“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sábado, 12 de novembro de 2011

EVANGELIZAÇÃO INFANTIL E MEDIUNISMO (*)

39 - Escolas Infantis nos Centros

P – Face o crescimento das Juventudes e Mocidades espíritas, onde cada jovem deve ter sua tarefa de serviço, não seria de bom alvitre que todos os Centros Espíritas organizassem as Escolas de Moral Cristã para as crianças?

R – “A escola de preparação infantil no Evangelho nos Centros Espíritas, é um imposi-tivo, a que não podemos fugir sem grave dano institucional para as nossas edificações dou-trinárias do presente e do futuro”.

40 – Crianças. O que lhes oferecer

P – Como encaramos a crianças dentro do Espiritismo Cristão?

R – “Cada criança que surge é nosso companheiro de luta, na mesma experiência e no mesmo plano, enquanto encarnados, cabendo-nos a obrigação de oferecermos a ele condições melhores que aquelas em que fomos recebidos, a fim de que se constitua nosso continuador sobre a Terra melhor a que retornaremos mais tarde”.

41 – Moços. Estudo do Evangelho

P – Nas reuniões de estudo dos moços, em seus núcleos juvenis-espíritas, haverá algum inconveniente no estudo direto dos textos evangélicos contidos no Novo Testamento?

R – “Não compreendemos Espiritismo Cristão sem Evangelho”.

Sem Cristo, a nossa Doutrina será um soberbo palácio de princípios científicos e filosó-ficos, mas vazio e inerte, sem utilidade para ninguém.

42 – Criança.Formação Cristã

P – É possível a renovação do mundo em que habitamos, além da reforma interior de cada um para o Bem, sem darmos à criança de hoje o embasamento Evangélico?

R – “Sem a renovação espiritual da criatura para o bem, jamais chegaríamos ao nível superior que nos compete alcançar”.

Ajudar a criança, amparando-lhe o desenvolvimento, sob a luz do Cristo, é cooperar na construção da reforma santificante da Humanidade, na direção do mundo redimido de ama-nhã .

43 – Sessões Mediúnicas e Escolas Infantis

P – À vista do conceito de que “a criança é o futuro”, estará sendo eficiente, como coo-peradora de Jesus, a diretoria de Centro Espírita que só se aplica com sessões mediúnicas?

R – “Há Centros de nosso ideal espírita cristão que naturalmente funcionam à maneira de pronto-socorro para os sofrimentos morais que envolvem encarnados e desencarnados e, quanto a isso, será sempre de bom alvitre ponderar a especialização de cada agrupamento de companheiros da caridade e da luz”.

Entretanto, ainda que não seja de solução imediata o problema infantil nos conjuntos que atendem a finalidade a que nos referimos, o assunto não deve ser considerado indevas-sável ou inútil, a fim de que a escola de formação evangélica da criança se materialize, junto deles, tão logo se ofereça a necessária oportunidade “.

44 – Crianças, Responsabilidades dos Pais

P – Existem responsabilidades para os pais espíritas que se descuram de encaminhamen-to de suas crianças no entendimento do Espiritismo com Jesus?

R – “Os pais são educadores responsáveis e, por isso mesmo, a primeira escola de cada criatura é o lar em que nasceu”.

Os dirigentes espíritas do santuário doméstico são convocados a grandes deveres junto dos filhos que recebem, de vez que são detentores de mais amplos conhecimentos de subli-mação espiritual diante das Leis Divinas.

Em razão disso, precisamos considerar em Doutrina que acima dos maiores delinqüen-tes permanecem os pais levianos e voluntariamente irresponsáveis.

45 – Caridade e Autodefesa

P – Diante da necessidade de assistência direta a um irmão em Humanidade, portador de uma moléstia contagiosa, como a tuberculose, a lepra, etc., como devemos proceder?

R – “Evitar o abuso é dever, mas acima de quaisquer impulsos de autodefesa em nossa vida, prevalece a caridade, com o seu mandato de amor, sacrifício e luz”.

Cremos que a higiene não deve funcionar em vão, por isso mesmo, não vemos qualquer motivo de ausência do nosso esforço fraterno, junto dos irmãos enfermos, a pretexto de pre-servarmos a nossa saúde, de vez que, também, de nós mesmos, temos ainda pesados débitos para resgatar.

46 – Reencarnação. Seleção de Valores Novos

P – Já está havendo intensificação no selecionamento de espíritos para reencarnação, nestes últimos tempos, dadas as freqüentes demonstrações de precocidade?

R – “A intensificação no trabalho seletivo de valores novos para o mundo regenerado de manhã, na esfera da reencarnação, vem sendo levada a efeito de modo gradativo pela Espiri-tualidade Superior”.

47 – Mediunismo e Educação da Criança

P – Seria de melhor proveito para os Centros Espíritas o se dedicarem mais à elucidação das crianças, embora diminuindo trabalhos de mediunismo?

R – “A assistência à mente infanto-juvenil, no campo do Espiritismo Cristão é serviço básico de que não deveríamos descurar”.

A educação é obra de tempo, esforço e paciência, e sem que nos voltemos para a se-menteira com a dedicação precisa, não alcançaremos a colheita valiosa.

Repetimos que a criança é o futuro, com a preocupação de que os princípios do bem ou do mal que inocularmos na formação do mundo infantil são vantagens ou desvantagens para nós mesmos, uma vez que o porvir nos espera, de modo geral, em novas existências.

Cremos, assim, que se necessário, a reeducação dos trabalhos do mediunismo, é medi-da de importância fundamental nas instituições do Espiritismo Evangélico, favorecendo-se maior expansão da obra de socorro espiritual à criança, na execução dos nossos programas doutrinários.

P – Será um mal explicar à criança as finalidades do mediunismo?

R – “O conhecimento, em qualquer de suas modalidades, deve ser dosado na distribu-ição que lhe diga respeito”.

Dentro das possibilidades de compreensão, em cada classe de aprendizes da nossa Consoladora Doutrina, os ensinamentos rudimentares, acerca do mediunismo, são sempre úteis, ressalvando-se, porém, a necessidades de evitar-se o excesso em quaisquer atividades, nesse sentido, para não viciarmos a imaginação infantil com inutilidades ou inconveniências que redundariam em prejuízo ou perda de tempo.

48 – Encarnados e Desencarnados. Posições

P – É de boa orientação os encarnados preocuparem-se mais com os semelhantes do que com os desencarnados, nas sessões práticas, através de estudos metodizados?.

R – “Acreditamos que quando a palavra do Senhor nos induziu ao auxílio do próximo, naturalmente cogitou do” próximo mais próximo de nós “. Admitimos, assim, que sem nos interessarmos fraternalmente pelo progresso e pela iluminação dos nossos semelhantes, quando encarnados, dificilmente seremos amigos reais ou prestimosos companheiros para os nossos irmãos desencarnados”.

P – O conceito de “Espiritismo novo” é o de admitirmos que o campo da Terra nos foi individualmente dedicado e que o “lado de lá” está afeto aos prepostos de Jesus?

R – “Certamente o trabalho geral é de cooperação, permuta e solidariedade, salientando-se, porém, que a maior percentagem de serviço dos encarnados está naturalmente a concen-trada no plano de matéria densa em que se agitam os seu semelhantes””.

49 – Bom Médium é Médium Bom

P – É oportuno o desencadeamento de insistente campanha para a transformação do “bom médium” em “médium bom”?

R – “A transformação do” bom médium “em” médium bom “, é serviço precioso, de vez que não vale atender a simples fenômenos, destinados a convicções da curiosidade respeitá-vel, mas nem sempre construtiva, e sim aproveitar os valores da Doutrina e incorpora-los a nossa própria experiência, a fim de que o próximo seja mais feliz e a vida mais elevada e mais digna, ao redor de nós”.

50 – Desenvolvimento Mediúnico

P – O desenvolvimento da mediunidade se processa mais na corrente mediúnica ou nas ações, palavras e pensamentos de todos os minutos do médium?

R – “O desenvolvimento da sublimação mediúnica permanece na corrente dos pensa-mentos, palavras e atos de medianeiro da vida espiritual, quando ajustado ao ministério de fraternidade e luz que a sua tarefa implica em si mesma”.

51 – Problema da Mediunidade

P – Sendo verdade que o “clima” mental do médium atrai espíritos condizentes, bons ou maus, como agiremos diante dos médiuns que se dizem inconscientes e que dão comunica-ções alternadas e seguidas?

R – “O médium não deve perder de vista a disciplina de si próprio. A ordem é atestado de elevação”.

P – A tese da mediunidade inconsciente estará sendo estudada e observada com consci-ência pela totalidade dos médiuns que se apregoam portadores de tal mediunidade? Cabe-nos significar-lhes nossas dúvidas ou aguardar com o tempo?

R – Na esfera do mediunismo, há realmente incógnitas que só o esforço paciente de nos-sos trabalhos conjugados no tempo conseguirão solucionar.

Incentivemos o estudo e o auxílio, dentro da solidariedade cristã, e, gradativamente, diminuiremos as múltiplas arestas que ainda impedem a nossa sintonia na execução dos ser-viços a que fomos chamados, porquanto, o problema não deve ser examinado unilateralmen-te, reconhecendo-se que o serviço é de nossa responsabilidade coletiva nos círculos doutri-nais.

52 – Esclarecimento Evangélico

P – É verdade que quando nos reunimos para estudos doutrinários e evangélicos os Gui-as espirituais trazem para o ambiente espíritos necessitados de entendimento e, por isso, so-fredores? Eles lucram, mesmo sem dar comunicação?

R – Sim. Uma simples conversação evangélica pode beneficiar vasta fileira de ouvintes invisíveis.

53 – Passes Mediúnicos

P – O passe mediúnico só é possível através de incorporação ou é viável sob influencia-ção do Guia?

R – O passe é transfusão de forças magnéticas de variado teor e pode ser administrado sob a influenciação dos desencarnados, que se devotam à caridade, sem necessidade absoluta de incorporação total na instrumentação mediúnica.

54 – Ensino e Realização

P – A concepção do “ide e pregai” é extensível às atividades do trabalhador que leva aos morros e bairros pobres a ajuda material, entregue com alegria e boas palavras?

R –Com os atos e as palavras que traduzem o ensinamento vivo do Cristo, o “ide e pre-gai” pode ser comparado ao “ide e salvareis”. Conjuguemos o ensino com a realização e esta-remos expressando Jesus para a região em que vivemos.

55 – Aptidão Mediúnica

P – O médium desenvolvido é aquele que se socorre mais pela inspiração ou o que se o-rienta exclusivamente pela comunicação?

R – Preferimos responder que o médium mais apto ao serviço do bem, com os grandes instrutores da vida mais alta, será sempre aquele que se orienta, acima de tudo, pela prática viva do Evangelho da Redenção.

56 – A Criança e os Problemas da Vida

P – É oferecer “desencanto” às almas das crianças levá-las em visita aos lares pobres, quando da distribuição de auxílios?

R – Não devemos impor à criança os quadros monstruosos ou infernais criados pela nossa indiferença ou pela nossa ignorância na Terra, mas o cérebro e o coração da infância podem ser singularmente auxiliados pela visão gradativa dos problemas enormes que as a-guardam no futuro, na esfera do sofrimento humano.

57 – A Criança e o Futuro

P – Em razão do constante crescimento das hostes espiritistas, o que é visível em super-fície, é de boa lógica o cuidarmos desde já da 2a linha – as crianças – para que elas nos subs-tituam, porém, crescidas em profundidade?

R – Amparemos a inteligência infantil, a fim de que o coração da Humanidade fulgure com o Cristo, no porvir sublimado do mundo de amanhã.

O Espiritismo, como renascença do evangelismo, é a nova aurora da redenção humana. Em suas luzes divinas, a criança pode e deve receber o glorioso roteiro de nossa ascensão para a vida superior.

(*-Entrevista com o Espírito de Emmanuel, através do médium Francisco Cândido Xa-vier, publicada em jornal de Belo Horizonte/MG, em 1951, sob o título: “Entrevista com o Outro Mundo”).

Livro: Encontros no Tempo
Chico Xavier/Diversos Espíritos
 
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel