de identificação pessoal, fora dos padrões impostos pela família, assim como da afirmação sexual, desconfiam dos valores adotados no lar, buscando relacionamentos que compatibilizem com as suas aspirações, formando grupos de afinidade ideológica e comportamental.

No lar, às vezes, pais indiferentes aos seus problemas, ou dominadores, que não lhes respeitam as transições fisiológica e psicológica, frustram os seus ideais e os tornam inaptos para uma existência madura, harmônica e responsável.

A afirmação do “si” leva o jovem a enfrentar as barreiras domésticas impeditivas, os fatores agressivos e desequilibrantes, apresentando-se como rebelde e violento; através dessa conduta arrebenta os grilhões que lhe parecem aprisionar em casa.

Noutras vezes, uma aparente resignação asfixia a revolta natural que lhe brota no íntimo, vindo a torná-lo melancólico mais tarde, subserviente, receoso, despersonalizado, que para sobreviver na sociedade se adapta a todas e quaisquer circunstâncias, sem jamais realizar-se.

Tornando-se taciturno, tende a patologias conflitivas de transtorno neurótico como psicótico, graças às frustrações que não sabe digerir, interiorizando-se e tomando horror pela sociedade, que lhe representa o grupo social do lar turbulento e instável onde vive.

Os jovens da década dos anos cinqüenta foram denominados como geração silenciosa, vítimas da Segunda Guerra Mundial, dos distúrbios emocionais e sociais da Guerra Fria e das incertezas proporcionadas pelos muitos conflitos localizados em diferentes países, particularmente no sudeste da Ásia, em um período no qual aparentemente, o mundo estava em paz... Esses conflitos gerais refletiam-se na insegurança que predominava na sociedade, nos governos, nas Instituições, sendo absorvidos pelos jovens que, não sabendo como lidar com a alta carga de emoções desordenadas, silenciaram, buscaram refúgio no mundo íntimo, assumindo postura soturna, sem expectativa de triunfo, sem solução de fácil ou significativa conquista.

Na década seguinte, a de sessenta, face ao desgoverno reinante nos países do denominado Primeiro Mundo e às constantes ameaças de destruição que pairavam no ar, em toda parte, surgiu a geração do desespero, do consumo de drogas alucinógenas, aditivas, da música ensurdecedora que expressava sua revolta, da pintura agressiva, do sexo desvairado.

A solidão vivida pelos jovens levou-os a formarem tribos, a realizarem espetáculos de música desesperada, de promis¬cuidade comportamental, de agressividade, dando nascimento ao período hyppie...

A socialização da criatura humana, quando não se dá em alto padrão de equilíbrio, tende a fazer-se perturbadora, sem estrutura ética, tombando no desvario que leva à delinqüência, porque o homem e a mulher são intrinsecamente animais sociais.

Torna-se urgente a reestruturação da família, que jamais será uma instituição falida, porque é a pedra angular da sociedade, o primeiro grupo onde o ser experimenta a dádiva do convívio, da segurança emocional, da experiência moral.

É compreensível, portanto, que o adolescente realize a busca de novos relacionamentos fora do lar, sejam eles conflitantes ou não, a depender da tendência do mesmo, das suas aspirações e afinidades, onde experimentará a auto-realização, dando início ao futuro círculo social de amigos no qual se movimentará.

Há, em todas as criaturas, e no jovem especialmente, necessidade de novas experiências, que não tenham lugar na família, e o grupo humano é o grande e oportuno laboratório para as pesquisas e vivências que irão completar-lhe o desenvolvimento e amadurecimento social, moral e emocional.

Não seja, pois, de surpreender, que o adolescente pareça fugir do lar para a rua na busca de novos relacionamentos.

Quando a família lhe oferece segurança e compreensão, ele amplia o seu grupo de relações sem rupturas domésticas, adicionando outras pessoas da mesma faixa etária e aspirações idênticas, que conviverão em harmonia e progresso, sem clima de fuga ou de agressividade.

Esse é um passo decisivo para estruturação do caráter, da personalidade e do amadurecimento do adolescente, que se desenvolve, para o mundo em constantes mudanças de maneira saudável e equilibrada.

Estimular-lhe o desenvolvimento na criação de grupos de sadio relacionamento social é tarefa que compete aos pais também, em benefício de uma formação equilibrada na área do comportamento dos filhos.

Livro: Adolescência e Vida
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

quinta-feira, 29 de julho de 2010

VI Semana Espírita de Vila Velha

Caros amigos, recebemos da amiga  - Lucia, coordenadora da Semana Espirita, e estamos divulgando com o maior prazer o evento que será realizado no período de 09 a 15 de agosto de 2010, na cidade de Vila Velha/ES.

VI Semana Espíritas de Vila Velha.

Tema: "Jesus: Modelo do Homem de Bem".

Local: Grupo da Fraternidade Espírita Jerônimo Ribeiro.

Endereço: Rua Henrique Laranja, nº 54, Centro - Vila Velha/Espirito Santo.
Clique no cartaz e saiba de todos os detalhes.
Participe, divulgue!

Francisco Rebouças

Almoço de Confraternização em Atlanta - EUA

Caros amigos, os confrades do CECA - Comunidade Espírita Cristã de Atlanta, convidam a todos para participarem do Almoço de confraternização que será realizado no próximo domingo dia  01/08/201, às 13:00h.
O Cardápio será: Frango Assado ao molho de Laranja, Carne Assada, Arroz Temperado, Feijão, e Saladas.

ACOMPANHAN AINDA DELICIOSAS SOBREMESAS E REFRIGERANTES.
VENHA E TRAGA SEUS AMIGOS PARA ESTAR CONOSCO.

Venha desfrutar de momentos de muita alegria e descontração, traga sua família.

Divukgue!                                                                                www.spiritistcongress.org

COMUNIDADE ESPIRITA CRISTA DE ATLANTA - www.atlantaespirita.org

Vem ai: 3º Encontro Espirita em Atlanta.
28-29 de Agosto de 2010



Francisco Rebouças

Estudando o espiritismo - E.S.E.

Obediência e resignação

A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.

Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. — Lázaro. (Paris, 1863.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX, item 8.

Francisco Rebouças

Parábolas

Parábola da figueira estéril

“Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi buscar fruto nela, mas não o achou.

Disse então ao que cultivava a vinha:

— Olha, faz já três anos que venho buscar fruto a esta figueira e não o acho; corta-a, pois, pelo pé; para que está ela ainda ocupando a terra?

Mas o outro, respondendo, lhe disse:

— Senhor, deixa-a ainda este ano, enquanto eu a escavo em roda, e lhe lanço esterco; se com isto der fruto, bem está, e se não, virás a cortá-la depois.” (Lucas, 13:6-9)

Esta parábola encerra mais uma das extraordinárias alegorias com que o Mestre retrata a situação moral da Humanidade terrena e, ao mesmo tempo, adverte-a sobre a sorte que a aguarda, caso não tome melhores rumos.

Há muitos e muitos séculos o Senhor da fazenda, que é Deus, vem esperando paciente-mente que esta nossa infeliz Humanidade, simbolizada pela figueira, produza bons frutos, ou seja, alcance a maturidade espiritual, implantando na Terra o reinado do Amor, da Justiça e da lídima Fraternidade.

Jesus, representado na parábola pelo abnegado e diligente vinhateiro, tem-na agraciado com sucessivas revelações, cada qual mais perfeita, visando a despertar-lhe a consciência, fazê-la compreender os seus deveres para com Deus, para consigo mesma e para com o próximo; lamentavelmente, porém, ela não os tem levado a sério, continua presa às suas ilusões e fantasias, persiste em viver apenas para si, para a satisfação de seus gozos turvos, nada realizando no campo do Altruísmo.

Como derradeira ajuda no sentido de salvá-la da esterilidade a que se abandonou, Jesus houve por bem enviar-lhe o Espiritismo, para mostrar ao vivo, com o testemunho das próprias almas trespassadas, a felicidade reservada aos bons, aos que procuram ser úteis, aos que obram com misericórdia, aos justos, aos humildes, aos pacíficos e pacificadores, aos limpos de coração, aos que se consagram ao bem-estar da coletividade, e, por outro lado, os sofrimentos por que passam os infrutuosos, os vingativos, os avarentos, os depravados, os orgulhosos, os opressores, os déspotas, os fazedores de guerras, os que se dão, por interesses vis, a toda a sorte de especulações, levando as massas populares à aflição e ao desespero.

Se com isto os homens se regenerarem e aprenderem a viver em paz, vinculados pelo amor, dando cada um a contribuição de seu melhor esforço para uma nova civilização, em que desapareçam as conquistas, as sujeições de um povo a outro povo, os privilégios, os desníveis sociais, etc., bem está; caso contrário, todos quantos se mostrem recalcitrantes, insensíveis ou indiferentes a esse despertamento espiritual, serão transferidos para outros planos inferiores, a fim de que não continuem ocupando lugar neste planeta, do qual se terão tornado indignos, eis que, no correr do terceiro milênio, a Terra se irá transformando em um mundo regenerador, com melhores condições físicas e morais, propiciando a seus futuros habitantes uma existência incomparàvelmente mais tranquila e mais feliz.

Precatem-se, portanto, os homens e as instituições humanas!

Os tempos são chegados, e o Senhor virá, em breve, buscar os frutos esperados.

Desta vez, se não os achar, o machado entrará em ação, pondo abaixo toda galharia infrutífera.

Livro: Parábolas Evangélicas
Rodolfo Calligaris

Francisco Rebouças

CONSULTAS



“E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?” — (JOÃO, capítulo 8, versículo 5.)

Várias vezes o espírito de má fé cercou o Mestre, com interrogações, aguardando determinadas respostas pelas quais o ridicularizasse. A palavra dEle, porém, era sempre firme, incontestável, cheia de sabor divino.

Referimo-nos ao fato para considerar que semelhantes anotações convidam o discípulo a consultar sempre a sabedoria, o gesto e o exemplo do Mestre.

Os ensinamentos e atos de Jesus constituem lições espontâneas para todas as questões da vida.

O homem costuma gastar grandes patrimônios financeiros nos inquéritos da inteligência. O parecer dos profissionais do direito custa, por vezes, o preço de angustioso sacrifício.

Jesus, porém, fornece opiniões decisivas e profundas, gratuitamente. Basta que a alma procure a oração, o equilíbrio e a quietude. O Mestre falar-lhe-á na Boa Nova da Redenção.

Freqüentemente, surgem casos inesperados, problemas de solução difícil. Não ignora o homem o que os costumes e as tradições mandam resolver, de certo modo; no entanto, é indispensável que o aprendiz do Evangelho pergunte, no santuário do coração:

— Tu, porém, Mestre, que me dizes a isto?

E a resposta não se fará esperar como divina luz no grande silêncio.

Livro: Caminho, Verdade e Vida
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

quarta-feira, 28 de julho de 2010

MANTENHA a amizade de seus amigos.

MANTENHA a amizade de seus amigos.

Saiba retribuir com gratidão os benefícios que recebe.

Não seja ingrato!

Se de alguém recebeu benefícios, não o esqueça, não o expulse da roda de sua amizade.

Não fira seus amigos, não magoe aqueles que muitas vezes se sacrificaram para dar-lhe momentos de alegria.

Não negue seu carinho àqueles que se desvelaram para proporcionar-lhe felicidade.

Livro: Minutos de Sabedoria
Carlos Torres Pastorino
 
Francisco Rebouças

Lindas Poesias!

ASSUNTO DE PAIXÃO

Você deseja notícias,
Meu caro Juca Simões,
Sobre o que existe no Além
Ante a luta das paixões.

O assunto do seu pedido,
Quanto ao que busca saber,
É tão fácil de sentir,
Tão difícil de escrever!...

Reconhecemos: o amor
É luz em todo ser vivo,
Mas quando vira paixão
É processo obsessivo.

Há paixões de toda espécie,
Por encargos, por dinheiro,
Por mando, posse, vingança,
Rolando no mundo inteiro.

Mas a paixão propriamente
É aquele calor que surge
É aquele calor que surge
Por labareda do amor.

No começo é uma faísca,
Com clarão vago e miúdo,
Depois é fogo crescendo,
Incêndio que arrasa tudo.

A pessoa nessa prova
Vagueia tonta e insegura,
Pode enrolar-se no crime,
Quanto cair na loucura.

Veja a tragédia de Alvina,
Apegou-se ao Filomeno,
O moço quis Nominata,
Alvina foi-se a veneno.

Eugênio amava Tintina,
Tintina escolheu Jão Massa,
Só por isso o pobre Eugênio
Vive hoje de cachaça.

Contrariado no amor,
Dedicado à Gabriela,
Excitado, o Longimano,
Deu dois tiros no pai dela.

Você recorda decerto,
O nosso Quinquim da Areia,
Matou Ziziu por ciúme
E afundou-se na cadeia.

Recusado por Tininha,
Irvalmo arrasou Clemente,
Depois disso, exasperado,
Enloqueceu de repente.

Outra cousa, veja esta:
Nessas mortes por paixão
Aparece grande parte
Dos casos de obsessão.

Ninita por desprezar,
Matou Gil de Saramenha,
Mas sem corpo Gil a segue
Como fogo atado à lenha...

Sertório morreu aos poucos,
Envenenado por Zuma,
Sertório desencarnado
Não a deixa hora nenhuma.

Joana desfez-se de Antero
Para entregar-se ao Fontana,
Mas o espírito de Antero
Vive ligado com Joana.

Segundo todos sabemos
Cada qual vive por si,
Cuidado !... Foge à paixão
Que a paixão é isso aí...

Se você gosta de alguém,
Recorde: amor não reclama,
Não prende, nem sacrifica
E ampara sempre a quem ama.

Não procure ser amado
Ame e abençoe por dever,
Mantenha sinceridade
E deixe a vida correr.

Paixão é cousa da sombra,
Dor que a si própria maldiz,
Mas o amor é luz de Deus,
Amor é a vida feliz.

Livro: Retratos da Vida
Chico Xavier/Cornélio Pires
 
Francisco Rebouças

Viver Melhor



Todos queremos ser felizes, viver melhor.

Entretanto, ouçamos a experiência.

A felicidade não é um tapete mágico. Ela nasce do bem que você espalhe, não daqueles que se acumulam inutilmente.

Tanto isto é verdade que a alegria é a única doação que você pode fazer sem possuir nenhuma.

Você pode estar em dificuldade e suprimir muitas dificuldades dos outros.

Conquanto às vezes sem qualquer consolação, você dispõe de imensos recursos para reconfortar e reerguer os irmãos em prova ou desvalimento.

A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhora que venhamos a realizar para os outros.

A vida é dom de DEUS em todos.

E quem serve só pra si não serve para os objetivos da vida, porque viver é participar, progredir, elevar, integrar-se.

Se aspiramos a viver melhor, escolhamos o lugar de servir na causa do bem de todos.

Para isso, não precisa você condicionar-se a alheios pontos de vista.

Engaje-se na filera de servidores que se lhe afine com as aptidões.

Aliste-se em qualquer serviço no bem comum.

É tão importante colaborar na higiene do seu bairro ou na construção de uma escola, quanto auxiliar a uma criança necessitada ou prestar apoio a um doente.

Procure a Paz, garantindo a Paz onde esteja.

Viva em segurança, cooperando na segurança dos outros.

Aprendamos a entregar o melhor de nós à vida que nos rodeia e a vida nos fará receber o melhor dela própria.

Seja feliz, fazendo os outros felizes.

Saia de você mesmo ao encontro dos outros, mas não resmungue, nem se queixe contra ninguém. E os outros nos farão encontrar DEUS.

Não julgue que semelhante instrução seja assunto unicamente para você que ainda se acha na Terra. Se você acredita que os chamados mortos estão em paz gratuita, engano seu, porque os mortos se quiserem paz que aprendam a sair de si mesmos e a servirem também.

Livro: Respostas da Vida
Chico Xavier/André Luiz

Francisco Rebouças

Grão de mostarda


“... Jesus lhes respondeu: É por causa da vossa incredulidade. Porque eu vô-lo digo em verdade: se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: transporta-te daqui para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível.” (Capítulo 19, item 1.)

Fé é sentimento instintivo que nasce com o espírito. Crença inata, impulso íntimo fundamentado na “certeza absoluta” de que o Poder Divino, em toda e qualquer situação, está sempre promovendo e ampliando nosso crescimento pessoal.

Essa convicção inabalável na “Sabedoria Divina”, que é a própria Inteligência que rege a tudo e a todos, atinge sua plenitude nas criaturas mais evoluídas. Tais valores se encontravam inicialmente em estado embriomírio e, ao longo das encarnações sucessivas, estruturaram-se entre as experiências do sentimento e do raciocínio.

Como em todas as manifestações de progresso, também esse impulso intuitivo do ser humano ligado às faixas da fé é resultado de um desenvolvimento lento e progressivo.

Por exemplo, a criança não pode manifestar a habilidade de falar, sem ter atravessado as fases básicas da fonética, isto é, resmungar, balbuciar, soletrar e silabar.

Desse modo, o ser imaturo, apesar de criado com esse sentimento instintivo da fé, também atravessa um vasto período de desenvolvimento, que não se dá por mudanças abruptas, mas por uma série de sensações e percepções, às vezes mais ou menos demoradas, conforme a vontade e a determinação do próprio espírito.

Conseqüentemente, a fé plena não é só conquista repentina que aparece quando queremos; é também trabalho desenvolvido e assimilado ao longo do tempo.

Ela pulsa em todas as criaturas vivas e agita-se nas menores criações do Universo.

Encontra-se na renovação do mineral rompido, que se restaura a si mesmo; aparece no fototropismo das plantas em crescimento; impulsiona o “relógio interno”, que incita as aves a efetuar suas migrações, quase na mesma época em todos os anos; aguça o “regresso ao lar”, ou seja, estrutura a capacidade de orientação e localização observada em certos animais domésticos.

A fé também estimula o homem selvagem a nutrir a crença na existência de um ser supremo, que eles adoram nos fenômenos e elementos da Natureza.

Entendemos, dessa forma, que a fé não equivale a uma “muleta vantajosa” que nos ajuda somente em nossas etapas difíceis, nem “providências de última hora” para alcançarmos nossos caprichos imediatistas. Ter fé é auscultar e perceber as “verdadeiras intenções” da ação divina em nós e, acima de tudo, é o discernimento de que tudo está absolutamente certo.

Nada está errado conosco, pois o que chamamos de “imperfeição” no mundo são apenas as lições não aprendidas ou não entendidas, que precisam ser recapituladas, a fim de que possamos nos conhecer melhor, assim como as leis que regem nossa existência.

Ter fé em Deus é reconhecer que a Natureza, “Arte Divina”, garante nossa própria evolução. Mesmo quando tudo pareça ruir em nossa volta, é ainda a fé amplamente desenvolvida que nos dará a certeza de que, mesmo assim, estaremos sempre ganhando, ainda que momentaneamente não possamos decifrar o ganho com clareza e nitidez.

No Universo nada existe que não tenha sua razão de ser. Tudo aquilo que parece desastroso e negativo em nossa existência, nada mais é que a vida articulando caminhos, para que possamos chegar onde estão nossos reais anseios de progresso, felicidade e prazer.

A criatura que aprendeu a ver o encadear dos fatos de sua vida, além de cooperar e fluir com ela, percebe que aquilo que lhe parecia negativo era apenas um “caminho preparatório” para alcançar posteriormente um Bem Maior e defmitivo para si mesma.

As grandes tragédias não significam castigos e punições, porém maiores possibilidades futuras para a obtenção de uma melhoria de vida íntima e, paralelamente, de plenitude existencial.

Em face dessas realidades, a fé aperfeiçoada faz com que possamos avaliar em todas as ocorrências uma constante renovação enriquecedora. Quando todas as árvores estão despidas, é que se inicia um novo ciclo em que elas reúnem suas forças embrionárias e instintivas da fé para novamente se vestir de folhas, flores e frutos.

Tudo na Natureza obedece a “ritmos”. São processos da vida em ação. No final de um ciclo, nossa energia declina para, logo em seguida, reunirmos mais forças para uma nova incursão renovadora.

A cada nova etapa de crescimento, talvez nos sintamos temerosos e inseguros, a exemplo de certos animais que perdem momentaneamente seus revestimentos protetores. Depois, no entanto, nos sentiremos melhor adaptados, ao nos cobrirmos com elementos e estruturas mais eficientes, e que nos permitam prosseguir mais ajustados em nosso novo estágio evolutivo. Assim acontece com todos. Seremos atingidos por um “sereno bem-estar” quando visualizarmos antecipadamente as porvindouras oportunidades de reconforto, prosperidade e segurança que a vida nos trará após atravessarmos os “ciclos amargos” do renascimento interior.

A confiança em que tudo está justo e certo e em que não há nada a fazer, a não ser melhorar o nosso próprio modo de ver e entender as coisas, alicerça-se nas palavras de Jesus: “até os fios de cabelo da nossa cabeça estão todos contados”(1). É a convicção perfeitamente ajustada a uma compreensão ilimitada dos desígnios infalíveis e corretos da Providência Divina.

Em muitas ocasiões, somente usando os recursos interpretativos da fé, nos grandes choques e tragédias, é que podemos notar o “processo de atualização” que a vida nos oferece, porqüanto o significado de um acontecimento é captado em plenitude apenas quando “decifrado”.

É o único caminho que nos permitirá encontrar a verdadeira compreensão e entendimento dos fatos em si.

Entretanto, quando não traduzimos no decorrer dos acontecimentos nossos episódios existenciais, sentimos que nossa vida vai-se tornando inexpressiva, sem nenhum sentido, porque vamos perdendo contato com as mensagens silenciosas e sábias que a vida nos endereça.

Aqui estão algumas interpretações de fatos aparentemente negativos, quando na realidade são profundamente positivos:

— Para vencermos a doença é necessário interpretar o que o sintoma quer-nos alertar sobre o que precisamos fazer ou mudar para harmonizar nosso psiquismo descontrolado.

— Sucessivos acontecimentos de “abandono” e “decepção” em nossa vida são mensagens silenciosas alertando-nos que nosso “grau de ilusão” ultrapassou os limites permitidos.

— Perda de criaturas queridas pode ser a lição que nos vai livrar de atitudes possessivas e de apegos patológicos, tanto para quem parte como para quem fica.

— Alucinação e loucura podem nos adestrar para maiores valorizações da realidade, afastando-nos de fantasias e aparências.

— Vícios de qualquer matiz podem estabelecer nos indivíduos normas corretivas na vida interior, a fim de que aprendam a lidar e a controlar melhor suas emoções e sentimentos.

— Traição afetiva pode nos exercitar na fiscalização de nosso “grau de confiabilidade” e “vulnerabilidade” perante os outros.

— Desprezo ou desconsideração podem ser emissões educativas, impulsionando-nos a um maior amor a nós próprios.

O ser humano de fé não é crédulo nem fanático; é antes o indivíduo que distingue os lucros e vantagens inseridos nos processos da vida. Compreende a seqüência de fatos interconectados aprimorando-se paulatinamente para intensificar sua estabilidade e harmonia e, como conseqüência, seu engrandecimento espiritual.

Em síntese, a fé como força instintiva da alma guarda em si possibilidades transcendentes e poderes infinitos. Ao ampliá-la, o homem se potencializa vigorosamente, fluindo e contribuindo com o próprio ritmo da vida como um todo.

O “grão de mostarda”, na comparação de Jesus Cristo, representa a minúscula semente como sendo o “impulso imanente” que começa a se formar no “princípio inteligente”, nos primeiros degraus dos reinos da Natureza. Ao longo dos tempos, se transmuta, desenvolvendo potencialidades inatas, e, futuramente, se transforma num ser completo e de ações poderosas.

Devemos compreender, por fim, que o “poder da fé” realmente “transporta montanhas” e que para o espírito nada é inacessível, pois, quando percebe a razão de tudo e interpreta com exatidão a sabedoria de Deus, a vida para ele não tem fronteiras.

Ao ampliarmos nossa consciência na fé, sentiremos uma inefável serenidade íntima, porque conseguimos entender perfeitamente que, no Universo, tudo está “como deve ser”; não existe atraso nem erro, somente a manutenção e a segurança do “Poder Divino” garantindo a estabilidade e o aperfeiçoamento de suas criaturas e criações.
(1) Lucas 12:7

Livro: Renovando Atitudes
Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
 
Francisco Rebouças

terça-feira, 27 de julho de 2010

Perante a Prole



Fitando o anjo corporificado nas carnes do filhinho que dorme, deténs-te junto ao berço de alegrias e exultas, dominado por compreensível júbilo, meditando quanto ao futuro risonho e abençoado que almejas para ele.

Não te ocorre a idéia de que o “rebento” das tuas células é também filho de Deus em vilegiatura evolutiva, seguindo hoje ao teu lado, sob a direção da tua experiência.

Naquele corpo que o tempo desdobrará e na fragilidade dos músculos que se enrijecerão dia-a-dia, momentaneamente repousa um espírito que se prepara para as ingentes e santificantes tarefas do porvir.

Possivelmente não pensarás que essa concessão divina poderá um dia armar-se de revolta e agredir-te a velhice cansada, investindo, ao impacto de inomináveis ingratidões e rebeldias, contra as tuas fracas forças de então. Parece-te impossível, pois que ele é tão pequenino, formoso e meigo!

Os amigos afirmam que o teu filhinho se parece contigo, tendo a meiguice da mamãe e o nobre caráter do papai, apesar de tão diminuto. E têm razão, por enquanto.

Dás-lhe o legado do corpo, emprestas-lhe alguns sinais fisionômicos e poderás plasmar nele alguns dos teus caracteres morais. Ele, porém, te solicita, desde já, mais do que deslumbramento e carinho. Necessita de ti, muito mais do que pensas.

Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.

Pensa, portanto, e cogita com maturidade, educando o filho que Deus te concede por algum tempo, nas diretrizes enobrecedoras da fé cristã, ministrando-lhe as lições vivas do exemplo dignificante.

Talvez a educação não consiga fazer tudo por ele, caso seja alguém assinalado por graves problemas que o acom¬panhem de outras existências... Prepará-lo-ás, no entanto, para melhor experiência e maior aprendizagem.

Não descures de iluminá-lo com as claridades do amor à verdade, ao bem e à justiça, em nome do Supremo Amor.

A carne gera a carne, mas o espírito não produz o espírito.

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.

Não o temas, nunca.

Não o ofendas com a falsa valorização dele, em demasia.

Recorda-lhe a humildade, considerando a procedência de todos nós e o lugar comum do barro orgânico...

E orienta-o dignamente, sem cessar.

Aquele olhar esgazeado, acompanhado por lábios em rictos de loucura, punhos cerrados, não pode ser do filhinho que acalentaste e mantiveste no calor do afeto, noites-e-dias a-fio! — meditas.

Como pôde transfigurar-se em sicário cruel, em infortunado algoz? — interrogas, contemplando-o, com a alma estrangulada e muda.

Que foi feito do bebê querido que te osculava as mãos e a face, cantarolando melodias que ainda musicam os teus ouvidos?

Todo ele parece revel. Por quê? — perguntas.

Somos todos viandantes de inumeráveis excursões pela carne.

Erramos e solicitamos oportunidade para a reparação; acumpliciamo-nos com a criminalidade e rogamos liberta¬ção; nascemos e renascemos, começando ou recomeçando em longa experiência.

Verdugos e amigos que nos cercam, que chegam através de nós próprios, são dadivosas concessões de que neces¬sitamos. Ajàmos junto a eles com ponderação, valorizando o empréstimo da Lei.

Não te enganes, portanto.

Se arde no imo do teu espírito a flama do ideal espírita, prepara a tua família para a fé consoladora e ilumina-a. Esparze as lições reencarnacionistas com lucidez e bondade. Utiliza a terapêutica do passe, da água magnetizada, e faze luzir a palavra de Jesus no reduto doméstico.

Se os teus filhos, depois, empanzinados pela falsa cultura ou fascinados pelos ouropéis te rechaçarem as lições, esbordoando, ingratos, a tua face, terás cumprido com o teu dever e, em silêncio, deixa-os seguir: possivelmente eles serão pais também hoje, ou mais tarde...

Os filhos são bênçãos que te chega – alguns, gemas brutas para lapidação - ; faze tua parte e prossegue tranqüilo na direção do futuro e de Deus, o Excelso Pai de todos nós.

Joanna de Ângelis

NOTA – Tema para estudo: “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” – Parte 2ª - Capítulo 4º – Parecenças físicas e morais. Leitura complementar: “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” – Capítulo 9º – A cólera. – Itens 9 e 10.

Livro: S.O.S. Família
Divaldo Franco/Diversos Espíritos
 
Francisco Rebouças

O SERVIÇO DA PERFEIÇÃO



Um velho oleiro, muito dedicado ao trabalho, certa feita adoeceu gravemente e entrou a passar enormes dificuldades.

Os parentes, aos quais ele mais servira, moravam em regiões distantes e pareciam haver perdido a memória...

Sem ninguém que o auxiliasse, passou a viver da caridade pública, mas, quando esmolava, caiu na via pública e quebrou uma das pernas, sendo obrigado a recolher-se à cama por longo tempo.

Chorando, amargurado, fez uma prece e rogou a Deus alguma consolação para os seus males.

Então, dormiu e sonhou que um anjo lhe apareceu, trazendo a resposta pedida.

O mensageiro do Céu conduziu-o até o antigo forno em que trabalhava, e, mostrando-lhe alguns formosos vasos de sua produção, perguntou:

— Como é que você conseguiu realizar trabalhos assim tão perfeitos?

O oleiro, orgulhoso de sua obra, informou:

- Usando o fogo com muito cuidado e com muito carinho, no serviço da perfeição. Alguns vasos voltaram ao calor intenso duas ou três vezes.

- E sem fogo você realizaria a sua tarefa?

- Indagou, ainda, o emissário.

- Nunca! - Respondeu o velho, certo do que afirmava.

- Assim também esclareceu o anjo, bondoso -, o sofrimento e a luta são as chamas invisíveis que Nosso Pai Celestial criou para o embelezamento de nossas que, um dia, serão vasos sublimes e perfeitos para o serviço do Céu.

Nesse instante, o doente acordou, compreendeu a Vontade Divina e rendeu graças a Deus.

Livro: Pai Nosso
Chico Xavier/Meimei
 
Francisco Rebouças

Depois de crescidos


 
QUANDO chegou a este ponto da história, Cipião mostrou indisfarçável tristeza nos olhos e parou de falar por alguns minutos, como se estivesse lembrando alguma coisa muito importante.

Nenhum dos ouvintes lhe interrompeu os pensamentos.

Finda a grande pausa, continuou:

— Mas os príncipes, para quem o Poderoso Rei criou tão formoso reino escolar, depois de crescidos sentiram-se seguros em seus uniformes e em seus lares e, desviando a inteligência, esqueceram o Pai Compassivo e criaram perigosos monstros, dentro de si mesmos, com os quais passaram a se aconselhar. Os colaboradores diretos do Grande Rei continuaram ensinando o bem e a verdade, a paz e o equilíbrio. Entretanto, os aprendizes não quiseram ouvi-los por mais tempo. Os monstros que eles próprios haviam criado envenenaram-lhes o coração, dizendo-lhes que a escola era absoluta propriedade deles, que deveriam dominar em torno de suas residências como verdadeiros e únicos senhores.

Em breve, os filhos do Grande Rei, esquecendo os deveres que lhes cabiam desempenhar, começaram a humilhar, derrubar e perseguir. Destruíram árvores veneráveis sem plantar outras que as substituíssem; organizaram caçadas aos animais pacíficos, matando-os sem necessidade; aprisionaram os pássaros e passaram a fazer o que é mais doloroso — combateram-se uns aos outros, em guerras de sangue, deixando misérias e ruínas atrás de seus passos. Para adquirirem supremacia e poder, honras e autoridade, assassinaram mulheres e crianças, velhos e doentes incapazes de fazer mal.

Livro: Os Filhos do Grande Rei
Chico Xavier/Espírito Veneranda
 
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel