“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

BIOGRAFIA

Benedita Fernandes


Benedita Fernandes nasceu aos 27 de junho de 1883, em Campos Novos de Cunha (SP) , sendo filha de Maria Josefa Nascimento, que era viúva. Portadora de atroz obsessão, autêntica subjugação, Benedita perdeu o contato com a família e perambulava sem rumo. Certa feita, causava tantos incômodos à população que foi recolhida à Cadeia Pública da cidade de Penápolis. Àquela época não existiam hospitais ou atendimentos para tal fim. O carcereiro Padial e depois o Sr. Marcheze deram assistência à mulher doente, principalmente com passes, e Benedita, premiada pela necessidade , recebeu o chamamento libertador; uma feita depois de uma crise muito forte, ouvira: "Benedita, se promete consagrar-te, inteiramente, aos enfermos e pobres, sairás curada, daqui".

Ela recobrou a consciência e resolveu rumar para Araçatuba. Chegou ela a Araçatuba, na região alta noroeste de São Paulo, que se localiza a umas seis horas da capital paulista, totalmente desequilibrada pela mediunidade, que lhe aflorava os sentidos. Foi bondosamente amparada e recolhida em nome da fraternidade por um casal amigo. Mais tarde, refeita, começou a recolher aqui e ali, crianças desvalidas, surgindo assim um modestíssimo lar, hoje o Lar Benedita Fernandes de Araçatuba . Certa feita, as crianças não tinham o que comer. Benedita explicou-lhes que se elas fossem para o portão Jesus as auxiliaria. Elas se postaram à entrada do Lar, com o estômago a doer. Ora, passava por ali um homem chamado Ricieri, que era vendedor numa carrocinha, de buchos, rins, fígado, um tripeiro, enfim. Ricieri, perguntou-lhes o que elas faziam ali fora."− Estamos esperando Jesus para nos dar de comer!" Ele lhes respondeu: "− Digam pois lá dentro, para a mãezinha de vocês, que Jesus chegou! E daquele dia em diante, com as sobras do tripeiro, não houve mais fome por lá. Ainda, ele também, em cada casa que parava, falava aos fregueses daquele pequeno abrigo e muitos passaram a auxiliar.

Conta-se que, um dia, Benedita Fernandes viu jogado a um monturo, morto, e semi devorado por urubus o corpo de um antigo mendigo, seu conhecido, que pela carência socioemocional, era considerado louco. Ela ali mesmo jurou que jamais alguém, considerado louco, ou mesmo os loucos, ficariam sem o seu amparo! Passou a recolhê-los e abrigá-los num quartinho. Quando em crise, os dementes avançavam para ela, mas essa mulher de seios fartos, cabelos carapinha e sorriso de esperança, sentava-se numa cadeira próxima, aconchegava-os ao seu regaço, colocava a cabeça dos desvairados no seu colo, acalmava-os com preces, passes e boas palavras e a crise ia regredindo, e eles ficavam calmos, pacificados pela força irresistível do amor.

O Prefeito da cidade, vendo que aquela era uma boa causa, passou a auxiliá-la com recursos financeiros, mas, um dia, esse dinheiro, essencial, passou a não mais chegar. E ela, ao reclamá-lo com o Prefeito, soube que não mais o teria. Não titubeou. Era mulher de fibra vigorosa, avisou ao mandatário que soltaria os loucos todos por não poder sustentá-los. Eles ficaram então, por algumas horas, vagando pela cidade de Araçatuba e, assim, Benedita Fernandes obteve novamente a subvenção e pôde continuar a deles tratar no que é, hoje, o Sanatório Benedita Fernandes de Araçatuba. Além da obra de assistência, atuou como médium, principalmente passista, e na evangelização das crianças.
Merece destaque que o Espírito que anteriormente a obsediava, veio a se transformar em um dos seus colaboradores espirituais. Benedita Fernandes tornou-se igualmente uma das pioneiras do atual movimento de unificação dos espíritas quando fundou, aos trinta de agosto de 1940, a União Espírita Regional da Noroeste, sendo eleita sua presidente.
Mantinha correspondência com Cairbar Schutel, que sempre publicava notícias sobre o trabalho dela, no histórico jornal O Clarim. Era visitada por lideranças expressivas como João Leão Pitta e por Leopoldo Machado. Sentiu-se mal às 23 horas do dia oito de outubro de 1947, quando conversava com as crianças, aconselhando-as. Desencarnou à uma hora e trinta minutos do dia nove de outubro de, vítima de colapso por insuficiência cardíaca. Muito anos mais tarde, Ricieri passou a consultar-se no atual INCA, no Rio de Janeiro , devido a um doloroso câncer no pulmão.
Sabedor que Divaldo Franco estaria num Culto, na residência do casal Irene e Aristides Silva, no Flamengo, para lá se dirigiu com a esposa Matilde e com os confrades Ana e Geraldo Guimarães. Divaldo Franco, na sua discrição, naquele dia, tomando conhecimento do caso do doente, disse-lhe de chofre, para espanto de todos que ali se encontravam:"− É, Ricieri, você, como todos nós, vai desencarnar, mas há aqui um venerando Espírito a me dizer que irá recebê-lo e auxiliá-lo no trânsito pós-morte. Diz-me ela também, que você a conhece bem, desde os tempos das sobras... Está ela a agradecer, a dizer obrigada pelas sobras!" "− Sobras? Ah, então é D. Benedita Fernandes! Pergunte-lhe se eu não poderia ter uma moratória. Preciso de um tempo para terminar a obra dos esgotos no Lar de crianças da minha cidade. Divaldo, será que posso pedir além da moratória, que minhas dores sejam minimizadas?" Divaldo ficou a escutar Benedita Fernandes. "− Ela me diz que sim, que a moratória ser-lhe-á concedida. Mais tarde, você sentirá uma dor forte no coração e no pulmão. Aí será chegada a hora da viagem..." − completa-lhe Divaldo. Depois, o médium oferece ao doente a terapêutica do passe renovador e suave perfume balsâmico invade o ambiente. Ricieri e a esposa Matilde foram para casa; para espanto dos médicos, a dor havia passado. Um ano após esses acontecimentos, o bondoso tripeiro já havia terminado os esgotos do abrigo, quando sentiu uma fortíssima e aguda dor no peito, avisou a mulher, deitou-se e, tranqüilamente, desencarnou auxiliado, certamente, por esse Espírito dedicado que se chama Benedita Fernandes. A psicografia de Francisco Xavier registra o trabalho de Benedita Fernandes, que é intitulada Num Domingo de Calor, assinada por Hilário Silva, e publicada pelo Anuário Espírita 1964 (IDE).
Nos anos 70 e 80, Divaldo Pereira Franco psicografou várias mensagens de autoria de Benedita
Fernandes. Estas estão incluídas em livros do mesmo médium. Por ocasião do cinqüentenário de suas obras, lançamos um livro sobre Benedita – Dama da Caridade, inicialmente editado pela então União Municipal Espírita de Araçatuba, na qual reunimos informações sobre a vida e as ações desta notável obreira, bem como as mensagens espirituais dela ou alusivas a ela.
Francisco Rebouças

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O Espírito de Verdade

José Francisco Costa Rebouças

Como espírita que somos, procuramos dedicar toda a atenção aos ensinamentos da nossa doutrina, com a intenção de externar nossa própria interpretação sobre os diversos temas abordados por ela, perfeitamente fundamentados nos conceitos contidos na Codificação do Espiritismo, visto que, encontramos vários assuntos, que são comentados por muitos dos nossos confrades de maneira a nos deixar, perplexos, sem compreender o que dizem, pois, por mais que pesquisemos, não conseguimos encontrar respaldo na codificação elaborada pelos imortais da vida maior e tão bem realizada por Allan Kardec no Pentateuco espírita, para justificar tais interpretações.

Refiro-me, por exemplo, a um dos assuntos mais discutidos e que provoca muita polêmica entre os espiritistas, por se tratar de alguém tão importante para nós e que é o grande responsável pela doutrina que professamos, o “Espírito de Verdade”. Que muitos sustentam a opinião, de que se trata de uma falange de espíritos que reunidos firmaram os conceitos da codificação, do que discordamos, pois, temos a certeza pelo que encontramos noticiado nas obras espíritas, que é o próprio Jesus quem usa de tal denominação para se exprimir em diversas mensagens suas contidas nas obras básicas de Espiritismo.

Pois bem, quando digo que somos espíritas é porque só admito verdadeiramente discutir qualquer título, sob a ótica espírita, se claro, estiver fundamentado nos ensinos contidos na codificação, e, pesquisando-a, podemos verificar que O Espírito de Verdade, se manifesta isoladamente em várias comunicações contidas no Evangelho Segundo o Espiritismo e, em outras tantas, encontramos nomes de grandes trabalhadores desta obra insuperável como: Santo Agostinho, São Luiz, Fénelon, etc., que fizeram parte da coletividade dos mensageiros do Mestre, sem assinarem suas comunicações como o Espírito de verdade, e sim, utilizando o nome de suas individualidades anteriormente conhecidas.

Observando atentamente o contido no Livro dos Espíritos, exatamente no último parágrafo dos Prolegômenos, não temos qualquer dúvida quanto ao que afirmamos, pois entre as diversas personalidades do mundo maior, citadas como participantes ativos da obra, está alguém que se denomina simplesmente como O Espírito da Verdade, conforme segue:

“Lembra-te de que os Bons Espíritos só dispensam assistência aos que servem a Deus com humildade e desinteresse e que repudiam a todo aquele que busca na senda do Céu um degrau para conquistar as coisas da Terra; que se afastam do orgulhoso e do ambicioso. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus. São um véu lançado sobre as claridades celestes, e Deus não pode servir-se do cego para fazer perceptível a luz.”

São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc.

Analisando o que acima está exposto, perguntamos: quem seria capaz de se proclamar O Espírito da Verdade, senão ele que nos asseverou em (João 14/6), “eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vai ao pai senão por mim”?

Passamos agora ao contido na Revista espírita, que aqui selecionamos:

1) Revista Espírita 1861, pág.305, o Espírito Erasto sob o título; Epístola de Erasto aos Espíritas Lioneses, lida no banquete de 19 de setembro de 1861, nos diz:

“Não poderíeis crer o quanto estou orgulhoso em distribuir, a todos e a cada um, os elogios e os encorajamentos que o Espírito de verdade, nosso mestre bem amado, me ordenou conceder às vossas piedosas coortes: a ti, Diloud, a ti, sua digna companheira e a todos vossos devotados missionários que derramais os benefícios do Espiritismo, obrigado pelo vosso concurso e pelo vosso zelo”.

2) Revista Espírita 1864, pág.16, O Espírito Hahnemann, sob o Título; Um caso de Possessão – Senhorita Julie, relata:

“Essas obsessões freqüentes terão também um lado muito bom, naquilo que sendo penetrada pela prece e pela força moral, pode-se fazê-la cessar e adquirir o direito de expulsar os maus Espíritos, cada um procurará, pela melhoria de sua conduta adquirir esse direito que o Espírito de Verdade, que dirige este globo, conferirá quando for merecido. Tende fé e confiança em Deus, que não permite que se sofra inutilmente e sem motivo”.

3) Revista Espírita 1864, págs. 399, O Espírito de verdade, sob o título; Comunicação Espírita nos afirma:

"Há várias moradas na casa de meu Pai, eu lhes disse há dezoito séculos. Estas palavras o Espiritismo veio fazer compreendê-las.

E vós, meus bem-amados, trabalhadores que suportais o ardor do dia, que credes ter a vos lamentar da injustiça da sorte, bendizei vossos sofrimentos; agradecei a Deus que vos dá os meios de quitar as dívidas do passado; orai, não dos lábios, mas do vosso coração melhorado, para vir tomar, na casa de meu Pai a melhor morada; porque os grandes serão rebaixados; mas, vós o sabeis, os pequenos e os humildes serão elevados”.

4) Revista Espírita 1866, pág. 222, sob o título; Qualificação de Santo aplicada a certos espíritos, ensina:

“ O Espírito que ditou a comunicação acima é, pois, muito absoluto no que concerne a qualificação de santo, e não está na verdade dizendo que os Espíritos superiores se dizem simplesmente Espíritos de Verdade, qualificação que não seria senão um orgulho mascarado sob outro nome, e que poderia induzir em erro se tomado ao pé da letra, porque ninguém pode se gabar de possuir a verdade absoluta, não mais do que a santidade absoluta. A qualificação de Espírito de verdade, não pertence senão a um e pode ser considerada como nome próprio; ela é especificada no evangelho. De resto, esse Espírito se comunica raramente, e somente em circunstâncias especiais; deve-se manter em guarda contra aqueles que se apoderam indevidamente desse título: são fáceis de se reconhecer, pela prolixidade e pela vulgaridade de sua linguagem”.

5) Revista Espírita 1867, pág. 271, sob o título; Caracteres da Revelação Espírita, descreve:

“Ora, como é o Espírito de verdade que preside ao grande movimento de regeneração, a promessa de seu advento se encontra do mesmo modo realizada, porque, por conseqüência, ele é que é o verdadeiro Consolador.

6) Revista Espírita 1868, pág.49, o espírito LAMENNAIS, sob o título; Espíritos Marcados, esclarece:

“Sim, meus filhos, o povo caminhará mais depressa na nova mensagem anunciada pelo próprio Cristo, e todos virão escutar essa divina palavra, porque nela reconhecerão a linguagem da verdade e o caminho da salvação. Deus que permitiu esclarecer, sustentar vossa caminhada até esse dia, nos permitirá ainda vos dar as instruções que vos são necessárias”.

7) Revista Espírita 1868, pág. 51, o espírito ERASTO, sob o título Futuro do Espiritismo; informa:

"Eis, meus filhos, a verdadeira lei do Espiritismo, a verdadeira conquista de um futuro próximo. Caminhai, pois, em vosso caminho imperturbavelmente, sem vos preocupar com as zombarias de uns e amor-próprio ferido de outros. Estamos e ficaremos convosco, sob a égide do Espírito de Verdade, meu senhor e o vosso".

A seguir, passamos a transcrever trechos do contido em outras obras da codificação do espiritismo, para melhor fundamentarmos nossa afirmação em relação ao assunto em pauta:

8) Logo no primeiro Capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo, no item 7, encontramos o que abaixo transcrevemos:

“Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra”.

9) observemos agora, o teor da mensagem do Espírito de Verdade, relatada no Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo VI; item 5:

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Advento do Espírito de Verdade

Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal.

Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis."

Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! pois que a morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro.

Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.

Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa, para deixar de estender mão socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.

Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: "Irmãos! Nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade." - O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.)

10) Livro dos Médiuns Capítulo IV; item 48:

Sistema unispírita, ou mono-espírita.

“Como variedade do sistema otimista,temos o que se baseia na crença de que um único Espírito se comunica com os homens, sendo esse Espírito o Cristo, que é o protetor da Terra. Diante das comunicações da mais baixa trivialidade, de revoltante grosseria, impregnadas de malevolência e de maldade, haveria profanação e impiedade em supor-se que pudessem emanar do Espírito do bem por excelência. Se os que assim o crêem nunca tivessem obtido senão comunicações inatacáveis, ainda se lhes conceberia a ilusão. A maioria deles, porém, concordam em que têm recebido algumas muito ruins, o que explicam dizendo ser uma prova a que o bom Espírito os sujeita, com o lhes ditar coisas absurdas. Assim, enquanto uns atribuem todas as comunicações ao diabo, que pode dizer coisas excelentes para tentar, pensam outros que só Jesus se manifesta e que pode dizer coisas detestáveis, para experimentar os homens. Entre estas duas opiniões tão opostas, quem sentenciará? O bom-senso e a experiência. Dizemos: a experiência, por ser impossível que os que professam idéias tão exclusivas tudo tenham visto e visto bem.

Quando se lhes objeta com os fatos de identidade, que atestam, por meio de manifestações escritas, visuais, ou outras, a presença de parentes ou conhecidos dos circunstantes, respondem que é sempre o mesmo Espírito, o diabo, segundo aqueles, o Cristo, segundo estes, que toma todas as formas. Porém, não nos dizem por que motivo os outros Espíritos não se podem comunicar, com que fim o Espírito da Verdade nos viria enganar, apresentando-se sob falsas aparências, iludir uma pobre mãe, fazendo-lhe crer que tem ao seu lado o filho por quem derrama lágrimas. A razão se nega a admitir que o Espírito, entre todos santo, desça a representar semelhante comédia. Demais, negar a possibilidade de qualquer outra comunicação não importa em subtrair ao Espiritismo o que este tem de mais suave: a consolação dos aflitos? Digamos, pura e simplesmente, que tal sistema é irracional e não suporta exame sério”.

11) Gênese Capítulo I – item 42:

“Demais, se se considerar o poder moralizador do Espiritismo, pela finalidade que assina a todas as ações da vida, por tornar quase tangíveis as conseqüências do bem e do mal, pela força moral, a coragem e as consolações que dá nas aflições, mediante inalterável confiança no futuro, pela idéia de ter cada um perto de si os seres a quem amou, a certeza de os rever, a possibilidade de confabular com eles; enfim, pela certeza de que tudo quanto se fez, quanto se adquiriu em inteligência, sabedoria, moralidade, até à última hora da vida, não fica perdido, que tudo aproveita ao adiantamento do Espírito, reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador”.

12) Gênese Capítulo XVII – item 37:

“As religiões que se fundaram no Evangelho não podem, pois, dizer-se possuidoras de toda a verdade, porquanto ele, Jesus, reservou para si a complementação ulterior de seus ensinamentos”.

13) Gênese Capítulo XVII – item 39:

“O Consolador é, pois, segundo o pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora, cujo inspirador há de ser o Espírito de Verdade”.

14) Obras Póstumas – Segunda parte, 13ª edição:

Perguntas de Kardec, páginas: 271/272/274/275;

a) Reconhecê-lo-ei, depois de minha morte, no mundo dos Espíritos?

Resposta: Sobre isso não pode haver dúvida; será ele quem virá receber-te e felicitar-te, se houveres desempenhado bem tua tarefa.

b) Meu espírito familiar, quem quer que tu sejas, agradeço-te o me teres vindo visitar. Consentirás em dizer-me quem és?

Resposta: Para ti chamar-me-ei A VERDADE e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.

c) Terás animado na terra alguma personagem conhecida?

Resposta: Já ti disse que, para ti sou A VERDADE; isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais saberás a respeito.

Outras Obras Complementares:

15) Livro, Missionários da Luz – Capítulo 9:

O sábio instrutor Alexandre esclarece: - “Mediunidade constitui “meio de comunicação”, e o próprio Jesus nos afirma: “eu sou a porta... se alguém entrar por mim será salvo e entrará, sairá e achará pastagens”! Porque audácia incompreensível imaginais a realização sublime sem vos afeiçoardes ao Espírito de Verdade, que é o próprio Senhor?” Ouvi-me irmãos meus!... Se vos dispondes ao serviço divino, não há outro caminho senão Ele, que detém a infinita luz da verdade e a fonte inesgotável da vida! Não existe outra porta para a mediunidade celeste, para o acesso ao equilíbrio divino que anelais no recôndito santuário do coração! Somente através dELE, vivendo-lhe as sublimes lições, alcançareis a sagrada liberdade de entrar nos domínios da Espiritualidade e deles sair, conquistando o pão eterno que vos saciará a fome para sempre. Sem o Cristo, a mediunidade é simples “meio de comunicação” e nada mais, mera possibilidade de informação, como tantas outras, da qual poderão assenhorear-se também os interessados em perturbações, multiplicando presas infelizes”.

Diante do que aqui expomos, extraídos do contido na codificação espírita, sem pretensão de nos proclamar os donos da verdade, pois sabemos perfeitamente que só o Cristo pode ostentar esse título, e respeitando as opiniões dos que pensam contrariamente a nós, não podemos deixar de enfatizar que nossa afirmativa tem respaldo nos ensinos do consolador.

Esperamos, ter contribuído para elucidar definitivamente essa dúvida, e doravante seguirmos confiantes e convictos os ensinamentos da doutrina espírita, na absoluta certeza de que o próprio Senhor Jesus é, “O Espírito de Verdade”.


Francisco Rebouças.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A mídia que desejamos!

Amigos, ocupo-me nesta hora, a fazer algo que sempre desejei, mas que protelava dia após dia, deixando sempre para depois, algo que agora reconheço já deveria ter feito há muito tempo. Trata-se de um artigo em que pudesse me expressar de forma equilibrada e sem os constantes arrepios de indignação que praticamente a todo instante me assaltam e me tiram a tranqüilidade, deixando-me realmente pasmo diante de tanta agressão à moral e dignidade e tamanha falta de respeito dos meios de comunicação que nos invadem a intimidade familiar, nos diversos veículos da mídia tais como: jornais, revistas, rádios e programas de televisão que assistimos, em horário nobre, em plena luz do dia.

Posso citar vários deles, desde os tais programas de entretenimento, novelas, e muitos dos programas ao vivo, com apresentadores inescrupulosos e indecentes, que falam palavrões, como se estivessem em algum lugar privado, proibido a pessoas decentes e sensíveis, educadas e honradas, o que na realidade nossos lares não o são verdadeira e definitivamente.

Não pretendo passar aqui por pseudo-moralista, piegas, ou santo, pois, reconheço que ainda estou distante dessas qualidades, que um dia pretendo possuir por completo, mas, não sou também da mesma maneira, nenhum depravado, indecente ou idiota, que não possa ver e desaprovar as investidas desses infelizes e desrespeitosos covardes, contra a dignidade dos leitores, ouvintes ou telespectadores que os assistem, entregues à própria sorte já que os representantes da nossa sociedade, ou são cegos e surdos todos sem exceção, ou pouco estão se incomodando com a falta de respeito e dignidade dos textos produzidos e vendidos sem qualquer fiscalização, assim como os inúmeros programas exibidos pelas emissoras de rádio e televisão abertas ou fechadas, cedo ou tarde da noite.

Um bom exemplo para o que estou dizendo, pode ser verificado a cada transmissão das partidas de futebol pelas televisões, em qualquer horário, pois, os palavrões que os técnicos, jogadores, e dirigentes falam em alto e bom tom, não nos deixa a menor dúvida de que essas pessoas não têm o menor respeito ou cuidado com quem está atrás de um aparelho de rádio ou TV, em seus lares, que são na verdade merecedores de consideração e dignos de não terem esses péssimos exemplos sendo apresentados às suas crianças, e jovens que com seus pais assistem a essas aulas de indecências, de quem deveria primar pelo respeito e pela valorização da moral, principalmente perante os pequeninos, sem falar nas decentes senhoras de idade já bem avançadas que são obrigadas, por não serem surdas, e, por gostarem de ver uma partida de futebol, a se sujeitarem a esse tipo de desrespeito.

Também as novelas, são portadoras de cenas tão agressivas e indecentes, que se tornam fábricas de desarmonia e desgraças para muitos dos jovens que acreditam, por inexperiência, que a vida se passa de acordo com os tramas dos respectivos personagens, no que diz respeito principalmente ao sexo e ao sucesso que eles sempre alcançam, que fico vermelho quando estou na casa de alguém que as acompanham, pois, graças a Deus na minha residência, não assistimos essa praga que se chama novela; preferimos assistir a documentários, leituras edificantes, jornais ou outras opções que nos possam acrescentar algo de útil em nosso dia-a-dia.

Sabemos que esse lixo imoral, exibido pelos veículos de comunicação são resultados obtidos por pesquisas que realizam em comunidades de grande densidade populacional, onde o poder público não garante sequer a mínima condição de vida e lazer para essas pessoas, que diante de tanta desgraça e miséria, não vê alternativa diferente, senão ligar seus aparelhos de televisão e pagar para assistir a decadência e a inoperância da Lei e da ordem, no completo desprezo aos valores éticos e morais que deveriam ser incentivados, defendidos e implantados em todos os programas que fossem levados ao ar.

Em O Livro dos Espíritos, encontramos na matéria que segue a razão que nos dá a convicção de que como espíritas, seguidores dos ensinos de Jesus, não mais podemos continuar a ficar de braços cruzados assistindo a tudo o que está acontecendo, esperando que os Espíritos façam o que a nós cabe realizar em prol do bem e da paz.

O bem e o mal

629. Que definição se pode dar da moral?
“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”
630. Como se pode distinguir o bem do mal?
“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”
631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?
“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu inteligência para distinguir um do outro.”
632. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?
“Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.”
633. A regra do bem e do mal, que se poderia chamar de reciprocidade ou de solidariedade, é inaplicável ao proceder pessoal do homem para consigo mesmo. Achará ele, na lei natural, a regra desse proceder e um guia seguro?
“Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades.
Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz - basta, evitaria a maior parte dos males, cuja culpa lança à Natureza.”
634. Por que está o mal na natureza das coisas? Falo do mal moral. Não podia Deus ter criado a Humanidade em melhores condições?
“Já te dissemos: os Espíritos foram criados simples e ignorantes (115). Deus deixa que o homem escolha o caminho. Tanto pior para ele, se toma o caminho mau: mais longa será sua peregrinação. Se não existissem montanhas, não compreenderia o homem que se pode subir e descer; se não existissem rochas, não compreenderia que há corpos duros. É preciso que o Espírito ganhe experiência; é preciso, portanto, que conheça o bem e o mau. Eis por que se une ao corpo.” (119)
635. Das diferentes posições sociais nascem necessidades que não são para todos os homens. Não parece poder inferir-se daí que a lei natural não constitui regra uniforme?
“Essas diferentes posições são da natureza das coisas e conformes à lei do progresso. Isso não infirma a unidade da lei natural, que se aplica a tudo.”
As condições de existência do homem mudam de acordo com os tempos e os lugares, do que lhe resultam necessidades diferentes e posições sociais apropriadas a essas necessidades. Pois que está na ordem das coisas, tal diversidade é conforme à lei de Deus, lei que não deixa de ser una quanto ao seu princípio. À razão cabe distinguir as necessidades reais das factícias ou convencionais.
636. São absolutos, para todos os homens, o bem e o mal?
“A lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto ao grau da responsabilidade.”
637. Será culpado o selvagem que, cedendo ao seu instinto, se nutre de carne humana?
“Eu disse que o mal depende da vontade. Pois bem! Tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz.”
As circunstâncias dão relativa gravidade ao bem e ao mal. Muitas vezes, comete o homem faltas, que, nem por serem conseqüência da posição em que a sociedade o colocou, se tornam menos repreensíveis. Mas, a sua responsabilidade é proporcionada aos meios de que ele dispõe para compreender o bem e o mal. Assim, mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído que pratica uma simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus instintos.
638. Parece, às vezes, que o mal é uma conseqüência da força das coisas. Tal, por exemplo, a necessidade em que o homem se vê, nalguns casos, de destruir, até mesmo o seu semelhante. Poder-se-á dizer que há, então, infração da lei de Deus?
“Embora necessário, o mal não deixa de ser o mal. Essa necessidade desaparece, entretanto, à medida que a alma se depura, passando de uma a outra existência. Então, mais culpado é o homem, quando o pratica, porque melhor o compreende.”
639. Não sucede freqüentemente resultar o mal, que o homem pratica, da posição em que os outros homens o colocam? Quais, nesse caso, os culpados?
“O mal recai sobre quem lhe foi o causador. Nessas condições, aquele que é levado a praticar o mal pela posição em que seus semelhantes o colocam tem menos culpa do que os que, assim procedendo, o ocasionaram. Porque, cada um será punido, não só pelo mal que haja feito, mas também pelo mal a que tenha dado lugar.”
640. Aquele que não pratica o mal, mas que se aproveita do mal praticado por outrem, é tão culpado quanto este?
“É como se o houvera praticado. Aproveitar do mal é participar dele. Talvez não fosse capaz de praticá-lo; mas, desde que, achando-o feito, dele tira partido, é que o aprova; é que o teria praticado, se pudera, ou se ousara.”
641. Será tão repreensível, quanto fazer o mal, o desejá-lo?
“Conforme. Há virtude em resistir-se voluntariamente ao mal que se deseja praticar, sobretudo quando há possibilidade de satisfazer-se a esse desejo. Se apenas não o pratica por falta de ocasião, é culpado quem o deseja.”
642. Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?
“Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem.”
643. Haverá quem, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o bem?
“Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de praticá-lo. Porque, fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.”
644. Para certos homens, o meio onde se acham colocados não representa a causa primária de muitos vícios e crimes?
“Sim, mas ainda aí há uma prova que o Espírito escolheu, quando em liberdade, levado pelo desejo de expor-se à tentação para ter o mérito da resistência.”
645. Quando o homem se acha, de certo modo, mergulhado na atmosfera do vício, o mal não se lhe torna um arrastamento quase irresistível?
“Arrastamento, sim; irresistível, não; porquanto, mesmo dentro da atmosfera do vício, com grandes virtudes às vezes deparas. São Espíritos que tiveram a força de resistir e que, ao mesmo tempo, receberam a missão de exercer boa influência sobre os seus semelhantes.”
646. Estará subordinado a determinadas condições o mérito do bem que se pratique? Por outra: Será de diferentes graus o mérito que resulta da prática do bem?
“O mérito do bem está na dificuldade em praticá-lo. Nenhum merecimento há em fazê-lo sem esforço e quando nada custe. Em melhor conta tem Deus o pobre que divide com outro o seu único pedaço de pão, do que o rico que apenas dá do que lhe sobra, disse-o Jesus, a propósito do óbolo da viúva.” 1

Penso que chega de tanta indiferença de todos nós cidadãos brasileiros diante desse desafio que se apresenta como uma doença aparentemente incurável, que é o alastramento da desordem e do desrespeito aos valores morais do homem, e, ante a árdua e inevitável tarefa de moralização dos meios de comunicação, vamos todos juntos, levantar nossa voz e empregar nossos melhores recursos sejam quais forem os que estiverem ao nosso alcance, na certeza de que, com a graça de Deus nosso Pai e Criador, cedo ou tarde, conquistaremos a vitória da luz sobre a treva da ignorância, e possamos definitivamente respeitar e sermos também respeitados.

Comecemos a movimentar nossas mãos, utilizando-nos dos recursos que a tecnologia nos oferta, e enviemos imediatamente nossos protestos para o e-mail que segue, eticanatv@camara.gov.br, para que os nossos legítimos representantes possam ter um imediato motivo para notarem que ainda existem criaturas preocupadas em defender a dignidade e exigir o devido respeito aos ouvintes, leitores ou telespectadores da mídia em geral, nas matérias ou nos programas que pagamos para ler, ouvir ou assistir em nossas residências, que não são exatamente o que eles pensam que seja.

Chega do papo furado e sem sentido de: “quem está insatisfeito que mude de canal”, ou outro qualquer, pois, sabemos bem que todos eles exibem essas torpezas e não adianta simplesmente mudar de leitura ou canal, a mídia é que tem de mudar a visão sobre os absurdos que comete contra a sociedade, isso sim, é o que precisa urgentemente acontecer.

Fonte:
1) Livro dos Espíritos – FEB, 76ª edição.
Grande abraço,
Francisco Rebouças

sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Lembranças" de um certo carnaval!

Psicografia!

Quero aqui relatar
o que me aconteceu
num dia de carnaval
quando perdi o corpo meu.

Estava muito empolgado
como todo ano fazia
a fantasia comprado
e esperava com alegria.

Sempre para mim estes dias
eram festa sem igual
todo ano me acabava,
isso era o carnaval.

Todo mundo comentava
o meu ânimo esfuziante
e a mamãe sempre falava:
– menino tome um calmante!

Maiiinha dizia eu
deixe que eu me cuide
afinal o corpo é meu
não há porque me descuide.

A música era feérica
a multidão se comprimia
a praça regurgitava
o trio elétrico seguia.

Empurra daqui e dali
eta povão animado
e junto lá ia eu
folião fantasiado.

Acontece que a euforia
precisava alimentar
e sempre que eu podia
levava o que cheirar.

Aí tudo ficava
mais eletrizante então,
os meus pés pareciam
que flutuavam do chão.

A hora nunca acabava
o tempo era dobrado
e mais e mais inalava
entre outros, um drogado.

Esquecia todo mundo
só pensava em curtir
ficava todo imundo
não dava tempo de dormir.

Exaustão, cansaço,
e maneio febril
combinação malsinada
trazendo pesares mil.

Ouvi uma voz chamando
acorda, acorda meu irmão!
vi então vovô Armando
me estendendo a mão.

Assustado perguntei:
– vovô o Sr. não morreu?!
como é que está aqui?!
responde pro sossego meu!!!

Acalme-se querido netinho
você fez longa viagem
vai saber daqui a pouquinho
o que houve de verdade.

Olhei em volta e percebi
que era um outro ambiente,
será mesmo que morri,
ou estou ficando demente?!

Vovô vendo meu espanto
acariciou-me com afeto
e secou-me o pranto
entregando-me ao irmão Roberto.

Então o médico caridoso
explicou-me seguro
você voltou no carnaval:
– desencarne prematuro.

Percebi tardiamente
a minha grande loucura
e trago prá toda gente,
minha triste aventura.

Queridos amigos ouvintes
experiência é lição
exageros com requintes
exige reparação.

Hoje espero outro corpo
na fila de reencarnação
uma coisa asseguro
carnaval e exagero, agora digo NÃO!

Alex.


"A vida aqui na Terra é sublime experiência, guardemos em todo momento moderação, responsabilidade e do amor a ciência."

Irmã Rosa.

Mensagens recebidas durante reunião pública no Grupo Espírita "Messe de Amor" – GEMA pela médium Telma Regina. Rua Martins Torres, 479. Martins Torres. Niterói. RJ. (fevereiro/2009).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Espiritismo segue crescendo, vencendo os desafios!

O verdadeiro seguidor do Espiritismo não tem que se preocupar com os ataques dos pseudo-religiosos, que espalham a todo o vapor as inverdades, difamações, e falsas teorias das quais o espiritismo jamais se utilizou, isto porque, a cada dia as verdades que compõem os princípios doutrinários ensinados pelos Nobres Guias da Espiritualidade Superior, estão sendo ratificados pela ciência, isso mesmo, a ciência que nada mais é que a descoberta das Leis Naturais pelos homens, através dos estudos, e das pesquisas, levados a efeito por homens cientistas dedicados e adredemente preparados no mundo espiritual para tal desafio.

Assim sendo, cabe a cada um de nós espíritas seguir com a seriedade o que a nossa doutrina exige de todos os seus adeptos, ou seja: estudar e levar adiante seus conceitos de paz e fraternidade, atendendo ao clamor do seu ensino maior a todos nós espíritas, para a observância de que: “Fora da caridade não há salvação”.

Sabemos que nós seguidores da doutrina espírita, precisamos continuar a amar e instruir-nos, conforme o ensinamento do Espírito de Verdade, para que possamos entender sem qualquer dificuldade que “fé inabalável, só o é a que pode encarar frente a frete a razão em todas as épocas da humanidade”, isto é, que uma fé sem ouvir os argumentos da razão, não pode ser seguida por quem estuda e usa da bênção da inteligência.

Allan Kardec, respondendo aos seus inquiridores, foi preciso em suas explicações, conforme se pode constatar nos argumentos que seguem, onde soube com respeito e consideração, fazer resplandecer ao mundo a solidez e a beleza da doutrina espírita.

Que também nós, possamos ter disposição e competência para esclarecer e divulgar de forma correta os verdadeiros princípios contidos na codificação do espiritismo que dizemos seguir, sem esmorecimentos e sem omissão, fazendo a parte que os espíritos superiores dedicaram à nossa responsabilidade, na implantação da moral contida no Evangelho de Jesus, nos corações de todos os homens na Terra.

Impotência dos detratores

Visitante -– Eu concordo que entre os detratores do Espiritismo há pessoas inconseqüentes, como esta de que acabais de falar; mas, ao lado destas, não há homens de um valor real e cuja opinião é de um certo peso?

“A.K. – Eu não o contesto de modo algum. A isso respondo que o Espiritismo conta também em suas fileiras com um bom número de homens de um valor não menos real. Eu digo mais: que a imensa maioria dos espíritas se compõem de homens inteligentes e estudiosos. Só a má fé poder dizer que eles são recrutados entre os incautos e os ignorantes.

Um fato peremptório responde, aliás, a esta objeção: é que malgrado seu saber ou sua posição oficial, ninguém conseguiu deter a marcha do Espiritismo. Todavia, não há entre eles um só, desde o mais medíocre folhetinista, que não esteja se vangloriando de lhe vibrar o golpe mortal. Todos, sem exceção, ajudaram, sem o querer, a vulgarizá-lo. Uma idéia que resiste a tantos esforços, que avança sem tropeço através da fúria dos golpes que lhe dão, não prova sua força e a profundidade de suas raízes? Esse fenômeno não merece atenção dos pensadores sérios? Outros também se dizem hoje que ele deve ter alguma coisa, que pode ser um desses grandes e irresistíveis movimentos, que, de tempos em tempos, comovem as sociedades para transformá-las.

Assim o foi sempre com todas as idéias novas chamadas a revolucionarem o mundo. Elas encontram obstáculos, porque têm que lutar contra os interesses, os preconceitos, os abusos que elas vêm
derrubar. Mas como estão nos desígnios de Deus, para cumprir a lei do progresso da Humanidade, quando a hora é chegada, nada saberia detê-las. É a prova de que elas são a expressão da verdade.

Essa impotência dos adversários do Espiritismo prova, primeiro, como eu o disse, a ausência de boas razões, uma vez que aqueles que se lhe opõem não convencem; ela, porém, se prende a uma outra causa que frustra todas as suas combinações. Espantam-se com o seu progresso, malgrado tudo o que fazem para detê-lo; ninguém lhe encontra a causa, porque a procuram onde ela não está. Uns a vêem na força do diabo, que se mostraria assim mais forte que eles, e mesmo que Deus, outros, no desenvolvimento da loucura humana. O erro de todos é crer que a fonte do Espiritismo é única, e que repousa sobre a opinião de um homem; daí a idéia de que arruinando a opinião desse homem, arruinarão o Espiritismo. Eles procuram essa fonte sobre a Terra, enquanto ela está no espaço; ela não está num lugar determinado, está por toda parte, porque os Espíritos se manifestam por toda parte, em todos os países, no palácio como na choupana. A verdadeira causa está, pois, na própria natureza do Espiritismo que não recebe seu impulso de uma pessoa só, mas que permite a cada um receber diretamente comunicações dos Espíritos e se assegurar assim da realidade dos fatos. Como persuadir a milhões de indivíduos que tudo isso não é senão malabarismo, charlatanismo, destreza, quando são eles mesmos que obtêm esses resultados sem o concurso de ninguém? Se lhes fará crer que são seus próprios companheiros que fazem charlatanismo e escamoteação só para eles?

Essa universalidade das manifestações dos Espíritos que vêm a todos os pontos do globo, vem dar um desmentido aos detratores e confirmar os princípios da doutrina; é uma força que não pode ser compreendida por aqueles que não conhecem o mundo invisível, da mesma forma que aqueles que não conhecem a lei da eletricidade não podem compreender a rapidez da transmissão de um telegrama. É contra essa força que vêm se quebrar todas as negações, porque é como se se dissesse às pessoas que recebem os raios do sol, que o sol não existe.

Abstração feita das qualidades da doutrina, que satisfaz mais do que aquelas que se lhe opõem, aí está a causa dos fracassos daqueles que tentam deter-lhe a marcha. Para terem sucesso seria preciso que encontrassem um meio de impedir os Espíritos de se manifestarem. Eis porque os espíritas tomam tão pouco cuidado com as suas manobras; eles têm a experiência e a autoridade dos fatos”. 1

Que Jesus possa nos dar força e inspiração, para continuarmos nesse processo de transformação da humanidade através de nossos exemplos de reais discípulos do Mestre de Nazaré.

Fonte:
1) Livro: O que é o Espiritismo. – FEB. 40ª edição.

Francisco Rebouças.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O teu contributo é valioso, se propõe paz e crescimento moral espiritual.

Psicografia
A proposta do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, é um manancial de luzes a clarear a estrada de todos aqueles que de bom alvitre o queiram seguir, pois, nos propõe a renovação e a disposição de crescimento em valores morais e a prática da verdadeira caridade para conosco e para com os que conosco jornadeiam nesta presente romagem terrena, que a todos concede a divina bênção da renovação e da elevação espiritual pela porta da reencarnação.

Certo, por ora, ainda não dispomos de condições mais espiritualizadas que nos olvidassem a ensancha de projeção a vôos mais altos, no entanto esta é a nossa condição atual, e é com ela que temos que nos apresentar ao labor confiado à nossa iniciativa, justamente como condição única de desenvolvermos as pontencialidades que adormecem latentes em nosso Ser Imortal, à espera da nossa voluntária decisão de fazê-las desabrochar no jardim de nossas possibilidades de produzir os benefícios das virtudes com as quais poderemos, se assim desejarmos, espargir de nosso mundo íntimo, as claridades das quais nos fazemos portadores, desde nossa criação há milênios, como nos alertou o Mestre de Nazaré quando nos fez a revelação de que “Somos deuses, e faremos tudo o que ele fez e muito mais”.

Assim sendo, não nos é mais possível desprezar esses ensinos tão profundos que Jesus há mais de dois mil anos nos veio pessoalmente trazer, visto que desprezamos as tentativas de esclarecimento propostas por inúmeros outros mensageiros por ele enviado desde eras remotas do aparecimento do homem na Terra.

Sabedores, de que só através do esclarecimento de nossa ignorância principalmente sobre as coisas do espírito, é que poderemos obter êxito no cometimento a que nos propomos de alcançar a felicidade e a paz de espírito da qual tanto sentimos falta e desejamos, precisamos aproveitar a presente oportunidade de soerguimento de nosso Ser, envolto em tantas construções irresponsáveis e insanas de um passado vivido sob a regência do nosso instinto animalizado, que jamais nos decidimos por aprimorar, e que já nos causou e ainda nos causará alguns dissabores, pois, Jesus nos afiançou que, “a cada um será concedido segundo as suas próprias obras”, nos alertando para a nossa responsabilidade sobre a plantação da semente do desequilíbrio e da ambição que alastramos pelos campos por nós lavrados até a presente oportunidade.

PRECISO SE FAZ, que esqueçamos as investidas desastrosas de nossas atitudes no ontem sombrio de nossa atuação na vida em relação a Leis de Amor e Caridade que rege a vida do Ser a caminho da pureza e da perfeição, e, dediquemo-nos de corpo e alma doravante a novas construções pautadas na proposta de Jesus de “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e arregacemos as mangas em trabalho renovador no bem, pois, Deus é Pai de infinito amor e justiça e nos dará todas as condições e ferramentas com as quais desfaremos os erros de ontem e construiremos uma nova estrada sólida e reta em direção a ao encontro conosco mesmos, em busca da consciência livre dos pesadelos que nos atormentam há tempos.

O Espiritismo que abraçamos, nos dá essa condição de ver além do que víamos outrora, e nos faz crer por entender e não por seguirmos o que os outros nos transmitiam sem que nos dispuséssemos a meditar sobre o que nos chegava, fazendo-nos seguir orientações sem qualquer fundamento ou lógica, desprovido até mesmo de bom senso, o que graças a Deus já superamos.

Que o Senhor da vinha nos conduza pelas veredas da paz e da luz, hoje e por todo o sempre!

Josepha
Por: Francisco Rebouças.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Palestra - César Reis

Prezados amigos, temos o prazer de divulgar a palestra que o professor César Reis realizará na Suiça conforme cartaz.

Informação da nossa amiga: Gorete Newton.








Francisco Rebouças

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Palavras de Sabedoria

Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores do que o teu silêncio, e lembre-se que alto deve ser o valor de suas idéias, não o volume de sua voz.

Minutos de Sabedoria.
C.Torres Pastorino.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Celeste indulgência

Porque também nós éramos, outrora, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias paixões e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.
Paulo – “ Tito, Cap. 3 Versículo 3.”

Sempre que estivermos à beira da intemperança, a ponto de explodir como um vulcão de loucura, façamos uma pequena pausa para meditar na Indulgência Divina com que somos agraciados diariamente, para não cairmos em desequilíbrio, de graves conseqüências para nós e para o nosso próximo.

Não podemos esquecer que estávamos outrora desarvorados e oprimidos, sofríamos de desilusão e cegueira, jazíamos desassisados na sombra, andávamos desesperados a blasfemar contra a vida, estávamos surdos e rebelados contra as leis; o Senhor, porém, jamais deixou de nos prestar auxílio em todos esses momentos de nossa existência.

A cada situação de opressão e sofrimento, socorreu-nos com a concessão de um novo dia, para recomeçar de forma diferente e melhor; ante a cegueira que nos obstruía a ascensão em direção à luz, reformulou-nos a esperança e a maneira de assimilar as novas experiências, e investiu-nos com a bênção do equilíbrio para falar e agir com acerto; ante nossa desobediência às leis, facultou-nos o raciocínio para assimilar e praticar as normas do bom convívio.

Dessa forma, não olvidemos a tolerância e a paciência com que Jesus nosso Mestre e Guia, nos suporta a ignorância há milênios, amparando e confortando nossos corações através de mil maneiras a cada passo de nossa caminhada, e entendamos definitivamente que é hora de mostrar toda a nossa gratidão a ELE, que até mesmo na hora suprema de seu testemunho, demonstrou seu alto grau de benevolência para conosco, ao rogar ao Pai que nos perdoasse, pois, não sabíamos o que estávamos fazendo.

Sigamos seu Evangelho de amor e Luz, e tornemo-nos seus aprendizes autênticos, praticando a caridade para com o semelhante, como ele exemplificou para conosco, perdoando incondicionalmente nossas faltas; e, dessa forma, procuremos atender ao seu supremo apelo – “Amai-vos uns ao outros como eu vos amei.”

Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, os Imortais da Vida maior nos falam dos benefícios dessa sublime virtude para todos que a praticam, conforme segue:

“Caridade! sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade. Praticando-te, criarão eles para si infinitos gozos no futuro e, enquanto se acharem exilados na Terra, tu lhes serás a consolação, o prelibar das alegrias de que fruirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor. Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra. Que os meus irmãos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes: E na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh! quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós; vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame! Quanto bem a fazer! Oh! não vos queixeis; ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens desse mundo, enlanguescem na dor e no insulamento! Colhereis nesse
mundo bem doces alegrias e, mais tarde... só Deus o sabe!... Adolfo, bispo de Argel.” (Bordéus, 1861.)

Que o Mestre de Nazaré nos fortaleça a disposição de amar, crescer e servir cada dia mais e melhor, tornando-nos mensageiros fiéis de sua Divina mensagem.


Bibliografia:
1) Paulo: Tito, Cap. 3 Versículo 3.
2) O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB 115ª edição – Cap. XIII, item 11.
Francisco Rebouças

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Visita do Professor protestante!

Estava eu, em um plantão que tenho a alegria, de prestar às terças-feiras, no Jornal Correio Espírita, quando a campainha da sala tocou. Fui atender e lá estava um senhor, que me cumprimentando inicialmente, se apresentou como professor que estava lá em nosso endereço à procura de uma matéria muito interessante que ele tinha lido no nosso veículo de difusão da mensagem consoladora e esclarecedora que é o Jornal Correio Espírita, para ministrar aos seus alunos.

Saudei-o apertando sua mão e interroguei-o: em que instituição espírita o senhor trabalha dando aulas para esses jovens?

Foi então, que um pouco sem jeito ele me disse; não trabalho em nenhuma instituição espírita, pois, sou evangélico, e, essa matéria que procuro li em uma edição do jornal de vocês em uma banca de jornais daqui de Niterói, e anotei o endereço para vir aqui fazer algumas anotações para a aula que darei para minha turma amanhã, pois, sou professor de biologia, e me encantei com a matéria do jornal.

Convidei-o a entrar, e logo após, lhe trouxe a tal edição que ele estava procurando, de onde então ele pode fazer suas anotações sobre a matéria lá exposta que fala sobre os animais, o professor então me explicou que gostaria de colocar o tema em sua sala de aulas, por que achou maravilhosa a maneira como o espiritismo explica as questões que envolvem a vida dos animais, para que seus alunos possam ter essa nossa visão tão bela, segundo sua própria avaliação.

Após suas anotações dessa e de outra matéria “Depois da Morte”, que faz parte da atual edição do Correio Espírita, de fevereiro/2009, começamos a trocar idéias sobre religião e suas interpretações pelas diversas correntes religiosas, quando para minha surpresa o professor me confessou que discorda de muitas das interpretações dadas por sua religião para as palavras de Jesus contidas nos evangelhos.

Então lhe indaguei, porque não buscar outras interpretações sobre essas suas discordâncias, porque aceitar passivamente goela a baixo aquilo que não o satisfazia como interpretação para as palavras do Mestre de Nazaré?

Ele sorriu sem graça e disse-me, é que não podemos contestar a palavra do Pastor, temos que aceitar.

Mas, continuou ele, gosto muito mais das interpretações dadas pela sua doutrina, são mais de acordo com o que eu penso, e, estou propenso até mesmo em pedir permissão ao Pastor para comprar o Jornal, se ele permitir então poderei acompanhar o excelente trabalho de vocês.

Foi aí que surpreendido, lhe perguntei: O Senhor tem que pedir ao Pastor permissão para comprar o Jornal?

Pergunta que ele respondeu afirmativamente; foi então, que certamente inspirado pelos Espíritos amigos responsáveis pelo trabalho de divulgação do evangelho de Jesus me pus a falar; iniciei explanando sobre nossa capacidade de saber o que nos é mais propício como adultos, responsáveis, pais de família, profissionais competentes, com cultura intelectual a ponto de exercermos com esmero, entre outras belas profissões, a de “professor”, como ele mesmo, e, ainda precisamos da autorização de “Pastores”, ou quaisquer outras denominações dos representantes das inúmeras correntes religiosas, existentes mundo a fora, para nos dizer o que melhor felicita o nosso coração? Não é seu o dinheiro ganho com seu trabalho, que será empregado para comprar o que o Senhor desejar, ou é representante da sua Igreja?

Continuei discorrendo sobre a história dos evangelhos, e de como foram desfigurados dos autênticos ensinos de Jesus, que não fundou religião alguma e resumiu as Leis e os Profetas em “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, e continuei com muitos outros argumentos de esclarecimento e libertação contidos em nossa consoladora e esclarecedora doutrina, para nos proporcionar felicidade e paz interior.

Citei as agressões descabidas e insanas sofridas por vários irmãos espíritas, e ainda as depredações provocadas pelos ataques dos donos da verdade, contra instituições religiosas espíritas ou não, que a imprensa tem mostrado em muitos casos, e que são executadas por religiosos que se intitulam “CRISTÃOS”, e lhe indaguei o Senhor pode aceitar que em nome de Jesus, se pratique essas covardias?

O Professor como homem de bem balançou a cabeça desaprovando esses atos bárbaros e reconheceu que são praticados por pseudo-religiosos.

Segui com as explicações..., o visitante escutava balançando a cabeça de forma a concordar com tudo o que lhe dizia, em seguida, passei-lhe novamente a palavra e ele então me disse: é isso que penso, mas..., o senhor deve saber como é visto o espiritismo por minha religião.

-“É visto como coisa do Diabo, respondi”.

Ele confirmou dizendo, isso mesmo; depois continuou: eu mesmo já fui espírita, e acabei indo para a Igreja que freqüento, pois, lá no centro eram feitas coisas que não me agradavam, coisas de centro espírita, o senhor deve saber.

-Respondi ao professor dizendo, meu amigo, você nunca foi espírita, me desculpe, e o centro que você diz ter ido é com absoluta certeza um centro espiritualista, não um centro realmente espírita, esse é o grande problema daqueles que falam do que desconhecem sobre a doutrina espírita, na casa espírita que freqüento e nas outras casas verdadeiramente espíritas que conheço, nada de estranho ou anormal é feito, tudo segue explicitamente o contido nos ensinos e exemplos deixados por Jesus de Nazaré. Quem encontra a verdadeira mensagem espírita, e a compreende, jamais trocará a fé raciocinada proposta pela doutrina espírita pela fé sem base alguma que fere nossa capacidade de pensar como seres racionais que somos, ensinadas em diversas outras religiões.

Acho que fui a lugar errado, pelo que estou vendo, disse-me o Professor .

-Ao que ratifiquei dizendo-lhe, sem qualquer sombra de dúvidas.

Perguntou-me sobre reencarnação e outros assuntos, e, depois das explicações que lhe passei, fundamentadas na doutrina espírita, ele acabou por aceitar confessando que são muito mais lógicas do que as explicações dadas por seus instrutores religiosos, com argumentos tão destituídos de lógica e bom senso, que ele não conseguia entender a Justiça Divina, tão bem explicada pela doutrina espírita.

Em seguida pediu-me o endereço da minha Instituição Espírita, a UMEN, e, eu lhe dei um folhetinho com nosso endereço, contendo ainda uma mensagem espiritual belíssima e as atividades realizadas por nossa casa espírita.

O Professor me agradeceu a acolhida, as explicações tão lindas da mensagem espírita e prometeu fazer-nos uma visita brevemente, despediu-se e se foi.

Não sei se fará ou não a visita prometida, mas, sei que a semente levada por ele em seu coração e sua mente, há de germinar, dando no futuro os saborosos e nutrientes frutos da mensagem consoladora da doutrina espírita, para saciar a fome espiritual do professor, de seus alunos e de muitos outros irmãos, que ainda não tiveram a felicidade de se beneficiarem com o alimento que realmente nos tira a fome, fornecido pela palavra pura e sábia de Jesus, nosso Mestre e Guia.

Que assim possa ser!

Francisco Rebouças.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ainda tem gente com dúvidas...

Graças à fé raciocinada que a doutrina espírita nos proporciona, nós seguidores fiéis dos ensinos de Jesus, ratificados pelas obras da codificação tão nobremente elaborada por Allan Kardec, incomparável discípulo do Mestre de Nazaré, e confirmadas por outras variadas obras de reconhecido cunho doutrinário, não temos a menor dúvida da existência de Deus nosso Pai, criador de tudo e de todos.

Basta analisarmos as milhares de obras ao nosso redor, como por exemplo, a cascata que abaixo exibimos, para verificarmos que não se trata de obra de nenhum ser humano, por mais poderoso e sábio que possa ter existido; e, a nossa consciência nos levará a través da capacidade de pensar de que fomos dotados por esse mesmo Pai, que só alguém muito acima de qualquer possibilidade do homem na atualidade de nossos conhecimentos e poderes poderia tê-las construído.

Alguns desses mesmos indivíduos que não crêem na existência de Deus, não sabendo a quem atribuir tantas belezas exibidas pela natureza, escondem-se no orgulho disfarçado de incredulidade para negar o inegável, explicar o inexplicável, atribuir tão grande obra de inteligência ao acaso inexistente.

Nós seguidores da doutrina espírita, não apenas achamos que Deus existe, mas, sabemos de sua existência e não agasalhamos em nosso mundo íntimo a menor dúvida a esse respeito, pois, as evidências são claras e visíveis a quem tem pelo menos olhos de ver.

Os Espíritos Superiores, responderam às indagações de Kardec, de forma a não nos deixar quaisquer resquícios de incertezas, aclarando o raciocínio de quem se dispuser a pensar sem idéias radicais pré-concebidas, e, disposto a analisar os fatos pela ótica da lógica e do bom senso.

Encontramos em O Livro dos Espíritos as claras, lógicas e confiáveis explicações para o assunto em pauta, conforme segue:

Provas da existência de Deus

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação.

O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma conseqüência do princípio - não há efeito sem causa.”

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de idéias adquiridas?

Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão-somente produto de um ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse ensino, conforme se dá com as noções científicas.

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?“

Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades?

É indispensável sempre uma causa primária.”Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?

Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!”

Do poder de uma inteligência se julga pelas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade.

Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe dêem. ¹

Por esses, e outros tantos ensinamentos da doutrina espírita, é que não nos cansamos de agradecer a Deus, a Jesus e aos Bons Espíritos amigos, por nos terem proporcionado o encontro com essa maravilhosa maneira de entender as mensagens contidas no evangelho de Jesus, que só o espiritismo por enquanto é capaz de esclarecer sem nos deixar outra opção senão a de utilizar dos nossos dotes intelectuais para raciocinar entre a teimosia daqueles que não têm ainda a exata noção do poder dessa Inteligência Maior, causa primeira de tudo o que existe que conhecemos e até mesmo o que existe e ainda desconhecemos, e os argumentos por eles ministrados e colocados para nossa reflexão.

Nossas vibrações sinceras e nossas preces para esses irmãos que ainda se mantêm lastimavelmente na ignorância e na falta de fé que é o Combustível Divino a nos impulsionar para frete e para o alto. Mas essa mesma inteligência é tão sábia e misericordiosa, que nos dará quantas oportunidades nos forem necessidades para que na terra ou em outro planeta do sistema solar o homem descrente de hoje se torne um filho de Deus confiante e convicto de sua existência.Que Jesus nos abençoe e nos guarde em sua doce e sublime paz, hoje e sempre!.

Fonte:
1) Livro dos Espíritos - FEB, 76ª edição.
Grifos nossos.

Francisco Rebouças.

ESQUECIMENTO DO PASSADO

Walkiria Lúcia de Araújo Cavalcante
392 – Por que o Espírito encarnado perde a lembrança do seu passado?

- O homem não pode nem deve tudo saber; Deus o quer assim em sua sabedoria. Sem o véu que lhe cobre certas coisas, ficaria deslumbrado, como aquele que passa, sem transição, da obscuridade à luz. Pelo esquecimento do passado, ele é mais ele mesmo. (Livro dos Espíritos)

A misericórdia divina age de todas as formas para nos beneficiar, ajudar-nos a melhor evoluir, mas insistimos em buscar o caminho mais difícil.

Logo que comecei na Doutrina Espírita não tive dificuldade em compreender que não vivemos uma única vida. O que eu não concordava, a princípio, era esta necessidade de não nos lembramos do passado. Se ao criminoso que é encarcerado na prisão é permitido acompanhar todo o julgamento e saber o porquê de estar sendo preso e qual será a duração de sua pena, por que a mim não era permitido saber a razão de estar sofrendo e qual seria a duração dessa pena?
O tempo passou, verifiquei que se eu tinha razões para me orgulhar de algumas atitudes, também existiam fatos que eu gostaria de esquecer. Dessa forma, fui compreendendo que o véu do esquecimento é antes uma barreira para possíveis sofrimentos, um empecilho para vermos realmente o que fizemos.
Se observássemos detidamente nossas atitudes e nossos pendores, detectaríamos a qual gênero de provas e expiações estamos propensos a vivenciar na presente reencarnação. Os atores são geralmente os mesmos no palco da vida; o que muda é a peça encenada. Ora somos o filho rebelde, a mãe zelosa, o pai castrador, a filha revoltada. Já ouvi uma vez que o ladrão sempre volta ao local do crime. Assim somos nós. De reencarnação em reencarnação buscamos fluidicamente aqueles a quem prejudicamos e os quais nos prejudicaram e, sem entender muito bem o porquê, permitimo-nos ficar presos a situações que nos desagradam ou das quais até poderíamos nos desvencilhar; todavia, um sentimento íntimo de dívida nos impede de prosseguir e desistirmos.
Deus nos encobre o passado com o véu do esquecimento, mas não nos impede de ressarcir aqueles a quem prejudicamos. Um sentimento interior nos invade e nos impulsiona para a frente para que possamos, de forma equilibrada, nos reajustar com as Leis Divinas.
Não nos perguntemos mais quem fomos no passado. Certamente não fomos melhores do que somos hoje e do que seremos amanhã, se assim o quisermos. Aproveitemos esse esquecimento momentâneo para fortalecer os laços com os que amamos e aparar as arestas com aqueles que ainda não nos afinamos.
Esquecimento do passado, oportunidade bendita que a providência nos traz para que possamos seguir livres, rumo à perfeição, sem consciência de culpa, que só nos prejudicaria; sem soberba, que nos levaria ao fracasso.
Viajantes nesta roupagem terrena, que possamos transladar o nosso ontem para o hoje, corrigindo-o por meio de boas atitudes e com desejo sincero de melhora.
Que este 2009, que agora bate à nossa porta, possa nos encontrar determinados a prosseguir firmes e resolutos diante das provas da vida, não nos importando com o que fomos, mas sim, com o que seremos daqui para frente.
Francisco Rebouças

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Estudando o Evangelho

Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?
A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. — São Luís. (Paris, 1859.)
NOTA. — Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.
Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.
Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade. – Allan Kardec.

Fonte:
O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 25 e 26.
Francisco Rebouças

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Comunicado ao Movimento Espírita

"Volta ao ar o Blog " O Espiritista"
Caros amigos do movimento espirita, após sete meses fora do ar por motivos alheios à nossa vontade, e, depois de inúmeras tentativas junto ao GOOGLE, para a recuperação do endereço eletrônico do BLOG O ESPIRITISTA de nossa autoria e responsabilidade, venho com alegria anunciar que conquistamos o direito de mantê-lo no ar, por decisão do próprio GOOGLE.
Estarei procedendo a atualização do mesmo, e prometo que muito breve, já poderá ser acessado por todos os nossos amigos que nos honram com a audiência e confiança.
Quero muito agradecer o incentivo e o carinho que tenho recebido de todos para levar adiante nossos melhores objetivos de crescer e progredir, amar e servir cada dia mais e melhor, na divulgação e exemplificação dos postulados de nossa doutrina de forma séria e fiel à sua nobre mensagem.
Meus agradecimentos especiais a Deus, a Jesus e aos Bons Espíritos amigos que nos auxiliaram para que esse nosso desejo de recuperar " O Espiritista" tivesse um final feliz.
Manteremos nossas iniciais promessas de seguir Jesus através de Kardec, sem achismos ou modismos desnecessários e condenáveis sob todos os aspectos.
Saudações fraternas,
Francisco Rebouças.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Jornal Correio Espírita

Caros amigos do movimento espírita brasileiro, já se encontra à venda nas bancas de todo o estado do Rio de Janeiro e em outras 7 capitais, a edição de fevereiro do Jornal Correio Espírita, como sempre trazendo várias matérias de interesse de todos, e mantendo o mesmo padrão elevado de tratar dos assuntos à luz da doutrina espírita.

Não deixe de adquirir o seu exemplar, e divulgue entre seus familiares, amigos, nas suas lista de contatos etc.

Vamos divulgar a doutrina espírita, fazendo a parte que nos cabe realizar para o esclarecimento e implantação do evangelho de Jesus no coração do homem, através da mensagem consoladora da doutrina espírita, contribuindo dessa forma para o esclarecimento da sociedade através da fé raciocinada que ela nos propõe.

Que Jesus nos guarde e nos inspire nas obras do bem, e, na implantação da paz, hoje e sempre!



Francisco Rebouças.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mensagens Espirituais

HOJE SIM
Ontem, passado
Amanhã, futuro
Hoje, agora
Ontem, promessa
Amanhã, probabilidade
Hoje, ação
Ontem, parecia
Amanhã, quem sabe
Hoje, sem dúvida
Ontem, anseio
Amanhã, mudança
Hoje, oportunidade
Ontem, sementeira
Amanhã, colheita
Hoje, seleção
Ontem, não mais
Amanhã, talvez
Hoje, sim
Ontem, foi
Amanhã, será
Hoje, é
Ontem, experiência adquirida
Amanhã, lutas novas
Hoje, porém, é a nossa hora de fazer e de construir
(livro: Ideal Espirita - Chico Xavier/Emmanuel)

Francisco Rebouças

domingo, 1 de fevereiro de 2009

PSICOGRAFIA!

Sua Mente, sua liberdade!

Sua mente é a melhor ferramenta para você desenvolver suas virtudes espirituais. Através dela, você pode escolher suas companhias para seguir com você em sua caminhada em busca da sua felicidade e pureza espiritual. A mente é a sua melhor amiga no processo de progredir e crescer em todos os sentidos como ser imortal que somos.

É por essa faculdade Divina, que temos a oportunidade de nos elevar a patamares muito mais altos do que o que hoje nos encontramos, sabendo utilizá-la em proveito próprio, melhor poderemos: separar o joio do trigo, decidir seguir este ou aquele caminho, separar os amigos dos inimigos, escolhe o que é bom do que é mal para nós, etc.etc.

Assim como nos preocupamos com a saúde do nosso corpo físico, muito mais cuidado deveríamos ter com nossa mente, pois, ela representa nossa usina a jorrar as energias salutares ou insalubres que nos farão bem ou mal, no processo de evolução a caminho da felicidade que nos aguarda mais adiante.

Desde cedo aprendemos que “mente sã é sinônimo de corpo são”, por que é a mente quem domina o corpo material e não o inverso. Assim sendo, utilizemos da melhor forma possível, os recursos sublimes que nossa mente nos concede, mantendo-a sempre sã para nos facilitar a manutenção de um corpo também são que nos possa facilitar a execução do trabalho que necessitamos empreender em favor do nosso próprio burilamento, e, que por certo, muito bem proporcionará ao nosso próximo também.

Vigiemos, pois, as tendências de nossa mente no pensar diário, e esforcemo-nos por fazê-la escolher as nobres idéias que nos possam trazer bem-estar, prazer e alegria, produzindo boas coisas para nós e para o nosso semelhante, e tenhamos a certeza absoluta, de que é através das boas realizações por nossa mente produzidas, que nos credenciamos a colher da vida as boas vibrações.

Um amigo espiritual.
Por: Francisco Rebouças.

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel