“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sábado, 30 de agosto de 2008

É preciso seguir!

Excelente ensinamento nos transmitiu o Mestre de Nazaré, quando diante do endemoninhado que ELE fizera recuperar o equilíbrio, ao toque de seu divino amor, quando o orienta a voltar para a companhia dos seus e anunciar a todos os benefícios de que fora alvo.

O indivíduo logo após adquirir a cura de seu estado de atormentado espiritual, solicitava a Jesus que pudesse continuar ao seu lado a desfrutar de sua doce companhia, Jesus, porém, o alerta para que vá cumprir com seus compromissos perante a vida ao lado daqueles que lhe comungavam a bênção do convívio familiar.

Muitos de nós nos dias conturbados da atualidade, em vista do assédio da legião de gênios perversos, temos o mesmo desejo de nos abrigar na companhia do Mestre de Nazaré e de seus prepostos, e fugir das dificuldades impostas a todos quantos carreiam conosco as estradas perigosas do mundo no estágio evolutivo do nosso.

Necessário não esquecer que o Mestre de Nazaré não prometeu facilidades aos seus seguidores, e ELE mesmo segue trabalhando incessantemente em benefício de toda a humanidade, conclamando seus discípulos a manterem a vigilância constante, a mente ocupada à procura da verdade e o coração tocado de amor e luz, disposto a vencer as barreiras no caminho do progresso moral espiritual.

O objetivo primordial de todo aprendiz do Cristo não deve ser o de conquistar facilidades nas esferas celestes, mas sim, de atender aos serviços ativos, a que foi convocado, em qualquer lugar, situação, idade e tempo.

Como espíritas que nos dizemos ser, precisamos fazer bom uso de toda luz que já recebemos das lições contidas no evangelho do Cristo, e buscarmos ser verdadeiramente bons cristãos servindo ao Mestre, primeiramente junto aos familiares de nossa atual caminhada evolutiva.

Quando não dispomos de uma família direta, temos a indireta, vizinhos, companheiros de diversas outras atividades que participamos na sociedade em que nos movimentamos, onde sempre temos a oportunidade de anunciar os benefícios recebidos do nosso Modelo e Guia, em prol da nossa própria cura, pois, se já logramos a renovação de nossos ideais de crescimento e progresso, estamos por essa mesma razão, convocados a cooperar na renovação espiritual de quantos nos compartilham o relacionamento em busca do equilíbrio e do bem-estar de toda a humanidade.


Francisco Rebouças.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O trabalho em equipe na casa espírita

Não existe casa espírita ou instituição qualquer, que possa dispensar a presença de pessoas para fazê-la funcionar a contento em atendimento aos seus objetivos anteriormente traçados, mesmo quando a atividade de determinada instituição seja em sua grande parte executadas por máquinas, ainda assim, os objetivos são obviamente planejados por alguém, e pede como conseqüência a vigilância e a manutenção do homem.

Especialmente na casa espírita, em virtude das nobres atividades a que se propõe, muito mais dependente se faz, da união e da cooperação de seus tarefeiros em todas as atividades que nela se realizarem, onde o entrosamento e o bom relacionamento dos seus membros são fatores determinantes do bom êxito nos cometimentos espirituais a que se destina.

No trabalho em grupo da casa espírita, o individualismo deve ceder lugar ao espírito de equipe para que possa lograr sucesso nas atividades em desenvolvimento. Para tanto é imprescindível que algumas medidas sejam antecipadamente estabelecidas para que o personalismo exacerbado não prejudique o conjunto que deve buscar a cada dia o aprimoramento de todos e das atividades da casa.

Antes do começo da tarefa a que se destina o grupo, é preciso que se reúnam para que possam juntos participar da elaboração das propostas e definirem a responsabilidades de cada membro do grupo.

Após esse acordo definido, é necessário que todos se entreguem ao trabalho com boa vontade e comprometimento com as metas a alcançar, elaboradas quando do planejamento, e, cada tarefeiro se esmere na parte da tarefa, que lhe está determinada.

Preciso se faz, que a tarefa de responsabilidade do grupo, seja constantemente avaliada por todos os seus participantes, para que sejam feitas as adaptações, as mudanças ou as possíveis modificações que se fizerem necessárias nas partes que não estiverem alcançando os resultados almejados, sem que isso seja motivo de constrangimento para quem quer que seja, e ouvindo-se e analisando-se com equilíbrio as críticas e as sugestões de todos, se possa encontrar as soluções mais adequadas para a melhora da situação, proporcionando a integração e a harmonia da equipe, facilitando um relacionamento sincero e fraterno entre os indivíduos envolvidos no trabalho.

É necessário que todos entendam que não existe o grupo perfeito e que por essa razão, é importante trabalhar as diferenças existentes entre cada membro da equipe, que podem ter causas diversas, entre outras as diferenças sociais, culturais etc., e que os possíveis conflitos que surgirem devem ser administrados com equilíbrio, paciência, compreensão e muita conversa, para que sejam evitadas de todas as formas possíveis, as pequeninas querelas que se não forem bem administradas podem se tornarem sérios obstáculos ao bom desempenho do grupo na conquista do objetivo planejado.

Importante ressaltar que o grupo disposto ao trabalho com Jesus, não prescinde do espírito de equipe, onde “Deus é por todos e cada criatura pelos seus irmãos”. Nesse diapasão cada qual possa se transformar em braço do Cristo a serviço da paz e do bem, em constante progresso em direção à pureza espiritual que estamos destinados.

“A benfeitora Joanna de Angelis nos esclarece: “Estamos no lugar certo, ao lado das pessoas corretas, vivendo com aqueles que nos são melhores elementos para a execução do programa. A pretexto de novas experiências ou fascinados pela utopia de novas emoções, não perturbemos o culto dos deveres a que nos jugulamos com fidelidade”.

“Tornemo-nos o vaso onde deve arder a flama do bem, oferecendo, também, o óleo dos nossos esforços reunidos a benefício da intensidade da luz”. ¹

Fonte:

1) Livro Após a Tempestade – Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Angelis, Cap. 24.

2) Grifos nossos.

Francisco Rebouças.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Aborto, a luta continua...

Apesar de não ser destacado por nenhuma outra entidade que também defende o direito à vida em oposição ao aborto, o movimento espírita muito tem feito pela não legalização da indecente Lei que pretende legalizar o crime hediondo do aborto, sob inúmeras argumentações falsas e sem lógica alguma.

Não importa se falam ou não da nossa participação ativa nessa luta, o que interessa é que estaremos até o fim, lutando pela vitória da vida sempre!

Vejam só a boa notícia que nos chegou ao conhecimento através da amiga Julia Nezu - VP de Comunicação da AJE-SP.

Prezados confrades,

A Doutrina Espírita e o movimento espírita serão representados pela AME-BRASIL(Associação Médico-Espírita do Brasil) na audiência pública que discute a legalização do aborto do anencéfalo, a ser realizada no dia 26.08, às 9h, no Supremo Tribunal Federal. Por iniciativa da AJE-SP (Associação Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo), que cuidou de promover o necessário para pleitear a inclusão da AME-BRASIL neste ato, estarão presentes a dra. Marlene Nobre e a dra. Irvênia de Santis Prada.

STF realiza audiências públicas para discutir aborto de fetos sem cérebro

O STF (Supremo Tribunal Federal) realizará, nesta semana, audiência pública para discutir a descriminalização do aborto de fetos anencéfalos, ou seja, que não possuem cérebro. Em 2004, a CNTS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde) recorreu ao STF para que deixasse de ser caracterizado como crime de aborto a antecipação do parto nesses casos específicos. As discussões começam nesta terça-feira (26/8) e continuam nos dias 28 de agosto e 4 de setembro. As sessões terão início sempre às 9h. No dia 26, os ministros vão ouvir a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a Igreja Universal do Reino de Deus, a Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, a organização não-governamental Católicas pelo Direito de Decidir e a Associação Médico-Espírita do Brasil.

Na próxima quinta-feira (28/8), expõem argumentos sobre a questão o Conselho Federal de Medicina, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, a Sociedade Brasileira de Medicina Fetal, a Sociedade Brasileira de Genética Clínica, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e parlamentares.

Na semana passada, a CNBB divulgou nota afirmando que os fetos anencéfalos não são descartáveis. “O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso”. Na nota, a CNBB argumenta que todos têm direito à vida.O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, já se manifestou favorável à ação. Ele disse que espera do tribunal uma decisão independente. “A postura do ministério é que esse é um direito das mulheres nessa situação extremamente específica”, afirmou durante evento no Rio de Janeiro.

Os debates se encerram no dia 4 de setembro, quando serão ouvidos o Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, a Associação de Desenvolvimento da Família, a ONG Escola de Gente e a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. A realização dos encontros é uma iniciativa do ministro Marco Aurélio Mello, relator da ação apresentada em 2004 pela CNTS.

Domingo, 24 de agosto de 2008
Francisco Rebouças

sábado, 23 de agosto de 2008

A Luta contra o aborto prossegue!



Amigos, precisamos estar bem atentos e unidos na luta contra a legalização do aborto, não é hora de relaxar.

Em Brasília, o STF realizará na próxima terça-feira (26) e quinta-feira (28), a partir das 9 horas da manhã, uma audiência pública para discutir a descaracterização como crime do aborto de fetos anencéfalos.
Pedimos a todos que puderem, que compareçam ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Fiquem quanto tempo puderem. O importante é mostrar nossa presença.

Não podemos deixar que deficiência física seja punida com pena de morte.


Francisco Rebouças

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

PALESTRAS AO VIVO!

A UMEN – União da Mocidade Espírita de Niterói, aproveitando os recursos que a tecnologia nos coloca à disposição nos dias da atualidade, inaugura mais um trabalho inédito em nossa Cidade, a transmissão ao vivo de suas palestras, com seus próprios recursos.

E estréia deu-se nesta quinta-feira, 21/08/2008, com a excelente palestra realizada pela expositora Luzia Cisne do Grupo Espírita da Fé, que abordou com muita propriedade a parábola das “Virgens prudentes e das Néscias”, nos trazendo reflexões oportunas sobre o contido em mais esta mensagem de Jesus.

Inicialmente, estarão sendo transmitidas apenas o som, via rádio, mais, futuramente se Deus assim permitir, a parte de vídeo também estará no ar e assim as palestras poderão ser assistidas por todos em todo o planeta.

É mais um ousado empreendimento de nossa casa, no desejo único de proporcionar a tantos quantos não podem se dirigir a uma instituição espírita, poderem assistir o desenvolvimento dos temas do evangelho de Jesus, sob a luz da mensagem espírita.

Que Deus abençoe mais esta empreitada em prol da divulgação do Consolador Prometido.

Importante: No momento as palestras estão sendo transmitidas somente durante sua realização.

Futuramente é possível que venhamos a disponibilizar as gravações das palestras já realizadas.

Horários das palestras:
Terças-feiras, de 14:15 às 15:00 horas;
Quintas-feiras, de 20:15 às 21:30 horas.


Francisco Rebouças.

SEMINÁRIO NA UMEN

Realizou-se neste domingo dia 17/08/2008, na UMEN - União da Mocidade Espírita de Niterói, mais um excelente seminário. Coordenado pela conhecida expositora da doutrina espírita Suely Caldas Schubert. Na ocasião Suely Caldas Schubert abordou com conhecimento de causa o tema: "Dimensões Espirituais do Centro Espírita".

Em sua excelente explanação, Suely Caldas Schubert apresentou uma reflexão profunda acerca das atividades de uma Casa Espírita no plano espiritual e a importância da equipe de encarnados para a perfeita consonância com o Plano Maior.

Enfatizou com muita propriedade a responsabilidade de todos os tarefeiros da instituição no sucesso dos trabalhos sob a direção dos mensageiros da Vida Superior, e dos recursos de defesa que uma casa espírita voltada para o bem recebe da espiritualidade Amiga.

Foram algumas horas de muita informação sobre o tema proposto, onde todos puderam ao final da exposição tirarem suas dúvidas através de perguntas feitas à expositora.

Parabenizamos todos os organizadores do evento, e a Diretoria da UMEN, pela realização de mais este maravilhoso encontro com a doutrina espírita.



Francisco Rebouças.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Jesus, e suas sábias maneiras de ensinar!


Francisco Rebouças
Ninguém até hoje na Terra, falou aos seus irmãos de forma tão clara e precisa que Jesus de Nazaré. Por essa razão todas as vezes que ouço alguém dizendo que Jesus só se comunicava com o povo de sua época através de parábolas, chego à conclusão do quanto ainda se está precisando, estudar seu evangelho no nosso meio espírita.

Está mais que na hora, de procurarmos falar do que realmente estudarmos nas páginas da codificação, em vez de sair por aí a repetir o que se ouve de alguém desinformado a alardear sobre os ensinos da novel doutrina dos espíritos, suas próprias interpretações infundadas e equivocadas.

Por essa razão, trago do Evangelho Segundo o Espiritismo, as explicações definitivas sobre essa passagem a que muitos se referem de forma completamente diferente do que nos ensina a codificação de Allan Kardec, no texto que segue.

NÃO PONHAIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE

Pergunta-se: que proveito podia o povo tirar dessa multidão de parábolas, cujo sentido se lhe conservava impenetrável? É de notar-se que Jesus somente se exprimiu por parábolas sobre as partes de certo modo abstratas da sua doutrina. Mas, tendo feito da caridade para com o próximo e da humildade condições básicas da salvação, tudo o que disse a esse respeito é inteiramente claro, explícito e sem ambigüidade alguma.

Assim devia ser, porque era a regra de conduta, regra que todos tinham de compreender para poderem observá-la. Era o essencial para a multidão ignorante, à qual ele se limitava a dizer: "Eis o que é preciso se faça para ganhar o reino dos céus."Sobre as outras partes, apenas aos discípulos desenvolvia o seu pensamento. Por serem eles mais adiantados, moral e intelectualmente, Jesus pôde iniciá-los no conhecimento de verdades mais abstratas. Daí o haver dito: Aos que já têm, ainda mais se dará. (Cap. XVIII, nº 15.)

Entretanto, mesmo com os apóstolos, conservou-se impreciso acerca de muitos pontos, cuja completa inteligência ficava reservada a ulteriores tempos. Foram esses pontos que deram ensejo a tão diversas interpretações, até que a Ciência, de um lado, e o Espiritismo, de outro, revelassem as novas leis da Natureza, que lhes tornaram perceptível o verdadeiro sentido.

Que Jesus nos assista e guarde em sua doce e sublime paz e luz, hoje e sempre.

Fonte:
E.S.E. Cap. XXIV, item 6.

Francisco Rebouças.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Evangelização das Crianças

Caros amigos, há muito que venho divulgando em todos os lugares em que sou convidado a falar da doutrina dos espíritos, a necessidade urgente da evangelização infantil se tornar uma prioridade em nossas casas espíritas. Assim sendo, estamos recebendo o apoio de muitos companheiros da Seara Espírita, como é o casa do conhecido trabalhador do movimento espírita José Passini, que nos enviou o artigo que apresentamos a seguir. Agradecemos o apoio de todos e façamos o posível para implantar em nossas Instituições espíritas que ainda não possuem esse trabalho, como sendo algo prioritário.

Palavras aos Pais e aos Evangelizadores da Infância

Encarnando, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir aqueles incumbidos de educá-lo”
(O L.E., 383)

A visão que se tem da criança pela ótica espírita difere fundamentalmente daquela que é sustentada pelas doutrinas que pregam a unicidade da existência corpórea. Para essas correntes de pensamento religioso, a criança traz, ao nascer, apenas os ascendentes biológicos, que seriam herdados dos antepassados próximos ou remotos. A concepção espírita difere, também, de outras doutrinas reencarnacionistas que consideram a volta do Espírito ao mundo material apenas com fins punitivos ou, quando muito, para o cumprimento de uma missão.

O Espiritismo não nega a reencarnação missionária, e ensina que aquilo que é visto como punição é apenas o funcionamento da lei de causa e efeito. Entretanto, vai além, ampliando a compreensão da própria vida, ao revelar o aspecto evolutivo da reencarnação.

Vista sob essa ótica, a criança é um Espírito imortal, detentor de imensa bagagem de experiências vivenciadas em outras épocas, herdeira de si mesma, que retorna à Terra, a fim de adquirir novos conhecimentos e, principalmente, de reformular sua maneira de proceder, ajustando-a, tanto quanto possível, aos postulados do Evangelho de Jesus. Assim, aprende-se, no Espiritismo, que a reencarnação tem por objetivo o prosseguimento da jornada evolutiva do Espírito.

Ao responderem a Kardec a respeito da utilidade de passar pelo estado de infância, os Espíritos Superiores atribuíram a responsabilidade da execução dos procedimentos educativos, não só aos pais, mas a todos aqueles que têm oportunidade de propiciar à criança ensinamentos e exemplos que a ajudem a adquirir novos conhecimentos e a reformular seu modo de proceder, ou seja, de reeducar-se através do esforço consciente, no sentido de exteriorizar sua luz, herança divina de que todos os Espíritos somos dotados, conforme ensinamento de Jesus (Mt, 5: 16).

Dentre esses “incumbidos de educá-lo”, conforme expressão dos Espíritos (O E.s.E., cap. 14, item 8), estão os evangelizadores da infância, ligados a esses irmãos recém-chegados do Mundo Espiritual, não pelos laços da consangüinidade nem do parentesco físico, mas pelos mais sagrados elos da nobre tarefa assumida perante o Evangelizador Maior. Entende-se, assim, que foram admitidos num trabalho que é continuação daquele iniciado no Mundo Espiritual, na preparação do Espírito para sua volta às lides terrenas. Ao ser considerada a Escola Espírita de Evangelização como um Posto Avançado do Mundo Espiritual, deve-se meditar sobre a extensão e a responsabilidade da tarefa que é atribuída ao evangelizador.

Consciente dessa grave responsabilidade, qual seja a de iluminar consciências, urge que se prepare convenientemente através da oração sincera, da meditação serena, do estudo edificante, a fim de que a sua palavra, portadora de carga magnética gerada na convicção profunda, e não apenas na informação superficial, possa tocar os pequeninos, pois quem não está convencido do que diz, raramente consegue convencer alguém. Como exemplo, é oportuna a lembrança das palavras do Benfeitor Alexandre, citadas no livro “Missionários da Luz”, à página 311: “O companheiro que ensina a virtude, vivendo-lhe a grandeza em si mesmo, tem o verbo carregado de magnetismo positivo, estabelecendo edificações espirituais nas almas que o ouvem. Sem essa característica, a doutrinação, quase sempre, é vã.” Desse modo, a palavra suave, embora firme, abrirá as portas do entendimento da criança, propiciando oportunidade à semeadura das lições do Evangelho, agora explicado à luz da Doutrina Espírita.

Deve, o evangelizador, ter consciência de que a Escola Espírita de Evangelização – chamada afetivamente de “escolinha” – é, malgrado o pouco tempo de que dispõe para o convívio com a criança, apesar da incompreensão da maioria dos dirigentes de centros espíritas, e das dificuldades materiais, a escola que mais esclarece no mundo, aquela mais propícia à implantação dos tempos novos, face aos ensinamentos libertadores, capazes de levar o evangelizando a uma mudança de mentalidade, que o capacitará a colaborar efetivamente na implantação de uma sociedade mais justa, mais humana, mais fraterna, conforme preconizam os Espíritos.

Importa seja lembrando também que o Espiritismo, ao trazer de volta os ensinamentos de Jesus, na sua simplicidade, objetividade e pujança originais, anula aquele sentimento místico do comparecimento ao templo – assim chamado casa de Deus – e revela o mundo como oficina da vivência religiosa, portanto do aperfeiçoamento espiritual. Anula, também, outro referencial religioso, além do templo, qual seja a figura do guru, do sacerdote, do pastor.

Tendo isso em mente, deve o evangelizador meditar sobre o que ele representa para a criança, que o observa efetivamente como referencial religioso, malgrado o seu empenho em mostrar-lhe os verdadeiros referenciais nas figuras veneráveis que, através dos tempos, têm trazido suas contribuições para a iluminação da criatura humana, no que se destaca a figura maior de Jesus.

Assim pensando, deve o evangelizador empenhar-se, com toda a força do seu entendimento, no sentido de aprimorar-se cada vez mais para a execução do seu trabalho junto à criança. Esse aprimoramento envolve três aspectos principais, que devem ocupar o primeiro plano das suas preocupações: o pensar, o sentir e o fazer.

O pensar leva-o à reflexão, à conscientização plena do valor do seu trabalho. Quando medita sobre sua atuação no setor de evangelização infantil, deve avaliar o nível do seu comprometimento com a tarefa; que espaço ela ocupa em sua mente; quantas horas por semana dedica ao preparo da mensagem que levará à criança que espera dele a orientação, a fim de que caminhe com segurança neste mundo tão conturbado da atualidade. Sem que se julgue grande missionário ou Espírito iluminado, é justo que tenha consciência da relevância e do valor da tarefa a que se dispõe, ainda que a sua turma de evangelizandos seja pequena, que seja “turma” de um só!

E quando o assalte alguma dúvida a respeito da validade do seu esforço, deve lembrar-se de que no trabalho mediúnico de desobsessão – que deveria denominar-se “evangelização do desencarnado” – um grupo de várias pessoas se empenha, às vezes durante muito tempo, no encaminhamento de um único Espírito que trilha caminho equivocado, não raro por não ter sido evangelizado na infância.

Ao serem examinados os resultados das tarefas desenvolvidas nas instituições espíritas, fica evidente que a Evangelização da criança é a atividade mais importante, de vez que beneficia o Espírito desde a fase infantil, influenciando seu proceder, dando-lhe diretrizes que o ajudarão não só nesta sua passagem pela Terra, mas que servirão como farol a iluminar-lhe a consciência em sua vida de Espírito imortal. Por isso é que, embora reconhecendo o valor das outras tarefas desenvolvidas nos centros espíritas, chega-se facilmente à conclusão de que a Evangelização da Criança deveria ter primazia, deveria ser atividade olhada com a maior responsabilidade por parte dos dirigentes das instituições espíritas, por ser a encaminhadora do Espírito, numa verdadeira continuação do trabalho iniciado no Mundo Espiritual, durante os preparativos para sua volta.

É a consciência profunda do insubstituível valor da tarefa que deve alentar o evangelizador nos momentos de desânimo, quando a incompreensão dos dirigentes da casa onde trabalha, a falta de espaço físico, de material apropriado, a falta de cooperação dos próprios pais, as dificuldades com a criança – todas essas dificuldades quiserem tirá-lo dessa seara bendita a que foi convocado.

O Evangelizador deve empenhar-se, também, no desenvolvimento da sua capacidade de sentir. Todos temos em nós o amor, em estado de latência. Essa herança divina, que o Espírito vai revelando através dos séculos sucessivos, pode ter sua exteriorização acelerada pelo esforço consciente da criatura. E o evangelizador é desafiado ao esforço de amar, pois quem não ama não tem condição de suscitar nos pequeninos o desejo de amar. O pensar é muito importante, imprescindível mesmo. Mas o pensar sem o sentir pode levá-lo a uma postura muito fria, muito calculada que, embora matematicamente certa dentro dos parâmetros meramente pedagógicos, vistos do ângulo acadêmico, não se coaduna com o espírito do trabalho de evangelização, que deve primar pelo incentivo ao desenvolvimento das virtudes preconizadas pelo Evangelho.

E, quando após anos de trabalho junto a uma criança souber que ela se desviou, a partir da adolescência ou da juventude, o evangelizador não deve desanimar, julgando perdido todo o seu esforço ao longo de anos sucessivos. O Bem nunca se perde. Mais cedo ou mais tarde, às vezes com o concurso da dor, as sementes recolhidas com os risos da infância germinarão, até mesmo regadas pelas lágrimas na idade adulta.

José Passini
Juiz de Fora MG
passinijose@yahoo.com.br


Francisco Rebouças

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Entrevistas

Elsa Rossi
Apresentamos a entrevista concedida a Francisco Rebouças, pela excelente trabalhadora do movimento espírita na europa com exclusividade.

FR: Elsa Rossi, como aconteceu o seu encontro com a Doutrina Espírita?

R: Quando eu era jovem, minha mãe costumava realizar a "Oração em Família" uma vez por semana, ajoelhada no quarto. Nestes momentos ela descrevia os Espíritos que ali estavam e o que faziam. Lembro-me de que uma vez ela descreveu uma jovem (espírito) que mexia em sua penteadeira, como era a roupa da jovem, seu cabelo e não era nada de nosso tempo, já que jovem eu também era. Para mim aquilo era normal, pois ao mesmo tempo íamos à missa aos domingos e eu gostava demais de meu rosário que eu ganhei quando fiz a primeira comunhão. Anos depois me casei com um jovem espírita, que concordou que batizássemos os nossos filhos e que eu continuaria na minha Igreja Católica. Quatro anos depois, quando minha terceira filha Giovana contava três meses de idade de um momento para outro comecei a ver os desencarnados, e achei que ia ficar louca, quando e somente nesta situação, aceitei ir à Casa Espírita. Tinha eu então 24 anos e já era mãe de três filhos. Que maravilha e que alivio. Ali no Centro Espírita Nosso Lar em Londrina estava às respostas para tudo o que se passava comigo. Nunca mais deixei de estudar e divulgar o Espiritismo.

FR: Qual a casa espírita que você freqüenta hoje?

R: Fundamos um grupo espírita em Agosto de 1998, em Londres, no Reino Unido. Estávamos meu genro Munir Gariba (que é também um dos fundadores da British Union of Spiritist Societies-BUSS, minha filha Giovana, os amigos Publio Lentulus e Zenilde O'donnel. Assim nasceu o Spiritist Group of Irradiation, que dois anos depois, devido à mudança para Brighton passou a ser conhecido como Spiritist Group of Brighton.

Hoje freqüento o Sir William Crookes Spiritist Society aos domingos. A quarta feira faz com um Inglês o estudo da Doutrina Espírita em língua inglesa em meu apartamento em Londres onde resido.

FR: Como e porque aconteceu sua vinda para Londres?

R: Voltando ao tempo, em 1997 vim a Londres para estudar Inglês e ajudar Janet Duncan com a secretaria da Allan Kardec Publishing Limited. (editora Inglesa não mais em atividade). Também passei a freqüentar o Allan Kardec Stud Group, Centre for Spiritist Teachings, dirigido por Janet. Aa época Observei a necessidade de trabalhadores que pudessem residir legalmente e permanente nestes pais. E como tenho passaporte italiano pelo meu casamento, (meu esposo já esta no plano espiritual desde 1990), filhos casados, avisei meus filhos que mudaria para Londres. Minha filha Giovana, solteira a época, veio residir e trabalhar no Reino Unido, quando conheceu seu futuro marido.

Para não me alongar mais, como sou escritora, mantenho uma web site com livros Infantis e Manuais Espíritas para download gratuitamente, alem de já ter três livros infantis publicados em português, inglês e castelhano. http://www.elsarossi.com/ e dois Livros virtuais de poemas.

FR: Como começou sua ligação com British Union Spiritist Societies - BUSS?

R: Desde quando nossa amiga e tradutora das palestras de Divaldo Franco ao inglês, Ana Sinclair. Ana também foi fundadora da BUSS e em 1998 nos chamou para ajudarmos a organizar a vinda de Divaldo Franco para palestras em Londres e Escócia. Depois, em 2005, quando Joca Dalledone, atual presidente da BUSS, convidou-se a ser a secretaria. Também estive como vice-presidente e atualmente sou a Secretaria pela segunda vez.

FR: Como está o movimento espírita no Reino Unido?

R: Como já é sabido, o Movimento Espírita no Reino Unido completou 25 anos em fevereiro desde ano, desde a fundação do primeiro Grupo Espírita: o AKSG. Dentre os vários oradores que vem a estes pais, Divaldo Franco é assíduo visitante trabalhador em todos esses anos, realizando conferencias e Seminários em UK. Podemos dizer que a partir do Primeiro Congresso Britânico de Medicina e Espiritualidade, realizado em 2007, com a presença de 430 pessoas, que houve um avanço na conquistas dos objetivos para o trabalho espírita em língua inglesa. Haja vista que depois do Congresso, tivemos eventos conjuntos: Dezembro de 2007: Guy Lyon Playfair de Inglaterra e Dagobert Goebel da Alemanha, evento promovido pela BUSS, com excelente resultado. Tivemos em 29 de marco de 2008: Raul Teixeira e Dr Alan Sanderson, falando sobre Obsessão, sob a visão do Psiquiatra inglês e sob a ótica Espírita. Em maio, a BUSS realizará um Seminário somente em língua inglesa, sobre MEDIUNIDADE.

Teremos em 15 de Junho, Divaldo Franco e Dr Andrew Powell, psiquiatra inglês do Royal College of Psychiatry, falando sobre o "Sofrimento".

Em Setembro, teremos o casal palestrante do Rio de Janeiro, Ivone e Aloísio Ghiggino. Eles visitarão cinco grupos Espíritas, oferecendo Palestras e Seminários em Londres e em Brighton organizados pela BUSS. Web site: http://www.bussorg.co.uk/

Em outubro, por conta dessas aproximações, o Spirit Release Foundation e a BUSS estão organizando em conjunto, para oito e nove de Outubro, o Seminário de dois dias sobre "Working With Soul in Illness and in Health", evento esse com médicos espíritas da Associação Medico Espírita do Brasil e Internacional e os médicos e palestrantes britânicos.

R: Em que outros países da Europa o Espiritismo está sendo divulgado com boa aceitação?

R: É um trabalho de lenta conquista. As dificuldades e as glorias são as mesmas em toda parte. Penso que de uma forma geral, todos os que aqui residimos e trabalhamos pela divulgação da Doutrina Espírita estamos em igualdade. Divaldo Franco já é um nome conhecido e atrai muitas pessoas novas em todos os paises da Europa. Mas a grande maioria pelo menos no Reino Unido só vem para ouvir a palestra ou participar do Seminário com Divaldo, mas pouquíssimos passam a freqüentar os grupos espíritas.

FR: Qual a maior dificuldade de praticar o Espiritismo fora do Brasil?

R: O solo europeu, falando mais do solo britânico, é ainda manchado pelas lutas sangrentas em nome da cruz. As atrocidades que foram cometidas em nome da RELIGIAO deixaram marcas profundas de geração em geração, difíceis de serem extirpadas. O que temos sentido desde ano passado, 2007, é que através da oferta de palestras e seminários dos estudos científicos da Doutrina Espírita, está havendo uma aproximação de ingleses e assim conseguiremos oferecer o esclarecimento espírita, e depois oferecemos o Evangelho.

FR: Existem muitas divergências em termos de interpretação da mensagem espírita, em sua opinião porque isso ocorre se os ensinamentos espíritas são tão claros?

R: Por falta de esclarecimento. Pessoas que opinam sem sequer ler um livro espírita de boa qualidade ou tentar compreender Kardec. Muitas pessoas, por medo de responsabilidade que dizem que a Doutrina traz, "cobram" de quem é espírita, um comportamento "santificado". Então, por ai só, a pessoa reconhece inconscientemente que a Doutrina Espírita tem um valor inigualável, mas não sabe ela própria disso.

FR: Existem muitos grupos de estudos da Doutrina Espírita no Reino Unido?

R: Atualmente 14 Grupos. Alguns ainda não são membros da BUSS. Um na Escócia já há muitos anos, 12 na Inglaterra e um Estudo do Evangelho no Lar na Irlanda do Norte.

FR: O Inglês está aceitando bem os postulados de nossa doutrina, ou o movimento espírita na Inglaterra ainda é constituído quase que exclusivamente por brasileiros aqui radicados?

R: Constituído na sua maioria de brasileiros freqüentadores e brasileiros dirigentes. Na Inglaterra temos somente uma inglesa que é presidente de grupo, que é Janet Duncan que viveu 30 anos no Brasil. A dirigente da Escócia, do grupo de Edimburgo é portuguesa.

FR: Quais foram as maiores conquistas de sua dedicação ao movimento espírita?

R: Poder me aproximar dos irmãos da Hungria, Estônia, Rep. Tcheca, pelo Esperanto. Permanente contacto com a Bielorússia. Hoje, posso afirmar que uma conquista imensa aqui no Reino Unido foi poder ter alugado dia 18 de Abril de 2008, uma sala para a BUSS, que ate então não tinha endereço fixo. Vejamos que a Espiritualidade nos deu um presente justamente no dia 18 de Abril. Temos planos (por enquanto particulares) de poder colocar uma banca de livros espíritas em todos os idiomas, permanente uma vez por semana, numa das varias Feiras do centro de Londres que se abrem nos finais de semanas. O custo é alto, mas devagar, com os pés no chão, mas sem perda de tempo, haveremos de chegar lá.

FR: Quais são os maiores desafios a conquistar?

R: Que cada grupo tenha seu local próprio com a chave na mão. Sua propriedade, alugada ou não MENSALMENTE. O dia em que cada grupo espírita conseguir ter um local próprio, durante o mês inteiro, podendo realizar tarefas espíritas como desejam, será uma imensa conquista. Por hora, o grupo tem de alugar por hora o espaço do grupo Espírita onde arrumam as salas adequando-as a ser UMA CASA ESPIRITA. Isso só pode acontecer em determinado horário já previamente acertado pelo que pagam caro, mas não tem outro jeito. Ao final devem deixar o espaço como encontraram e sair rapidamente, pois em seguida o mesmo espaço será utilizado por outra instituição.

FR: O que você diria a quem lhe pedisse orientação de obras para iniciar no conhecimento do Espiritismo?

R: Que pudesse adquirir as Obras Básicas e começasse por aquela que lhe chamasse a atenção. E se eu puder opinar, direi: Leia inicialmente O LIVRO DOS ESPIRITOS.

FR: O aborto continua sendo o assunto mais discutido no meio espírita no momento, de que maneira nós espíritas podemos contribuir para evitar esse crime?

R: Esclarecendo com palestras, literatura disponível em muitos idiomas, o que é sempre difícil arranjar tradutores capazes e que sejam simpatizantes aos ensinos espíritas para não haver distorção da informação. Campanhas como se fazem no Brasil, colocar informações mesmo "pagas" em jornais de alta tiragem, ou dos bairros ou Internet. Criar mais paginas espíritas na Internet, para contrabalançar o percentual alto de paginas de péssima qualidade. As pessoas com seus problemas buscam altas horas da noite a Internet como aconselhamento das situações e é onde a web sites de esclarecimento espírita pode saltar na hora certa frente aos olhos da pessoa desesperada para o suicídio ou aborto ou outro.

FR: Porque nos dias de hoje, 2008 anos após Jesus nos trazer suas mensagens de amor e respeito ao próximo, o ser humano ainda não pratica seus ensinamentos?

R: Por ignorância das leis Divinas. Por timidez e preguiça de conhecer a filosofia de Jesus que é a melhor terapia que se tem para oferecer. Por querer que tudo aconteça rapidamente, e muitos buscam os pseudo-médiuns incapacitados para pseudo-resolução dos seus problemas... e frustrados, se desinteressam ainda mais pela religação com Deus.

FR: Quais seus projetos para o futuro?

R: Conseguir montar uma banca de livros espíritas em todos os idiomas permanentemente no Centro de Londres. Seria nos finais de semanas, onde se poderiam distribuir informações espíritas, o "Get to Know Spiritism" que o CEI já publicou a tradução para 22 idiomas. Oferecer o dialogo a quem desejar, e esclarecimentos a quem estiver pedindo, alem da lista de endereços de Grupos Espíritas de UK e dos paises da Europa e outros, já que Londres é um corredor internacional de todas os idiomas.

FR: Elsa Rossi, o Francisco Rebouças - Espiritista, está apoiando a campanha Onde estão as crianças filhas de pais espíritas? Vamos evangelizar os "pequeninos"? Que visa o incentivo da evangelização infantil no Estado do Rio de Janeiro, e, temos recebido muitas informações do Brasil todo de que muitas casas espíritas que não tinham esse trabalho começaram a partir de nosso incentivo. Existe esse trabalho de evangelização da infância e juventude na Inglaterra?

R: Desde 2005 em UK existe um trabalho de conscientização da necessidade das Casas Espíritas oferecerem a Evangelização infanto-juvenil. A BUSS oferece todos os sábados desde então, das 14 às 17 horas, educação moral crista para as crianças. Aqui não chamamos Evangelização Infantil, mas Chilrem Moral Development. Claudia Werdine da Áustria vem desde o ano passado realizando Seminários em Londres e em vários paises da Europa esclarecendo e auxiliando os grupos espíritas a instalarem o programa para as crianças e jovens, estimulando com palestras, aos pais, para que tragam seus filhos. Uma beleza. A Revista eletrônica de londrina, "O Consolador" traz sempre essas informações.

FR: Elsa Rossi, o que você gostaria de ter respondido e que não te perguntamos?
R: Penso que vocês tiveram um bom critério nas perguntas, sem polêmicas ou desnecessárias indagações. Parabéns pelas questões.

FR: Estaremos sempre à disposição para colaborar na divulgação do que for necessário em prol do crescimento da Doutrina Espírita, fique à vontade para nos contatar sempre que desejar.

R: Milhões de graças pela oportunidade. Falar bem sobre o Movimento Espírita é algo muito bom.

FR: Para encerrar, gostaríamos que você deixasse registrada sua mensagem a toda família espírita brasileira, através do Francisco Rebouças - Espiritista.

R: Meus amigos, A aurora desponta todas as manhãs, com as novidades de que foi portadora à noite, dos sonhos e planos de que não decodificamos imediatamente, mas sabemos que na atualidade, os nossos braços não podem ficar cruzados frente à necessidade moral, espiritual e material de nosso próximo. Se não podemos salvar nossos irmãos dos horrores da fome na África, ou as dores na guerra no oriente médio, ou na Ásia, que façamos o cobertor ao pequenino da Creche da esquina, do bairro próximo, da cidade vizinha, e que possamos auxiliar as campanhas contra o aborto, o abuso infantil, contra drogas, amando e esclarecendo o drogado, não o isolando, mas trazendo-o para mais perto, caminhar com ele, sem o desprezar porque ele torna a cair, mas levantá-lo tantas quantas vezes nos seja necessário. Que possamos auxiliar qualquer instituição que faça o bem, mesmo que não seja a nossa Casa Espírita no momento. Todo e qualquer programa no bem, leva nos ao caminho com Jesus. Enfim, se aqui no Reino Unido não temos as necessidades materiais para cobrir, temos as piores necessidades morais, a falta de amor é muito grande, as famílias estão destituídas de moralidade, e o sofrimento e a descrença espiritual arrombaram as portas de muitos corações.

Seja onde for que estejamos por florescer, estejamos de mãos dadas com Jesus, procurando fazer o que Ele faria em todas as situações, criando com pequenas sementes de amor, um imenso e perfumado jardim de Paz na Terra.

FR: Agradecemos a Elsa Rossi, pela gentileza em atender a nossa solicitação para esta entrevista, e rogamos ao Mestre de Nazaré que a guarde em sua paz, hoje e sempre.

Francisco Rebouças

A Vingança

Considerações iniciais sobre a vingança

Em mais uma de suas esclarecedoras lições, trazidas ao nosso conhecimento a través da psicografia de Divaldo Pereira Franco, a benfeitora Joanna de Ângelis nos instrui sobre a ação maléfica da vingança sobre nosso vaso físico, com repercussão no espírito imortal que somos.

Começa dizendo que quando algo perturbador acontece, gerando sofrimento ao indivíduo, a sua imaturidade psicológica se sente ameaçada, por algo muito forte, que mesmo raciocinando conscientemente, não consegue se desvincular das manifestações desconhecidas que traz, armazenadas em seu inconsciente, a lhe exigir reparação, desforra, e até mesmo a aniquilação do seu opositor.

Inicia-se então neste instante, uma acirrada disputa entre o seu lado racional, procurando resistir a esse tipo de atitude, por identificar essa falha do caráter, e o seu lado irracional, revestido de toda sua bagagem sombria de manifestações inesperadas, e inconseqüentes, desconhecida da personalidade do indivíduo que lhe aflora, armando verdadeiras ciladas, atirando o ser nos despenhadeiros da vingança de conseqüências funestas.

Esses impulsos doentios, emergem de áreas desconhecidas do ego, que não conseguem identificação com o Ser espiritual e induze-o, a um trabalho de desenvolvimento perseverante da odiosidade, instaurando-lhe no imo, a revolta e o desconforto ante o opositor que se lhe apresenta como um perigo constante para sua segurança, merecendo por isso ser destruído.

O fenômeno ocorre, tanto individualmente com as pessoas como com as Nações, dando nesse caso ensejo ao desencadeamento das guerras nefastas e hediondas, que prejudicam gerações deixando seqüelas lastimáveis em suas vítimas.

No indivíduo, esse comportamento provoca o perverso mecanismo conflitivo, que o leva ao desespero, e mesmo quando o outro já não mais lhe representa perigo algum, mesmo depois de se render ou ser aniquilado, os efeitos desastrosos da vingança não desaparecem frustrando a quem aparentemente estaria vitorioso.

Ação danosa da vingança

Invariavelmente neurótico, o enfermo indivíduo que assim age, vitimado quase sempre pela repressão sexual infantil ou, dominado pela sede do poder e da ambição, vive a competir com os demais, os quais passa a invejar por se encontrarem em melhores situações psicológicas que a dele, podendo em certos casos até aceitá-los enquanto os manipulam, tirando dessa forma proveito da situação, até que se ergam, quando então mostram suas garras nas lutas com os recursos da tirania e da insensatez. A vingança é transtorno neurótico soez, que liberta do inconsciente as forças desordenadas que jazem aí adormecidas, irrompendo com ferocidade e ligeireza sob o estímulo do aniquilamento do inimigo.

Curioso é notar, que o inimigo não é aquele que se torna combatido, mas o inconsciente transfere dos refolhos d’alma a inferioridade do seu Ser, que é inimigo do progresso, do bem, da ordem, para atirar noutrem, em fenômeno de projeção e que guarda internamente, detestando-o.

Ao armar-se de calúnia e de outros mecanismos de perseguição, contra aquele a quem odeia, está realizando uma luta inconsciente contra si mesmo, pois que está apenas projetando o lado escuro e sombrio da sua personalidade que se lhe mantém preso à ignorância.

Fixa-se no adversário com implacável disposição de conseguir a sua extinção, do que para ele dependerá sua liberdade a partir desse momento em diante. Assim transtornado aplica-se com empenho em emitir ondas deletérias contra o outro, estabelecendo uma comunicação psíquica, se encontra receptividade em quem lhe padece a perseguição, que termina por minar as forças daquele que considera seu opositor.

Além da inferioridade moral que tipifica o vingador, o seu primarismo emocional elabora razões ponderadas que são arquitetadas pala mente em desalinho, para justificar o prosseguimento da façanha, nascidas no inconsciente pessoal profundo, que remanescem de outras existências no Eu profundo do Ser, quando se desarmonizou com o opositor que ora enfrenta e desafia para o duelo covarde.

Em outras oportunidades, em que sua inferioridade se projeta, e não se sente devidamente capaz de competir contra valores significativos que não possui, cultiva internamente a antipatia que se avoluma a cada dia, transformando-se em fúria incontrolável que somente se aplaca quando está lutando contra aquele que o atormenta mesmo que este não saiba, que nada tenha contra ele, pois que até ignora a situação infeliz de seu oculto adversário.

Se por acaso, tiver a oportunidade de se harmonizar com o inimigo, não o perdoa interiormente, embora, seja na verdade, o maior merecedor de perdão ruminando o que considera sua derrota, até encontrar novos argumentos para dar prosseguimento à sanha doentia de vingança, impelido pela sua libido atormentada.

Aqueles que se apóiam em mecanismos vingativos sempre foram vitimas de repressão infantil e juvenil, sentiram-se desprezados pelo grupo social e transferem agora suas frustrações para quaisquer outros, desde que isto lhes transformem em pessoas portadoras de poder e ambiciosos dirigentes de qualquer coisa, em que a personalidade doentia passa a ser homenageada, fruindo de destaque, embora a conduta esquizóide, maneirosa, falsamente humilde, ou pretenciosamente dominadora.

Conseqüências prejudiciais da vingança

Os indivíduos que assim procedem, levados pelo sentimento desequilibrado e doentio da vingança, estarão sempre sujeitos a esgares ou convulsões epilépticas, ou mesmo a simples ausências, tornando-se personalidades psicopatas perigosos, traiçoeiras, que sabem simular muito bem os sentimentos íntimos e urdem planos macabros sob o açodar da psique ambivalente, doentia, e com predomínio da faceta mórbida.

Ação salutar de combate

Todo um trabalho psicoterapêutico, deve ser utilizado como proposta de recuperação para pacientes dessa natureza, remontando a uma psicanálise que lhe chegue à infância, de forma a erradicar pela catarse os traumas e conflitos arraigados, procurando assim alterar-lhe a conduta pessoal com base em novos valores que lhes serão apresentados de maneira afável e duradoura, não raro com a ajuda também de terapia psiquiátrica para a remoção de possíveis extratos epilépticos ou esquizofrênicos, que se fazem necessitados de fármacos e barbitúricos específicos.

Ação eficaz do Amor

O amor, que tudo fazem para não desenvolver, é-lhes de grande valia, embora reajam inicialmente com desconfiança, e ambivalência de conduta, gera no enfermo um clima de simpatia e amizade, normalmente difícil de ser estruturada, em razão dos muitos tormentos que o avassalam. Pois todos sabemos que só amor cobre a multidão de pecados.

No Capítulo XII do Evangelho Segundo o Espiritismo, Instruções dos Espíritos, item 9 A Vingança, o Espírito Júlio Olivier, nos esclarece: “Ah! o covarde que se vinga, é assim cem vezes mais culpado do que o que enfrenta seu inimigo o insulta em plena face”.


E continua; “Fora, pois com esses costumes selvagens! Fora com esses processos de outros tempos! Todo espírita que ainda hoje pretendesse ter o direito de vingar-se seria indigno de figurar por mais tempo na falange que tem como divisa: Sem caridade não há salvação! Mas, não, não posso deter-me a pensar que um membro da grande família espírita ouse jamais, de futuro, ceder ao impulso da vingança, senão para perdoar”.


Francisco Rebouças.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Estudando o Evangelho

Pelas suas obras é que se reconhece o cristão
“Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus.” Escutai essa palavra do Mestre, todos vós que repelis a Doutrina Espírita como obra do demônio. Abri os ouvidos, que é chegado o momento de ouvir.Será bastante trazer a libré do Senhor, para ser-se fiel servidor seu? Bastará dizer: “Sou cristão”, para que alguém seja um seguidor do Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. “Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má pode dar frutos bons.” — “Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.” São do Mestre essas palavras. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Que frutos deve dar a árvore do Cristianismo, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com sua sombra uma parte do mundo, mas que ainda não abrigam todos os que se hão de grupar em torno dela? Os da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e de fé. O Cristianismo, qual o fizeram há muitos séculos, continua a pregar essas virtudes divinas; esforça-se por espalhar seus frutos, mas quão poucos os colhem! A árvore é boa sempre, porém maus são os jardineiros. Entenderam de moldá-la pelas suas idéias; de talhá-la de acordo com as suas necessidades; cortaram-na, diminuíram-na, mutilaram-na; tornados estéreis, seus ramos não dão maus frutos, porque nenhuns mais produzem. O viajor sedento, que se detém sob seus galhos à procura do fruto da esperança, capaz de lhe restabelecer a força e a coragem, somente vê uma ramaria árida, prenunciando tempestade. Em vão pede ele o fruto de vida à árvore da vida; caem-lhe secas as folhas; tanto as remexeu a mão do homem, que as crestou.Abri, pois, os ouvidos e os corações, meus bem-amados! Cultivai essa árvore da vida, cujos frutos dão a vida eterna. Aquele que a plantou vos concita a tratá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância seus frutos divinos. Conservai-a tal como o Cristo vo-la entregou: não a mutileis; ela quer estender a sua sombra imensa sobre o Universo: não lhe corteis os galhos. Seus frutos benfazejos caem abundantes para alimentar o viajor faminto que deseja chegar ao termo da jornada; não amontoeis esses frutos, para os armazenar e deixar apodrecer, a fim de que a ninguém sirvam. “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos.” É que há açambarcadores do pão da vida, como os há do pão material. Não sejais do número deles; a árvore que dá bons frutos tem que os dar para todos. Ide, pois, procurar os que estão famintos; levai-os para debaixo da fronde da árvore e partilhai com eles do abrigo que ela oferece. — “Não se colhem uvas nos espinheiros.” Meus irmãos, afastai-vos dos que vos chamam para vos apresentar as sarças do caminho, segui os que vos conduzem à sombra da árvore da vida.

O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não passarão: “Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; entrarão somente os que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus.” Que o Senhor de bênçãos vos abençoe; que o Deus de luz vos ilumine; que a árvore da vida vos ofereça abundantemente seus frutos! Crede e orai. — Simeão. (Bordéus, 1863.)

Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, item 16.

Francisco Rebouças

sábado, 16 de agosto de 2008

Mensagens espirituais

Repete a lição equivocada, sem qualquer mágoa.
A aprendizagem dispõe de várias técnicas para fixar o conhecimento.

A do “erro e do acerto” constitui a mais comum e normal.

Na área dos acontecimentos morais o processo ocorre da mesma forma.

Erro de hoje, reparado mediante a repetição da experiência, aprendizagem fixa para sempre.

Livro. Vida Feliz
Divaldo Pereira Fraco/Joanna de Ângelis


Francisco Rebouças

Os Trabalhos espirituais da Casa Espírita exigem comportamento digno dos tarefeiros

É muito importante, que nós espíritas, estejamos cientes da importância da nossa participação no equilíbrio fluídico da instituição que freqüentamos. Pois, as atividades espirituais que ali são realizadas, muito dependem da nossa participação efetiva com disposição, boa vontade, preparo e trabalho incessante no aperfeiçoamento individual e coletivo, para que alcancemos êxito e mereçamos cada vez mais a companhia e confiança do mundo espiritual.

Incontáveis são as instruções que os Espíritos Superiores nos transmitem, nas diversas obras espíritas com a finalidade de nos ajudar a crescer, amar e servir, sempre mais e melhor, e, dentre elas, trazemos as instruções do querido Benfeitor Adolfo Bezerra de Menezes que abaixo transcrevemos.

Bezerra fala sobre o Ambiente do Centro Espírita

“Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus freqüentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passa-tempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detentos da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o levará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida. Somente esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas, serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer”. 1

Assim sendo, precisamos ter os devidos cuidados com as vibrações que disseminamos pelos diversos ambientes da nossa Casa Espírita, procurando participar com alegria e dignidade dos trabalhos realizados sob a inspiração e comando dos Amigos do invisível, mantendo o desejado equilíbrio emocional, cedendo nossos melhores fluidos, tornando-nos instrumentos úteis aos variados e delicados trabalhos que ali se processam.

Seja na tarefa da mediunidade de cura dos enfermos que buscam o auxílio espiritual das casas espíritas para suas enfermidades, seja na tarefa de conversar com as entidades desencarnadas sofredoras, ou ainda na sublime oportunidade de falar da consoladora mensagem espírita através da oratória, precisamos demonstrar principalmente, preparo e fé para estarmos aptos a captar e transmitir pela inspiração que nos serão dadas pelos instrutores espirituais os melhores recursos para a eficácia da tarefa a nós confiadas.

Precisamos ouvir a advertência dos Emissários Celestes da espiritualidade esclarecida que nos recomendam, o máximo respeito nas assembléias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a indisciplina, a maledicência a intriga, o comércio, o barulho e as atitudes menos dignas de qualquer jaez.

Quando não procedemos conforme nos instruem os Celestes Emissários, estamos nos sujeitando a atrair para tais atividades, e, portanto, para a nossa instituição bandos de entidades hostis, malfeitoras e ignorantes do invisível, que virão interferir de forma negativa nos trabalhos ali realizados, pois, os Espíritos Benfeitores não participam de atividades frívolas nem de ambientes incompatíveis com a prática da verdadeira caridade.

1) Do Livro “Dramas da Obsessão”, de Bezerra de Menezes, psicografado por Ivone A.Pereira - Editado pela FEB .
Francisco Rebouças

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Entrevistas

Prezados amigos, é com alegria que trazemos para o conhecimento de todos a entrevista que nos foi concedida por Rita Côre, dedicada trabalhadora da SEARA espírita.

Entrevista


Prezada amiga Rita de Cássia Garcia Côre, queremos inicialmente agradecer-lhe pela gentileza em nos atender para essa entrevista que será exibida em Francisco Rebouças Espiritista e no Portal do Espiritismo.

1) Amiga Rita, como aconteceu o seu encontro com a doutrina espírita?

R: Na década de 70, já me interessava pelo assunto. Porém, apenas em 1980 comecei a freqüentar Centros Espíritas. Aliás, a essa altura já havia lido as obras da Codificação e estava conhecendo a série André Luiz. Até que, nos intervalos da vida profissional, pude participar de um grupo de estudos na SEF. Por poucos meses. Passei ainda pela antiga FEERJ e em curto espaço de tempo encontrei a UMEN! Fui, por alguns anos, simples freqüentadora das reuniões públicas, variando o horário (2ª, 3ª e 5ª), conforme os compromissos nas escolas e Secretaria de Educação. Naquele tempo, dava 62 aulas por semana...

2) Como e porque se deu sua ida para Laje do Muriaé?

R: Vivi 26 anos em Niterói. Minha cidade de eleição! Mas após a aposentadoria no Instituto Abel e na Secretaria de Educação, por ter raízes em Laje (história, familiares casa e chácara), optei por uma vida mais próxima da natureza.

3) Que funções você exerce na atualidade no movimento espírita?

R: Participo de eventos, de congressos, como palestrante; além de estar sempre em contato com o Movimento, em visita aos Centros, coordenando estudos. Nessas viagens faço um “circuito” pelos estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Não só realizo palestras, mas ouço, participo, aprendo. Acho muito importante que “quem fale ouça”, para aprender com os confrades (ou não). É fundamental não se prender a uma posição exclusiva e estanque. Um dos maiores prazeres que tenho, nos eventos de que participo, é poder descobrir com os companheiros de Doutrina o resultado de seus estudos.

4) Como começou sua ligação com o Centro Espírita Joanna de Angelis?

R: Quando cheguei a Laje, o CEJA tinha sido fundado há alguns anos. Estava construindo sua sede. Ainda com poucos adeptos. A característica do Centro é ter nascido de um grupo de estudos. Isso é bom, pois o fenômeno é investigado dentro dos parâmetros da Codificação, não se constituindo fonte de espanto ou oportunidade para exibições mediúnicas.

5) Como está o movimento espírita na sua Cidade?

R: A cidade tem uma população de aproximadamente 7000 habitantes! Igreja Católica atuante, além de templos evangélicos. Daí se depreende que tivemos algumas dificuldades. Hoje os espíritas somos respeitados, embora poucos. A casa tem uma freqüência média de 18 a 20 pessoas nas reuniões públicas, embora cerca de 40 lajenses se digam espíritas...

6) E na Região como um todo?

R: A nossa região corresponde ao 1º CEU que reúne 10 municípios: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula e Santo Antônio de Pádua. São 23 Centro Espíritas. Há iniciativas constantes no sentido da unificação e capacitação de trabalhadores. Temos dois eventos anuais importantes. Um, que tem pólos em vários pontos do Estado, já conhecido, que é a COMEERJ e outro, de nossa região, a SENOF (Semana Espírita do Noroeste Fluminense). Realiza-se em julho. Neste ano teremos a 50ª SENOF! Maiores informações sobre o 1º CEU encontram-se em http://www.ceunoroeste.org.br/

7) Quais as maiores dificuldades de se divulgar e praticar o espiritismo nas cidades do interior do estado?

R: Muitos núcleos espíritas do interior surgiram na primeira metade do século XX e se iniciaram com uma prática medianímica empírica. Poucos companheiros tinham a devida formação teórica. Não havia tradição de estudo. A principal dificuldade está justamente em dar uma nova direção a determinadas Casas, em relação à necessidade do ESDE e à capacitação continuada, para vencer uma mentalidade mágica que não se coaduna com a Doutrina Espírita. Porém, o 1º CEU tem trabalhado bastante nesse sentido. O progresso é visível. A outra dificuldade que enfrentamos é a distância geográfica dos municípios. Nem sempre é possível reunir todos os responsáveis pelas atividades das Casas Espíritas.

8) Existem muitas divergências em termos de interpretação da mensagem espírita, em sua opinião porque isso ocorre se os ensinamentos espíritas são tão claros?

R: Há divergências, sem dúvida. Ocorrem por falta de estudo bem orientado, sistematizado. E por que não dizer, devido ao velho “personalismo”. As discussões ditas doutrinárias, na verdade, se devem ao desconhecimento da Doutrina! Contraditório? Sim, mas é fato. No entanto, vêm diminuindo entre aqueles de “boa vontade”. A mensagem espírita é clara, claro! Mas só para os que se dispõem a conhecê-la. Daí as mentes enevoadas...

9) Existem outros grupos de estudos da doutrina espírita na cidade de Laje do Muriaé?

R: Não. A cidade é pequena...

10) Existe muita dificuldade em se convencer os companheiros a estudarem a doutrina nos grupos de estudos das casas espírita, em sua opinião porque isso acontece?

R: Por falta de preparo! Não há tradição de leitura no Brasil. Por outro lado os coordenadores de Grupos de Estudo precisam buscar recursos que prendam a atenção dos que procuram aprender. Para tanto, deveriam se capacitar de forma mais integral. Isto é, Espiritismo implica domínio de outros saberes, como História e Filosofia. Um coordenador de grupo é como um professor no sentido moderno da palavra: um facilitador, um dinamizador. Há de ter um conhecimento associado ao espírito evangélico para atingir também os corações. Em contrapartida, existem os “resistentes” ao estudo, porque acham que já “sabem a Doutrina”. Nesse grupo, infelizmente, encontram-se alguns médiuns invigilantes. Quem diz que sabe é pseudo-sábio, logo... É urgente reajustar as antenas!


11) Como você viu a derrota da Lei que aprovaria o crime pelo aborto?

R: A Providência Divina oferece ao homem uma despensa com as provisões necessárias para a alimentação do BEM na Terra. Mas é necessário saber abri-la, com participação e esforço na construção de um mundo melhor. Foi assim: os bons descruzaram os braços e foram à luta!


12) Queremos parabenizá-la e a todos os outros responsáveis pela iniciativa do blog do Centro espírita Joanna de Angelis na internet, o que nos possibilitou tomar conhecimento do que está acontecendo aí e em toda a região, de quem foi essa feliz iniciativa?

R: De uma das Coordenadoras da Mocidade: Thalyta Fernandes Martins, com o apoio de uma velha tia que não fica velha.

13) Com a sua volta para a região, e o excelente trabalho desenvolvido por você e seus companheiros do C.E.J.A., houve crescimento de adeptos da doutrina espírita na cidade?

R: Da palavra, do gesto, do exemplo surgem laços de afeto, rastros de luz que vêm do “mundo maior!” Basta que nos coloquemos como instrumentos de fato. Aí, o Espírito sopra! No CEJA somos uma equipe, a trabalhar em nome da Doutrina. O segredo está aí. Por isso os adeptos chegaram. Eram cinco, hoje somos 20. Todos os tarefeiros estudam e participam das reuniões públicas. Não contei os que não são assíduos!

14) Quais foram as maiores conquistas de sua dedicação à causa espírita?

R: Alegria, convicção. Só consegue manter a alegria íntima (relativa, é claro) quem trabalha a si mesmo através do outro. Estamos interligados. Quanto mais me dedico ao Espiritismo mais me conscientizo do quanto tenho de aprender. Tudo caminha, caminha... e caminhando com o Espiritismo, fico mais perto de Jesus. Oh, Deus! E não é maravilhoso?

15) Quais são os maiores desafios a conquistar?

R: O maior desafio do homem é conhecer a si mesmo, para descobrir Deus e se descobrir sempre Vida, que é eterna. Não por princípios religiosos, mas por razões naturais. Sou parte dessa humanidade.

16) O que você diria a quem lhe pedisse orientação de obras para iniciar no conhecimento do espiritismo?

R: Muita gente começa pelos romances. Se for o caso, que sejam os de Emmanuel ou de André Luiz. Mas a iniciação verdadeira se dá com O Livro dos Espíritos. É difícil? Pura lenda. Então vamos aprender a ler! Vamos estudar em grupo na Casa Espírita, para que nos ajudemos uns aos outros. Sem embasamento doutrinário, os melhores romances podem não atingir seus objetivos. Nos dias atuais é imprescindível alertar os novos leitores sobre a “avalanche” de obras mediúnicas fantasiosas. Em termos de escritos psicografados, se tivermos tempo nesta encarnação para ler as obras que nos chegaram através de Chico, Dona Ivonne, Divaldo, José Raul... Nossa! Que vitória! Mas acima de tudo: Codificação, codificação, codificação...

17) Porque nos dias de hoje, 2008 anos após Jesus nos trazer suas mensagens de amor e respeito ao próximo, o ser humano ainda não pratica seus ensinamentos?

R: Por atraso, inerente ao estágio em que alguns estão por natureza e outros por teimosia! Precisamos aprender primeiro a nos respeitar. O orgulho torna o homem cego, como terá, então, olhos de ver?

18) Quais seus projetos para o futuro?

R: Construí-lo através de um presente bem vivido. O mais virá por acréscimo. O momento é agora. A cada dia seu cuidado!

19) Rita Core, o Portal do espiritismo, lançou há bastante tempo a campanha Onde estão as crianças filhas de pais espíritas? Vamos evangelizar os "pequeninos"? Visando incentivar a evangelização infantil no Estado do Rio de Janeiro, e, temos recebido muitas informações do Brasil todo de que muitas casas espíritas que não tinham esse trabalho começaram a desenvolvê-lo partir de nosso incentivo. Existe esse trabalho de evangelização da infância além do que já é feito com a mocidade aí em Laje do Muriaé?

R: A Evangelização Infantil em Laje sempre existiu, mas é como rio no nordeste: às vezes desaparece! Somos poucos freqüentadores e poucos tarefeiros. Todos os filhos dos freqüentadores passam pela Evangelização.Crescem, vão para a Mocidade. Depois, literalmente, se casam e se mudam para as cidades grandes! Já tivemos, como temos ainda, crianças que não possuem pais espíritas e são levadas ao Centro por parentes e vizinhos. De qualquer forma é sempre gratificante.

20) Rita Côre, do que você gostaria de ter falado que não te perguntamos?

R: De gratidão. Não há outra palavra para expressar o que sinto pela UMEN. Os primeiros passos na Doutrina Espírita são fundamentais. Representando a instituição e todos os amigos que me são caros, eis um nome: Miguel Tavares de Gouvêa! E gratidão é amor. Obrigada, obrigada!

21) Para encerrar, gostaríamos que você deixasse registrada sua mensagem a toda família espírita brasileira, através do Portal do Espiritismo e de O Espiritista.

R: O Espiritismo nos ensina que a reencarnação amplia laços de afeto. Também os ideais nobres nos unem. Conhecemo-nos antes? Que importa? Somos todos irmãos. Eis a família. Estamos juntos agora. Mas para estar juntos é preciso participar. Que nenhum membro da nossa família fique em casa “vibrando” para os que estão na Casa Espírita! Vá lá, coragem. A hora é esta!

Agradecemos a amiga Rita Côre, pela gentileza em atender nosso convite para esta entrevista, e rogamos ao Mestre de Nazaré que a guarde em sua paz, hoje e sempre.

Nossos endereços eletrônicos são:


sábado, 9 de agosto de 2008

Nosso muito obrigado definitivo, ao movimento espírita brasileiro!

Caros amigos, em fevereiro deste ano, lancei meu apelo aos amigos estudiosos do noso movimento espírita, para que definitivamente, todos pudessem analisar e se posicionar sobre a maneira de como os médiuns deveriam se portar à frente do irmão que nos procura em nossa Instituição Espírita para receber os benefícios do passe. ( Matéria transcrita abaixo).

Isso porque, um artigo publicado por um revista semanal de espiritismo, trazia a informação, de que em um certo estado brasileiro a Federação Espírita desse estado, há mais de 30 anos ensina que na tarefa do passe, os médiuns devem simplesmente esterderem suas mãos sobre a pessoa que estiver sentada à sua frente como sendo a postura correta do passista, o que absolutamente não concardávamos, conforme argumentos que tornamos público através de pesquisa que empreendemos sobre o tema.

Hoje, posso afirmar com alegria no coração de que os mais de 130 e-mails que recebemos de todo o Brasil e até do exterior, nos confirmaram que estávamos certos quanto ao nossos entendimeno e não recebemos nenhum e-mail contrário aos argumentos apresentados em nossa pesquisa, elaborada exclusivamente na codificação do espiritismo e nas obras de reconhecido conteúdo doutrinário.

Dessa forma, venho de público agradecer o maciço apoio de todos e as palavras de incentivo, que recebemos com muita humildade, pois, nada mais fizemos que apresentar os argumentos sobre o tema contidos nas obras dos Espíritos Superiores.

Muitos desses irmãos que anteriormente agiam dessa forma de dar passes, nos informam que já deixaram essa maneira inadequada para se utilizarem do modo mais correto que é justamente com o movimento das mãos, conforme prova a matéria da pesquisa constante do endereço que segue:
http://www.evangelho.espiritismo.nom.br/Artigos/Obra.asp?Id_Texto=569&Autor=José%20Francisco%20Costa%20Rebouças&Id_Autor=1

Que Jesus nos guarde a todos em sua paz, e que cada vez mais possamos estar dispostos a serví-lo com disposição, boa vontade e conhecimento, para mais e melhor nos tonarmos instrumentos de seu amor na Terra.

Saudações a todos
Francisco Rebouças.


Convocação


Prezados companheiros de ideal espírita, em vista do recente artigo vinculado na página de O Consolador Revista Semanal de Divulgação Espírita, venho propor ao movimento espírita que definitivamente se possa dar uma versão final para o assunto da atitude dos médiuns na atividade do passe.

Pois, lendo o texto daquela conceituada revista e comparando com outras tantas informações que a doutrina nos traz ao conhecimento, resolvi pedir a ajuda dos queridos amigos estudantes da doutrina espírita, para que analisemos as diversas informações constantes no artigo da referida revista, em comparação aos apontamentos de nós outros que não agimos e nem concordamos com essa postura, para se estivermos sem razão, passarmos a adotar todos os procedimentos ali propostos, e se o contrário acontecesse, da mesma forma os amigos partidários da citada corrente espírita, fizesse o mesmo.

Não viso outro objetivo que não o de esclarecer-me e ter total segurança de estar passando a informação da maneira mais correta possível, a tantos quantos adentram as casas espíritas, particularmente na que laboro, justamente nessa área, do estudo e do esclarecimento nos diversos grupos de estudos existentes em nossa casa espírita.

Como aprendiz que sou, interessado em tirar minhas dúvidas, para não admitir teorias falsas, conforme os conselhos do Codificador quando nos alertou: "Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea." Livro dos Médiuns - Cap. XX, item 230", venho apresentar os argumentos que me sustentam contrário a essa postura definida como a mais correta pelo artigo da mencionada revista espírita.

Do artigo em pauta, retirei apenas este pequeno trecho para análise:

"O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as mãos de Jesus”.

Lendo esse trecho, gostaria de perguntar: em que evangelhos estão narradas essas práticas de imposição das mãos por Jesus?

Um espírito da Elevação Moral de Jesus precisaria se utilizar do recurso da imposição das mãos para fazer uma cura qualquer?

No artigo anexo, apresento as minhas pesquisas sobre o assunto, reiterando mais uma vez que não me “intitulo conhecedor ou dono da verdade”, apenas tenho o direito de perguntar onde estão os fundamentos das coisas certo? Pois, bem sei que da verdade me encontro ainda muito distanciado.

Espero a devida colaboração dos companheiros de ideal espírita, para juntos, seguirmos cada vez mais unidos e esclarecidos sobre a digna mensagem espírita para que possamos atender ao conselho de Emmanuel quando nos diz:

“(...) Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”

1) Livro dos Médiuns - Cap. XX, item 2302) Livro “Estude e Viva”Ditado pelos Espíritos: Emmanuel e André Luiz; Psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira – Cap. 40 Socorro oportuno.

Saudações,

Francisco Rebouças.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ave, espiritismo!

Nesta quinta-feira, 29/05/08, a UMEN – União da Mocidade Espírita de Niterói viveu uma noite de festa. A expectativa de todos por receber a nossa querida convidada era muito grande, pois, depois de sua mudança para a sua cidade natal Laje do Muriaé, fazia já muito tempo que não tínhamos a oportunidade de recebê-la e abraçá-la em nossa casa que é também a sua casa. Mas na hora aprazada eis que surge ela RITA CÔRE, nossa amiga estampando como sempre seu sorriso contagiante com que a todos saúda, transmitindo sua marca pessoal, a alegria e confiança em Deus.

Após os cumprimentos a tanta gente que fazia questão de abraçá-la, finalmente chegou a hora de ouvir mais uma palestra de alguém a quem nos acostumamos ouvir com a tenção num outrora inesquecível. Rita falou com conhecimento de causa do tema: O Papel da família na moralização da sociedade, onde exaltou com muita propriedade e riqueza de detalhes, a importância da família na vida do Ser Imortal que somos.
Após a excelente abordagem do tema a ela proposto, Rita fez uso do seu amigo inseparável, o violão para nos abençoar com sua voz suave e afinada, e as lindas canções que nos fizeram recordar os tempos em que acompanhávamos em coro cantando com ela, as melodias edificantes em noites de estudos que terminavam sempre em festa, ao som do violão de Rita Côre.

Resta-nos agradecer a Deus, a Jesus, aos Bons Espíritos, e finalmente à nossa Rita Côre por mais este banquete de luz para os nossos espíritos emocionados, e, desde já acertar sua volta se Deus assim nos permitir, para o próximo mês de novembro de 2008, que ficaremos a aguardar com mesma expectativa.

Francisco Rebouças

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Páginas Edificantes

OBREIROS A TENTOS
“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, esse tal será bem-aventurado em seus feitos." - TIAGO, 1 :25.

O discípulo da Boa Nova, que realmente comunga com o Mestre, antes de tudo compreende as obrigações que lhe estão afetas e rende sincero culto à lei de liberdade, ciente de que ele mesmo recolherá nas leiras do mundo o que houver semeado. Sabe que o juiz dará conta do tribunal, que o administrador responderá pela mordomia e que o servo se fará responsabilizado pelo trabalho que lhe foi conferido. E, respeitando cada tarefeiro do progresso e da ordem, da luz e do bem, no lugar que lhe é próprio, persevera no aproveitamento das possibilidades que recebeu da Providência Divina, atencioso para com as lições da verdade e aplicado às boas obras de que se sente encarregado pelos Poderes Superiores da Terra.

Caracterizando-se por semelhante atitude, o colaborador do Cristo, seja estadista ou varredor, está integrado com o dever que lhe cabe, na posição de agir e servir, tão naturalmente quanto comunga com o oxigênio no ato de respirar.

Se dirige, não espera que outros lhe recordem os empreendimentos que lhe competem. Se obedece, não reclama instruções reiteradas, quanto às atribuições que lhe são deferidas na disposição regimental dos trabalhos de qualquer natureza. Não exige que o governo do seu distrito lhe mande adubar a horta, nem aguarda decretos para instruir-se ou melhorar-se.
Fortalecendo a sua própria liberdade de aprender, aprimorar-se e ajudar a todos, através da inteira consagração aos nobres deveres que o mundo lhe confere, faz-se bem-aventurado em todas as suas ações, que passam a produzir vantagens substanciais na prosperidade e elevação da vida comum.

Semelhante seguidor do Evangelho, de aprendiz do Mestre passa à categoria dos obreiros atentos, penetrando em glorioso silêncio nas reservas sublimes do Celeste Apostolado.

Livro
Fonte VivaChico Xavier/Emmanuel.
Francisco Rebouças

sábado, 2 de agosto de 2008

O Respeito e a valorização da moral

O homem de bem, enfrenta na atualidade, um momento bastante delicado em que se vê, muito desencorajado, a seguir os princípios da boa convivência com seu semelhante, sem a aceitação dos abusos absurdos cometidos hoje em dia, de forma quase que natural por uma esmagadora maioria de criaturas, e, cada vez mais se sente deslocado no meio social em que se movimenta.

Isto porque, enfrenta diariamente as atitudes desrespeitosas das criaturas que não se contentam em serem mal educadas, grosseiras, indelicadas etc., e querem também de todas as formas arrastar para seu lado os que não comungam de suas idéias e atitudes, muitas das vezes de forma rude e até mesmo agressiva.

Todos os que com eles não concordarem, passarão por isso mesmo, a serem perseguidos e provocados de diversificadas formas, forçados mesmos a se recolherem em seus aposentos para não sofrerem discriminações, azedumes, ou se sujeitarem a ouvir até mesmo palavrões dos mais variados tipos.

São esses mesmos, que vivem em passeatas, gritando por direitos de que se acham merecedores, que ao voltarem da demonstração pública de que são bons cidadãos, retornam aos costumeiros abusos e desrespeitos aos direitos dos outros.

Chegam a tal ponto, que se revoltam quando medidas que venham de encontro ao que pensam e fazem os reprimem de satisfazerem aos seus insaciáveis prazeres de importunar e perturbar a paz do próximo, sem se importarem com as conseqüências funestas de seus maus hábitos para com uma sociedade, que não respeitam, e sim desdenham e desprezam.
Uma dessas medidas que muito tem trazido revolta e desgosto a muita gente é a proibição de dirigir após as costumeiras bebedeiras que sempre promoveram, saindo depois, na direção de um veículo causando desastres e mortes impressionantes, impondo à sociedade prejuízos materiais, financeiros e morais irrecuperáveis.

Chegou a hora desses nossos irmãos entenderem que a sociedade não mais está disposta a aturar desrespeitos, e abusos, e que exige o devido preço da falta de responsabilidade desses ignorantes e abusados donos da verdade e da vida alheia, e que doravante não mais queremos ver bêbados matando pessoas, entre elas muitas crianças sem o mínimo respeito à vida de seus semelhantes.

Temos esperança, que essas medidas sejam apenas o início de inúmeras outras providências de combate ao abuso e ao crime, onde o cidadão de bem não seja minoria discriminada, mas sim, a maioria absoluta dos seres humanos inteligentes e dispostos a agirem de acordo com as Leis e os bons costumes.

Francisco Rebouças.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A Caminho de Jesus

No processo evolutivo, cada espírito desenvolve, passo a passo, determinados valores que lhes são inatos, e que fazem parte de sua bagagem de aprimoramento progressivo ao longo dos séculos.

Em determinada oportunidade, aprimora a inteligência, procurando melhor utilizar os recursos de que dispõe, para desenvolver-se intelectualmente, noutra busca desenvolver seus sentimentos, mais adiante, aprimora seus dons artísticos, buscando a cada dia a sua melhoria em busca da perfeição que representa a aquisição definitiva de todos os bens incelecto-morais de que a criatura é capaz de possuir.

Muitas das vezes aflige-se ao defrontar-se com as dificuldades e barreiras que se lhes apresentam no caminho, impedindo-lhe o avanço de forma mais rápida e não são poucas as vezes, que desanimado se rebela, estacionando e se entregando ao derrotismo, sem forças para prosseguir adiante.

É preciso entender antes de tudo, que a jornada é interessante, mas só se consegue êxito, em forma de vitórias, enfrentando-se as vicissitudes que se apresentarem com o investimento de nossos melhores esforços e disposições, no interesse e no empenho que carecemos ter para lograr conseguí-las, pois toda aquisição é fruto de árduo e tenaz investimento de tempo e trabalho.

A Plenitude, que representa a perfeição do ser imortal, por isso mesmo, é patamar superior que para ser conquistada depende das realizações felizes nas etapas precedentes, na elaboração de uma meta a realizar, no empenho da transformação moral do indivíduo, não logrando conseguir aquele que não se dedicar desde cedo ao cultivo de tais atitudes na lavoura do bem.

Assim sendo, busquemos a harmonia propondo-nos ao desafio de prosseguir sem esmorecimentos, enfrentando as dificuldades que por certo encontraremos buscando seguir Jesus, o modelo e guia ideal de toda a humanidade, que nos aguarda confiante e gentil.



Francisco Rebouças.

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel