“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Passe Espírita!

Na Cura pelo passe, o Médium passista tem um papel fundamental, não pode ser apenas um mero robô de mãos estendidas como se nada dependesse dele, deve preparar-se convenientemente para essa nobre tarefa, pois, como nos esclarece a doutrina espírita em A Gênese, Cap. XIV, item 33, a mais das vezes, a cura se verifica pelo apelo do médium através da ligação por pensamento ao Espírito magnetizador que o inspira a agir de acordo com a necessidade do irmão à sua frente, que o Médium só perceberá se estiver realmente preparado para a tarefa. Nada se consegue sem trabalho, preparo e dedicação.
Onde explica que se deve simplesmente estender as mãos?
Vejam o que diz essa passagem evangélica:
Os dois cegos de Jericó
E eis que dois cegos, assentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamavam, dizendo: Senhor, Filho de David, tem misericórdia e piedade de nós! E Jesus parando, chamou-os, e disse: Que quereis que vos faça? Disseram-lhe eles; Senhor, que os nossos olhos sejam abertos. Então, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram. Novo testamento, livro de S. Mateus. Cap.20, vers.29-34.
 
Conforme se pode ver, Jesus não impôs as mãos sobre as cabeças desses Cegos, tocou-lhes os olhos, isto é os órgãos com problemas naqueles homens, como é que nós sem os conhecimentos e a capacidade de Cura de Jesus, vamos ficar como postes, com as mãos estendidas sobre as cabeças dos enfermos à nossa frente?    
 
Francisco Rebouças

domingo, 29 de novembro de 2015

A Divina Bênção do Esquecimento

Francisco RebouçasImportantes advertências nos fazem os espíritos superiores para que aprendamos a aproveitar o momento presente de nossas vidas na Terra, alertando-nos para o fato de que o passado já se foi, e do futuro nada sabemos. Em vista disso, o dia de hoje é o mais importante a ser vivido! E, foi por essa razão que a soberana sabedoria do universo nos beneficiou com o esquecimento das nossas ações do passado quase sempre desditosas, equivocadas e negativas, que só nos trariam enormes embaraços diante daqueles que fazem parte de nossas relações do presente.
 
Se o ser humano não recebesse da providência divina o inestimável benefício que o esquecimento do passado nos propicia, estaríamos às voltas com as lembranças dolorosas de nossas ações infelizes do passado, sofrendo as consequências morais do mal que fizemos aos entes queridos do nosso coração, ou dos sofrimentos que eles nos causaram; dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos etc., situações essas que nos deixariam profundamente desequilibrados, sem qualquer condição de tê-los como familiares, ou mesmo entre os nossos amigos.
 
Isso porque, como nos aclara a Doutrina Espírita, é por meio da reencarnação que nos relacionamos novamente com aqueles a quem tivemos por familiares, amigos ou inimigos do passado, que hoje podem estar em nossa família como nossos pais, irmãos, filhos, ou mesmo entre nossos mais queridos amigos, tendo novamente a sublime oportunidade para que nos reconciliemos, perdoando-nos mutuamente, pois, somos filhos do mesmo Pai, consequentemente, irmãos em Deus.
 
Precisamos entender que tudo o que nos acontece no presente e que, aparentemente, nada fizemos por merecer, tem uma causa anterior, isto é, são dívidas contraídas perante a lei maior de amor e caridade, pois, sendo Deus soberanamente bom e justo, impossível é que um filho seu possa ser injustiçado, pagar por aquilo que não deve. Daí, podemos concluir com absoluta certeza de que alguém que tem um filho ou um pai, ou qualquer outro familiar ou não, como entrave em sua vida, é porque algo o prende a essa criatura, por força das leis que regem os destinos das criaturas na Terra.
 
“…Todas as lágrimas procedem de razões justas, embora não alcances prontamente as suas nascentes.
 
 Reconforta-te na decisão das atitudes sãs a que te entregas e não permitas que as leviandades dos fracos e irresponsáveis tisnem de sombras os claros céus do teu porvir.
 
Faze a tua parte ajudando sem, contudo, colocares sobre os ombros o fardo da responsabilidade que te não compete.
 
Ninguém se poupa às dores, inevitáveis, na senda evolutiva. Não é justo, porém, permitir que estas esmaguem ou anulem os objetivos relevantes da tua promissora e produtiva reencarnação”. ¹
 
Sabemos que a família representa, para cada um de nós, uma dádiva da misericórdia divina, ofertando-nos imprescindíveis oportunidades de reaproximação com os nossos desafetos de outrora para que, sob a bênção do esquecimento do passado, aprendamos a amá-los e perdoá-los e, ao mesmo tempo, também sermos perdoados e auxiliados por aqueles a quem devemos, reatando os vínculos interrompidos por desavenças e incompreensões causadas pela ignorância que nos mantinham escravos do egoísmo e do orgulho, causadores de nossas infelicidades e dores.
 
Pela lei natural da reencarnação, Deus nos concede novas oportunidades que carecemos para a devida reparação dos equívocos de ontem, para que, por meio do esforço no trabalho de burilamento individual, possamos dar nossa parcela de contribuição para o progresso e crescimento do bem e da paz entre os homens, contribuindo com nossa pequena, mas importante e imprescindível tarefa de elevação moral espiritual, nossa e do nosso planeta.
 
Precisamos cumprir o plano que traçamos com a ajuda dos amigos celestes quando da nossa vinda para o campo da matéria, pois, todos nós, ao reencarnarmos, trazemos um “planejamento de vida”, pelo o qual nos comprometemos cumprir à risca os nossos deveres perante a espiritualidade, e diante da necessidade de pacificação de nossa consciência atormentada que tanto nos incomoda e que nos cobra a urgente reparação do mal e a devida disposição de servir como verdadeiros discípulos sinceros e operosos do Mestre de Nazaré.
 
Bibliografia:1- Franco Divaldo. Livro Leis Morais da Vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis – Cap. 46.
 
Francisco Rebouças


sábado, 28 de novembro de 2015

Atitude espírita!


Francisco Rebouças
"Não deixe apagar do teu rosto o sorriso fraterno e amistoso com que você recebe o irmão do caminho, e conserva sempre acesa, a chama motivadora da esperança para tantos quanto desiludidos e desanimados a vida te fizer conhecer."
 
Francisco Rebouças

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

LUGAR DO SOCORRO

André Luiz

Estará você sofrendo desencantos...

Varando enormes dificuldades...

Suportando empeços com os quais você não contava...

O trabalho em suas mãos, muitas vezes se lhe afigura um fardo difícil de carregar ...

Falham recursos previstos...

Contratempos se seguem uns aos outros...

Tribulações de entes amados lhe martelam a resistência...

A enfermidade veio ao seu encontro...

Entretanto, prossiga agindo e cooperando, em favor dos outros.

Não interrompa os seus passos, no serviço do bem, porque justamente na execução dos seus próprios encargos é que os mensageiros de Deus encontrarão os meios de trazerem a você o socorro preciso.
 
Livro: Aulas da Vida
Chico Xavier/Espíritos Diversos
Francisco Rebouças

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A FAMA DE RICO

O  coronel  Manoel  Rabelo,  influente  fazendeiro  no  Brasil  Central,  fora  acometido  de paralisia nas pernas.
Vivia no leito, rodeado pelos filhos atentos. Muito carinho. Assistência contínua.
No decurso da doença veio a conhecer a Doutrina Espírita, que lhe abriu novos horizontes à vida mental.
Pouco a pouco desprendia-se da ideia de posse.
Para que morrer com fama de rico?
Queria agora a paz, a bênção da paz.
Viúvo,  dono  de  expressiva  fortuna  e  prevendo a desencarnação próxima,  chamou  os quatro filhos adultos e repartiu entre eles os seus bens.
Terras, sítios, casas e animais, avaliados em seis milhões de cruzeiros, foram divididos escrupulosamente.
Com isso, porém, veio a reviravolta.
Donos de riqueza própria, os filhos se fizeram distantes e indiferentes.
Muito embora as rogativas paternas, as visitas eram raras e as atenções inexistentes.
Rabelo, muito triste e quase completamente abandonado, perguntava a si mesmo se não havia cometido precipitação ou imprudência.
Os filhos não eram espíritas e mostravam irresponsabilidade completa.
Nessa conjuntura, apareceu-lhe antigo e inesperado devedor. O Coronel Antônio Matias, seu amigo da mocidade, veio desobrigar-se de empréstimo vultuoso, que havia tomado sob palavra, e pagou-lhe dois milhões de cruzeiros em cédulas de contado.
Na presença de dois filhos, Rabelo colocou o dinheiro em cofre forte, ao pé da cama.
Sobreveio o imprevisto.
Os quatro filhos voltaram às antigas manifestações de ternura. Revezavam-se junto dele.
Papas de aveia. Caldos de galinha. Frutas e vitaminas.
Mantinham os cobertores quentes e fiscalizavam a passagem do vento pelas janelas.
Raramente Rabelo ficava algumas horas sozinho.
E, assim, viveu ainda dois anos, desencarnando em grande serenidade.
Exposto  o  cadáver  à  visitação  pública,  fecharam-se  os  filhos no  quarto  do  morto  e,
abrindo aflitamente o cofre, somente encontraram lá um bilhete escrito e assinado pela vigorosa letra paterna, entre as páginas de surrado exemplar de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
O papel assim dizia:
“Meus filhos,
Deus abençoe vocês todos.
O dinheiro que me restava distribuí entre vários amigos para obras espíritas de caridade.
Lego, porém, a vocês, o capítulo décimo quarto de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
E os quatro, extremamente desapontados, leram a legenda que se seguia:
“Honrai a vosso pai e a vossa mãe. — Piedade filial.”
 
Livro: Almas em Desfile
Chico Xavier e Waldo Vieira/Hilário silva

Francisco rebouças

O Poder da Gentileza

Eminente  professor  negro,  interessado  em  fundar  uma  escola  num  bairro pobre, onde centenas de crianças desamparadas cresciam  sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade.
O prefeito ouvir-lhe o plano e disse-lhe:
-A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma  casa e autorizaremos a providência.
O benfeitor dos meninos desprotegidos considerou:
-Mas doutor, não dispomos de recursos... Que fazer?
-De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
Diante de sua figura humilde, o prefeito disse:
-O senhor não pode intervir na administração.
O professor muito triste retirou-se e passou a tarde e a noite daquele sábado, pensando, pensando...
Domingo, muito cedo saiu a passear, sob as grandes árvores, na  direção de antigo mercado.
Ia comentando, na oração silenciosa:
- Meu  Deus  como  agir?  Não  receberemos  um  pouso  para  as  criancinhas, Senhor?
Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
O movimento era enorme. 
Muitas compras. Muita gente.
Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e tomando-o por servidor vulgar, de mãos desocupadas e cabeça vazia, exclamou:
-Meu velho, venha cá.
O professor acompanhou-a sem vacilar.
À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta  quilos de verdura, a matrona recomendou:
-Traga-me esta encomenda.
Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
Caminharam  seguramente  uns  quinhentos  metros  e  penetraram  elegante vivenda, Ela solicitou de novo:
-Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?
-Perfeitamente –respondeu o interpelado -, dê suas ordens.
Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio  metro de lenha para o fogão.
Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou algumas toras.
Em seguida, foi chamado para retificar a chaminé.
Consertou-a com sacrifício da própria roupa.
Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordens de buscar  um peru assado.
Pôs-se a caminho, por mais de  dois quilômetros, trazendo o grande prato em pouco tempo.
Logo mais, atirou-se à limpeza de extenso recinto  em que se efetuaria lauto almoço.
Nas  primeiras  horas  da  tarde,  sete  pessoas  davam  entrada  no  fidalgo domicílio.  Entre  elas,  relacionava-se  o  prefeito  que  anotou  a  presença  do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete por autoridades respeitáveis.
Reservadamente, indagou sua irmã, que era a dona da casa,  quanto ao novo conhecimento, conversando ambos na surdina.
Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível desapontamento, veio ao servo improvisado e pediu o preço dos trabalhos.
-Não pense nisto 
 -respondeu com sinceridade  -,  tive muito  prazer em ser-lhe útil.
No  dia  imediato,  contudo,  a  dama  da  véspera  procurou-o,  na  sua  casa modesta em que se hospedava e, depois de rogar-lhe  desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício, destinado  à escola que pretendia estabelecer.
As  crianças  usariam  o  patrimônio  à  vontade  e  o  prefeito  autorizaria  a providência com satisfação.
O  professor  teve  os  olhos  úmidos  a  alegria  e  o  reconhecimento...  e agradecendo e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
A bondade dele vencera os impedimentos legais.
O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.
 
Livro: A Vida Fala I,II e III
Chico Xavier/Neio Lúcio
Francisco Rebouças

terça-feira, 24 de novembro de 2015

MORTOS VERDADEIROS

João De Deus

Vós que guardais, dos mortos a lembrança,
Sois, também, nos espaços, recordados, 
Nos eternos caminhos aureolados
Pelos clarões da bem-aventurança.

No pais da verdade e da bonança
Nós ouvimos as súplicas e os brados
De pobres corações despedaçados,
No cadinho da mágoa ou da esperança;

Das vibrações ignotas das esferas,
Nós que fomos os homens de outras eras,
Queremos mitigar a vossa dor.

Sois os mortos nos círculos da vida,
Nos sepulcros de carne apodrecida,
Desejosos de paz, de luz, de amor.

Livro: Lira Imortal
Chico Xavier/Espíritos Diversos

Francisco Rebouças

sábado, 21 de novembro de 2015

O egoísmo é doença

Concede  ao teu próximo os mesmos direitos e favores que esperas dele receber.

O egoísmo é doença que envenena a alma.

O amigo ao teu lado anela pelos espaços para viver, conforme ocorre contigo.

Lembra-te de não lhe interditar a oportunidade.

O que te está reservado, aprende a repartir.
 
Livro: Vida Feliz
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

Familiares e parentes!

Por mais problemático que seja o nosso convívio com alguns dos nossos parentes mais difíceis, deveremos ter para com eles a mesma generosidade e compreensão que temos para com os demais. Na certeza de que as Leis de Deus não nos enlaçam uns com os outros sem causa justa, e que essa convivência para nós é necessária, positiva e importante experiência na aprendizagem da vida em busca da nossa tão sonhada ascendência moral.
O parente-problema é sempre um teste com que a vida nos examina e avalia o aprendizado no campo das virtudes do espírito imortal onde, muitas vezes, essas criaturas complicadas que nos fazem companhia no restrito grupo familiar, trazem consigo as marcas de sofrimento ou deficiências que lhe foram impostas por nós mesmos em passadas reencarnações. Com absoluta certeza não agimos para com elas de acordo com os ensinamentos cristãos, e por isso mesmo, estão de volta ao nosso convívio.
Não devemos de modo algum exigir dos familiares, que ora pensam e agem diferentemente do nosso modo de pensar e agir de hoje, um comportamento igual ao nosso. Porquanto cada qual se caracteriza pelas experiências boas ou más, negativas ou positivas que representam na atualidade para cada indivíduo as vantagens ou prejuízos que acumulamos na própria alma.
Nada justifica descartarmo-nos deles enviando-os para as casas de repouso, com internações, na maioria das vezes, desnecessárias. A forma de pagamento em tais casos não é com o dinheiro representado pela moeda corrente do país. A desvinculação real de nossos compromissos para com a Lei de Justiça e Amor só se dará no emprego do nosso árduo trabalho com boa-vontade e com sincero desejo de vê-los recuperados em seu equilíbrio e em sua paz, utilizando-nos para isso dos processos ensinados pelo doce Nazareno no “Amar ao próximo como a nós mesmos”, se quisermos lograr êxito na quitação dos próprios débitos ante a Vida Maior.
A parentela corporal e a parentela espiritual
“Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.
Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, nº 13.)
Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espirito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: “Eis aqui meus verdadeiros irmãos.” Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.”. (1)
É preciso entender que os conflitos do lar terrestre quase sempre foram dívidas que contraímos por atacado. E que o Soberano Criador nos concede a bênção de podermos quitar cada uma delas pelo sistema de suaves prestações por não dispormos, até a presente oportunidade, de valores suficientes para nos livrar com a mesma facilidade com que as contraímos no uso exclusivo do nosso livre arbítrio tendencioso e equivocado de outrora.
Referência:1 – Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIV, item 8.CAPÍTULO XIV.
Francisco Rebouças

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

TÓPICOS DA VIDA

Nascer!... Um drama... Promessa,
Ilusão, verdade, engano...
Depois, só se entende a peça
Quando, por fim, cai o pano.
RAUL PEDERNEIRAS
 
Todos nós somos irmãos
Nos mundos da vida imensa;
Trabalho de cada um
É que faz a diferença.
PEDRO SILVA
 
O homem quer mundo novo?
Só ele pode formá-lo;
O freio, mesmo de ouro,
Não aprimora o cavalo.
LULÚ PAROLA
 
A nossa vida no mundo
Assemelha-se a uma festa
Em que o forte afaga o bolso
E o fraco bate na testa.
SYLVIO FONTOURA
 
Sinésio foi sempre assim
Na fazenda da Triagem:
Se o trabalho aparecia,
Ele estava de viagem.
MANOEL SERRADOR
 
Foi só conversa fiada
A vida de João Benvindo;
Agora desencarnado,
Continua discutindo.
ANTONIO DE BARROS
 
Ouve em silêncio, a ti mesmo
O que o mundo não te diz;
Quem se corrige por dentro
Encontra a vida feliz.
NOEL DE CARVALHO
 
Perfeição? Escuta esta:
Ninguém se conhece, a fundo,
Enquanto não for testado
Nos sofrimentos do mundo.
CIRO COSTA
 
Males pequenos em nós
Não são frágeis como julgas;
Até um leão feroz
Tem de lutar contra as pulgas.
CORNÉLIO PIRES
 
Para muita gente boa
Que não educa a vontade,
A vida, por mais robusta,
Não passa de enfermidade.
DERALDO NEVILLE
 
Calamidades e trevas,
Enquanto os dias se vão,
Por Deus são transfiguradas
Em forças de evolução.
AUTA DE SOUZA
 
Livro: Festa de Paz
Chico Xavier/Espíritos Diversos

Francisco Rebouças

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Ausentes

“Ora, Tomé, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio.” – (João, 20:24.)

Tomé,  descontente,  reclamando  provas,  por  não  haver testemunhado  a  primeira  visita  de  Jesus,  depois  da  morte, criou  um símbolo  para  todos  os  aprendizes  despreocupados  das suas obrigações. 

Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.

A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso educativo. 

O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas abusa  do  estabelecimento  de  ensino  que  o  acolheu,  porquanto a simples ficha de entrada não soluciona o problema do aproveitamento.  Sem  o  domínio  do  alfabeto,  não  alcançará a silabação. Sem a posse das palavras, jamais chegará à ciência da frase. 

Prevalece idêntico processo no aprimoramento do espírito. 

Longe dos pequeninos deveres para com os irmãos mais próximos, como  habilitar-se  o  homem  para  a  recepção  da graça divina? 

Se evita o contacto com as obrigações humildes de cada dia,  como dilatar  os  sentimentos  para  ajustar-se  às glórias  eternas? 

Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. 

Em seguida,  formulou  reclamações,  criando  o  tipo  do aprendiz suspeitoso e exigente. 

Nos  trabalhos  espirituais  de  aperfeiçoamento,  a  questão é análoga. 

Matricula-se  o  companheiro,  na  escola  de vida superior, entretanto, ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas. 

Em  geral,  nunca  se  encontra  ao  lado  dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera. 

A lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto. 

Quem desejar a bênção divina, trabalhe pela merecer. 

O aprendiz ausente da aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição. 

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel
Francisco Rebouças

MATURIDADE

Albino Teixeira
Se já prestamos serviço sem perguntar se a criatura está precisando... 

Se já auxiliamos nas boas obras sem aguardar recompensa...

Se   procuramos   o   trabalho   que   nos   compete   sem   rogar   que   outros   nos substituam nas próprias obrigações...

Se não registramos ressentimentos...

Se cooperamos espontaneamente em favor do próximo...

Se buscamos a própria renovação sem esperar que os outros bitolem emoções e idéias pelo nosso coração ou pela nossa cabeça... 

Se   estudamos   os   problemas   da   existência   e   da   alma   sem que   ninguém   nos obrigue a isso... 

Se amamos sem cogitar se os outros nos amam...

Se   reconhecemos   que   a   nossa   liberdade   unicamente   é   válida   pelo   dever   que cumprimos...

Se já sabemos esquecer o mal,para valorizar o bem... 

Se  já   conseguimos  calar  todos   os  assuntos  que  induzam  à intranquilidade  e  ao pessimismo...

Então estaremos atingindo as faixas benditas da maturidade coma Via Superior .

Livro: Aulas da Vida
Chico Xavier/Espíritos Diversos
Francisco Rebouças

VI Congresso Espírita Paraibano

Programem-se, não percam!

O 6º Congresso Espírita Paraibano acontecerá de 8 a 10 de janeiro na capital João Pessoa, com o tema central "O despertar do Espírito”. A iniciativa insere-se no calendário de eventos comemorativos aos  cem anos da Federação Espírita Paraibana (FEPB). Entre os expositores convidados para o congresso estarão Divaldo Pereira Franco, Alberto Almeida, Haroldo Dutra Dias, Sandra Borba Pereira, Severino Celestino e Rossandro Klinjey. O evento tem o apoio da Federação Espírita Brasileira. Mais detalhes em http://fepb.org.br.

Francisco Rebouças.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

ANTE O AMIGO SUBLIME DA CRUZ

Hoje, Senhor, ajoelho-me diante da cruz onde expiraste entre ladrões... 

Amigo Sublime, digna-Te abençoar as cruzes que mereço!... 

De Ti anunciou o profeta que Te levanta-rias, junto do povo de Deus, como arbusto verde em solo  árido;  que  não permanecerias, entre  nós,  como  os  príncipes  acastelados  na glória humana,  e sim  como  homem  de  dor,  experimentado  nos trabalhos  e sofrimentos  ;  que passarias  na  Terra,  ocultando Tua grandeza aos  nossos  olhos,  à  maneira  de  leproso humilhado e desprezível, mas que, nas Tuas chagas e nas Tuas pisaduras, sararíamos as nossas iniquidades, redimindo nossos crimes; que poderias revelar ao mundo a divindade de Tua ascendência, demonstrando o Teu infinito poder e que, no entanto, preferirias a suprema renúncia, caminhando como a ovelha muda para o matadouro ; e que, embora assinalado como  o  Escolhido  Celeste, serias  sepultado  como  ladrão  comum...  Acrescentou  Isaías, porém, que, depois de Teu derradeiro sacrifício, novas esperanças desabrochariam no plano escuro  da  Terra,  através  daqueles  que seriam  os  Teus  continua  dores,  na  abnegação santificante!... 

E  as  Tuas  lágrimas,  Senhor,  orvalharam  o  deserto  de  nossos corações  e  as  abençoadas sementes de Teus ensinamentos vivos germinaram no solo ingrato do mundo. 

Mais  de  dezenove  séculos  passaram  e  tenho  ainda  a impressão de  ouvir-Te  a  voz compassiva, suplicando perdão para os algozes... 

Ah!  Jesus,  compadece-Te  de  minhas  franquezas  e  vem,  ainda, balsamizar-me  o  coração ferido e desalentado! ensina-me a despir a ultima roupagem de mundana esperança, dá-me forças para olvidar as últimas ilusões! 

Sem que merecesses, atravessaste o caminho de dor, suportando o madeiro da ignomínia! 

Ajuda-me, pois, a suportar o madeiro de lágrimas que mereço, no resgate de meus imensos débitos! 

Amigo  Sublime,  que  subiste  o  monte  da  crucificação, redimindo  a  alma  do  mundo, ensinando-nos, do cume, a estrada de Teu Reino, auxilia-me a descer para o vale fundo do anonimato, a  fim  de  que  eu  veja  as  minhas  próprias  necessidades,  na solidão  dos pensamentos humildes. 

Mestre, que representa minha dor, diante da Tua? Quem sou eu, mísero pecador, e quem és Tu, Mensageiro da Luz Eterna? 

De quantas chagas necessita o meu frágil coração para expungir os cancros seculares do egoísmo, e de quantos açoites precisarei para exterminar o orgulho impenitente? 

Abre-me a porta de tuas consolações deteve, para que me renove à luz de Tua bênção! 

Não Te peço, Senhor, como o rico da Parábola, a permissão de voltar ao mundo, a fim de anunciar aos que ainda amo a grandeza de Teu poder; entretanto, rogo o Teu auxílio, para que me não falte visão no caminho redentor. Não posso precipitar-me no abismo que separa a minha fragilidade da Tua magnificência; todavia, posso atravessá-lo, passo a passo, como peregrino de Tua misericórdia. 

Coração oprimido e cansado pelas sombras de minha própria alma, dá  que  me  desfaça,  sem  custo,  dos  derradeiros  enganos,  antes de  seguir  mais firmemente a Teu encontro! Despojado de meus transitórios tesouros, mãos limpas das jóias que me fugiram dos dedos trêmulos, concede-me o bordão dos caminheiros, aparentemente sem rumo por se destinarem aos países ignorados do Céu! 

Rendo-me,  agora,  sem  condições,  ao  Teu  amor  infinito, confio-Te  minhas  ansiedades supremas e meus sonhos mais ternos de lutador, e já que é necessário abandonar o meu velho  cântaro  de fantasias,  troca-me  a  túnica  das  ultimas  vaidades  literárias  pelo burel humilde  do  viajor,  interessado  em  atingir  o  berço distante,  embora  os  atalhos  difíceis  e pedregosos! 

Enche a solidão de meu espírito com a Tua luz, como encheste de perdão, um dia, a noite de nossa  ignorância!  Desvenda-me  a  Tua vontade  soberana,  para  que  eu  me  retive,  sem esforço, das grades infelizes do capricho terrestre! Ainda que eu não possa divisar todos os escaninhos  da  nova  senda,  dá-me  Tua  claridade misericordiosa,  para  que  meus  olhos imperfeitos não andem apagados. 

Mestre, atende ao peregrino solitário que Te fala, ao pé da cruz, com a dor sem revolta e com a amargura sem desesperação! 

Amigo Sublime, Tu, que preferiste o madeiro do sacrifício, entre o mundo que Te repelia e o Céu que Te reclamava, por amor aos homens e obediência ao Pai, orienta-me na jornada nova!  Se  é possível,  retira  da  cruz  a,  destra  generosa,  que  cravamos  no lenho  duro  da ingratidão  com  as  nossas  maldades  milenárias,  e abençoa-me  para  o  longo  roteiro  a percorrer! 

Tenho a alma sombria e enregelado o corarão! 

E  enquanto  passam,  inquietas,  as  multidões  ociosas  do  mundo, no  turbilhão  de  poeira venerada, fala-me, Senhor, como falavas aos paralíticos e cegos de Teu caminho: 

– “Levanta-te e vai em paz! A tua fé te salvou!...” 

Livro: Lázaro Redivivo
Chico Xavier/Irmão X
Francisco Rebouças

terça-feira, 17 de novembro de 2015

CARTA AOS CRENTES

Casimiro Cunha

Estás, amigo na Terra,
Em trânsito para a luz.
És o romeiro das dores,
Buscando o amor de Jesus.

Cercado de desenganos,
De penas e de aflições,
És hóspede transitório
Na Terra das provações

Lembra, portanto, a lição
Do evangelho do Senhor:
A porta da salvação
É a porta estreitada dor .

Já pensaste que quem passa
Numa porta assim estreita,
Precisa levar consigo
Uma leveza perfeita?...

Todo aquele que caminha
Chega ao termo da viagem.
Da Terra cheia de sombras
Não leves muita bagagem.

Muita ansiedade do mundo,
Desejo, orgulho, paixão,
Podem fazer muito peso
Em torno ao teu coração.

Mas, a humildade, a esperança,
A doce luz da bondade
São forças que te levantam
Da senda da iniquidade.

Com tais virtudes na vida,
Hás de seguir com leveza,
Passando o estreito caminho
Que abre os mundos da Beleza.

Considera toda posse
Da posição desigual
Como um meio de conquista
Da posse espiritual.

Todo apego que não seja
O apego do afeto irmão
É uma algema dolorosa
No instante da transição.

Recorda sempre que, um dia,
Voltarás à luz do Além
E subirás na medida
De tuas ações no Bem.

Prepara-te, desde agora,
Para a vida da Outra Luz,
Onde te aguarda o carinho
Das mãos ternas de Jesus.
 
Livro: Cartas do Evangelho
Chico Xavier/Casimiro Cunha
 
Francisco Rebouças

MORTE

Cruz e Souza
Longe do sentimento limitado
Da matéria em seus átomos finitos,
No limite de um mundo ignorado,
Celebra a morte seus estranhos ritos.

 Hinos e vozes, lágrimas e gritos
Do Espírito, que outrora encarcerado
Contempla a luz dos orbes infinitos
Bendizendo a amargura do passado!

Ó morte, a tua espada luminosa,
Formada de uma luz maravilhosa
É invencível em todas as pelejas!...

És no universo estranha divindade;
Ó operária divina da verdade,
Bendita sejas tu! Bendita sejas!...
 
Livro: Lira Imortal
Chico Xavier/Espíritos Diversos
 
Francisco Rebouças

Ultrapassamos a marcas das 144.000 visitas!!!

IMPRESSIONANTE!
ESTIMADOS AMIGOS, é com grande  alegria  que acabamos de verificar o registro da espetacular marca das 144.000 visitas ao nosso Blog Espírita. Lembramos que o contador de visitas só foi instalado em 31/10/2009.
Agradecemos de coração pelo carinho e pela companhia em todos esses anos de apoio e incentivo desde  o início de nossas atividade na divulgação de nossa doutrina através deste modesto trabalho. 
Esperamos continuar a contar com o apoio, incentivo e participação, de todos vocês nossos queridos amigos, pois, não alcançaríamos o nosso objetivo sem a colaboração de todos. amigo.
Que Jesus nosso Mestre e Guia nos mantenha unidos e operosos, sob sua divina inspiração, hoje e sempre!
Muita PAZ!
Francisco Rebouças

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A COMUNIDADE HUMANA

Emmanuel

Amigos,  é  certo  que  da  curiosidade  humana  se  derivam  todas  as ciências que formam, na atualidade, o complexo de conhecimentos da vossa civilização. 

Todavia, faz-se mister que o homem subordine essa curiosidade a um método, desde que uma Lei Justa e Equânime existe, presidindo os surtos de sua atividade de um Plano Invisível.

Os  progressos  científicos,  os  grandes  conhecimentos  coletivos terão de vir paulatinamente, sem fugir à regra geral da evolução.

Infelizmente,  vemos  hoje  na  pesquisa  do  mundo  oculto  das vibrações espirituais, um acervo de atividades, porém, mal orientadas pelos estudiosos e investigadores.
As nossas relações com o ambiente das vossas cousas físicas, são subordinadas  a  determinadas  leis,  as  quase  não  nos  é  possível ultrapassar não obstante o nosso grande anelo de satisfazer cabalmente as vossas aspirações.

Guardemos,  contudo,  esperanças  no  desdobramento  da metapsíquica  que  no  futuro  apresentará  o  celeiro  farto  de  certezas novas  para  os  homens,  integrando-os  no  conhecimento  dos  enigmas do ser e do destino.

Aquela zona  lúcida  à  qual  se  refere  Paul  Gibier em  suas  obras  é uma  realidade  inamovível;  cada  personalidade  aprende  somente  o "quantum"  do  raciocínio  que  lhe  permite  o  estado  de  sua  evolução individual.
E quanto às expressões de fenomênicas do Espiritismo muitas são as incógnitas a considerar que preponderam sobre a nossa vontade de criaturas  sem  os  indumentos  da  carne,  incógnitas  essas  que  por enquanto,  permanecem  inacessíveis  ao  vosso  mundo  sensorial,  em virtude da ausência de leis analógicas que nos facilitem o confronto de situações, as mais interessantes e inexplicáveis, levando-se em conta a exiguidade  de  vossas  percepções  e  as  novidades  do  nosso  ambiente espiritual.

Nossos  estudos  de  matéria  e  de  movimento  aí  na  Terra  são sobremaneira  prejudicados  pela  ausência  de  sentidos  que  aí  nos facultem um conhecimento mais amplo com respeito à energia e suas infinitas  maneiras  de  manifestação;  todavia,  aclarada, em parte,  a consciência  geral,  pelos  raciocínios  novos  a  que vos conduziram  a lógica  e  a  dedução,  caminhais  para  uma compreensão  melhor  do elemento  básico  da  matéria,  o átomo, percebendo  agora,  com  o problema de sua disponibilidade, que há uma lei obrigatória em ação nos fenômenos da matéria em todos os seus aspectos mais íntimos.

A  própria  matéria  inorgânica,  segundo  o  vosso  conceito,  tem a presidir-lhe a formação e a vida embrionária fenômenos vibratórios na mais estranha das complexidades.

Compreende-se agora, à luz dessa nova concepção das realidades da  vida,  que  toda  a  sua  sabedoria  está  ainda  em  principio  dos princípios.
O  materialismo  positivista  é  obrigado  a  reconhecer  uma  força condutora,  no  principio  ativo  do  Universo,  dando  forma  às forças passivas e amorfas da matéria em si mesma.
Uma nova claridade se faz sobre os enigmas da embriogenia que pretendia  ter  solucionado  todas  as  questões  biológicas  que  o aparecimento  do  homem  sobre  a  face  do  Orbe  implicam  em sua essência.
A patologia fisiológica descobre novos agentes de influenciação e já  não é mais possível abolir as ascendência espiritual dos fenômenos que a vida apresenta em seu desdobramento incessante.

Formam-se  assim,  em  torno  dos  agrupamentos  que  objetivam o estudo  dessa  imensa  flora  invisível  que  nos  rodeia,  as  falanges multiplicadas dos investigadores de todos os tempos.
Mas ainda existem percalços a vencer, óbices a superar, ao preço de uma perseverança sem limites.

É certo que toda a vitória material dos indivíduos está submetida às suas  condições  morais  e  daí  a  necessidade  de  vos  integrardes no conhecimento dessa persistência ativa e necessária em todos os vossos empreendimentos dessa natureza.

Um  dos  problemas  mais  difíceis  a  resolver  é  a  questão  do "médium".
O meio de nossas manifestações ainda é incipiente em excesso. Não temos,  aliás  não  nos  é  possível,  alcançar  um  grau  de  pessoalização perfeita, em nos manifestando através dos órgãos sempre deficientes do médium humano que se nos apresenta.

Geralmente  as  nossas  mensagens  não  atestam  a  nossa personalidade  única,  porquanto  necessitamos  revesti-la  de  outro caráter,  em  virtude  da  imprescindibilidade  de  nos  adaptarmos ao médium, ou este à nossa individualidade no aquém da morte.

Essas dificuldades criaram então entre nós, os espíritos, o  sistema de  "magnetização"  do  aparelho mediúnico,  usando  de  nossa linguagem  simbólica,  sem  podermos  nos  exprimir  segundo determinadas formas de  expressão aí da Terra, dispondo unicamente da  lei  da  telepatia  universal  que  tem  como  seu agente  único  e absoluto, o pensamento.

Daí,  portanto,  as  dificuldades  que  se  antolham  para  dignificar a nossa palavra, sem a mescla dos pensamentos e sentimentos alheios.

Se  encontrássemos  o  médium  que  não  exercesse  senão  a  sua função, como um filtro puro de nossas  ordens, poderíamos colimar o fim  desejado.  Mas,  os  médiuns  têm  a  sua existência recamada  de dificuldades,  de  provações  austeras  e penosas,  entregando-se  às obrigações  que  lhes  são  inerentes  no plano  físico,  às  vezes  em detrimento de certas faculdades cujo uso poderia fornecer um caminho novo para as certezas da Espiritualidade.
Como,  porém,  existe  a  lei  moral  sobre  todas  as  vossas  e nossas atividades  na  vida, precisamos  considerá-la primeiramente,  sem desmerecê-la e subordinando aos seus altos desígnios as nossas lutas comuns.

Em  vista  do  exposto,  amigos  não  nos  é  possível  facultar-vos as mensagens  que  anelas  tão ardentemente  e  nem  sabemos quando poderíamos alcançar a  consecução  dos vossos desejos, aos quais me associo  com  a  melhor  boa  vontade,  porquanto  temos a  lei  das afinidades  e  das possibilidades  regendo  os  nossos atos,  sem  que possamos desviar um milímetro de suas determinações.

Continuemos,  porém,  com  o  nosso  anelo  de  conhecer  melhor  a vida em seus aspectos e manifestações.
Amanhã,  quem  sabe?  Poderemos  fornecer  aos   nossos  espíritos estudiosos,  ao  vosso  senso  de indagação  e  de  analise  um raciocínio melhor,  uma  prova  mais  eloquente  das  realidades que vos  esperam além do túmulo.

Até lá, entretanto, tereis de experimentar o desejo de conhecimento e  nós  o  anelo  frustrado  de  querer  abrir  os  horizontes  da vossa compreensão.

Estudemos juntos.
Um  trabalho  de  cooperação  entre  os  homens  encarnados  e  os desencarnados terá a sua expressão utilíssima à vida das coletividades.

Atingiste um estado dentro do surto evolutivo da vossa civilização em  que  a  moral,  a  religião,  a ciência,  o  trabalho,  a  educação, a política, a vida enfim, requerem uma renovação e um reerguimento.

Que  Jesus  nos  auxilie  e  galgar  essa  subida  tão  difícil  de  ser alcançada, mas que tanta felicidade implica em si, porque representa um dos pontos mais elevados da ascensão da alma humana para Deus.
 
Livro: Ação, Vida e Luz
Chico Xavier/Espíritos Diversos
 
Francisco Rebouças

Fraterna indicação!

“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” Pedro (I Pedro, 4: 10). (1)
O caminho a ser seguido pelo verdadeiro servidor do Mestre de Nazaré tem por rota principal o aprimoramento que exige do interessado a ação de trabalhar com confiança e determinação, no burilamento pessoal e nas realizações nobres do bem em seu próprio proveito e do seu próximo. Isso porque o trabalho em benefício de outrem representa a essência sublime do amor encerrando em si mesmo, as divinas Leis do Universo.
Urge atentar para o fato de que, toda realização sem as diretrizes do amor, é semeadura improfícua, com danosas consequências para seus realizadores. O verdadeiro amor é substância criadora e mantenedora do Universo, é indiscutivelmente o mais valioso tesouro que alguém pode conquistar, e, quanto mais se reparte, mais se multiplica, e valoriza. O amor cresce e se agiganta, nas mãos dadivosas que sabe doa-lo.
O cultivo do amor solicita o maior cuidado, e boa vontade, de tantos quantos desejarem cultivá-lo, pois, requer investimentos em adubos de humildade, paciência, e dedicação na terra do nosso coração, na plantação consciente da semente da boa árvore, que certamente garantirá uma colheita farta e saborosa.
Acima de qualquer objetivo material, trabalhemos primeiramente no desenvolvimento e crescimento das virtudes que adormecem no íntimo de nosso Ser, promovendo o necessário esforço para o seu desabrochar em seus nobres valores da moral e da ética em nosso mundo íntimo, realizando com alegria e responsabilidade a tarefa que a Soberana Sabedoria do Universo nos confiou, fazendo a parte que nos está destinada como contribuição pessoal para o progresso intelectual e moral de nossa sociedade.
“629. Que definição se pode dar da moral?
“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”
630. Como se pode distinguir o bem do mal?
“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.” (2)
Convém ressaltar, que só o suor do trabalho bem feito no bem, nos poderá conferir os benefícios da salutar experiência, cada lágrima de aflição e tristeza acende em nós a luz espiritual para o entendimento da dor do próximo. Não fosse assim, ninguém saberia entesourar compreensão e discernimento para socorrer e perdoar as atitudes infelizes dos semelhantes.
“Não é a cultura intelectual inoperante que te fará respeitável, e sim o espírito de serviço com que te devotares, em qualquer condição, à felicidade dos semelhantes.
 
Não é o êxito suscetível de sorrir-te na Terra, por alguns dias breves, a fonte de alegria real que procuras com os melhores anseios de coração, mas a paz de consciência, no dever bem cumprido, nas obrigações de cada dia.
 
Busquemos ser, antes de aparentar e fazer, antes de instruir.
 
A verdade espera nossa alma, em cada ângulo de caminho, dentro de nossa jornada para frente.
 
Assim, pois, construamos o nosso engrandecimento interior, porque, hoje ou amanhã, o Sol Divino projetará sobre nós a sua bendita claridade, revelando-nos, à luz meridiana, tais quais somos”. (3)
Importante notar também, que não se pode esperar por descanso ou por favores especiais os quais não fizemos por merecer, pois, as Leis Divinas são sábias e justas, concedendo a cada um segundo as suas obras. Não contemos em momento algum com a paz externa, enquanto não formos detentores da paz em nosso mundo íntimo.
Urgente se faz, seguirmos confiantes e operosos na tarefa de nossa renovação moral, enfrentando sarcasmos e censuras, vencendo passo a passo cada barreira do caminho evolutivo com dedicação, confiança e responsabilidade, valorizando os desafios propostos pelos que nos compartilham a caminhada e acima de tudo, conservando a consciência tranquila do dever retamente cumprido, lembrando que assim como o fruto pela árvore, o serviço bem executado dá testemunho do bom servidor.
Bibliografia:
1 – Pedro, (I Pedro, 4: 10).
2- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos – FEB, 76ª edição.
3 – Xavier, Francisco Cândido, Psicografia em Reunião Pública Data– 31-3-1950. Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas. Livro: Através do Tempo.
 
Francisco Rebouças

domingo, 15 de novembro de 2015

O Sexo

Face  à  vulgarização  das  falsas  necessidades  sexuais,  aturdes-te,
perdendo o rumo do comportamento.

Apelos vis se apresentam, nos veículos de comunicação de massa, e os comentários  descem  a  expressões  chulas,  regadas  de  baixes as,  fazendo  do sexo  um  instrumento  de  servilismo  que  o  leva  situação  mais  grotesca  do que a animal, de onde procede.

Até  certo  modo,  é  compreensível  a  moderna  reação  cultural,  a  esse respeito, como consequência aos séculos de ignorância e proibição. Todavia, substituir-lhe a função precípua pela malversação danosa é lamentável para o próprio homem.

O sexo é para a vida, e não esta para aquele.

Diante das atitudes insensatas e as conotações servis a que está levada a função  genésica,  dirige-a,  tu,  com  equilíbrio,  a  fim  de  que  o  seu desregramento não te conduza à alucinação.

O sexo foi colocado abaixo do cérebro para ser por este conduzido.
Posto  na  cabeça  pela  revolução  dos  frustrados,  ei-lo  transformado  em peça principal do corpo, em detrimento da própria vida.

Conduze-o com equilíbrio, a fim de que não derrapes na sofreguidão que enlouquece, sem resolver o problema.
 
Livro: Episódios Diários
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

FESTA DA PAZ

Emmanuel
Prezado leitor.
Ao entregar-te este livro, compete-nos a obrigação de informar-te que ele está constituído de lembretes, conclusões, estudos, ideias e notícias, com chistes construtivos de permeio, por diversos trovadores que se dispuseram a oferecer-te os frutos das suas próprias elocubrações, por avisos e apreciações, destinados ao teu entretenimento e apreciação.

Compulsamos as páginas do presente volume, admirando-lhes a capacidade de síntese, ao enfeixarem os mais profundos pensamentos.

Terminada a tarefa a que nos impusemos, era imperioso voltar ao nosso recanto na Espiritualidade.

Amanhecia...

Nuvens douradas pelo sol, que retornava ao hemisfério, pareciam apressar a chegada do dia novo. E parei num bosque de meu roteiro, atraído por enorme grupo de pássaros que uniam as vozes num coral de intraduzível beleza. Cada facção emitia sonoridades características. Tive a impressão que as aves celebravam ali uma festa em louvor do Pai Supremo e de agradecimento à Natureza.

Ouvindo-lhes os cânticos diferentes entre si, ao mesmo tempo em que formavam um conjunto orquestral de imenso encanto, refleti de mim para comigo:

― Não serão os trovadores, nossos irmãos, de algum modo, comparáveis a pássaros humanos e não será o livro deles para os companheiros da Terra uma festa espiritual?

Destas reflexões nasceu o título deste livro que te entregamos, comovidamente.

Que possamos, todos nós, assimilar a experiência e o ensinamento dos poetas que o escreveram, rogando a Jesus, o nosso Divino Mestre, os abençoe e recompense com os tesouros da Paz e da Sabedoria, são os nossos votos.

EMMANUEL
Uberaba, 18 de junho de 1985

Livro: Festa de Paz
Chico Xavier/Espíritos Diversos
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel