“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Desbravando mistérios

“E não Jesus disse estas palavras: Eu vos rendo glória, meu Pai, Senhor do Céu e da Terra, por haverdes ocultado essas coisas aos sábios e aos prudentes, e por as haver revelado aos simples e aos pequenos.”

(Capítulo 7, item 7.)

Vaie considerar que, quando Jesus afirmou que Deus havia ocultado os mistéiios aos sábios e aos prudentes e os tinha revelado aos simples e pequenos, em verdade observava que certos homens de cultura e intelectualidade achavam-se perfeitos eruditos, não precisando de mais nada além do seu cabedal de instrução.

Por sua vez, orgulhosos porque retinham vários títulos, acreditavam-se superiores e melhores que os outros, fechando assim as comportas da alma às fontes inspirativas e intuitivas do plano espiritual.

Porém, os “pequenos e simples”, aos quais se reportava o Mestre, são aqueles outros que, devido à posição flexível em face da vida, descortinam novas idéias e conceitos, absorvendo descobertas e pesquisas de todo teor, selecionando as produtivas, para o seu próprio mundo mental. Por não serem ortodoxos, ou sej a, conservadores intransigentes, e sim afeiçoados à reflexão constante das leis eternas e ao exercício da fé raciocinada, reúnem melhores condições de observar a vida com os “olhos de ver”.

São conhecidos pela “maturidade evolutiva”, que é avaliada levando-se em conta seus comportamentos nos mais varia¬dos níveis de realização, entre diversos setores (físico, mental, emocional, social e espiritual) da existência humana.

Pelo modo como agem e como se comportam diante de problemas e dificuldades, “os pequenos e os simples” têm uma noção exata de sua própria maturidade espiritual. Além disso, sentem uma sensação enorme de serenidade e paz pela capacidade, pela eficiência e pelos atributos pessoais, e por se comportarem dentro do que esperavam de si mesmos.

Simples são os descomplicados, os que não se deixam envolver por métodos extravagantes, supostamente científicos, e por critérios de análise rígida. Simples são os que sempre usam a lógica e o bom senso, que nascem da voz do coração.

São aqueles que não entronizam sua personalidade megalomaníaca atrás de mesas douradas e que não penduram pergaminhos para a demonstração pública de exaltação do próprio ego.

Os “sábios” a quem o Senhor se referia eram os dominadores e controladores da mente humana, que desempenhavam papéis sociais, usando máscaras diversas segundo as situações convenientes. Estão a nossa volta: são criaturas sem originalidade e criatividade, porque não auscultam as vibrações uníssonas que descem do Mais Alto sobre as almas da Terra.

Não suportam a mais leve crítica - mesmo quando construtiva - de seus atos, feitos, raciocínios e ideais; por isso, deixam de analisá-la para comprovar ou não sua validade. Por se considerarem “donos da verdade”, reagem e se irritam, esquecendo-se de que esses comentários poderiam, em alguns casos, proporcionar-lhes melhores reflexões com ampliação da consciência.

Vale considerar que esses “sábios” não se lançam em novas amizades e afeições, pois conservam atitudes preconceituosas de classe social, de cor, de religião e de outras tantas, amarrando-se aos exclusivismos egoísticos.

Não obstante, o Mestre Jesus se reportava às luzes dos céus, que agilizariam os simples a pensar com mais lucidez, a se expressar com maior naturalidade, para que pudessem desbravar os mistérios do amor e das verdades espirituais, transformando-se no futuro nos reais missionários das leis eternas.

“Simples” são os espontâneos, porque abandonaram a hipocrisia e aprenderam a se desligar quando preciso do mundo externo, a fim de deixar fluir amplamente no seu mundo interior as correntezas da luz; são todos aqueles que prestam atenção no “Deus em si” e entram em contato com Ele e consigo mesmo; são, enfim, aqueles que já se permitem escutar sua fonte interior de inspiração e, ao mesmo tempo, confiar nela plenamente.

Livro: Renovando Atitudes
Francisco do espiriti Santo Neto/Hammed
 
Francisco Rebouças

Palestras espíritas

Caros amigos seguem as grades de palestras de diversas casas espíritas de nossa cidade para o mês de FEVEREIRO/2011.
 Anote em sua agenda, compareça e divulgue!

UMEN - União da Mocidade Espírita de Niterói
Fevereiro/2011

01/02/2011 - às 14:15h - A porta estreita
Teresa Quintas (CEPEAK)
03/02/2011 - às 20:15h - Não vim trazer a paz, mas a divisão
Raul Muniz (UMEN)
06/02/2011 - às 17:00h - Estudo do livro Iluminação Interior
Nadja de Abreu (UMEN)
07/02/2011 - às 08:45h -Tema livre
Marcus Vinicius (UMEN)
08/02/2011 - às 14:15h - Por que Jesus falava por parábolas?
Lúcia Cardozo (UMEN)
10/02/2011 - às 20:15h - A candeia sob o alqueire
Mílvia Ferreira (UMEN)
13/02/2011 - às 17:00h - Tema livre na área educacional
Lúcia Cardozo (UMEN)
14/02/2011 - às 08:45h - Tema livre
Marina Soares
15/02/2011 - às 14:15h - Os últimos serão os primeiros
Márcia Carvalho (UMEN)
17/02/2011- às 20:15h - O espírita e o compromisso com a doutrina
Carolina Lage (GEMA)
20/02/2011 - às 17:00h - Tema livre
Raul Muniz (UMEN)
21/02/2011 - às 08:45h - Tema livre
Aloir Rocha (UMEN)
22/02/2011 - às 14:15h - Tema livre
Francisco Rebouças (UMEN)
24/02/2011 - às 20:15h - A casa espírita e seus benefícios espirituais
Lúcia Cardozo (UMEN)
27/02/2011 - às 17:00h - Momento de gratidão: 63 anos de fundação da UMEN
Hélio Ribeiro (GAM)
28/02/2011 - às 08:45h - Tema livre
Norma Ferreira (UMEN)

OBS: As palestras são realizadas em sua sede, na Rua Princesa Isabel, nº 45 - Bairro de Fátima - Niterói/RJ.
Tel:2621-0308
Site: http://www.umen.org.br/

CEPAT - CENTRO ESPÍRITA PAULO DE TARSO

PALESTRAS DE FEVEREIRO
PALESTRANTES:
02 – FRANCISCO REBOUÇAS – União da Mocidade Espírita de Niterói – UMEN
07 – DENISE ROCHA – Grupo Espírita Leôncio de Albuquerque – GELA
09 – ANA CLÁUDIA BITTENCOURT – Grupo Espírita Amor e Caridade
14 – CLÁUDIA DUTRA – Grupo Espírita Estudantes da Verdade – GEEV
16 – LUZIA CISNE – Grupo Espírita da Fé – GEFE
21 – ALBERT OUVERNEY – Centro Espírita Paulo de Tarso – CEPAT
23 – ANA MARIA G. DA SILVA – Sociedade Espírita Ana Vianna – SEAN – São Gonçalo
28 – SÁVIO DE SOUZA – Centro Espírita Paulo de Tarso – CEPAT

AS PALESTRAS SÃO REALIZADAS AS 20 h.
RUA MARTINS TORRES, 46 – SANTA ROSA – NITERÓI.
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SFE - Sociedade Espírita Fraternidade

Palestras programadas para o mês de março/2011
Palestras.
02 de Março, 2011
Tema: A paciência
Expositora: Maria do Rosário Lacerda


09 de Março, 2011
Não haverá palestra

16 de Março, 2011
Tema: Aborto
Expositor: José Mauro Callado


23 de Março, 2011
Tema: Tema Livre
Expositor: Raul Teixeira.


30 de Março, 2011
Tema: As várias faces da violência
Expositor: Pedro Paulo Legey Jr.


As palestras são realizadas às Quartas-feiras, às 20 horas.
Rua Passos da Pátria, nº 38. São domingos - Niterói/RJ.

http://www.sef.org.br/
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Centro Espírita Antonio de Pádua
Palestras 
Agradecemos a divulgação entre seus amigos e nos sentiremos felizes com a sua presença no CEAP.
Muita paz!
Equipe de Divulgação
Centro Espírita Antonio de Pádua
Rua Visconde de Sepetiba, 426
Centro - Niterói, RJ - CEP 24020-206
e-mail: ceapadua@gmail.com
Telefone: (21) 2620-7303 / (21) 8515-3122

CEAP na Internet:
Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3720207
No UNYK : TLU 678

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CESPA - Grupo Espírita Francisco de Assis  - São Pedro D'aldeia/RJ

FEVEREIRO/2011
Tema : Reconciliai com vossos inimigos

Palestrante : Gabriel Correia - SPA
Data : 04/02/2011
Horário : 20 h
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Tema : Transição Planetária
Palestrante : Magaly Andrade - Leoncio de Albuquerque, Niterói
Data : 11/02/2011
Horário : 20 h
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Tema : Evangelho Musical
Palestrante :Ana Cláudia Bitencourt - Rio de Janeiro
Data :18/02/2011
Horário : 20 h
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Tema : Depressão: causas e soluções
Palestrante : Izabeti Bitencourt - GEF
Data : 25/02/2011
Horário : 20 h
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Endereço: Rua Manoel Ribeiro, 143 Porto da Aldeia - São Pedro da Aldeia - RJ
E-mail: gefaspa@gmail.com
http://gefaspa.blogspot.com/
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Sociedade Espírita Amor e Caridade - SG.
Todas as palestras são realizadas às 20h em nossa sede.
Endereço: Travessa Antonio Correia  nº 1.598 - lote 4 casa 10, - Engenho Pequeno/São Gonçalo/RJ

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I.E.B.M. - INSTITUTO ESPÍRITA BEZERRA DE MENEZES
DIRETORIA DE ENSINO ESPÍRITA - TEMÁRIO DE REUNIÕES PÚBLICAS NOVEMBRO/2010

DIA HORA TEMA EXPOSITOR(A)

04/11 - 5ª FEIRA 15:00
AMAI OS INIMIGOS
E.S.E. CAP. XII - ALOIR ROCHA
UMEN

04/11 - 5ª FEIRA 19:00
O MUNDO INVISÍVEL E A GUERRA
DAIANE OLIVEIRA
UMEN

09/11 - 3ª FEIRA 15:00
TEMA LIVRE
ANDRÉ LOBO
LEP

09/11 - 3ª FEIRA 19:00
O PORQUE DA VIDA
SEBASTIÃO CADILHE
IEBM

11/11 - 5ª FEIRA 15:00
PÁGINAS LÉON DENNIS
VERA VILHENA
UMEN / IEBM

11/11 - 5ª FEIRA 19:00
O PROBLEMA DO DESTINO
FRANCISCOREBOUÇAS
UMEN

16/11 - 3ª FEIRA 15:00
NO INVISÍVEL
BEATRICE LEONARDELLI
SEJA

16/11 - 3ª FEIRA 19:00
O GRANDE ENIGMA
CARMEM SILVEIRA
UMEN

18/11 - 5ª FEIRA 15:00
E.S.E. CAP. IX - BEM AVENTURADOS OS QUE SÃO MANSOS E PACÍFICOS
ILKA CASTRO
GEAC

18/11 - 5ª FEIRA 19:00
CRISTIANISMO E ESPIRITISMO
TITO VERSIANI
UMEN

23/11 - 3ª FEIRA 15:00
DESAFIO FAMILIAR
ANGELA BRUM
SEF.

23/11 - 3ª FEIRA 19:00
JOANA D’ARC (MEDIUM)
WALDIR JESUS BARBOSA
UMEN

25/11 - 5ª FEIRA 15:00
TEMA LIVRE
CÉLIO FARIA
IEBM / GAM

25/11 - 5ª FEIRA 19:00
DEPOIS DA MORTE
CLAUDIA DUTRA
IEBM / GEEV

30/11 - 3ª FEIRA 15:00
O PROBLEMA DA DOR
THEREZA MENEZES
SEF

30/11 - 3ª FEIRA 19:00
A CARTA MAGNA DA PAZ
JOÃO LUIZ LASSANCE
G.E.FCO - ASSIS

Francisco Rebouças

ALGO MAIS


Um crente sincero na Bondade do Céu, desejando aprender como colaborar na construção do Reino de Deus, pediu, certo dia, ao Senhor a graça de compreender os Propósitos Divinos e saiu para o campo.

De início, encontrou-se com o Vento que cantava e o Vento lhe disse:

— Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.

Em seguida, o devoto surpreendeu uma Flor que inundava o ar de perfume, e a Flor lhe contou:

— Minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.

Logo após, o homem estacou ao pé de grande

Árvore, que protegia um poço d’água, cheio de rãs, e a Árvore lhe falou:

- Confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.

O visitante fixou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a Árvore continuou:

— Estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas próprias raízes, contra os vermes da destruição e da morte.

O devoto compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, atingindo uma grande cerâmica.

Acariciou o barro que estava sobre a mesa e o Barro lhe disse:

- Meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.

Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do Reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo mais do que seja justo fazer.

Livro: Pai Nosso
Chico Xavier/Meimei
 
Francisco Rebouças

EM VERDADE

O santo não condena o pecador. Ampara-o sem presunção.

O sábio não satiriza o ignorante. Esclarece-o fraternalmente.

O iluminado não insulta o que anda em trevas. Aclara-lhe a senda.

O orientador não acusa o aprendiz tateante. A ovelha insegura é a que mais reclama o pastor.

O bom não persegue o mau. Ajuda-o a melhorar-se.

O forte não malsina o fraco. Auxilia-o a erguer-se.

O humilde não foge ao orgulhoso. Coopera silenciosamente, em favor dele.

O sincero a ninguém perturba. Harmoniza a todos.

O simples não critica o vaidoso. Socorre-o, sem alarde, sempre que necessário.

O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.

De outro modo, os títulos de virtude são meras capas exteriores que o tempo desfaz.

Livro: Agenda Cristã
Chico Xavier/André Luiz
 
Francisco Rebouças

HISTÓRIA DE UM SONETO


Em 1931. desencarnara um amigo do Chico, em Pedro Leopoldo.

Cavalheiro digno, católico muito distinto e pai de família exemplar.

O Médium acompanha o enterro.

Na cidade, da igreja ao Cemitério, é longo o percurso.

Um padre presente abeira-se do rapaz e pergunta:

— Então, Chico, dizem que você anda recebendo mensagens do outro mundo...

— É verdade, reverendo. Sinto que alguém me ocupa o braço e se serve de mim para escrever...

— Tome cuidado. Lembre-se de que o EspÍrito das Trevas tem grande poder para o mal.

— Entretanto, padre, os espíritos que se comunicam somente nos ensinam o bem.

O sacerdote retirou um papel em branco da intimidade de um livro que sobraçava e convidou:

— Bem, Chico, estamos no Cemitério, acompanhando um amigo morto... Tente alguma coisa.

Vejamos se há aqui algum espírito desejando escrever.

Chico recebe o papel e concentra-se.

Em poucos instantes, sente o braço tomado pela força espiritual e psicograf a a poesia aqui transcrita:

ADEUS

O sino plange em terna suavidade,
No ambiente balsâmico da igreja;
Entre as naves, no altar, em tudo adeja
O perfume dos goivos da saudade.

Geme a viuvez, lamenta-se a orfandade;
E a alma que regressou do exílio beija
A luz que resplandece, que viceja,
Na catedral azul da imensidade...

“Adeus, Terra das minhas desventuras...
Adeus, amados meus...“ — diz nas alturas...
A alma liberta, o azul do céu singrando...

— Adeus... — choram as rosas desfolhadas,
— Adeus... — clamam as vozes desoladas
De quem ficou no exílio soluçando...

Auta de Souza
Este soneto foi incorporado ao “Parnaso de Além-Túmulo”.

Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama
 
Francisco Rebouças

domingo, 30 de maio de 2010

Pensamentos Universais

 "As bênçãos chegam uma de cada vez, a desgraça vem em grupo".

"As bênçãos chegam uma de cada vez, a desgraça vem em grupo".”

"Pobres são aqueles que não têm talentos; fracos os que não têm aspirações".”

"Para viver bem e por muito tempo, seja moderado".”

Livro: Pensamentos Universais/Diversos autores

Francisco Rebouças

Este Dia

Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.

Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação de permanente Amor Divino.

Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com segurança.

Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.

Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado no seu pensamento, agora é o momento de começar a realizá-lo.

Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante para promovê-la.

Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir novamente.

Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você, chegou o tempo de atendê-las.

Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer isso.

Este dia é um presente de DEUS, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele.

Livro: Respostas da Vida
Chico Xavier/André Luiz

Francisco Rebouças

Estudo evangélico no lar


Na expressiva república do lar, onde se produzem as experiências de sublimação, estabelece o estatuto do Evangelho de Jesus como diretriz de segurança e legislação de sabedoria, a fim de equilibrares e conduzires com retidão os que aí habitam em clima familial.

Semanalmente, em regime de pontualidade e regularidade, abre as páginas fulgurantes onde estão insculpidos os "ditos do Senhor" e estuda com o teu grupo doméstico as sempre atuais lições que convidam a maduras ponderações, de imediata utilidade.

Haurirás inusitado vigor que te fortalecerá do íntimo para o exterior, concitando-te à alegria.

Compartirás, no exame das questões sempre novas na pauta dos estudos, dos problemas que inquietam os filhos e demais membros do clã, encontrando, pela inspiração que fluirá abundante, soluções oportunas e simples para as complexas dificuldades. debatendo com franqueza e honestidade as limitações e os impedimentos, que não raro geram atrito, estimulando animosidade no conserto de reparação na intimidade doméstica.

Penetrarás elucidações dantes não alcançadas, robustecendo o espírito para as conjunturas difíceis em que transitarás inevitavelmente.

Ensejar-te-ás diálogos agradáveis sob a diamantina claridade da fé e a balsâmica medicação da paz, estabelecendo vigorosos liames de entrosamento anímico e fraternal entre os participantes do ágape espiritual.

Dramas que surgem na família; incompreensões que se agravam; urdiduras traiçoeiras; pessoas e rampa de perigo iminente; enfermidades em fixação;

cerco obsessivo constritor; suspeitas em desdobramento pernicioso; angústias em crises, a caminho do autocídio; inquietações de vária ordem em painéis de agressividade ou loucura recebem no culto evangélico do lar o indispensável antídoto com as conseqüentes reservas de esclarecimento e coragem para dirimir equívocos, finalizar perturbações, predispor à paz e ajudar nos embates todos quantos aspirem à renovação, entusiasmo e liberdade.

Onde se acende uma lâmpada, coloca-se um impedimento à sombra e à desfaçatez.

No lugar em que a ordem elabora esquema de produtividade, escasseia a incúria e se debilita a estroinice.

O convite do Evangelho, portanto, - lâmpada sublime e lei dignificante - tem caráter primeiro.

Da mesma forma que a enxada operosa requisita braços diligentes e a terra abençoada espera serviço de proteção e cultivo, a lavoura do bem entre os homens exige trabalho contínuo e operários especializados.

Começa, desse modo, na família, a tua obra de extensão à fraternidade geral.

Inconseqüente arregimentar esforços de salvação externa e falires na intimidade doméstica, adiando compromissos.

Faze o indispensável, da tua parte, todavia, se os teus se negarem compartir o ministério a que te propões, a sós, reservadamente na limitação da tua peça de dormir, instala a primeira lâmpada de estudo evangélico e porfia...

Se, todavia, os teus filhos estiverem, ainda, sob a tua tutela, não creias na validade do conceito de deixá-los ir, sem religião sem Deus... Como lhes dás agasalho e pão, medicamento e instrução, vestuário e moedas, oferta-lhes, igualmente, o alimento espiritual, semeando no solo dos seus espíritos as estrelas da fé, que hoje ou mais tarde se transformarão na única fortuna de que disporão, ante o inevitável trânsito para o país do além-túmulo...

Não te descures.

A noite da oração em família, do estudo cristão no lar, é a festiva oportunidade de conviver algumas horas com os Espíritos da Luz que virão ajudar-te nas provações purificadoras, em nome dAquele que é o Benfeitor Vigilante e Amigo de todos nós.

Livro: Celeiros de Bênçãos
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

TUDO NOVO


“Assim é que, se alguém está. em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” — Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, capítulo 5, versículo 17.)

É muito comum observarmos crentes inquietos, utilizando recursos sagrados da oração para que se perpetuem situações injustificáveis tão-só porque envolvem certas vantagens imediatas para suas preocupações egoísticas.

Semelhante atitude mental constitui resolução muito grave.

Cristo ensinou a paciência e a tolerância, mas nunca determinou que seus discípulos estabelecessem acordo com os erros que infelicitam o mundo. Em face dessa decisão, foi à cruz e legou o último testemunho de não-violência, mas também de não-acomodação com as trevas em que se compraz a maioria das criaturas.

Não se engane o crente acerca do caminho que lhe compete.

Em Cristo tudo deve ser renovado, O passado delituoso estará morto, as situações de dúvida terão chegado ao fim, as velhas cogitações do homem carnal darão lugar a vida nova em espírito, onde tudo signifique sadia reconstrução para o futuro eterno.

É contra-senso valer-se do nome de Jesus para tentar a continuação de antigos erros.

Quando notarmos a presença de um crente de boa palavra, mas sem o íntimo renovado, dirigindo-se ao Mestre como um prisioneiro carregado de cadeias, estejamos certos de que esse irmão pode estar à porta do Cristo, pela sinceridade das intenções; no entanto, não conseguiu, ainda, a penetração no santuário de seu amor.

Livro: Caminho, Verdade e Vida
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

O poder da gentileza


Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num bairro pobre, onde centenas de crianças desamparadas cresciam sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade que lhe disse imperativamente, depois de ouvir-lhe o plano:

— A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma casa e autorizaremos a providência.

— Mas, doutor, não dispomos de recursos... — considerou o benfeitor dos meninos desprotegidos.

— Que fazer?

— De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.

O prefeito reparou-lhe demoradamente a figura humilde, fêz um riso escarninho e acrescentou:

— O senhor não pode intervir na administração.

O professor, muito triste, retirou-se e passou a tarde e a noite daquele sábado, pensando, pensando...

Domingo, muito cedo, saiu a passear, sob as grandes árvores, na direção de antigo mercado.

Ia comentando, na oração silenciosa:

— Meu Deus, como agir? Não receberemos um pouso para as criancinhas, Senhor?

Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.

O movimento era enorme.

Muitas compras. Muita gente.

Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e tomando-o por servidor vulgar, de mãos desocupadas e cabeça vazia, exclamou:

— Meu velho, venha cá.

O professor acompanhou-a, sem vacilar.

À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta quilos de verdura, a matrona recomendou:

— Traga-me esta encomenda.

Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.

Caminharam seguramente uns quinhentos metros e penetraram elegante vivenda, onde a senhora voltou a solicitar:

— Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?

— Perfeitamente — respondeu o interpelado —, dê suas ordens.

Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio metro de lenha para o fogão.

Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou algumas toras. Findo o serviço, foi chamado para retificar a chaminé. Consertou-a com sacrifício da própria roupa. Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordem de buscar um peru assado, à distância de dois quilômetros. Pôs-se a caminho, trazendo o grande prato em pouco tempo. Logo após, atirou-se à limpeza de extenso recinto em que se efetuaria lauto almoço.

Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no fidalgo domicílio. Entre elas, relacionava-se o prefeito que anotou a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete por autoridades respeitáveis. Reservadamente, indagou da irmã, que era a dona da casa, quanto ao novo conhecimento, conversando ambos em surdina.

Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível desapontamento, veio ao servo improvisado e pediu o preço dos trabalhos.

— Não pense nisto — respondeu com sinceridade —, tive muito prazer em ser-lhe útil.

No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na casa modesta em que se hospedava e, depois de rogar-lhe desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício, destinado à escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o patrimônio à vontade e o prefeito autorizaria a providência com satisfação.

Deixando transparecer nos olhos húmidos a alegria e o reconhecimento que lhe reinavam nalma, o professor agradeceu e beijou-lhe as mãos, respeitoso.

A bondade dele vencera os impedimentos legais.

O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.

A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.

Livro: Alvorada Cristã
Chico Xavier/Neio Lúcio

Francisco Rebouças

sábado, 29 de maio de 2010

Reuniões espíritas


Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei. (S. MATEUS, cap. XVIII, v. 20.)

Estarem reunidas, em nome de Jesus, duas, três ou mais pessoas, não quer dizer que basta se achem materialmente juntas. É preciso que o estejam espiritualmente, em comunhão de intentos e de idéias, para o bem. Jesus, então, ou os Espíritos puros, que o representam, se encontrarão na assembléia. O Espiritismo nos faz compreender como podem os Espíritos achar-se entre nós. Comparecem com seu corpo fluídico ou espiritual e sob a aparência que nos levaria a reconhecê-los, se se tornassem visíveis. Quanto mais elevados são na hierarquia espiritual, tanto maior é neles o poder de irradiação. É assim que possuem o dom da ubiqüidade e que podem estar simultaneamente em muitos lugares, bastando para isso que enviem a cada um desses lugares um raio de suas mentes.

Dizendo as palavras acima transcritas, quis Jesus revelar o efeito da união e da fraternidade. O que o atrai não é o maior ou menor número de pessoas que se reúnam, pois, em vez de duas ou três, houvera ele podido dizer dez ou vinte, mas o sentimento de caridade que reciprocamente as anime. Ora, para isso, basta que elas sejam duas. Contudo, se essas duas pessoas oram cada uma por seu lado, embora dirigindo-se ambas a Jesus, não há entre elas comunhão de pensamentos, sobretudo se ali não estão sob o influxo de um sentimento de mútua benevolência. Se se olham com prevenção, com ódio, inveja ou ciúme, as correntes fluídicas de seus pensamentos, longe de se conjugarem por um comum impulso de simpatia, repelem-se. Nesse caso, não estarão reunidas em nome de Jesus, que, então, não passa de pretexto para a reunião, não o tendo esta por verdadeiro motivo. (Cap. XXVII, nº 9.)

Isso não significa que ele se mostre surdo ao que lhe diga uma única pessoa; e se ele não disse: “Atenderei a todo aquele que me chamar”, é que, antes de tudo, exige o amor do próximo; e desse amor mais provas podem dar-se quando são muitos os que exoram, com exclusão de todo sentimento pessoal, e não um apenas. Segue-se que, se, numa assembléia numerosa, somente duas ou três pessoas se unem de coração, pelo sentimento de verdadeira caridade, enquanto as outras se isolam e se concentram em pensamentos egoísticos ou mundanos, ele estará com as primeiras e não com as outras. Não é, pois, a simultaneidade das palavras, dos cânticos ou dos atos exteriores que constitui a reunião em nome de Jesus, mas a comunhão de pensamentos, em concordância com o espírito de caridade que ele personifica. (Capítulo X, nº 7 e nº 8; cap. XXVII, nº 2 a nº 4.)

Tal o caráter de que devem revestir-se as reuniões espíritas sérias, aquelas em que sinceramente se deseja o concurso dos bons Espíritos.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVIII, itens 4 e 5.

Francisco Rebouças

Deus é a Energia Cósmica que abrange Tudo!


Deus é a Energia Cósmica universal, que habita dentro de você e de tudo o que existe nos universos infinitos, dando-lhes vida e força.

Confie nessa força inesgotável, que está dentro de você.

Mantenha sua mente ligada a ela, e não mais se lamente do que lhe desagrada ou faz sofrer.

Sorria diante das dificuldades e confie nAquele que o fortalece e vivifica.

Livro: Minutos de Sabedoria
Carlos Torres Pastorino

Francisco Rebouças

Pensamentos Universais

"Por trás de acusações maldosas há sempre um argumento fraco".”

"O amor por uma pessoa deve incluir os corvos de seu telhado".”

"Aquele que se importa com os sentimentos dos outros não é um tolo".”
 
Livro: Pensamentos Universais
Diversos autores
 
Francisco Rebouças

SEGUE-ME TU


“Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu.” — (JOÃO, capítulo 21, versículo 22.)

Nas comunidades de trabalho cristão, muitas vezes observamos companheiros altamente preocupados com a tarefa conferida a outros irmãos de luta.

É justo examinar, entretanto, como se elevaria o mundo se cada homem cuidasse de sua parte, nos deveres comuns, com perfeição e sinceridade.

Algum de nossos amigos foi convocado para obrigações diferentes?

Confortemo-lo com a legítima compreensão.

As vezes, surge um deles, modificado ao nosso olhar. Há cooperadores que o acusam. Muitos o consideram portador de perigosas tentações. Movimentam-se comentários e julgamentos à pressa.

Quem penetrará, porém, o campo das causas? Estaríamos na elevada condição daquele que pode analisar um acontecimento, através de todos os ângulos? Talvez o que pareça queda ou defecção pode constituir novas resoluções de Jesus, relativamente à redenção do amigo que parece agora distante.

O Bom Pastor permanece vigilante. Prometeu que das ovelhas que o Pai lhe confiou nenhuma se perderá.

Convém, desse modo, atendermos com perfeição aos deveres que nos foram deferidos. Cada qual necessita conhecer as obrigações que lhe são próprias.

Nesse padrão de conhecimento e atitude, há sempre muito trabalho nobre a realizar.

Se um irmão parece desviado aos teus olhos mortais, faze o possível por ouvir as palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum: “Que te importa a ti? Segue-me tu.”

Livro: Caminho, Verdade e Vida
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Estudando o espiritismo - LE


789. O progresso fará que todos os povos da Terra se achem um dia reunidos, formando uma só nação?

“Uma nação única, não; seria impossível, visto que da diversidade dos climas se originam costumes e necessidades diferentes, que constituem as nacionalidades, tornando indispensáveis sempre leis apropriadas a esses costumes e necessidades. A caridade, porém, desconhece latitudes e não distingue a cor dos homens. Quando, por toda parte, a lei de Deus servir de base à lei humana, os povos praticarão entre si a caridade, como os indivíduos. Então, viverão felizes e em paz, porque nenhum cuidará de causar dano ao seu vizinho, nem de viver a expensas dele.”

A Humanidade progride, por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e instruem. Quando estes preponderam pelo número, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempos a tempos, surgem no seio dela homens de gênio que lhe dão um impulso; vêm depois, como instrumentos de Deus, os que têm autoridade e, nalguns anos fazem-na adiantar-se de muitos séculos.

O progresso dos povos também realça a justiça da reencarnação. Louváveis esforços empregam os homens de bem para conseguir que uma nação se adiante, moral e intelectualmente. Transformada, a nação será mais ditosa neste mundo e no outro, concebese. Mas, durante a sua marcha lenta através dos séculos, milhares de indivíduos morrem todos os dias. Qual a sorte de todos os que sucumbem ao longo do trajeto? Privá-los-á, a sua relativa inferioridade da felicidade reservada aos que chegam por último? Ou também relativa será a felicidade que lhes cabe? Não é possível que a justiça divina haja consagrado semelhante injustiça. Com a pluralidade das existências, é igual para todos o direito à felicidade, porque ninguém fica privado do progresso. Podendo, os que viveram ao tempo da barbaria, voltar, na época da civilização, a viver no seio do mesmo povo, ou de outro, é claro que todos tiram proveito da marcha ascensional.

Outra dificuldade, no entanto, apresenta aqui o sistema da unicidade das existências. Segundo este sistema, a alma é criada no momento em que nasce o ser humano. Então, se um homem é mais adiantado do que outro, é que Deus criou para ele uma alma mais adiantada. Por que esse favor? Que merecimento tem esse homem, que não viveu mais do que outro, que talvez haja vivido menos, para ser dotado de uma alma superior? Esta, porém, não é a dificuldade principal. Se os homens vivessem um milênio, conceber-se-ia que, nesse período milenar, tivessem tempo de progredir. Mas, diariamente morrem criaturas em todas as idades; incessantemente se renovam na face do planeta, de tal sorte que todos os dias aparece uma multidão delas e outra desaparece. Ao cabo de mil anos, já não há naquela nação vestígio de seus antigos habitantes. Contudo, de bárbara, que era, ela se tornou policiada. Que foi o que progrediu? Foram os indivíduos outrora bárbaros? Mas, esses morreram há muito tempo. Teriam sido os recém-chegados? Mas, se suas almas foram criadas no momento em que eles nasceram, essas almas não existiam na época da barbaria e forçoso será então admitir-se que os esforços que se despendem para civilizar um povo têm o poder, não de melhorar almas imperfeitas, porém de fazer que Deus crie almas mais perfeitas.

Comparemos esta teoria do progresso com a que os Espíritos apresentaram. As almas vindas no tempo da civilização tiveram sua infância, como todas as outras, mas já tinham vivido antes e vêm adiantadas por efeito do progresso realizado anteriormente. Vêm atraídas por meio que lhes é simpático e que se acha em relação com o estado em que atualmente se encontram. De sorte que, os cuidados dispensados à civilização de um povo não têm como conseqüência fazer que, de futuro, se criem almas mais perfeitas; têm sim, o de atrair as que já progrediram, quer tenham vivido no seio do povo que se figura, ao tempo da sua barbaria, quer venham de outra parte. Aqui se nos depara igualmente a chave do progresso da Humanidade inteira. Quando todos os povos estiverem no mesmo nível, no tocante ao sentimento do bem, a Terra será ponto de reunião exclusivamente de bons Espíritos, que viverão fraternalmente unidos. Os maus, sentindo-se aí repelidos e deslocados, irão procurar, em mundos inferiores, o meio que lhes convém, até que sejam dignos de volver ao nosso, então transformado. Da teoria vulgar ainda resulta que os trabalhos de melhoria social só às gerações presentes e futuras aproveitam, sendo de resultados nulos para as gerações passadas, que cometeram o erro de vir muito cedo e que ficam sendo o que podem ser, sobrecarregadas com o peso de seus atos de barbaria.

Segundo a doutrina dos Espíritos, os progressos ulteriores aproveitam igualmente às gerações pretéritas, que voltam a viver em melhores condições e podem assim aperfeiçoarse no foco da civilização. (222)
 
Fonte: O Livro dos Espíritos - FEB. 76ª edição.
 
Francisco Rebouças

MÃOS À OBRA


“Que fareis, pois, irmãos? Quan¬do vos ajuntais, cada um de vós tem doutrina, tem reve¬lação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 14, VERSÍCULO 26.)

A igreja de Corinto lutava com certas dificuldades mais fortes, quando Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.

O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-lo a certas situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, na revivescência do Evangelho.

Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por novidades em fenomenologia e revelação.

Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de médiuns adestrados.

Por quê?

Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da iluminação dos companheiros.

Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço de alguns poucos.

Convençam-se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa-vontade, no sentido de conhecer a vida e elevar-se.

Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no aperfeiçoamento indispensável.

Livro: Pão Nosso
Chico Xavier/Emmanuel

Fancisco Rebouças

Olhando para trás

“... Tal é aquele que tendo feito mal sua tarefa, pede para recomeçá-la afim de não perder o benefício do seu trabalho...”

“... Rendamos graças a Deus que, na sua bondade, concede ao homem a faculdade da reparação e não o condena irrevogavelmente pela primeira falta.”

(Capítulo 5, item 8.)

Culpa quer dizer paralisação das nossas oportunidades de crescimento no presente em conseqüência da nossa fixação doentia em comportamentos do passado.

Quem se sente culpado se julga em “peccatum”, palavra latina que quer dizer “pecado ou culpa”. Logo, todos nós vestimos a densa capa da culpa desde a mais tenra infância.

Certas religiões utilizam-se freqüentemente da culpa como meio de explorar a submissão de seus fiéis. Usam o nome de Deus e suas leis como provedores do mecanismo de punição e repressão, afirmando que garantem a salvação para todos aqueles que forem “tementes a Deus”.

Esquecem-se, no entanto, de que o Criador da Vida é infinita Bondade e Compreensão e que sempre vê com os “olhos do amor”, nunca punindo suas criaturas; na realidade, são elas mesmas que se autopenalizam. por não se renovarem nas oportunidades do livre-arbítrio e por ficarem, no presente, agarradas aos erros do passado.

Nossa atual cultura ainda é a mais grave geradora de culpa na formação educacional dos relacionamentos, seja no social, seja no familiar. No recinto do lar encontramos muitos pais induzindo os filhos à culpa: “Você ainda me mata do coração!”, tática muito comum para manter sob controle uma pessoa rebelde; ou dos filhos que aprenderam a tramóia da culpa, para obter aquilo que desejam: “Os pais de minhas amigas deixam elas fazer isso”.

Culpar não é um método educativo, nem tampouco gerador de crescimento, mas um meio de induzir as pessoas a não se responsabilizar por seus atos e atitudes.

Em muitas oportunidades encontramos indivíduos que teimam em culpar os outros, acreditando ser muito cômodo representar o papel de injustiçados e perseguidos. Colocam seus erros sobre os ombros das pessoas, da sociedade, da religião, dos obsessores, do mundo enfim.

No entanto, só eles poderão decidir se reconhecem ou não suas próprias falhas, porque apenas dessa forma se libertarão da prisão mental a que eles mesmos se confinaram.

Dar importância às culpas é focalizar fatos passados com certa regularidade, sempre nos fazendo lembrar de alguma coisa que sentimos, ou deixamos de sentir, falamos ou deixamos de falar, permitimos ou deixamos de permitir, desperdiçando momentos valiosos do agora, quando poderíamos operar as verdadeiras bases para nosso desenvolvimento intelecto-moral.

“Ninguém que lança mão ao arado e olha para trás é apto para o reino de Deus”. (1)

Olhando para trás, a alma não caminha resoluta e, conseqüentemente, não se liberta dos grilhões do passado.

Todos nós fomos criados com possibilidades de acertar e errar; por isso, temos necessidade de exercitar para aprender as coisas, de colocar as aptidões em treino, de repetí-las várias vezes entre ensaios e erros.

A culpa se estrutura nos alicerces do perfeccionismo. Alimentamos a idéia de que não seremos suficientemente bons se não fizermos tudo com perfeição. Esquecemo-nos, porém, de que todo o nosso comportamento é decorrente de nossa idade evolutiva e de que somos tão bons quanto nos permite nosso grau de evolução. A todo momento, fazemos o melhor que podemos fazer, por estarmos agindo e reagindo de acordo com nosso “senso de realidade”. O “arrependimento” resulta do quanto sabíamos fazer melhor e não o fizemos, enquanto que a culpa é, invariavelmente, a exigência de que deveríamos ter feito algo, porém não o fizemos por ignorância ou impotência.

A Divina Providência sempre “concede ao homem a faculdade da reparação e não o condena irrevogavelmente”. Não há, razão, portanto, para culpar-se sistematicamente, pois ele será cobrado pelo “muito” ou pelo “pouco” que lhe foi dado, ou mesmo, “muito se pedirá àquele que muito recebeu”. (2)

Assevera Paulo de Tarso: “a mim, que fui antes blasfemo, perseguidor e injuriador, mas alcancei misericórdia de Deus, porque o fiz por ignorância, e por ser incrédulo”. (3) Tem-se, dessa forma, um ensinamento claro: a culpa é sempre proporcional ao grau de lucidez que se possui, isto é, nossa ignorância sempre nos protege.

Não guardemos culpa. Optemos pelo melhor, modificando nossa conduta. Reconheçamos o erro e não olhemos para trás, e sim, para frente, dando continuidade à nossa tarefa na Terra.

(1) Lucas 9:62.
(2) Lucas 12:48.
(3) 1º Timóteo 1:13.

Livro: Renovando Atitudes
Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
 
Francisco Rebouças

Desquite e Divórcio


Na sua generalidade o matrimônio é laboratório de reajustamentos emocionais e oficina de reparação moral, através dos quais Espíritos comprometidos se unem para elevados cometimentos no ministério familial.

Sem dúvida, reencontros de Espíritos afins produzem vida conjugal equilibrada, em clima de contínua ventura, através da qual missionários do saber e da bondade estabelecem a união, objetivando nobres desideratos, em que empenham todas as forças.

Outras vezes, programando a elaboração de uma tarefa relevante para o futuro deles mesmos, se penhoram numa união conjugal que lhes enseje reparação junto aos desafetos e às vítimas indefesas do passado, para cuja necessidade de socorrer e elevar compreendem ser inadiável.

Fundamental, entretanto, em tais conjunturas, a vitória dos cônjuges sobre o egoísmo, granjeando recursos que os credenciem a passos mais largos, na esfera das experiências em comum.

Normalmente, porém, através do consórcio matrimonial, exercitam-se melhor as virtudes morais, que devem ser trabalhadas a benefício do lar e da compreensão de ambos os comprometidos na empresa redentora. Nessas circunstâncias a prole, quase sempre vinculada por desajustes pretéritos, é igualmente convocada ao buril da lapidação, na oficina doméstica, de cujos resultados surgem compromissos vários em relação ao futuro individual de cada membro do clã, como do grupo em si mesmo.

Atraídos por necessidades redentoras, mas despreparados para elas, os membros do programa afetivo, não poucas vezes, descobrem, de imediato a impossibilidade de continuarem juntos.

De certo modo, a precipitação resultante do imediatismo materialista que turba o discernimento, quase sempre pelo desequilíbrio no comportamento sexual, é responsável pelas alianças de sofrimento, cuja harmonia difícil, quase sempre, culmina em ódios ominosos ou tragédias lamentáveis.

Indispensável, no matrimônio, não se confundir paixão com amor, interesse sexual com afeição legítima.

Causa preponderante nos desajustes conjugais o egoísmo, que se concede valores e méritos superlativos em detrimento do parceiro a quem se está vinculado.

Mais fascinados pelas sensações brutalizantes do que pelas emoções enobrecidas, fogem os nubentes desavisados um do outro a princípio pela imaginação e depois pela atitude, abandonando a tolerância e a compreensão, de pronto iniciando o comércio da animosidade ou dando corpo às frustrações, que degeneram em atritos graves e enfermidades perturbadoras.

Comprometessem-se, realmente, a ajudar-se com lealdade, estruturassem-se nos elementos das lições evangélicas, compreendessem e aceitassem como legítimas a transitoriedade do corpo e o valor da experiência provacional, e se evitariam incontáveis dramas, inumeráveis desastres do lar, que ora desarticulam as famílias e infelicitam a sociedade.

O casamento é contrato de deveres recíprocos, em que se devem empenhar os contratantes a fim de lograrem o êxito do cometimento.

A sociedade materialista, embora disfarçada de religiosa, facilita o rompimento dos liames que legalizam o desposório por questões de somenos importância, facultando à grande maioria dos comprometidos perseguirem sensações novas, com que desbordam pela via de alucinações decorrentes de Sutis como vigorosas obsessões resultantes do comportamento passado e do desassisamento do presente

O divórcio como o desquite são, em conseqüência soluções legais para o que moralmente já se encontra separado.

Evidente, que, tal solução é sempre meritória, por evitar atitudes mais infelizes que culminam em agravamento de conduta para os implicados na trama dos reajustamentos de que não se evadirão.

Volverão a encontrarse, sem dúvida, quiçá em Posição menos afortunada, oportunamente Imprescindível que, antes da atitude definitiva para o desquite ou o divórcio, tudo se envide em prol da reconciliação, inda mais considerando quanto os filhos merecem que os pais se imponham uma União respeitável, de cujo esforço muito dependerá a felicidade deles.

Períodos difíceis Ocorrem em todo e qualquer empreendimento humano.

Na dissolução dos vínculos matrimoniais, o que padeça a prole, será considerado como responsabilidade dos genitores, que se somassem esforços poderiam ter contribuído com proficiência, através da renúncia pessoal, para a dita dos filhos.
Se te encontras na difícil conjuntura de uma decisão que implique em problema para os teus filhos, pára e medita. Necessitam de tu, mas, também do outro membro-base da família.

Não te precipites, através de soluções que às vezes complicam as situações.

Dá tempo a que a outra parte desperte, concedendo-lhe ensancha para o reajustamento.

De tua parte permanece no posto.

Não sejas tu quem tome a decisão.

A humildade e a perseverança no dever conseguem modificar comportamentos, reacendendo a chama do entendimento e do amor, momentaneamente apagada.

Não te apegues ao outro, porém, até a consumação da desgraça.

Se alguém não mais deseja, espontaneamente, seguir contigo, não te transformes em algema ou prisão.

Cada ser ruma pela rota que melhor lhe apraz e vive conforme lhe convém. Estará, porém, onde quer que vá, sob o clima que merece.

Tem paciência e confia em Deus.

Quando se modifica uma circunstância ou muda uma situação, não infiras disso que a vida, a felicidade, se acabaram.

Prossegue animado de que aquilo que hoje não tens será fortuna amanhã em tua vida.

Se estiveres a sós e não dispuseres de forças, concede-te outra oportunidade, que enobrecerás pelo amor e pela dedicação.

Se te encontrares ao lado de um cônjuge difícil ama-o, assim mesmo, sem deserção, fazendo dele a alma amiga com quem estás incurso pelo pretérito, para a construção de um porvir ditoso que a ambos dará a paz, facultando, desse modo, a outros Espíritos que se revincularão pela carne, a ocasião excelente para a redenção.

Joanna de Ângelis


Livro: S.O.S. Família
Divaldo Franco/Diversos Espíritos

Francisco Rebouças

O amor é de origem Divina!


O amor é tônico da vida.

Quando se centraliza nos interesses inferiores do sexo e das paixões primitivas, torna-se cárcere e deixa de ser o sentimento elevado, que dignifica -- libertando.

Examina os teus sentimentos, na área afetiva e observa se eles te desarmonizam ou tranquilizam.

Através da sua qualidade, detectarás, se amas ou apenas desejas.

O verdadeiro amor supera o egoísmo e trabalha sempre em favor da pessoa querida.

Ama, portanto, sem escravizar aquele a quem te devotas, não se lhe escravizando também.

Livro: Vida Feliz
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis

Francisco Rebouças

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Estudando o espiritismo - E.S.E.

O ódio
Amai-vos uns aos outros e sereis felizes. Tomai sobretudo a peito amar os que vos inspiram indiferença, ódio, ou desprezo. O Cristo, que deveis considerar modelo, deu-vos o exemplo desse devotamento. Missionário do amor, ele amou até dar o sangue e a vida por amor. Penoso vos é o sacrifício de amardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, precisamente, esse sacrifício é que vos torna superiores a eles. Se os odiásseis, como vos odeiam, não valeríeis mais do que eles. Amá-los é a hóstia imácula que ofereceis a Deus na ara dos vossos corações, hóstia de agradável aroma e cujo perfume lhe sobe até o seio. Se bem a lei de amor mande que cada um ame indistintamente a todos os seus irmãos, ela não couraça o coração contra os maus procederes; esta é, ao contrário, a prova mais angustiosa, e eu o sei bem, porquanto, durante a minha última existência terrena, experimentei essa tortura. Mas Deus lá está e pune nesta vida e na outra os que violam a lei de amor. Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele. — Fénelon, (Bordéus, 1861.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XII, item 10.


Francisco Rebouças

Parábolas

Parábola do amigo importuno

“Qualquer de vós que tenha um amigo e vá procurá-lo à meia noite e lhe diga: empresta-me três pães, porque um amigo meu acaba de chegar a minha casa de uma viagem e nada tenho para lhe oferecer; se do interior o outro lhe responder: não me incomodes, a porta já está fechada, eu e meus filhos estamos deitados, não posso levantar-me para tos dar; se perseverar em bater, embora ele não se levante para lhes dar por ser seu amigo, ao menos por causa da importunação se levantará e lhe dará quantos pães precisar.

Portanto eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.

Qual de vós é o pai, que, se o filho pedir um peixe, lhe dará em vez de peixe uma serpente? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?

Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial dará um bom espírito aos que lho pedirem?” (Lucas, 11:5-13)

Confortadora parábola! O caráter amoroso e paternal de Deus é aí retratado por Jesus, de forma eloqüente, num contraste gritante com as concepções de até então, em que a divindade mais se parecia. a um déspota cruel, irritadiço, sempre disposto a castigar e a destruir.

Principia fazendo-nos compreender que, aqui mesmo na Terra, se recorrermos a um amigo quando tenhamos necessidade de um favor, haveremos de o conseguir. Pode esse amigo não nos valer imediatamente, de boa vontade, pode até relutar em atender à nossa solicitação, mas, se instarmos com ele, ainda que seja para ver-se livre de nossa importunação, acabará cedendo. Pois se desconhecidos, ou mesmo adversários, quando pedem com tato e insistência, muitas e muitas vezes são atendidos, como não o seriam aqueles que gozam da simpatia. e amizade do solicitado?

Se em vez de apelarmos para um amigo, o fizermos para o nosso pai, maior ainda será a certeza do atendimento. Sim, ainda que seja um filho mau e ingrato, cometa. erros sobre erros, envergonhe a família. com seus desvarios, ou abandone a casa para entregar-se mais livremente às suas perversões, nem por isso o pai deixará de correr ao seu encontro, tão logo o saiba arrependido e em sofrimento, para lhe dar tudo o de que necessite, antes mesmo que ele lhe exponha sua miséria.

Ora, segundo o ensino claro e insofismável da parábola, Deus é infinitamente mais solícito para com Suas criaturas do que o melhor dos amigos e o mais afeiçoado dos progenitores; assim, pois, qualquer que seja o grau de nossa imperfeição, de nossa indigência moral, se Lhe dirigirmos o nosso apelo, em prece sincera e quente, quando precisados de Seu auxílio, podemos estar certíssimos de que o socorro da Providência não nos faltará.

Não se suponha, entretanto, que basta pedir seja o que for, para que Deus aceda prontamente. Não. Ele sabe, melhor do que nós, aquilo que nos convém, o que é necessário ao nosso progresso espiritual, e é em função desse interesse mais alto que atende ou deixa de atender às nossas súplicas.

Tal qual um pai sensato que recusa ao filho o que possa prejudicá-lo, ou um cirurgião que deixa o doente sofrer as dores de uma operação que lhe trará a cura, assim Deus nos deixará sofrer, sempre que o sofrimento seja de proveito para a nossa felicidade futura. O que Ele nunca deixa de conceder, quando lhe pedimos, é a coragem, a paciência e a resignação para bem suportarmos os transes mais difíceis da existência, o que já não é pouco, pois nossas dores, então, doerão menos; é o amparo e a proteção dos nossos anjos de guarda a fim de sustentar-nos as boas resoluções e preservar-nos de novas quedas, se de fato estivermos desejosos de volver ao caminho reto.

Essa parábola encerra, ainda, um solene desmentido aos que doutrinam que sômente os demônios, ou espíritos imundos, é que podem manifestar-se aos homens, no Espiritismo ou fora dele, com poderes de simular o bem para melhor seduzi-los, pervertê-los e levá-los à perdição.

Em contraposição aos que afirmam tal heresia, admitindo que Deus só permita intervenções demoníacas, vedando ao mesmo tempo toda e qualquer manifestação de entidades bondosas, numa clamorosa parcialidade em proveito do mal, aí estão as palavras do Mestre, a esclarecer-nos que se um pai é incapaz de dar uma serpente ao filho que lhe peça um peixe, Deus, nosso Pai celestial, não poderia trair nossa fé e confiança n’Ele, dando-nos um espírito maligno quando lhe pedimos a assistência de um espírito bom.

Livro: Parábolas Evangélicas
Rodolfo Calligaris
 
Francisco Rebouças

Mantenha seu bom ânimo!


TENHA bom ânimo e coragem: você vencerá todas as dificuldades!

A vida apresenta-nos problemas às vezes difíceis.

Mas dificuldade superada é problema resolvido.

Jamais desanime: você há de vencer galhardamente todos os problemas que se lhe apresentarem.

Se o problema for complexo, divida-o em partes, e vença cada uma delas separadamente.

Mas não desanime jamais!

Livro: Minutos de Sabedoria
Carlos Torres Pastorino

Francisco Rebouças

A LIÇÃO DA BONDADE

Quando Jesus entrou vitoriosamente em Jerusalém, montado num burrico, eis que o povo, alvoroçado, vinha vê-lo e saudá-lo na praça pública.

Muitos supunham que o Mestre seria um dominador igual aos outros e bradavam:

- Glória ao Rei de Israel!...

- Abaixo os romanos!...

- Hosanas ao vencedor!...

- Viva o Filho de David!... Viva o Rei dos Judeus!...

E atapetavam a rua de flores.

Rosas e lírios, palmas coloridas e folhas aromáticas cobriam o chão por onde o Salvador deveria passar.

O Mestre, contudo, sobre o animalzinho cansado, parecia triste e pensativo. Talvez refletisse que a alegria ruidosa do povo não era o tipo de felicidade que ele desejava. Queria ver o povo contente, mas sem ódio e sem revolta, inspirado pelo bem que ajuda a conservação das bênçãos divinas.

O glorificado montador ia, assim, em silêncio, quando linda jovem se destacou da multidão, abei¬rou-se dele e lhe entregou uma braçada de rosas, exclamando:

— Senhor, ofereço-te estas flores para o Reino de Deus.

O Cristo fixou nela os olhos cheios de luz e indagou:

— Queres realmente servir ao Reino do Céu?

— Oh! sim... — disse a moça, feliz.

— Então — pediu-lhe o Mestre —, ajuda-me a proteger o burrico que me serve, trazendo-lhe um pouco de capim e água fresca.

A jovem atendeu prontamente e começou a compreender que, na edificação do Reino Divino, Jesus espera de nós, acima de tudo, a bondade sincera e fiel do coração.

Livro: Pai Nosso
Chico Xavier/Meimei
 
Francisco Rebouças

Providências do Rei


ENTÃO, o bondoso Cipião pigarreou mais uma vez e prosseguiu:

— Depois de organizados os mares e florestas, o Grande Senhor passou a tratar de vários departamentos da escola. A situação dos principezinhos preocupava-lhe o amor paternal e, valendo-se dos conselheiros e trabalhadores de seu reino, procurou garantir-lhes a saúde e a alegria, o trabalho e o estudo. Construída a escola, em pleno céu, mandou o soberano que, ao lado dos mares enormes e das matas imensas, fossem colocadas montanhas e vales, longas planícies e picos prodigiosos, repletos de riqueza e verdura.

Para que não faltasse claridade viva ao educandário, ordenou o rei que toda a construção se efetuasse sob vigoroso foco de luz criadora, cujos raios fizessem o dia, proporcionando vida e calor em abundância; e, para que a noite não escurecesse a escola, totalmente, recomendou a instalação de lâmpada suave e enorme, reconfortando a região com abençoado luar.

O soberano, cheio de sabedoria e carinho, em todas as providências sempre revelou a maior atenção, relativamente ao problema da luz, para que os seus filhos, ainda jovens, nunca se mergulhassem nas trevas do entendimento.

Livro: Os Filhos do Grande Rei
Chico Xavier/Espírito Veneranda
 
Francisco Rebouças

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Doe Palavras!

Caros amigos, excelente oportunidade está à nossa disposição para incentivar o bom ânimo dos irmãos em tratamento de saúde no HOSPITAL MARIO PENNA - Belo Horizonte/MG, pois, o hospital que cuida de doentes de câncer lançou um projeto sensacional que se chama "DOE PALAVRAS". Fácil, rápido e todos podem doar um pouquinho.

Você acessa o site, escreve uma pequena mensagem de otimismo, e ela aparece no telão para os pacientes que estão fazendo o tratamento. A reação dos pacientes é muito linda segundo os que lá trabalham.

Participe, não apenas hoje, mas, todos os dias, dê um pouquinho das suas palavras e de seus pensamentos positivos.

Não deixe de enviar sua mensagem de esperança e incentivo aos nossos queridos irmãos, e inclua em suas orações diárias também, entre no site abaixo e participe.


Vamos fazer parte desse tratamento com nossas palavras, vibrações positivas e nossas preces de coração?

Que Jesus nos Abencôe a todos!

Francisco Rebouças 

A BÊNÇÃO DO TRABALHO


Sob pretexto algum te permitas a hora vazia.

Justificando cansaço ou desengano, irritabilidade ou enfado, desespero íntimo ou falta de estímulo, evita cair no desânimo que abre claros na ação do bem, favorecendo a inutilidade e inspirando as idéias perniciosas.

Se supões que todos se voltam contra os teus propósitos superiores, insiste na atividade, que falará com mais eficiência do que tuas palavras.

Coagido pela estafa, muda de atitude mental e renova a tarefa, surpreendendo-te com motivação nova para o prosseguimento do ideal.

Vitimado por injunções íntimas, perturbadoras, que se enraízam no teu passado espiritual, redobra esforços e atua confiante.

O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal, porqüanto conquista valores incalculáveis com que o espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade.

O momento perigoso para o cristão decidido éo do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera.

Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.

Maledicências e intrigas, vaidades e presunções, calúnias e boatos, despeito e descrédito, inquietação e medo, pensamentos deprimentes e tentações nascem e se alimentam durante a hora vazia.

Os germes criminógenos de muitos males que pesam negativamente sobre a economia da sociedade se desenvolvem durante os minutos de desocupação e ociosidade.

Os desocupados jamais dispõem de tempo para o próximo, atarantados pela indolência e pela inutilidade que fomentam o egoísmo e desenvolvem a indiferença.

O trabalho se alicerça nas leis de Amor que regem o Universo.

Trabalha o verme no solo, o homem na Terra e o Pai nas Galáxias.

A vida é um hino à dinâmica do trabalho.

Não há na Natureza o ocio.

O aparente repouso das coisas traduz a pobreza dos sentidos humanos.

A vida se agita em toda parte.

O movimento é lei universal em tudo presente.

Não te detenhas a falar sobre o mal. Atua no bem.

Não te escuses à glória de trabalhar pelo progresso de todos, do que resultará a tua própria evolução.

Cada momento sabiamente aproveitado adiciona produtividade na tua sementeira de esperança.

O trabalho de boa procedência em qualquer direção produz felicidade e paz.

Dele jamais te arrependerás.

Não esperes recompensa pela sua execução.

Produze pela alegria de ser útil e ativo, içando o coração a Jesus, que sem desfalecimento trabalha por todos nós, como o Pai Celeste que até hoje também trabalha.

Livro: Leis Morais da Vida
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
Francisco Rebouças

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel