“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Renova-te sempre

“Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova, dia a dia.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 4:16.) 

Cada dia tem a sua lição. 
Cada experiência deixa o valor que lhe corresponde.
Cada problema obedece a determinado objetivo. 
Há  criaturas  que,  torturadas  por  temores  contraproducentes, proclamam  a inconformação que as possui à frente da enfermidade ou da pobreza, da desilusão ou da velhice. 
Não faltam, no quadro da luta cotidiana, os que fogem espetacularmente dos deveres que lhes cabem, procurando, na desistência do bom combate e no gradual acordo com a morte, a paz que não podem encontrar. 
Lembra-te  de  que  as  civilizações  se  sucedem  no  mundo, há milhares de anos, e que os homens, por mais felizes e por mais poderosos, foram constrangidos à perda do veículo de carne para acerto de contas morais com a eternidade. 
Ainda que a prova te pareça invencível ou que a dor se te afigure insuperável, não te retires da posição de lidador, em que a Providência Divina te colocou. 
Recorda que amanhã o dia voltará ao teu campo de trabalho. 
Permanece firme, no teu setor de serviço, educando  o pensamento na aceitação da Vontade de Deus. 
A  moléstia  pode  ser  uma  intimação  transitória  e  salutar da Justiça Celeste. 
A escassez de recursos terrestres é sempre um obstáculo educativo. 
O desapontamento recebido com fervorosa coragem  é trabalho de seleção do Senhor, em nosso benefício. 
A senectude do corpo físico é fixação da sabedoria para a felicidade eterna. 
Sê otimista e diligente no bem, entre a confiança e a alegria, porque,  enquanto  o  envoltório  de  carne  se  corrompe pouco  a pouco,  a  alma  imperecível  se  renova,  de  momento  a momento, para a vida imortal.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

domingo, 25 de setembro de 2016

FRUTOS DO BEM

Cada criatura é percebida no plano da verdade e apreciada, de perto, pelas forças que a
representam no mundo.
*
Não olvides que a nota de nossa influência na Terra é amplamente reconhecida nas esferas superiores.

Não pelas palavras brilhantes que, em muitas circunstâncias, podem ocultar delituosos e
obscuros pensamentos.

Não pelos modos gentis que, em muitas ocasiões, constituem maneias que a disciplina
nos impõe à impulsividade agressiva, através da contenção compreensivelmente louvável.

Não pela cultura intelectual que, muitas vezes, se faz porta de acesso à perturbação.

Não pela idade longa que tenhamos alcançado no corpo físico, de vez que, em muitos lances da experiência, o tempo foi menosprezado ante a responsabilidade que as horas significam.

Não pela fé religiosa no culto externo, porquanto a rotulagem convencional nem sempre define o caráter elevado e as qualidades edificantes.

O verbo, a atitude, o tempo, a inteligência e a convicção representarão expressivos valores em nossa romagem na Terra, mas apenas quando com eles formamos o fruto do bem – o único patrimônio pelo qual pode o espírito merecer a bênção do Senhor e incorporá-la ao campo dos próprios dias.

Seja qual for a nossa situação no quadro terrestre, mantenhamos a planta da existência sobre as raízes do Cristo, o Divino Mestre, porque, em verdade, somente em Jesus, encontraremos a seiva da imortalidade, capaz de auxiliar-nos na produção dos frutos do Bem, talentos imperecíveis que sustentam a paz e a alegria na Terra por serem os verdadeiros tesouros dos Céus.
Livro: Reconforto
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Simpósio Espírita em Winterthur - Suiça

Queridos amigos,
Temos a honra de convidá-los para participar do Simpósio sobre Espiritismo que se realizará
Domingo 02.10.2016  das 10.30 às 17.30h
Teremos a presença dos seguintes conferencistas convidados:
- Brigadeiro Jorge Godinho Nery atual presidente da FEB – Federação Espírita Brasileira.
- Cintia Vieira Diretora de Infância e Juventude da Federação Espírita do Estado de Goiás
- Jussara Korngold presidente da Federação Espírita Americana, da Aliança Espírita de Livros e do Grupo Espírita de Nova York (Spiritist Group of New York)
As inscrições se encontram abertas em: http://www.port.ceeak.ch/eventos/632.html
Venha conosco vivenciar este aprendizado de luz que nos aproxima um pouco da vivência dos ensinamentos de Jesus.
Com fraternal alegria,
Equipe CEEAK – Winterthur – Industriestrasse 8 – 8404 Winterthur.
 
 
Francisco Rebouças

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Os desafetos que não vemos!

Além dos nossos desafetos do plano material, é importante que não nos esqueçamos de que, também, os temos no outro lado da vida, ou seja, na vida espiritual e, dessa forma, é prudente desde já buscarmos entrar em contato com os nossos irmãos que, por quaisquer motivos, não têm conosco uma boa convivência em nossa atual romagem terrena para, se possível, desfazermos os motivos de tais desarmonias e guiar-nos pelas instruções do Mestre de Nazaré, a fim de que façamos nossos acertos enquanto estamos a caminho com eles e não aumentemos assim ainda mais o número deles no outro lado da vida.
 
A Doutrina Espírita esclarece-nos que espíritos equivocados e ignorantes existem em grande número e nos influenciam, a todo o instante, donde precisamos estar bastante atentos para não nos levarmos por suas maléficas influências.
 
Informam-nos os Instrutores da Espiritualidade Superior que alguns desses nossos irmãos, em estado de total desrespeito por tudo e por todos, não se deixam influenciar nem mesmo diante da invocação do nome de Deus, nosso Pai, e que somente aqueles que possuem elevado conceito de moralidade poderão obter resultado positivo diante dessas criaturas infelizes, exatamente porque já vivenciam os ensinamentos do mestre de Nazaré em pensamentos, palavras e obras, trabalhando, incansavelmente, pelo alastramento e implantação do bem no coração dos seus irmãos, ajudando a levantar os caídos na estrada da vida, única condição de impor respeito ante essas entidades perversas e ignorantes.
 
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos as instruções dos Imortais da Vida Maior sobre o assunto conforme segue:
Os desafetos desencarnados
“Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos. Sabe ele, primeiramente, que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia, os seus erros e se tornará bom.
Sabe também que a morte apenas o livra da presença material do seu inimigo, pois que este o pode perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra; que assim a vingança, que tome falha ao seu objetivo, visto que, ao contrário, tem por efeito produzir maior irritação, capaz de passar de uma existência a outra. Cabia ao Espiritismo demonstrar, por meio da experiência e da lei que rege as relações entre o mundo visível e o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, que a verdade é que o sangue alimenta o ódio, mesmo no além-túmulo. Cabia-lhe, portanto, apresentar uma razão de ser positiva e uma utilidade prática ao perdão e ao preceito do Cristo: Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que, mesmo a seu mau grado, não se mostre sensível ao bom proceder. Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todo pretexto às represálias, podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua morte. Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.
Pode-se, portanto, contar, inimigos assim entre os encarnados, como entre os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações com que tanta gente se vê a braços e que representam um gênero de provações, as quais, como as outras, concorrem para o adiantamento do ser, que, por isso, as deve receber com resignação e como consequência da natureza inferior do globo terrestre. Se não houvesse homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao seu derredor. Se, conseguintemente, se deve usar de benevolência com os inimigos encarnados, do mesmo modo se deve proceder com relação aos que se acham desencarnados.
Outrora, sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente, impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do bem e de contribuir para a salvação deles.
É assim, que o mandamento “Amai os vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade universais”. (1)
O Evangelho de Jesus é um acervo de ensinamentos inigualáveis pelo qual o Mestre exorta- nos, carinhosamente, à prática do bem e da caridade em prol do nosso próprio crescimento moral espiritual e em benefício do nosso relacionamento com o nosso semelhante. Ensina-nos a ser bons e caridosos, porque essa é a chave dos céus que temos a nossa disposição, à espera de uma simples, inteligente e importante decisão de utilizá-la. Alerta-nos para a realidade de que toda felicidade que almejamos desfrutar na vida, está contida na máxima “amai-vos uns aos outros”.
 
Jesus ensina com suas palavras e acima de tudo pelos seus exemplos que ninguém jamais conseguirá elevar-se às altas regiões espirituais sem a ação de auxílio ao próximo, pois somente através do trabalho na caridade ser-nos-á possível encontrar paz e consolação, deixando para trás os caprichos danosos e equivocados do egoísmo que há milênios tem-nos escravizado, abrindo, dessa forma, o caminho que nos levará ao encontro com a felicidade que só o dever retamente cumprido nos proporciona.
“A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação; é a mais pura emanação do próprio Criador; é a sua própria virtude, dada por ele à criatura. Como desprezar essa bondade suprema? Qual o coração, disso ciente, bastante perverso para recalcar em si e expulsar esse sentimento todo divino? Qual o filho bastante mau para se rebelar contra essa doce carícia: a caridade?” (2)
Referências Bibliográficas:
(1) O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XII, itens 5 e 6;
(2) O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XIII, item 12.
 
Francisco Rebouças

Vida Feliz

XXVII
Não desconsideres o valor e o poder da oração.

O corpo necessita de alimento adequado para manter-se. Assim também o Espírito, que é a fonte de vitalização da matéria.

A prece constitui um combustível de alta qualidade para a sua harmonia.

Adquire o hábito de orar, incorpora-o aos outros mecanismos naturais da tua existência e constatarás os benefícios disso decorrentes.

Não te negues o pão da vida, que é a prece sincera e a fervorada.

Livro: Fonte Viva
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

domingo, 18 de setembro de 2016

Grupo de Teatro Espírita da BUSS no Reino Unido


Grupo de Teatro Espírita da British Union of Spiritist Societies no Reino Unido 


Nós podemos expressar nossos melhores sentimentos e pensamentos de muitas formas e, como muitos de nós escolhemos ser parte da família Espírita no Reino Unido, porque não expressar ideias significativas usando a Arte? Esse é o principal objetivo do nosso Grupo de Teatro Espírita do Reino Unido, criado recentemente. Este grupo foi criado em Agosto deste ano como parte da BUSS para, esperançosamente, tocar corações de uma forma que seja entendida por todos: através da Arte. Vamos nos lembrar que palavras não são essenciais e que, definitivamente, não há barreiras de línguas-mães (ou qualquer tipo de barreira, na verdade!) que o Amor não possa superar, já que o Amor é uma língua universal em Si mesmo, e a Arte pode expressar o Amor!
Charlie Chaplin foi o nome escolhido para o nosso grupo de teatro Espírita. Este ator britânico foi capaz de tocar corações usando a comédia como poderosa ferramenta para expressar ideias significativas sem dizer uma única palavra às vezes! Nós pensamos que poderia ser uma boa ideia seguir seus passos de alguma maneira e contar com seus exemplos e inspiração para darmos uma contribuição positiva ao movimento Espírita do Reino Unido.
O 2nd Gathering of the Spiritist family in the UK, que aconteceu no dia 10 de setembro ultimo, foi um evento maravilhoso para famílias, que teve uma pequena (porém adorável!) colaboração do Grupo de Teatro Espírita Charlie Chaplin, para fazer sabida a sua existência e, possivelmente, recrutar nossos amigos espíritas para participarem em eventos futuros. O tema principal deste evento foi ‘Onde está a felicidade?’ e introduziu o trabalho de Chaplin para aqueles que pudessem não conhecê-lo, através de um diálogo sobre felicidade (na visão Espírita) entre Carlitos (personagem do Chaplin) e alguns jovens amigos que ele fez na peça; e também mostrando um pequeno vídeo humorístico de um dos filmes de Chaplin chamado ‘The Kid’. Se você está lendo isso e gostaria de se voluntariar para fazer parte dessa iniciativa no Reino Unido, nos ajudando nos bastidores, fazendo parte de peças como atores/atrizes ou de qualquer outra forma possível, por favor sinta-se convidado a se juntar a nós em nossos esforços de divulgar o Espiritismo na forma de Arte!
Obrigada a todos os amigos espíritas que permitiram que o Grupo de Teatro Espírita Charlie Chaplin apresentasse uma pequena demonstração e, contribuíram de alguma forma para que a peça se tornasse uma realidade e uma agradável lembrança.

Cristiane Parmiter. 

sábado, 17 de setembro de 2016

O bem é o caminho!

“Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu”. (1)
Em nosso próprio benefício, é muito importante que nas atividades diárias e nas relações de convivência com nossos irmãos de caminhada evolutiva utilizemo-nos de tudo que já aprendemos com a Doutrina Espírita e preocupemo-nos, primeiramente, em fazer, de forma bem-feita, as atividades e atribuições confiadas pela Espiritualidade Superior a cada indivíduo.
Urge atentemos para o fato de que seriam muito melhores os resultados finais das diversas tarefas realizadas por cada um de nós, se dedicássemos toda atenção, devotamento e boa vontade para executar da forma mais perfeita possível a parte que nos está confiada na obra de amor e caridade, seguindo com fidelidade a Lei Divina que estabelece a todos“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Precisamos agir de forma diferente da que normalmente agimos quando a vida nos propõe alguma experiência em forma de dificuldade na relação interpessoal, entendendo, antes de tudo, que estamos devidamente credenciados e cuidadosamente preparados pelos responsáveis amigos do Plano Maior, quando da preparação para a nossa volta à vida física, assegurando-nos que, sem dúvida alguma, temos todas as ferramentas necessárias para o perfeito desempenho de tal tarefa que nos propusemos realizar.
“Não vale rogar as concessões do Céu, alongando mãos vazias, com palavras brilhantes e comoventes, mas sim pedir a proteção de que carecemos, apresentando, em nosso favor, as possibilidades ainda que diminutas de nosso esforço próprio. 
Não adianta solicitar as bênçãos do pão imobilizando os braços no gelo da preguiça, como é de todo Impróprio rogar aos talentos do amor, calcinando o coração no fogo do ódio. 
Decerto, o Senhor operara maravilhas, no amparo a todos aqueles que te partilham a marcha… 
Dispensará socorro aos que amas, transformará o quadro social em que te situas e exaltará o templo doméstico em que respiras… 
Contudo, para isso, e necessário lhe ofereças os recursos que já conseguiste amontoar em ti mesmo para a extensão do progresso e para a vitória do bem. 
Não te esqueças, pois, de que no auxilio aos outros não prescindirá o Senhor do auxilio, pequenino embora, que deve encontrar em ti.” (2)
Se por algum motivo não conseguimos os resultados que esperávamos alcançar, não podemos simplesmente jogar a culpa na vida ou nos outros, sem verificar antes a nossa própria responsabilidade diante dos acontecimentos que nos infelicitaram, e refletir com atenção e sinceridade no porquê dos resultados negativos, para então trabalhar com mais dedicação e responsabilidade a fim de refazer o que não realizamos com o devido esmero. Pois, muitas das vezes, não alcançamos os resultados almejados simplesmente pela desatenção ou negligência com os deveres e compromissos assumidos.
Poucos são os que realmente se comportam de forma elevada na execução de suas atribuições, em todas as áreas de sua atuação, na família, no trabalho ou na sociedade. Embora saibamos que ninguém é perfeito, e que qualquer um de nós pode cometer erros e, por isso mesmo, não temos o direito de julgar o semelhante, pois sabemos também que precisamos, urgentemente, empregar todos os esforços possíveis no combate à influência do egoísmo e do orgulho que campeiam em nosso mundo íntimo na atualidade de nossas condições de moralidade.
Urgente se faz combater as nossas tendências negativas, buscando enxergar os nossos defeitos e corrigi-los, para que não entremos na tentação de achar que os modestos pontos de vista que defendemos alicerçados no nosso orgulho camuflado continue a tisnar a nossa visão, fazendo-nos escravos das ideias preconceituosas que carregamos de tempos imemoriais, das quais precisamos nos livrar o quanto antes.
Dessa forma, entendamos o quanto é importante cumprir com nossas obrigações e mudar nossa atitude de fiscais do serviço dos outros para nos dedicarmos, com alegria e discernimento, no trabalho de transformação do homem velho que habita em nós há tantos séculos e deixar crescer em nosso interior o homem novo que jaz esquecido no imo do nosso ser, engajando-nos, desde já, no bom combate a serviço do bem que está a espera, simplesmente, de que nos decidamos por assumir e cumprir com os nossos deveres de modo a atender da melhor maneira possível a condição de co-criadores que somos.
Referências bibliográficas:
(1) Evangelho de JOÃO, capítulo 21, versículo 22.
(2) Xavier, Francisco Cândido, Livro: Palavras de Vida Eterna, pelo Espírito Emmanuel. CEC, 24ª edição, Cap. 9.
Francisco Rebouças

Após Jesus

“E, quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas,  para  que  a  levasse  após  Jesus.”    (Lucas, 23:26.)

A multidão que rodeava o Mestre, no dia supremo, era enorme.
Achavam-se  ali  os  gozadores  impenitentes  do  mundo,  os campeões da usura, os ridicularizadores, os ignorantes, os espíritos fracos que reconheciam a superioridade do Cristo e temiam anunciar as próprias convicções, os amigos vacilantes do Evangelho, as testemunhas acovardadas, os beneficiados  pelo Divino Médico, que se ocultavam, medrosos, com receio de sacrifícios.
Mas um estrangeiro, instado pelo povo, aceitou  o  madeiro, embora constrangidamente, e seguiu carregando-o, após Jesus.
A lição, entretanto, seria legada aos séculos do futuro...
O mundo ainda é uma Jerusalém enorme, congregando criaturas dos mais variados matizes, mas se te aproximas  do Evangelho, com sinceridade e fervor, colocam-te a cruz sobre o coração.
Daí em diante, serás compelido às maiores demonstrações de renúncia, raros  te  observarão  o  cansaço  e  a  angústia  e,  não obstante a tua condição de servidor, com os mesmos  problemas dos  outros,  exigir-te-ão  espetáculos  de  humildade  e resistência, heroísmo e lealdade ao bem.
Sofre e trabalha, de olhos voltados para a Divina Luz.
Do  Alto  descerão  para  o  teu  Espírito  as  torrentes  invisíveis das fontes celestes, e vencerás valorosamente.
Por enquanto, a cruz ainda é o sinal dos aprendizes fiéis. Se não tens contigo as marcas do testemunho pela responsabilidade,  pelo  trabalho,  pelo  sacrifício  ou  pelo  aprimoramento íntimo,  é  possível  que  ames  profundamente  o  Mestre, mas  é quase  certo  que  ainda  não  te  colocaste,  junto  dele, na  jornada redentora.

Abençoemos,  pois,  a  nossa  cruz  e  sigamo-lo,  destemerosos, buscando a vitória do amor e a ressurreição eterna.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Vida Feliz

XXVI
Acalma os anseios de mudanças constantes.
Deus te colocou no melhor lugar para o teu progresso moral e espiritual.
O lar que tens, o trabalho em que te encontras, a cidade onde resides, são oportunidades de treinamento para a tua evolução.
"Pedra que rola, não cria limo" — afirma o brocardo popular.
Quem sempre está de mudança não amadurece, nem realiza bem coisa alguma.
Cumpre a tarefa onde estejas, e, no momento próprio, após acurada meditação, toma o teu rumo definitivo.
 
Livro: Vida Feliz
Divaldo franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

domingo, 11 de setembro de 2016

EM FAMÍLIA

Emmanuel

A  família  consanguínea  é  a  lavoura  de  luz  da  alma,  dentro  da  qual  triunfam  somente aqueles que se revestem de paciência, renúncia e boa vontade.
De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.
Geralmente,  não  se  reúnem  a  nós  os  companheiros  que  já  demandaram  à  esfera superior, dignamente areolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, para restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para os cimos da vida.
Muitas  vezes,  na  condição  de  pais  e  filhos,  cônjuges  ou  parentes,  não  passamos  de devedores em resgate de antigos compromissos.
Se és pai, não abandones teus filhos aos processos evolutivos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que a hortaliça da tua casa.
A criança é um "trato de terra espiritual " que devolverá o que aprende, invariavelmente, de acordo com a sementeira recebida.
Se és filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e subestimando-lhes os  corações,  como  se  estivessem  em  desacordo  com  os  teus  ideais  de  elevação  e nobreza,  porque  também,  um  dia,  precisarás  da  alheia  compreensão  para  que  se   te aperfeiçoe na individualidade a região presentemente menos burilada e menos atendida.
A criatura no acaso da existência é o espelho do teu próprio futuro na Terra.
Aprende  a  usar  a  bondade,  em  doses  intensivas,  ajustando-a ao  entendimento  e  à vigilância para que a tua experiência em família não desapareça no tempo, sem proveito para o caminho a trilhar.
Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro de muitos.
Quem  não  tolera  o  pequeno  desgosto  doméstico,  sabendo sacrificar-se  com espontaneidade  e  alegria,  a  benefício  do companheiro  de tarefa ou  de  lar,  debalde  se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.
Cultiva o trabalho constante, o silêncio oportuno, a generosidade sadia e conquistarás o respeito  dos  outros,  sem  o  qual  ninguém consegue  ausentar-se  do  mundo  em  paz consigo mesmo.
Se não praticas no grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança. a inspiração e a diretriz.
Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícua ou destrutivas.
Procura  entender  e  auxiliar  a  todos  em  casa,  para  que  todos em  casa te  entendam  e auxiliem na luta cotidiana, tanto quanto lhe seja possível.
O lar é o porto de onde a alma se retira para o mar alto do mundo, e quem não transporta no coração o lastro da experiência dificilmente escapará ao naufrágio parcial ou total.
Procura a paz com os outros ou a sós.
Recorda que todo dia é dia de começar.
 
Livro: Família
Chico Xavier/Espíritos Diversos
 
Francisco Rebouças 

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

"Kardec e Chico 2 Missionários"

Amigos foi com grande prazer e alegria que tive a honra de receber do amigo, Paulo Neto, pesquisador, escritor, palestrante espírita dos mais sérios e confiáveis que conheço e com o qual tenho a felicidade de me corresponder e até mesmo participar de eventos espíritas, desde há muitos anos, a obra de sua autoria intitulada: "Kardec e Chico 2 Missionários", obra que eu classifico como de excelente conteúdo para esclarecimento do assunto que tem trazido enormes controvérsias sobre o tema ..."Chico Xavier como reencarnação de Kardec".
 

Paulo Neto fundamenta sua tese com as pesquisas antes nunca realizadas.
Só tenho a gradecer ao amigo pela consideração do envio dessa obra autografada.
Recomendo a todos a leitura desse magnifico trabalho de Paulo Neto.
 
Obrigado Paulo,
Um grande abraço e parabéns pelo esforço e dedicação no esclarecimento de tão delicado assunto.
 
Você pode adquirir nos seguintes endereços:
http://www.boanova.net/produto/kardec-e-chico-70895
Ou ainda em:
http://www.candeia.com/kardec-e-chico--dois-missionarios/p

 Francisco Rebouças.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

As crenças antigas

É-nos  desconhecida  a  natureza  íntima  da  alma.  Dizendo-se que ela é  imaterial, esta  palavra deve ser  entendida  em sentido relativo  e  não  absoluto,  porquanto  a  imaterialidade  completa seria  o  nada.  Ora,  a  alma  ou  o  espírito é  alguma  coisa  que pensa, sente e quer; tem-se, pois, que entender, quando a qualificamos  de  imaterial,  que  a  sua  essência  difere  tanto  do que  conhecemos  fisicamente,  que  nenhuma  analogia  guarda com  a matéria.
Não  se  pode  conceber  a  alma,  senão  acompanhada  de  uma matéria qualquer que a individualize, visto que, sem isso, impossível lhe fora se pôr em relação com o mundo exterior. Na Terra, o  corpo  humano  é  o  médium  que  nos  põe  em  contato com  a Natureza; mas, após  a morte, destruído que se acha o organismo vivo, mister se faz que a alma tenha outro envoltório para entrar em relações com o novo meio onde vai habitar. Desde todos os tempos, essa indução lógica  foi  fortemente sentida e tanto mais quanto as aparições de pessoas mortas, que se mostravam com a forma que tiveram na Terra, fundamentavam semelhante crença.
Quase sempre, o corpo espiritual reproduz o tipo que o Espírito tinha  na  sua  última  encarnação  e,  provavelmente, a essa semelhança  da  alma  se  devem  as  primeiras  noções acerca  da imortalidade.
Se também ponderarmos que, em sonho, muitas pessoas vêm parentes ou amigos que já morreram há longo tempo, que esses parentes  e  amigos  conversam  com  elas,  parecendo  vivos  como outrora,  não  nos  será  talvez  difícil  encontrar  em  tais  fatos  as causas da crença, generalizada entre os nossos ancestrais, numa outra vida.
Verifica-se,  com  efeito,  que  os  homens  da  época  pré-histórica,  a  que  se  deu  o  nome  de  megalítica,  sepultavam  os mortos, colocando-lhes nos túmulos armas e adornos. É, pois, de supor- se  que  essas  populações  primitivas  tinham  a  intuição  de uma  existência  segunda,  sucessiva  à  existência  terrena.  Ora,  se
há  uma  concepção  oposta  ao  testemunho  dos  sentidos,  é precisamente  a  de  uma  vida  futura.  Quando  se  vê  o  corpo físico tornado insensível, inerte, malgrado a todos os estímulos que se empreguem; quando se observa que ele esfria, depois se decompõe, torna-se difícil imaginar que alguma coisa sobreviva a essa desagregação total. Não obstante, se apesar dessa destruição, se observa  o  reaparecimento  completo  do  mesmo  ser,  se  ele demonstra, por atos e palavras, que continua a viver, então, mesmo aos  seres  mais  frustros  se  impõe,  com  grande  autoridade,  a conclusão  de  que  o  homem  não  morreu  de  todo.  Só,  provavelmente,  após  múltiplas  observações  desse  gênero,  foi que  se estabeleceram  o  culto prestado  aos despojos mortais  e a crença numa outra vida em continuação da vida terrestre.
 
Livro: A Alma é Imortal
Gabriel Delanne
 
Francisco Rebouças

Reforma íntima, uma atitude inteligente!

O conhecimento se adquire e a virtude se exercita, de modo a conseguir-se a sabedoria.” – Aristóteles
 
Somos conhecedores de que todos, estamos destinados à perfeição moral e à pureza espiritual, como filhos que somos da Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas conforme nos esclareceram os Espíritos Superiores na questão primeira de O Livro dos Espíritos. Dessa forma, torna-se imperioso começar o quanto antes esse processo lento, difícil, e trabalhoso, que vai exigir paciência, vontade, trabalho e determinação do indivíduo que se disponha a realizá-la. Para alcançar esse nobre objetivo preciso se faz voltarmos nossa atenção para o nosso mundo íntimo e observar, com sinceridade, no que precisamos focar nossa atenção para uma transformação dos nossos pensamentos e atos.
“919 – Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
a) – Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: “Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?(…).” (1)
Isso porque, estamos sempre atentos aos defeitos alheios esquecendo-nos dos nossos, conforme nos alertam os Espíritos Superiores em O Evangelho Segundo o Espiritismo, conforme segue:
O argueiro e a trave no olho
“Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? – Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro ao teu olho, vós que tendes no vosso uma trave? – Hipócritas, tirai primeiro a trave ao vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 3 a 5.)
Uma das insensatezes da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço? Incontestavelmente, é o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade, porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente.
Caridade orgulhosa é um contra senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro…” (2)
Quando o indivíduo adquire a consciência de que o dever e a responsabilidade caminham lado a lado, procura desenvolver os recursos latentes no íntimo do seu Ser e aprimorá-los, aproveitando a bênção das sucessivas reencarnações, por saber que é inexorável o progresso do psiquismo, facultando ao indivíduo uma maior compreensão dos nobres valores que convidam a inteligência e o sentimento ao permanente trabalho de aprimoramento e sublimação.
“O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. Eis por que, antes de tudo, é imprescindível o engrandecimento do ser, diante da vida e do Universo, invariavelmente, tocados, nos menores ângulos, pelas maravilhas divinas. Como orientar acontecimentos, conduzir providências, controlar manifestações ou harmonizar elementos para determinados fins, sem equilíbrio na fonte de efeitos, situações e ocorrências, sediada em nós mesmos?”( 3)
Precisamos investir todos os recursos em nossa disposição para uma sadia educação mental que é resultado do esforço empregado no cultivo das ideias edificantes e na prática das boas ações por serem recursos valiosos na construção de uma existência saudável, geradores de novos e nobres hábitos, que sempre produzirão bem-estar e felicidade ao coração transformado.
“Vigiai e orai”, recomendou-nos Jesus, significando isto que todo o esforço, portanto, para ter preservada a mente da invasão de ideias portadoras de energias desequilibradas, torna-se psicoterapia preventiva, e de excelentes resultados para se desfrutar de forma responsável de uma vida sã, fundamentada nos princípios do amor e da paz.
 
Referências bibliográficas:
(1) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos – FEB. 76ª edição.
(2) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB. 112ª edição. Cap. X, itens 9 e 10.
(3) Xavier, Francisco Cândido, Livro: Agenda Cristã, pelo Espírito André Luiz, prefácio.
 
Francisco Rebouças
 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Vida Feliz

XXV

Sempre que interrogado a respeito de alguém, fornece impressões positivas.

Na impossibilidade de fazê-lo, porque a pessoa tenha uma conduta irregular, silencia ou elucida com bondade, evitando piorar-lhe a situação ou torná-la mais divulgada.

Não és fiscal do comportamento alheio, nem podes imaginar se aquele equivocado de ontem, não se encontra hoje em processo de recuperação.

Sejam tuas a opinião que edifica e a palavra que ajuda sempre.
 
Livro: Vida Feliz
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis


Francisco Rebouças

Seminários na U.M.E.N. - União da Mocidade Espírita de Niterói

Amigos, teremos dois seminários este mês.
 
11/09 - A importância da Revista Espírita, coordenado pelo companheiro Jayme Lobato.
 
 
 
17/09 - Dependência química, coordenado por Telma Regina e Alan Silveira.
Todos estão convidados.
Equipe do DIV - Departamento de Divulgação.
 
 
 
Compareçam, divulguem!!
 
Francisco Rebouças

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Na obra de salvação

“Porque  Deus  não  nos  tem  designado  para a  ira, mas para a aquisição da salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo”. – Paulo. (2ª Epístola aos Tessalonicenses,5:9.)

Por que não somos compreendidos?
Por que motivo a solidão nos invade a existência?
Por que razões a dificuldade nos cerca?
Por  que  tanta  sombra  e  tanta  aspereza,  em  torno  de  nossos passos?
E a cada pergunta, feita de nós para nós mesmos, seguem-se, comumente, o desespero e a inconformação, reclamando, sob os raios  mortíferos  da  cólera,  as  vantagens  de  que  nos sentimos credores.
Declaramo-nos decepcionados com a nossa família, desamparados por nossos amigos, incompreendidos pelos companheiros e até mesmo perseguidos por nossos irmãos.
A intemperança mental carreia para nosso íntimo os espinhos do desencanto e os desequilíbrios orgânicos inabordáveis, transformando-nos a existência num rosário de queixas preguiçosas e enfermiças.
Isso, porém, acontece porque não fomos designados pelo Senhor para  o  despenhadeiro  escuro  da  ira  e  sim  para  a  obra  de salvação.
Ninguém restaura um serviço sob as trevas da desordem.
Ninguém auxilia ferindo sistematicamente, pelo simples prazer de dilacerar.
Ninguém  abençoará  as  tarefas  de  cada  dia  amaldiçoando-as, ao mesmo tempo.
Ninguém pode ser simultaneamente amigo e verdugo.
Se tens noticia do Evangelho, no mundo de tua alma, prepara-te para ajudar, infinitamente...
A Terra é a nossa escola e a nossa oficina.
A Humanidade é a nossa família.
Cada dia é o ensejo bendito de aprender e auxiliar.
Por mais aflitiva seja a tua situação, ampara sempre e estarás agindo  no  abençoado  serviço  de  salvação  a  que  o  Senhor  nos chamou.
 
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças


domingo, 4 de setembro de 2016

BANQUETE INTERIOR

O conhecimento evangélico em nosso mundo íntimo é sempre milagrosa festa de luz.
É o banquete com o Pão que desceu do Céu, a inundar-nos de paz, esperança, fortaleza e alegria...
Nossos velhos amigos – os ideais de felicidade que abraçamos – encontram novo apoio e se materializam em trabalho promissor de fé, vaticinando-nos abençoado futuro.
Alimentam-se,  triunfantes,  à  nossa  mesa farta  de  júbilo, e como que se exteriorizam, constantemente, através de pregações valiosas e apontamentos sublimes, no entusiasmo com que nos devotamos à salvação alheia.
Mas,  temos  também,  na  intimidade  de  nosso  coração,  antigos adversários  do  nosso equilíbrio e da nossa paz que, raramente, convocamos ao nosso deslumbramento.
É o orgulho – louco inimigo do nosso progresso...
É a vaidade – infeliz companheira de nossos desequilíbrios...
É a preguiça mental – infortunada mendiga, que estima residir conosco, paralisando os impulsos de servir...
É o egoísmo – lamentável amigo destruidor, que teima em cristalizar-nos sombras da ignorância...
É o ódio – milenário perseguidor a inclinar-nos para o despenhadeiro da vingança...
É  a  ingratidão  –  triste  comparsa  de  delitos  escuros,  a  seguir-nos  de  remoto  passado, induzindo-nos à dureza de coração.
É o desânimo – mísero pedinte, asilado em nossa alma, encarcerado nas trevas do medo de trabalhar e de algo fazer, na sementeira da caridade e da luz...
Convidemos todos esses velhos companheiros de jornada evolutiva para o banquete do Evangelho em nosso templo íntimo.
E,  de  certo,  se  converterão  em  cooperadores  prestimosos  de nosso  reajuste, transformando-nos  em  vivo  santuário de bênçãos,  para  a  execução  plena  e  vitoriosa  da Vontade de Deus.
 
Livro: Construção do Amor
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

Quando se tem Fé

Segundo os ensinamentos da Doutrina Espírita, fazer crescer em nosso mundo íntimo a fé, significa o dever de raciocinar com responsabilidade sob os desafios propostos pela vida, e viver segundo os ensinamentos e promessas do Cristo nosso modelo e guia, encontrando em cada instante uma sagrada oportunidade de servir na imensa Seara do Bem, onde o trabalho é imenso, e os trabalhadores continuam sendo poucos.
 
A fé verdadeira se bem entendida, não permitirá que os obstáculos e entraves da caminhada terrestre nos abalem a segurança e a fortaleza que guardamos no coração, pois sabemos que em tudo vige as Leis Divinas com equilíbrio e perfeição, e que o presente momento de desequilíbrio, desarmonia e desamor em que os homens transformaram as relações sociais terão um fim, mais cedo ou mais tarde. Não resta a menor dúvida para nós espíritas, de que tudo está sob o justo controle da Infinita Bondade, que converterá o presente estado caótico que testemunhamos, diariamente, em solo adubado para que a vida refloresça e prossiga em triunfo a caminho da felicidade e da pureza espiritual que a todos espera, pacientemente.
 
Sob o doce e sincero olhar da fé, não mais registraremos os golpes da incompreensão e do desajuste alheio com o peso da desaprovação, porquanto, identificaremos no irmão perturbado, um doente do espírito, necessitado de nossa generosidade, aguardando o concurso de nossa mão amiga. Ainda que se trate de alguém por nós muito amado, do qual não esperamos atitudes de natureza infeliz, seguiremos para frente entendendo e ajudando, na certeza de que o trabalho nos fará sentir a alegria de que amanhã estaremos desfrutando da claridade de uma nova luz de esperança e consolação na esfera de nossa atuação.
 
Compreendendo melhor o significado da fé, não ficaremos apenas de mãos postas em oração no aguardo de que a espiritualidade amiga se responsabilize por nos atender as rogativas, como se a oração sem o concurso efetivo das boas obras nos outorgassem direitos e privilégios inadmissíveis na Justiça de Deus. A Doutrina Espírita nos esclarece que “fora da caridade não há salvação”, e a caridade bem entendida, não dispensa nosso trabalho no bem, realizando a parte que nos cabe como cooperadores que todos somos na obra da criação.
“Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.”. (1)
A doutrina que abraçamos assegura-nos que, ter fé significa antes de tudo, acreditar e trabalhar, incessantemente, em nosso burilamento moral, empreendendo todo esforço e recurso possível, na conquista sempre difícil da vitória sobre a natureza inferior, da qual ainda somos portadores. Temos consciência de que possuímos inúmeras possibilidades de prestar ajuda e amparo a tantas outras criaturas muito mais necessitadas do que nós, o que nos credencia a vivenciar uma agradável alegria interior, de vez que, colaborando com o progresso do nosso semelhante, estaremos, ao mesmo tempo, aperfeiçoando e harmonizando-nos com a essência da sabedoria e da bondade da Soberana Lei que rege os destinos das criaturas na Terra.
 
Referências Bibliográficas:
(1) Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XXVII, item11.
 
Francisco Rebouças


sábado, 3 de setembro de 2016

Palestras Espíritas - CEPAT

PALESTRAS DE SETEMBRO no - CEPAT - Centro Espírita Paulo de Tarso
PALESTRANTES:
05 – Albert Ouverney – Centro Espírita Paulo de Tarso – CEPAT   
07 – Sávio de Souza Moreira – Centro Espírita Paulo de Tarso – CEPAT  


12 – Cheilla Rodrigues – Grupo Espírita Valentina Miranda – GEVAM  
14 – Liele Meirelles Meleipe – Grupo Espírita da Fé – GEFE  
19 – Alcione Tavares – Centro de Estudos e Pesquisas Espírita Allan Kardec – CEPEAK  
21 – Floriano Peixoto – Centro Espírita Regeneração – CER 
26 – José Franklin dos Santos – Centro Espírita Paulo de Tarso – CEPAT   
 28 – Luiz Otávio da Silva – Grupo Espírita Paz, Amor e Renovação – GEPAR   
AS PALESTRAS SÃO REALIZADAS AS 20 h
RUA MARTINS TORRES, 46 – SANTA ROSA – NITERÓI.
 

Francisco Rebouças

CEPAT - Centro Espírita Paulo de Tarso


CONVITE 
VENHA DESFRUTAR, COM SUA FAMÍLIA E AMIGOS, DE UM DELICIOSO ALMOÇO E MUITA MÚSICA. 

 

   CARDÁPIO: CHURRASCO 

PREÇO: R$30,00

LOCAL: CEPAT 

HORÁRIO: 13 HORAS

 DATA: 04/09/16

INFORMAÇÕES: 98139-4350
 
Endereço: Rua Martins Torres, 46 - Santa Rosa - Niterói/RJ.
 

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel